2010-05-31
Mourinho já é Real
É um bom slogan. Não é meu, mas apareceu aí na comunicação social e diz muito.
Não é que Mourinho venha de outra galáxia.
Mas vem de "um mundo" bem pensado em termos promocionais.
Quem é a sua assessoria, desconheço. Mas não são os operacionais que o rodeiam. Têm excelentes competências. De certeza, são de um patamar que os assessores dos nossos ministros bem podem invejar e tem muito de aprender. Acho até que os assessores dos nossos ministros, o que mereciam era ser despedidos por mau desempenho. O caso do Chico Buarque brada aos céus. É lá possível ter existido uma gaffe destas?!
Pense-se o que se quiser Mourinho tem valor e sabe escolher conselheiros.
Mourinho já é Real.
[1975] Quem são aqueles ao pé do João Maria Freitas Branco e do Teixeira Gomes!?
Não percebe a relação!? Pois. Isto não é para todos. Primeiro é preciso ir
aqui e aí chegados para acabar com o mistério é preciso procurar a relação na...
Razão.
2010-05-30
Que confusão: Chico Buarque e Sócrates
A crise económica que é grave, muito grave, terá tido efeitos demolidores ao nível do comportamento dos analistas, dos políticos, mas também dos actores da comunicação social.
A informação deixou de "nos" chegar de forma objectiva e estável. Mentalmente reagimos da seguinte forma: esta não deve ser a última versão dos acontecimentos, sejam eles quais forem.
Houve aqui um casamento muito promíscuo entre vários actores de diferentes profissões para que se atingisse este grau de reacção.
Isto vem a propósito do que houve com o café tomado por Sócrates e Chico Buarque em pleno bairro de Ipanema e na casa do cantor. Mas quase se pode começar a generalizar. A confusão e algum desequilíbrio começam a ser característicos.
2010-05-29
A campanha pró-Cavaco está na rua
De uma forma pouco linear, subrepticiamente enganadora, o colocar Cavaco nas primeiras páginas, neste momento, não é mais do que o pôr no palco de campanha eleitoral.
Algumas pessoas de esquerda ficaram animadas com a forma "algo crítica" como Cavaco é erguido/lançado. Vêem nisso uma hipótese de vantagem para Alegre. Não creio. E para que Alegre tenha sucesso muito há a fazer e a mudar na sua estratégia eleitoral e no empenho das pessoas e partidos, o que não salta à vista que se esteja nesse caminho. Anda tudo muito murcho.
Não se entusiasmem muito as pessoas de esquerda, porque a forma como as personalidades de direita se referem a Cavaco de que não há outro melhor, significa que apostam nele para derrotar a esquerda, que vão fazer a sua campanha. Até a Isilda Pegado, presidente da plataforma Casamento e Cidadania que se opôs ao casamento homossexual, vem dizer que é "um absurdo completo" a apresentação de outro candidato.
Teria de haver uma cena destas, sobretudo, para começar a preparar os católicos conservadores, que não terão ficado contentes com a atitude de Cavaco face ao casamento homossexual.
Não creio que tudo isto apareça agora por acaso. É uma peça da campanha.
2010-05-27
Guerra no "VIVO"
De Espanha reza a "história", nem bom vento nem bom casamento.
Mas agora, este "nem bom casamento" desenrola-se fora desta Península Ibérica, desenrola-se, via Brasil, entre a PT e a Telefónica, por causa da Vivo.
Há muito que estava na calha um divórcio entre estas duas empresas.
Se for desta, que a PT exija um bom dote e o Governo português não se deixe ficar na antecâmara, não fique alheio, até porque se trata de um negócio muito importante, direi mesmo muitíssimo, pelo que terá de se optar por um divórcio generoso, em que o papel do governo poderá vir a ser determinante.
[1974] Stiglitz : "A austeridade conduz ao Desastre"
Entrevista de Joseph Stiglitz a Le Monde de 23.05.2010
"Le professeur Joseph E. Stiglitz, chercheur associé à l'OFCE, Prix Nobel d'économie.
Joseph Stiglitz, 67 ans, Prix Nobel d'économie en 2001, ex-conseiller économique du président Bill Clinton (1995-1997) et ex-chef économiste de la Banque mondiale (1997-2000), est connu pour ses positions critiques sur les grandes institutions financières internationales, la pensée unique sur la mondialisation et le monétarisme. Il livre au Monde son analyse de la crise de l'euro." (AFP/PIERRE VERDY)
*****
A austeridade - a receita dos PEC's da UE que aqui já sofremos - conduz ao DESASTRE! (Mas não a todos. É só para a grande maioria. Os seus causadores (e mais alguns) vão enriquecer mais.
