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2008-10-31

 

Madeira e as Ilhas Selvagens

No livro escolar da Porto Editora - Estudo do Meio - 3º ano do ensino básico,(4ª. reimpressão) a página 29 é dedicada aos Arquipélagos dos Açores e da Madeira.

Para além dos conceitos como o de Arquipélago aí expresso "um conjunto de ilhas próximas umas das outras", o que é de um irrealismo gritante, e de não se referir que no pós 25 de Abril estes arquipélagos são as Região Autónomas de Portugal, o arquipélago da Madeira está amputado das ilhas Selvagens que dão a Portugal um grande contributo para a vasta ZEE portuguesa. São património da UNESCO e têm sido alvo de visitas de várias delegações nacionais e internacionais e dos Presidentes Mário Soares e Jorge Sampaio.

Provavelmente os autores do livro já resolveram satisfazer o país vizinho que quer integrar aquelas ilhas portuguesas na região de Canárias.

Assim, vai a "ciência" do nosso ensino.


 

Uma "Governancia" Mundial?

"Propondré al G-20 un plan de nueva gobernanza mundial".

O Director do FMI vai levar à reunião do G-20 de 15 de Novembro a proposta de um governo mundial na entrevista dada ao El País que vale a pena ler. Dominique Strauss afirma que é mais legítimo apreesentar esta proposta no G-20 onde não estão só os países ricos do que no G-7, reconhecendo assim aos países pobres um papel importante a desempenhar nesta matéria.


2008-10-30

 

Mercado, Existe?

Leia Retóricas que a crise despiu sobre a grande questão que nos tentam impingir sobre o funcionamento do mercado. A autora, uma jornalista de economia considerada tem alguma piada ao dizer que os mercados das castanhas assadas autocorrige-se, mas o dos sistemas financeiros não.

 

O que pensa o governo dos chumbos escolares?

Governo apoia fim dos chumbos no básico
 

Pinto Monteiro e as garantias dos arguidos

PGR preocupado com excesso de garantias dos arguidos
 

Portugal a vender inovação

É o caso destas duas médicas que deixaram o hospital de lado e como empresárias posicionam-se no mercado da venda de inovação no exterior “Argentina e Chile serão os próximos mercados”

 

Espanha combate a crise

Enquanto em Portugal Manuela Ferreira Leite ataca, de qualquer forma, todo o investimento público Espanha mantém grandes obras para combater a crise

2008-10-29

 

O Estatuto dos Açores de novo e para não falar mais

A minha opinião já aqui expressa é que este ou outro Estatuto pouco adiantará no futuro, porque há um debate nacional a fazer-se sobre o enquadramento das Regiões autonómas no País, pois como também referi muitos dirigentes políticos regionais anseiam por um Estatuto não de RA, mas de Estado regional.

Daí que se torne "infantil" e desnecessário este braço de ferro entre o PR e o PS. A haver que seja por uma questão maior. Há que resolver esta situação sem sangue.

Por outro lado, o PR tem alguma razão embora não de substância pela simples razão que nada, neste processo, é de substância e aguardar a oportunidade, talvez a revisão da Constituição, para debater seriamente esta grande questão de fundo: é o modelo constitucional que está em causa.

 

Dia 4 - Eleições EUA

A campanha está muito aquecida e o grande debate centrou-se nestes últimos dias na economia e nos impostos em especial.

Por cá, as eleições são no próximo ano e a oposição de direita centrou, nestes últimos dias, a atenção no aumento do salário mínimo. Como é possível estar-se contra este modesto aumento de 24€/mês a partir de Janeiro? Como pode a crise financeira constituir argumento para este aumento que já havia sido negociado na concertação social? Um aumento com algum efeito social positivo sobretudo em camadas sociais com rendimentos mais baixos favorecidas e até com alguns impactos positivos na procura de certos bens. Não se percebe.


 

Mais Cadilhe's e em força para a banca portuguesa

Apesar de oficialmente "a banca portuguesa estar protegida" dos produtos tóxicos, como dizem alguns, embora vulnerável à crise financeira global, admitem essas mesmas pessoas com responsabilidades de vária ordem nesta matéria, o que é verdade é que vão aparecendo vozes de peso como Silva Lopes a questionar em tom mais alto ou mais baixo "a aplicação" de dinheiros dos contribuintes, via Caixa Geral de Depósitos por exemplo no BCP, e embora não referindo o BPN estava lá indirectamente admitido na sua entrevista ao Expresso. Sobre o BPN leia-se a exemplar actuação Cadilhe denuncia quadros por alegados crimes no BPN, que só é pena que não tenha sido seguida em outras instituições.