*****Vous avez récemment dit que l'euro n'avait pas d'avenir sans réforme majeure. Qu'entendez-vous par là ?
L'Europe va dans la mauvaise direction. En adoptant la monnaie unique, les pays membres de la zone euro ont renoncé à deux instruments de politique économique : le taux de change et les taux d'intérêt. Il fallait donc trouver autre chose qui leur permette de s'adapter à la conjoncture si nécessaire. D'autant que Bruxelles n'a pas été assez loin en matière de régulation des marchés, jugeant que ces derniers étaient omnipotents. Mais l'Union européenne (UE) n'a rien prévu dans ce sens.
Et aujourd'hui, elle veut un plan coordonné d'austérité. Si elle continue dans cette voie-là, elle court au désastre. Nous savons, depuis la Grande Dépression des années 1930, que ce n'est pas ce qu'il faut faire.
Que devrait faire l'Europe ?
Il y a plusieurs possibilités. Elle pourrait par exemple créer un fonds de solidarité pour la stabilité, comme elle a créé un fonds de solidarité pour les nouveaux entrants. Ce fonds, qui serait alimenté dans des temps économiques plus cléments, permettrait d'aider les pays qui ont des problèmes quand ceux-ci surgissent.
L'Europe a besoin de solidarité, d'empathie. Pas d'une austérité qui va faire bondir le chômage et amener la dépression. Aux Etats-Unis, quand un Etat est en difficulté, tous les autres se sentent concernés. Nous sommes tous dans le même bateau. C'est d'abord et avant tout le manque de solidarité qui menace la viabilité du projet européen.
Vous prônez une sorte de fédéralisme ?
Oui. De cohésion. Le problème, c'est que les Etats membres de l'UE n'ont pas tous les mêmes croyances en termes de théorie économique. Nicolas Sarkozy a eu raison de faire pression sur (la chancelière allemande) Angela Merkel pour la forcer à payer pour la Grèce. Nombreux sont ceux qui, en Allemagne, s'en remettent totalement aux marchés. Dans leur logique, les pays qui vont mal sont responsables et doivent donc se débrouiller.
Ce n'est pas le cas ?
Non. Le déficit structurel grec est inférieur à 4 %. Bien sûr, le gouvernement précédent, aidé par Goldman Sachs, a sa part de responsabilité. Mais c'est d'abord et avant tout la crise mondiale, la conjoncture, qui a provoqué cette situation.
Quant à l'Espagne, elle était excédentaire avant la crise et ne peut être accusée d'avoir manqué de discipline. Bien sûr, l'Espagne aurait dû être plus prudente et empêcher la formation de la bulle immobilière. Mais, en quelque sorte, c'est l'euro qui a permis ça, en lui procurant des taux d'intérêt plus bas que ceux auxquels Madrid aurait eu accès sans la monnaie unique. Aujourd'hui, ces pays ne s'en sortiront que si la croissance européenne revient. C'est pour cela qu'il faut soutenir l'économie en investissant et non en la bridant par des plans de rigueur.
La baisse de l'euro serait donc une bonne chose ?
C'est la meilleure chose qui puisse arriver à l'Europe. C'est à la France, et plus encore à l'Allemagne qu'elle profitera le plus. Mais la Grèce et l'Espagne, pour qui le tourisme est une source de revenus importante, en seront également bénéficiaires.
Mme Merkel, pourtant, sait que la solidarité peut être importante. Sans cela, il n'y aurait pas eu de réunification allemande.
Oui. Mais, justement, il a fallu plus de dix ans à l'Allemagne pour absorber la réunification. Et d'une certaine manière, je pense que les ex-Allemands de l'Ouest estiment qu'ils ont déjà payé un prix élevé pour la solidarité européenne.
Pensez-vous que la viabilité de l'euro soit menacée ?
J'espère que non. Il est tout à fait possible d'éviter que la monnaie unique ne périclite. Mais si on continue comme ça, rien n'est exclu. Même si je pense que le scénario le plus probable est celui du défaut de paiement. Le taux de chômage des jeunes en Grèce s'approche de 30 %. En Espagne, il dépasse 44 %. Imaginez les émeutes s'il monte à 50 % ou 60 %. Il y a un moment où Athènes, Madrid ou Lisbonne se posera sérieusement la question de savoir s'il a intérêt à poursuivre le plan que lui ont imposé le Fonds monétaire international (FMI) et Bruxelles. Et s'il n'a pas intérêt à redevenir maître de sa politique monétaire.
Rappelez-vous ce qui s'est passé en Argentine. Le peso était attaché au dollar par un taux de change fixe. On pensait que Buenos Aires ne romprait pas le lien, que le coût en serait trop important. Les Argentins l'ont fait, ils ont dévalué, ça a été le chaos comme prévu. Mais, en fin de compte, ils en ont largement profité. Depuis six ans, l'Argentine croît à un rythme de 8,5 % par an. Et aujourd'hui, nombreux sont ceux qui pensent qu'elle a eu raison.
Propos recueillis par Virginie Malingre
2010-05-26
Treino Selecção Portuguesa
Assisti a parte do treino da selecção Portugal/Cabo Verde durante a travessia Porto Santo/Funchal, onde até encontrei, com alguma surpresa minha, uma ou outra personalidade política de relevo nacional. Uma segunda feira, causa algum espanto, mas em conversa até percebi as razões. Isto dos cartões Pousadas, Unlimited ou se usam ou se perdem os direitos. E conjugando certas regras até se fazem uns dias de lazer por custos acessíveis.
Foi o meu caso e conclui que foi o deles também. Pena apenas o vento ter aportado na última semana em Porto Santo. Parece que, nestas coisas do vento, o poder político regional não tem grande poder.
Isto de se estar na pré reforma ou já na reforma, apesar de um futuro complexo dá algumas oportunidades fora de época.
Mas fiz um desvio da selecção que é o tema.
Li que o Real Madrid que está sempre atento ao Ronaldo veio dizer que foi o mais promissor na selecção portuguesa, o que de facto, não me pareceu. Nani, Coentrão, etc, foram um bocadinho melhores, mas todos em velocidade sem aquecimento.
O Real já deve estar na linha de Mourinho. Nem Ronaldo a 1000% chega e é que chega aos 1000%?
2010-05-19
[1973] Vaudeville em S. Bento
A Assembleia da República, não sei se já repararam, desinteressou-se completamente dessa chatice dos assuntos do país, (crise? Qual crise!) e passou a dedicar-se ao teatro. Pela mão do PSD e a cumplicidade dos outros partidos da oposição leva à cena várias peças de ópera bufa, com a designação irónica de Comissões de Inquérito disto e daquilo. A mise-en-scène, percebe-se, é do Pacheco Pereira mas o guião das farsas segundo se diz en petit comité são do candidato a presidente da República Cavaco Silva (a coisa - lembram-se - vem ainda do tempo da fiel Madre Teresa> Manuela Ferreira Leite mas pode ser que seja só especulação)
Claro que tudo podia parecer surreal e que os deputados tinham dado em coristas mas dizem que não. A coisa faz sentido. Que é para cozer em lume brando o Primeiro Ministro. Ora o que se pede às oposições é que confrontem o governo mas... no terreno da política que matéria não falta e não em teatro de vaudeville.
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Post Scriptum: O comentário está já um tanto desactualizado? Realmente tinha-o escrito já lá vão uns pares de dias. Depois, com mais que fazer deixei-o para ali esquecido, a abeberar, nos rascunhos do blogspot. É que dizem que o Passos Coelho por causa da crise e a conselho do Eng Ângelo Correia (isto é suposição minha) não quer seguir a linha de arruaça da antecessora Manuela Ferreira Leite que aliás agora não interessa à alta finança nem ao Menino Jesus (ao da mitologia não me refiro ao do glorioso Benfica).
Etiquetas: Parlamento, teatro de Vaudeville.
[1972] Mário Moura Guedes
Já foi há dias mas não perde pela demora. Afinal a cena repete-se dia a dia, Mário após Mário , Crespo após Crespo. O entrevistado era Mário Soares e o Crespo que desde as cenas que exibiu na Assembleia da República, numa das peças de teatro que lá corre ficou transtornado, queria orientar as respostas de Mário Soares, e então ele... Mas acha que há liberdade de imprensa em Portugal? Acha mesmo, Sr. Dr., que há liberdade de imprensa, no estado em que estamos?
Por favor... oh Mário Crespo! deixe de fazer figuras tristes com perguntas tolas que não há tolo que não perceba que é conversa tola para telespectadores que não são tolos. E você que até era um jornalista competente e tem todo um passado a defender está a ficar um jornalista à la moura guedes. Acha mesmo que ela, coitadinha, é mesmo um exemplo de "jornalismo" a seguir? Realmente... Sócrates inspira uns ódios a certa gente que as deixa possessas.
Etiquetas: Liberdade de Imprensa, Mário Crespo
2010-05-17
Senhor Presidente...Ouvi-o com atenção
Acho bem a promulgação do casamento homossexual. Mas permita-me que lhe faça um reparo simples. Era o que esperava que acontecesse quando se está lúcido, pois como referiu e bem outra atitude era equivalente a zero.
Agora, entrando na óptica dos custos - benefícios que V. Excia muito preza e não se cansa de referir, esta declaração das 20 horas e 15 minutos custou muito caro à nação Portugal. Trata-se de uma hora nobre que V. Excia usou quando perfeitamente tudo era desnecessário. O povo já sabia pelo que pouco acrescentou.
Um economista financeiro de renome como V. Excia é considerado, admita que de vez em quando perde o fio à meada e os cálculos ... falham.
Assim aconteceu neste episódio. É a vida, nem o Papa acerta em todas.