O problema agora é o da justiça onde tudo se arrastará por uns longos bons anos.


2008-10-28

 

Sobre o veto do Presidente

Como ontem escrevi não vale a pena tanta canseira verbal. Só o País perde. E, além disso, é minha convicção, que este estatuto nada vai resolver, porque esta guerra só irá parar, uma vez não havendo Regiões Autónomas.

Já me explico. O que os dirigentes políticos das RA pretendem/desejam e quase diria, de forma transversal a todos os partidos, são Estados Regionais, o que é bem diferente de Regiões Autonómas, nomeadamente em termos de Constituição porque assenta numa outra filosofia, outro enquadramento jurídico, relações de Estado federal, etc.

Essa é que é a verdadeira questão. Não andemos então para aqui a fazer que não se percebe, a brincar ao gato e ao rato.

 

Cancro do colo do útero

Finalmente, iniciou-se em Portugal a vacinação e rastreio gratuitos. Leia Estado chama mulheres para rastreio gratuito
 

"Nova Via" para a esquerda

VIA NOVA é um artigo de Manuel Alegre sobre a esquerda, neste contexto de crise financeira internacional, onde ele constata que "há um grande défice de esquerda na Europa" e que esta crise aponta para uma mudança interrrogando-se: "mas em que sentido se fará essa mudança?" e juntando "era aí que a esquerda deveria ter um papel".

Em jeito de conclusão diz: "uma nova esquerda só poderá nascer de várias rupturas das diferentes esquerdas consigo próprias".

Sendo este o sumo do artigo sabe a pouco.

2008-10-27

 

TARRAFAL uma prisão dois continentes

Na próxima 4ªfeira, 29 de Outubro, decorrerá na Assembleia da República o colóquio internacional Tarrafal: uma Prisão dois Continentes, promovido pelo Movimento Cívico Não Apaguem a Memória - NAM.
O que talvez não saibam é que podem ver todo o colóquio, em directo em vossas casas pela internet indo ao site do NAM [aqui] ou ao blog os Caminhos da Memória.
Esperemos que nenhuma má confluência dos astros impeça que a coisa funcione.
O programa está aqui e decorre entre as 9,30 e as 19h. A entrada é livre e fica no edifício novo da AR, contíguo ao Palácio de S. Bento.
Estarão presentes 2 ex-tarrafalistas portugueses e 5 das ex-colónias. E uma avalanche de especialistas na matéria. Quem queira e não possa ir pois vá à net.

 

Sem surpresa o veto do PR

Estava na praça pública. Cavaco Silva, depois de ter feito parar o país na véspera deste mesmo país estar a parar para ir a banhos (quem tinha posses para tal é evidente), não tinha outra saída.
Não vou discutir braços de ferro, uma teimosia de parte a parte, porque princípios diferenciadores não há. Seria bem melhor nos momentos que correm, antes reunir esforços para atacar outras questões bem mais graves, a não ser que destas guerrinhas surja uma grande adrenalina que rompa montanhas. A fotografia deste processo fica para a história algo deslavada e enevoada.

 

Pedidos de subsídio de desemprego em aumento

Quase 20 mil pediram subsídio em Setembro. Esta a situação em Setembro e poucos são os sinais de uma melhoria no curto prazo, por duas razões dificuldades no crédito às empresas e retracção de mercados e sobretudo dos mercados externos portugueses, como por exemplo Espanha que com 2,6 milhões de desempregados no 3º trimeste de 2008 atinge o valor mais elevado destes últimos 8 anos.

 

Voos Lisboa-Funchal

É de saudar os voos da Easyjet, a partir de hoje, no percurso Lisboa/Funchal/Lisboa.

Esperemos que venha pôr cobro a um período deveras atribulado em que a liberalização de rota, ocorrida em Abril passado, só trouxe aumento de preços, com excepção de umas quantas promoções anunciadas a quando do anúncio da abertura.


2008-10-26

 

Palma de Maiorca passa a capital da Madeira

Não se trata ainda da "independência" de Alberto João Jardim, mas de "um bom trabalho" promocional, eventualmente pago, sobre o turismo da Madeira . Leia artigo do jornalista José Milhazes no seu blog
http://darussia.blogspot.com/2008/10/palma-de-maiorca-passa-capital-da.html

 

Sobre a crise...

... Vale a pena ler Silva Lopes em "Há bancos com mais poder do que o Banco de Portugal"
 

Pintar a Memória


Não cheguei a dizer o que estavam estas "Três Graças" a fazer aqui ?

2008-10-24

 

A Introdução de novos medicamentos no mercado português

Um estudo do Instituto Karolinska da Suécia, apresentado ontem no 3º congresso português do cancro do pulmão, em Albufeira, compara o panorama do tratamento em 20 países europeus e sublinha o atraso português de medicamentos inovadores para o tratamento desta doença.

Um dos motivos desse atraso deve-se à morosidade do Infarmed no processo de introdução desse novos medicamentos a que este instituto público responde que ninguém fica por tratar porque se pode importar.

Só que e fala quem já teve necessidade de importar um medicamento não distribuído no mercado português, a importação precisa de muita burocracia: tem de ir ao Infarmed requerer, depois tem de ir saber se foi autorizada a importação, depois tem de ir ao serviço da TAP e depois levantar o dito medicamento. Se juntarmos a tudo isto o tempo, os telefonemas, as deslocações, o preço que se paga é elevadíssimo.

Para o Infarmed deve ser uma boa medida atrasar a introdução dos medicamentos, até porque medicamento importado não tem comparticipação alguma. Mais um custo que suporta o doente.

Gasta-se tanto dinheiro na saúde para ficar com uma má saúde. É demasiada a ineficácia e se há sítios onde era preciso mudar o Infarmed é um bom exemplo.

2008-10-23

 

Quando vai a ASAE actuar nos táxis?

Os donos dos táxis queixam-se de tudo: impostos, combustíveis, etc.

Provavelmente terão muita razão.

E eu queixo-me dos táxis. Ultimamente tenho recorrido bastante ao táxi. Desde a limpeza, a carros que não oferecem o mínimo de segurança, a motoristas a fumar quando vão vazios, ... há de tudo.

Ainda esta manhã utilizei um taxi. Saltavam -lhe as mudanças e o incómodo era visível, tanto que, a dada altura, reagi e o motorista diz-me, sabe a ASAE aqui não funciona porque senão mais de 50%, sobretudo das frotas dos grandes proprietários de táxis eram retirados do mercado pois não têm condições exactamente como este que é duma dessas frotas. "Um dia destes sou eu que chamo a ASAE" - dizia-me o taxista. Entusiasmei - o porque de facto o utente não tem de aguentar aquelas "pocilgas"


 

Sou contra ... uma discriminação injusta

Segundo li, o ministro das finanças já preparou a portaria de quem pode sair do Estado levando consigo uma subvenção pública e proibe que os licenciados possam candidatar-se a isso.

A ser assim é "amarrar" quem eventualmente queria envolver-se em outras formas de "melhor trabalhar" a seu gosto. É perfeitamente injusto e cruel, tanto mais que não creio em grande debandada, pois para arranjar trabalho no sector privado o mercado também não anda famoso e o nosso mundo empresarial nunca foi famoso na absorção de técnicos.

Esta proibição visa mais os médicos mas eles já constituem uma classe à parte (os chamados corpos especiais), porquê então sacrificar todos os técnicos?

2008-10-22

 

Eliminar os paraísos fiscais

Não foi José Sócrates quem proclamou tal desejo.

Foi François Fillon, o primeiro ministro de Sarkozy quem no dia 14 de Outubro último, em plena reunião da Assembleia Nacional de França, pediu "o desaparecimento dos paraísos fiscais" como peça fundamental para a reorganização, ou melhor "refundação do sistema financeiro internacional".

Vamos admitir que José Sócrates decidia apoiar essa ideia de Sarkozy. Seria possível imaginar a figura que Alberto João Jardim faria? A "ladainha" de disparates que ia ser desfilada sobre nós durante dias e dias por mais uma vez ?