Etiquetas: casamento homossexual, Cavaco Silva, promulgação
O Senhor Presidente vai "declarar-se" ao País
As declarações do Senhor Presidente ao País, e esta é a terceira, não têm primado nem pela dimensão, nem pelo interesse do tema que o leva a declarar-se.
Relembrando o "se bem me lembro" de Nemésio, a primeira decorreu sobre o Estatuto Político dos Açores, um assunto que bem poderia ser resolvido com uma simples carta à Assembleia da República; a segunda foi sobre o caso das escutas - uma situação muito pessoal que afectou a Instituição PR, ou melhor se tivesse resultado dava um grande jeito ao PSD de então; a terceira, a de hoje, sobre o casamento homossexual - uma questão do foro íntimo de S. Excia, embora com peso nacional, mas discutida durante o processo eleitoral e que se encontra constitucionalmente resolvida.
Em resumo, todas as declarações, até à data, "se bem me lembro", tiveram a ver com questões em linguagem corriqueira viradas para o ego de S. Excia. Questões de Estado? Pouco.
Então na presente situação em que o país se encontra, não deixa de ser naïf trazer com tanta pompa este problema. Certamente, de Fátima veio alguma ajudinha.
2010-05-16
[1971] Mirandela não é Paris
Lá, a Bruni, revelou-se... e o Presidente Sarkozy casou com ela. Em Mirandela, a nossa Bruna deslumbra na
Playboy... e o presidente da câmara tira-lhe o emprego.
Já não bastava Fátima, Bento XVI, o PEC, vem agora a autoridade e uma gentinha abstrusa, amamentada no preconceito, falsamente casta, muito devota e temente a Deus... engalinhar-se contra a rapariga. Como dizia o rei D. Carlos o país está uma piolheira. Só uma parte do País. Só uma parte de Mirandela.
Etiquetas: Bruna Real, Carla Btuni., MIrandela
[1970] Crónica de Domingo ou 2 e 2... 2002
O Sr. Jardim vive perto do café Gran Fina. Umas casinhas antigas, de um piso, feitas sem projecto nem Câmara, ainda no tempo da outra senhora. Bordejam a ribeira de Odivelas e conservam-se suficientemente escondidas por estevas altas, num esconso, terra de ninguém, para não incomodarem nem o PEC nem os novos inquilinos de Mercedes do bairro novo que desde 2005 se levantou, como uma cidade, nas Colinas do Cruzeiro . Está reformado, 175 euros, tanto como a patroa e sobrevivem.
Hoje, bebíamos o café, contentes com o sol de Maio o Sr Jacinto abeirou-se do Gran Fina porque um seu conhecido mais liberal o afoitou a um bom dia senhor engenheiro. Isto foi aí pelas 11 e tal, e lembrei-me do caso porque na bica depois do almoço e da mesma cadeira da esplanada vejo, arrastando os pés, outro reformado bem parecido com o das 11. Conversa com a menina Sandra a nova empregada do Gran Fina, nova na idade e no emprego que não dura mais de um ano para não ganhar vínculo, e queixa-se. Está a ver a menina Sandra, agora dizem que a minha reforma ainda vai encolher, que é a crise ou lá o que é. Não chega a 200 euros veja lá como pode isso ser.
Não teria ligado ao caso nem ele daria para esta crónica não fora estar ali no jornal: Jardim Gonçalves o ex-presidente do BCP, tem uma pensão de reforma de cerca de 175.000 euros por mês, 2 milhões e tal por ano.
Bebo o último golo de café, mas sem chegar ao açúcar que nunca mexo até ao fim. Tem de ser a medida certa, nem amargo, de má torrefação, nem doce que inutilize o café, bebia a bica e reflectia... como uma simples associação pode pôr o mundo de pernas para o ar!... De facto, juntando o Sr. Jardim com os seus 175 euros com o Sr. Gonçalves reformado mais ou menos por igual fica-se com um Jardim Gonçalves de 175.000 euros ao mês.
Que é roubo, que não há justiça?... Não, é uma questão de associação, de organização. Do Estado.
Etiquetas: Jardim Gonçalves, reformas
2010-05-14
Chegou a quinta-feira negra
Como alguns de nós esperávamos, a pressão interna e externa, as condições económicas e de financiamento desencadearam a tomada de medidas muito duras para a população.
O Governo e o PSD entenderam-se e aí estão as medidas, que, como de costume, afectam tão só e sempre os que têm menor poder de compra.
Usando a linguagem do momento, sou levado a dizer: graças a Deus, desta vez, não foram só os cidadãos de segunda que as vão ter de suportar, ou seja, os funcionários públicos. Como as medidas, mais directamente afectando os cidadãos incidem sobre o IVA e IRS pelo menos há uma distribuição mais generalizada.
Alguns comentários acerca do "ambiente" das medidas. O Governo saiu-se mal de tudo isto. Saiu desacreditado, porque até à última da hora encobriu a situação. Depois com estas medidas só vem clarificar que o PEC, recentemente aprovado era inconsistente. Então se para descer mais 1% do défice, ou seja, de 8,3% para 7,3% são precisas medidas tão duras, dificilmente se entende a sustentabilidade do PEC e tanto assim é que vem aí o rectificativo. Outro aspecto a assinalar é a reacção ao crescimento do PIB no primeiro trimestre. " "Fomos campeões". Não era preciso tanto sobretudo a de ir estudar outros manuais.
Quanto ás medidas em si. Defendo que para o primeiro escalão do IVA deveria haver selectividade. Não concordo que todos os produtos devessem ficar com a taxa que tinham, mas alguns deviam.
Depois, quanto ao IRC, acho pouco, pelo que fico na expectativa que o governo português siga o exemplo de Zapatero e estude como deverão os mais ricos contribuir para custear ainda os custos da crise.
A finalizar, não entendo a política de crescimento. O País tem dois problemas estancar o défice das contas e potenciar o crescimento e sem investimento não há crescimento. E nesta situação sem investimento público selectivo é um facto não haverá a prazo crescimento sustentado e há alguns projectos públicos que são fundamentais em termos da competitividade do País e de criação de emprego, aspecto fundamental.
Etiquetas: Medidas duras, PEC; Crescimento sustentado
2010-05-13
Estou cansado de Papa
Sabem porquê?
Ligo pouco as TV's, mas estes dias tem sido então impossível. Com excepção de ontem, que assisti, via SIC, à final da taça Europa, apenas dez minutos por curiosidade tive a TV ligada, no dia da missa no Terreiro do Paço,
Quem não é católico fica enjoado, mas quem é também fica. Os ditados têm alguma aderência. ...o que é demais, enjoa.
Governo espanhol estuda medidas adicionais de cortes sobre "quem tem mais"
O Governo espanhol está a estudar novas medidas adicionais de redução do défice público, que anunciará “a curto prazo” e que incidirão sobre os “que mais têm”, sem afectar a classe média, insistiu hoje o número quatro do executivo.
Aos jornalistas, Manuel Chaves disse que as propostas e o seu impacto serão conhecidos “no futuro próximo”, mas que “haverá um esforço maior paras os que mais têm”.
Notando que a classe média “já suporta ou vai suportar algumas das medidas anunciadas pelo Governo”, o terceiro vice-presidente do Governo escusou-se a explicar se as novas acções incidirão sobre as entidades bancárias, grandes empresas ou grandes fortunas.
Apesar de admitir a dureza do pacote de medidas anunciado na quarta-feira por José Luis Rodríguez Zapatero, o vice-presidente insistiu que “o bloco maioritário das políticas sociais” do Governo se mantém.
“Estamos a viver uma crise sem precedentes em Espanha nos últimos 80 anos e, por isso, não têm precedentes as medidas que adoptámos”, afirmou.
Questionado sobre se o presidente do Governo deu um volte face na sua política social, Manuel Chaves rejeitou que o Executivo tenha actuado com “improvisação” e destacou que nos últimos dias “já houve mudanças radicais”. Dada a importância de combater o défice, Chaves manifestou-se convicto que os sindicatos adoptarão “posições responsáveis em função do momento actual”, defendendo separar o diálogo social em torno à reforma laboral das reacções a este pacote de medidas
Recorde-se que o primeiro-ministro espanhol anunciou na quarta-feira um pacote de medidas de austeridade para cortar 15 mil milhões de euros aos gastos públicos. As medidas incluem um corte de cinco por cento nos salários dos funcionários públicos e de 15 por cento no dos altos cargos do Governo bem como o fim do cheque-bebé de 2.500 euros e a congelação das pensões em 2011.
Fonte: LUSA
Etiquetas: crise, medidas governo Espanha
2010-05-12
[1969] Crise para a maioria?... Bacanal para a banca.
Peter Paul Ruben: Bacchanal
Ainda não vi em nenhum dos mil e um fora de sábios, economistas do establishment ou de demiurgos da desgraça com que os media atordoam e assustam todos os dias os Portugueses (aqueles portugueses que querem preparar para a tosquia) explicar que os portugueses (como os gregos, espanhóis, alemães ou americanos) não são todos iguais e que os que levam com a crise no focinho são uns, a esmagadora maioria, trabalhadores e classes médias e depois há os outros, os agentes e beneficiários da crise (à proporção do país), os donos da finança e os seus agentes e cúmplices dentro e fora dos governos.