No entanto, a tese oficial da SDM (empresa que gere a Zona Franca) e do Governo Regional é que o CINM (Zona Franca da Madeira, em linguagem mais popular) não é um paraíso fiscal.


 

Dificuldades no crédito à habitação em aumento

As dificuldades com o crédito à habitação crescem a uma velocidade preocupante e a informação existente reporta-se ainda a uma fase anterior (antes da Euribor ter disparado) 23 mil famílias já não pagam crédito da casa pelo que hoje a situação deverá ser ainda mais dramática.

Esta situação de grande gravidade para as famílias portuguesas e para a economia necessita de urgente solução.

O OE 2009 avança com medidas que, pelo menos em termos de princípios, toda a gente ou quase estará de acordo. Mas ... restam algumas dúvidas na materialização dessas ideias.

O próprio governo não foi muito claro nem muito convincente. Há que avançar, aprofundar o assunto e actuar rápido para parar a hemorragia.


 

E-mail com alguma graça

Método do tijolo para contratação de funcionários

O método consiste em colocar todos os candidatos num armazém e disponibilizar 200 tijolos para cada um. Não dê orientação alguma sobre o que fazer. Em seguida, tranque-os lá e, após seis horas, volte e verifique o que fizeram. Segue a análise dos resultados:
1 - Os que contaram os tijolos, contrate como apontadores.
2 - Os que contaram e em seguida recontaram os tijolos, são auditores.
3 - Os que espalharam os tijolos e os classificaram pela forma e propriedades físicas são engenheiros.
4 - Os que tiverem arrumado os tijolos de maneira muito estranha, difícil de entender, coloque-os no Planeamento, Projecto e Implantação e Controle de Produção.
5 - Os que estiverem jogando tijolos uns nos outros, coloque-os em Operações.
6 - Os que estiverem dormindo, coloque-os na Segurança.
7 - Aqueles que picaram os tijolos em pedacinhos e estiverem tentando montá-los novamente, devem ir directo para a Tecnologia da Informação.
8 - Os que estiverem sentados sem fazer nada ou batendo papo-furado, são dos Recursos Humanos.
9 - Os que disserem que fizeram de tudo para diminuir o stock mas a concorrência está desleal e será preciso pensar em maiores facilidades, são vendedores natos.
10 - Os que já tiverem saído, são directores.
11 - Os que estiverem olhando pela janela com o olhar perdido no infinito, são os responsáveis pelo Planeamento Estratégico.
12 - Os que estiverem conversando entre si com as mãos no bolso demonstrando que nem sequer tocaram nos tijolos e jamais fariam isso, cumprimente-os com muito respeito e coloque-os na Administração.
13 - Os que levantaram um muro e se esconderam atrás são do Departamento de Marketing.
14 - Os que afirmarem não estar vendo tijolo algum na sala, são do Departamento Jurídico.
15 - Os que reclamarem que os tijolos 'estão uma merda, sem identificação, sem padronização e com medidas erradas', coloque na Qualidade.



2008-10-21

 

A tomada de posse de Alípio Ribeiro ...

... foi tudo menos pacífica.

Alípio Ribeiro, ex- director nacional da PJ, tomou posse como inspector do Ministério Público. Não se percebe bem esta nomeação e menos se percebe ainda que seja a amizade o factor decisivo deste facto.

Alípio Ribeiro e o Ministro da Justiça deverão ter pesado bem o assunto. Prós e contras de um ex-director da PJ agora inspector do MP. Isto é exactamente mudar de posição.

No entanto, pelo discurso na tomada de posse de Alípio Ribeiro, tudo indica que tal ponderação não terá sido muito aprofundada.


 

Ferreira Leite apertada desmente Carlos Carreiras

Manuela Ferreira Leite, ontem na entrevista com Constança Cunha e Sá, mostrou bastante desconforto, quando esta lhe pergunta se Santana Lopes era já a sua escolha para a Câmara de Lisboa.
Rodeou, rodeou a questão, acabando entre outras coisas por dizer que este tipo de "ambiente" era o PSD no seu melhor. Constança não desiste e até comenta "no seu pior".
Ferreira Leite acaba por dizer que apenas deu o aval à distrital para analisar os nomes de candidatos, o que equivale a desmentir Carlos Carreiras, o líder da distrital do PSD de Lisboa que, em Televisão também, disse que Ferreira Leite tinha autorizado a discutir e votar Santana Lopes.