O CDS grita que não quer aumento de impostos com uns salamaleques que pretendem fazer crer aos tosquiáveis cidadãos que estão a protege-los, ora o que é preciso é lançar impostos e muito elevados mas apenas para as altas e muito altas remunerações e prémios, acima, por exemplo, da remuneração do Presidente da República e aumento do IRC (real, sem as múltiplas isenções) à banca de modo a pagarem pelo menos tanto como as pequenas empresas e não metade ou menos como agora sucede. E taxar as mais valias mas não apenas aos pequenos investidores como o Governo está a pensar fazer deixando de fora o grosso das mais valias, as que são auferidas pelos muito ricos através das SGPS e por não residentes.
Etiquetas: bacanal financeiro, crise
[1968] MILAGRE !
O Papa fez o Milagre! O PIB português cresceu no 1º trimestre deste ano 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado batendo o recorde dos países da União Europeia e colocando o nosso PIB a ombrear com o Benfica, o Ronaldo e o Zé Mourinho.
Foi Milagre! Na véspera de Fátima, Bento XVI oferececeu ao país da irmã Lúcia e dos outros pastorinhos um PIB que deixou a procissão dos ex-ministros das finanças a Belém de boca à banda e Cavaco Silva encavacado. Obrigado Bento XVI. Outro milagre como este no 2º trimestre e esqueço a campanha malévola da pedofilia.
Etiquetas: milagre, Papa, pib
PSD e PS à beira do entendimento...
"É o governo que governa", é a máxima que reina na entourage do maior partido da oposição - escreve o Diário Económico e que Sócrates também faz questão de sublinhar.
Esta máxima beneficia o PSD perante o país. Nesta base, vai aprovando as medidas negociadas com o governo, ditadas de Bruxelas. PS e PSD a fazerem o jogo claro de Bruxelas. E assim estrategicamente vai cozendo o PS em banho-maria. Muito por sua culpa assinale-se. Quando chegar a altura eleitoral o caldo está soberbamente cozinhado.
O PSD para dar mais credibilidade à máxima de que "é o governo que governa" vai aqui e ali apontando alguma medida diferenciadora. Uma que muito me sensibilizou é a que preconiza um corte nos salários dos políticos e gestores públicos de 2,9%. Como é que os abrangidos vão poder viver com menos 2,9%?
Temos de ter uma lista dos abrangidos para quando formos ao supermercado adicionar às nossas compras uma caixa de sardinha para lhes enviar.
Etiquetas: Entendimento PS/PSD, Medidas Gravosas
2010-05-11
Vem aí a quinta-feira "negra"
A comunicação social sobretudo a económica aponta para a próxima quinta feira, como o dia do anúncio de medidas muito duras por parte do governo com interferência no abaixamento do poder de compra das pessoas.
Será já o aumento dos impostos que Teixeira dos Santos se cansou de apregoar como possível, lá por Bruxelas? Será o imposto sobre o trabalho? "Malha-se" sempre nos mesmos, para usar uma expressão tão querida de Augusto Santos Silva.
O PS tem, na realidade, uma vocação especial para este tipo de trabalho, penalizador das camadas sociais.
Etiquetas: aumento de IVA? Corte nos salários?, Medidas duras
Por uma boa causa ...
... Sarkozy chegou atrasado a um encontro com um chefe de Estado.
Essa boa causa revelada no novo livro, The Promise, sobre a vida de Carla Bruni e Sarkozy, diz a comunicação social, ficou a dever-se ao casal se ter distraído das horas a fazer sexo.
Bem, o que os Presidentes da República fazem!!
2010-05-10
Carlos Queirós... e a selecção
Começo por pedir desculpa. pois não sei como se escreve o sobrenome do seleccionador: com S ou Z? Escrevi Queirós. Só tenho a pedir desculpa ao próprio se outra for a forma mais indicada.
Fiz uma opção e lá está.
O seleccionador também optou e lá está. O seleccionador optou e falhou (como eventualmente o fiz na escrita) em não ter convocado João Moutinho. Mas parece-me que a falha do seleccionador é bem mais grave. Não digo isto por ser do Sporting que está melhor representado para o campeonato que fez. Mas não é por aí que se deve ir.
Portugal não tem muitos jogadores para fazer de 10 ou de 8. Tem Deco e pouco mais e João Moutinho é dos poucos que o poderia fazer porque já o fez e bem e porque é um jogador empenhado. Daí achar que o seleccionador errou.
E se tiver razão, mal para o País.
De qualquer modo espero que se lute pela medalha final.
Etiquetas: Imperdoável, João Moutinho e a selecção
Afinal, quando haverá PEC?
Todos os dias, o país muda de PEC. Cada saída à Europa dos nossos governantes um novo PEC. Com este processo tão diferentes da Grécia que éramos, mas as medidas começam a aproximar-se.
Dentro em breve será o aumento dos impostos, depois o corte nos salários. Já há propostas na mesa.
Parece é que nada sobra para aquelas actividades em que a crise até aumenta os lucros.
O País entrou por uma via sem rumo.