2008-10-20

 

Eleições Açores

Uma vitória para Carlos César, com algumas novidades: perde um deputado e votos, embora ganhando em todas as ilhas, o que é inédito, o que não deixa de lhe dar um certo amargo. O Bloco de Esquerda entra pela primeira vez na Assembleia Regional com dois deputados, à frente do PC. O PPM, mais por "lapso", acabou por marcar presença graças ao Corvo.

Um panorama interessante. A grande derrota ficou com o PSD que já custou a cabeça do líder e Ferreira Leite que por lá andou a dizer que a democracia corria riscos em Portugal, afinal não se fez ouvir. Pouco contou, quando muito ajudou a afundar ainda mais o seu partido.

Não quero com isto dizer que das eleições Açores se podem retirar tendências para as próximas eleições no País. Apenas que deve haver "tento na língua" como diz um ditado popular.

2008-10-17

 

Meu caro e grande amigo Carlos Corvelo

Foste embora, demasiado depressa. O nosso último jantar foi na Páscoa na companhia de um grupo restrito de bons amigos comuns. Já aí surgiram indícios de que a vida nos pode tramar sem avisar.

E, agora, meu caro Corvelo, com quem poderei discutir as regiões autónomas, com o nível que proporcionavas, apesar de, por vezes, haver alguns desencontros de opinião entre nós, que a muita amizade que vinha de longa data e de muitos acontecimentos vividos em conjunto no antes e no pós 25 superava e tudo acabava sempre em bem.

O Porto deixou a sua marca, foi o nosso início na vida, mas o nosso reencontro em Lisboa com o 25 de Abril é bem outra marca profunda que nos uniu profundamente, apesar de trajectos bem diferenciados.

Muitas vezes, em alguns bares de hotéis ou outros, sós ou com mais amigos, em que também no Whisky tinhamos algumas opções diferentes, a troca de ideias era viva, mas sempre numa discussão sã e sincera na procura de um melhor aprofundamento dos problemas. A tua ânsia e a tua generosidade que pretendo aqui registar era a de acertar nas melhores decisões para a região dos Açores em que tinhas assumido responsabilidades governativas, isso era o teu fascínio, mas onde a ilha Terceira aparecia sempre em primeiro plano. Ainda há (via) gente boa e dedicada como tu.

Meu caro amigo, não sei por onde andas. A tua falta é uma perda muito sentida no âmbito da camaradagem e do clarear de ideias e ideais e junto ainda a perda da tua valia técnica. Até sempre.

2008-10-16

 

Crise e Eleições

É pena que não haja eleições para o Parlamento todos os anos porque, desta forma, os trabalhadores do Estado seriam um pouco menos sacrificados.

2009, ano de eleições. Uma receita mágica desencantada, apesar da crise financeira com impactos negativos ainda não bem avaliados na economia, permitiu desencantar margem para pagar um pouco mais à Administração. Há que guardar bem este modelo/receita que poderá vir a ser muito útil no futuro.

Para os chamados pensionistas a receita encontrada não permite igual benesse. Uma vez no depósito não há que se preocupar muito com eles, até porque vários deles já não estão para se chatear com o voto. Mas tamanha discriminação é imperdoável e injusta do ponto de vista social.

 

Mais um episódio da telenovela PSD/Lisboa

Estes últimos dias o sobe e desce da eventual candidatura de Santana Lopes na guerra entre barões e as bases é apenas ultrapassado pelos trambolhões nas bolsas.

Santana Lopes tem sido o mais sensato e, quanto a mim, lá no fundo deve rir-se que nem um perdido. Ele gosta desta adrenalina.

Eis o episódio de hoje PSD/Lisboa ultrapassa Manuela e escolhe Santana

 

O "dia" da Pátria

Costumo dizer entre amigos que dia de selecção é dia da Pátria, isto depois do europeu por cá.

Ontem foi um "dia da pátria", negro. Nada que não possa acontecer como muitos outros dias e bem piores, mas escandaloso. E contra 10 jogadores e desta vez nem há penalti não marcado que nos desculpe. O árbitro até corrigiu um erro que, caso não o corrigisse, a vergonha teria sido certamente ainda maior.