Etiquetas: Novo PEC? Aumento de Impostos? Corte nos salários?
A tolerância de ponto pelo Papa
Muita empresa privada não vai tolerar. Muita escola privada não vai tolerar.
Afinal só a função pública tem católicos praticantes. Já agora tenham mais férias, são também eles que estão em risco face ao PEC de lhes cair o cepo em cima.
É pena. A nuvem veio incomodar um ou outro que ia dar um giro até Barcelona, Paris e Madrid. O tempo de praia também não parece estar para uma santa escapadela. Poder-se-á adiar a tolerância?!
Etiquetas: Privado, Público, Tolerãncia de ponto
Fátima, Fado e Futebol
Avizinha-se um desafio para Fátima.
Ontem, que o País pouco dormiu pelo Benfica campeão, o futebol esteve ao rubro. Começou hoje uma outra mobilização geral, que tem a ver com Fátima e que vai desde a Presidência da República aos ministros e à AR.
Nunca estes dois fenómenos estiveram tão colados, apesar de muito explorados.
O fado passa, neste contexto, um pouco ao lado, apesar do seu bom momento e para melhor de quando nasceu o slogan dos 3F's.
A igreja portuguesa vai ter que se empenhar para mostrar uma vitalidade maior que a do Benfica.
Etiquetas: Fado, Fátima, futebol, Papa
O Papa e o Sexo ... coincidências
Não vou escrever nada que incomode os espíritos mais devotos.
Apenas referencio que está a decorrer no Porto, uma das terras portuguesas por onde o Papa vai passar, um simpósio sobre o sexo que, pelo que já li, alerta e analisa problemas reais das pessoas, que começou antes e acaba depois do Papa por cá Passar.
Não deixa de ser uma coincidência do arco da velha...
Etiquetas: Papa, sexo. coincidências
2010-05-09
Os novos velhos do Restelo
"Meio TGV" ... não posso concordar nem aceitar de forma alguma esta decisão do governo. Se se trata de um investimento estratégico, se vai permitir a Portugal uma maior e melhor integração na Europa, se tem impactos fortes no desenvolvimento económico, se cria emprego como se diz quer durante a fase de construção, quer durante o funcionamento, se tem uma elevada incorporação de produção nacional como dizem os estudos elaborados pelos centros de investigação universitários, não vejo razões, apesar do estrangulamento financeiro em que o País se encontra, para cancelar este projecto.
Há tantos outros projectos que poderiam ser cancelados e certamente a 3ª ponte poderia ser redefinida entre ferroviária agora e deixar algo preparado para a rodoviária depois.
Quem vai ganhar com isto é o Poceirão e ainda bem. pelo menos nem todos perdem apesar do País perder muito.
Num período em que se regista uma quebra de investimento privado fortíssima, ainda se percebe menos. Mais uma decisão, em que ganham os "novos velhos" do Restelo.
Etiquetas: "Meio TGV", novos velhos do Restelo
2010-05-08
Ainda o acto do deputado Ricardo Rodrigues
Sobre esta situação caricata mas grave, um deputado não pode ter certos comportamentos, mesmo por muito sensível que seja (considero que ninguém deve ter o comportamento de Ricardo Rodrigues - estar nas primeiras páginas paga-se). Vale a pena ler a opinião de João Marcelino,
| | director do DN porque abrange um outro domínio, a deontologia dos jornalistas, poucas vezes abordada. Aliás, a ideia generalizada é a de que os os jornalistas podem arrogar-se de um estatuto em que tudo lhes é permitido.
Se foi este o caso, não tenho elementos para discutir a situação, mas João Marcelino interroga-se sobre isso e daí apontar para a envolvente do episódio, que eu continuo a defender que foi grave e sem consequências. Por vezes, destas circunstâncias surgem heróis!!!
2010-05-07
O "acto irreflectido" do deputado Ricardo Rodrigues
Certamente ninguém pensa que Manuel Pinho, Ministro da Economia, reflectiu muito tempo para fazer os corninhos na Assembleia ao deputado do PCP, Bernardino Soares.
E o desfecho foi o que se sabe. Por sua livre vontade ou não, mas certamente com alguma achega "por fora" e agora depois de reflexão, Manuel Pinho demitiu-se.
O deputado Ricardo Rodrigues que certamente reagiu à Manuel Pinho deveria seguir um percurso semelhante. Deveria ter-se demitido da bancada e de deputado, por iniciativa própria, embora as achegas sejam sempre "boas".
Mas, desta vez, segundo a comunicação social as achegas funcionaram em sentido inverso.
É interessante reflectir no porquê.
No entanto, quem perdeu com tudo isto (atitude e reacção dos seus pares) foi a Assembleia.
E a terminar, só falta mesmo registar o tão enigmático comentário do Presidente da AR: "a relação entre qualquer deputado e qualquer jornalista é uma relação tão íntima, directa e insondável como a do confessionário".
2010-05-05
Defender a linha de TGV Lisboa-Madrid...
... enquadra-se numa visão estratégica. Portugal não pode continuar a adiar uma melhor e rápida acessibilidade ao resto da Europa. E tem neste investimento concreto um dos melhores instrumentos melhorar substantivamente essa situação.
Em Portugal, perde-se demasiado tempo, por vezes tempo irrecuperável e sobretudo não se avança na criação de riqueza, o que significa o país empobrecer, porque raramente se aposta a tempo e decide pelo que é estratégico.
Anda-se no superficial e/ou então a reboque de interesses que nada de estratégico têm ou tiveram para o País. Seria bom algum dia analisar, de forma independente e científica, as largas somas de dinheiro oriundas dos Quadros comunitários de apoio, na óptica das estratégias que serviram ou não serviram, servindo interesses de não desenvolvimento do país.
O País perdeu as melhores oportunidade de hoje ser senhor de um sistema económico sustentado.
Fala-se de que é preciso exportar. Mas Portugal vai exportar o quê, se com os dinheiros vindos da UE esteve 30 anos a apostar no cavalo errado, em produtos sem mercado? Em empresas que se sabia que iam falir, era uma questão de tempo, em grupos de interesses que nada acrescentavam? Apoiaram-se investimentos de não qualidade e sem futuro: A selectividade, a qualidade, o comportamento da procura não foram tidos em conta. E quem mais tempo governou, durante esse período de vacas gordas, foi efectivamente o primeiro ministro Cavaco Silva (10 anos de governação).
Felizmente, parece que as esquerdas uma vez pelo menos se vão unir para impedir as manobras em que Cavaco Silva está enredado para fazer cair a Linha Lisboa Madrid do TGV.
Etiquetas: direita, esquerdas, Presidente Cavaco Silva, TGV Lisboa-Madrid
2010-05-04
Eu votarei Manuel Alegre
Se me perguntarem se voto no alferes Alegre, no poeta, no ex-deputado ou no candidato à Presidência, respondo que voto em Manuel Alegre, valorizando a pessoa que apresenta capacidade para se insurgir contra situações estabilizadas mas negativas. O discurso de hoje nos Açores é exemplar. (Um registo à parte - o boicote dos canais generalistas ao discurso). É isso que me leva a votar em Manuel Alegre, candidato às próximas eleições presidenciais.
Da última vez não votei em Alegre. Votei em Mário Soares e aqui defendi Soares, como o melhor candidato das esquerdas. Era o que pensava então.
Hoje, na conjuntura actual e face às perspectivas de candidaturas que vislumbro e como não gosto de negativos, não tenho a mínima dúvida. Afastar Cavaco do Poder passa por Alegre. E Cavaco tem mostrado, pelo menos nos últimos tempos, que não está a servir o País, passou mesmo a comandante directo da oposição. Falta-lhe visão estratégica.
Etiquetas: Cavaco Silva, líder da oposição
A orquestra está montada..
E com maestro bem presente e actuante.
S. Excia, o Presidente da República, vai receber um conjunto de ex - Ministros das Finanças que lhe vão pedir para que tente suspender todos os investimentos públicos! Este acto de receber do Sr . Presidente significa o quê?! Será que espera que o grupo lhe solicite a demissão do governo de José Sócrates?. Só assim, o Presidente poderá intervir na suspensão.
Pasme-se. A orquestra está montada, acrescentada ainda por um novo elemento o Dr. Paulo Portas, que também vai ser recebido exactamente com essa mesma finalidade. Será que o maestro está preparado?
Claro. Ferreira Leite, enquanto presidente do PSD, também defendia o mesmo. Foi uma maestrina mandatada.
O que não me parece é que o Dr. Pedro Passos Coelho esteja a gostar de jogo. Ele apresentou-se com outros métodos bem mais actualizados e escorreitos parecendo dispensar esta orquestra algo desafinada.
2010-05-01
A pílula do dia seguinte...no Parlamento
Na casa da democracia, ouve-se dizer que, com alguma frequência, sucedem alguns entusiasmos e avanços. Ainda bem, a democracia não pode estar a leste da vida real. Por isso, interessante foi alguém falar aos senhores deputados da pílula do dia seguinte.
Henrique Granadeiro teve essa oportunidade, lembrando aos senhores deputados (alguns eventualmente "discordantes" formais do seu uso) que teve de a usar para fazer cair um negócio que, embora desejado, era naquele momento pouco oportuno.
Já aqui me referi, mais de uma vez, sobre a história do negócio abortado da PT/TVI. É com gosto por isso que vejo os mais altos gestores da PT (Granadeiro e Bava) abordarem agora o negócio na óptica do sensual.
Etiquetas: Negócio PT/TVI, pílula do dia seguinte, Sensualidade