A Albânia jogou muito melhor que Portugal. Mas não tem Ronaldo's, nem Nani's, nem Quaresma's, (quase sempre renderia mais ficando no banco) e outros internacionais de elevado gabarito. Muito poucas desculpas são admíssiveis. Só mesmo "as portuguesas". E agora divirta-se e leia: A PREVENIR ELE É O MAIOR.

Mas não desanime. Carlos Queirós é daqueles que levará a selecção das quinas: de derrota em derrota até à vitória final.


2008-10-15

 

Mais impasses no PSD

Ferreira Leite, apesar do seu acordo com Santana Lopes para a Câmara de Lisboa, parece estar a ser pressionada e a "congeminar uma traiçaozinha", Manuela, pressionada, retirou Santana da agenda, ou pelo menos, um recuo a ver se as águas se tornam menos baças.

Os ódios de estimação no PSD começaram a aparecer no mercado. Marcelo, Pacheco Pereira e Paula Teixeira da Cruz (que se diz aquece os motores de partida) são os detonadores de um imbróglio que visa afastar Santana Lopes do palco.

Um problema. Santana Lopes costuma reagir a estes percalços indo em frente. Torna-se difícil agora "desarmá-lo".

 

Um estranho atraso na entrega do OE 2009!

O estranho atraso e penso que inédito, pelo menos não me lembro de uma situção destas, foi explicado pelo ministro Teixeira dos Santos por questões informáticas surgidas no Ministério das Finanças.

Passado esse percalço umas pequenas notas sobre o cenário macro económico, ou para sermos mais pragmáticos sobre três taxas desse cenário já conhecidas: aquelas que vão provocar as polémicas e os desencontros mais aguerridos entre o governo, a oposição, os sindicatos e o patronato: PIB, inflação e aumento salarial da AP.

O cenário macro aponta para taxa de crescimento real do PIB em 2009: 0,6% ; inflação: 2,5%; aumentos salariais de 2,9%.

Os argumentos que já se começaram a ouvir. Ilusória a taxa de 0,6% quando o FMI diz que Portugal vai crescer apenas 0,1%, Muito baixa a taxa de inflação de 2,5% quando esta deverá ser em 2008 de 2,9%; aumento salarial de 2,9% só vai complicar a vida das empresas (acrescentam sobretudo das PME que é o que está na moda) e os sindicatos é pouco pois a AP só tem andado a perder poder de compra e, além disso, a taxa de inflação será de certeza muito mais elevada.

Comentário muito pessoal. Todos poderão ter razão e, com maioria de probabilidade, o próprio Ministério das Finanças, que sempre terá feito o exercício na base de pressupostos minimamente sólidos, se é que numa conjuntura destas se pode seriamente dizer isto.

2008-10-14

 

As quezílias no PSD

Acabo de ler Santana e crise levam à ruptura Manuela/Marcelo.

Cada vez menos barãos estão de graça com Ferreira Leite, porque a Drª ou não fala ou quando fala dá uns tiritos nos pés e assim lá se vão as prebendas a distribuir nas pós-eleições.


 

O Plano do governo português

No domingo passado e de surpresa o governo apresentou um Plano de 20 mil milhões de euros, em sintonia com o que depois formalmente foi aprovado pelos países do euro.

Este plano que politicamente não mereceu unanimidade em que consiste?

No essencial, em garantir os empréstimos das instituições financeiras portuguesas no mercado interbancário. Uma medida do governo conducente a desbloquear a falta de confiança dos bancos, contribuindo para accionar instrumentos como o papel comercial, certificados de depósitos e emissões de dívida de curto e médio prazo.

E se os bancos a quem forem dadas essa garantias falharem o pagamento dos empréstimos?

Assume o Estado a dívida e financiar-se-á mediante recurso à dívida pública e irá então cobrar aos bancos a diferença entre a taxa de mercado, na altura e a taxa da dívida pública.

Para a crise financeira este plano eventualmente dará resposta, pelo menos se se acreditar que a banca portuguesa está sólida como continuadamente nos fazem crer. De qualquer modo, uma aposta explícita em princípios como os do plano Gordon Brown deixar-me-ia mais tranquilo.

E para os efeitos da crise financeira na economia real e nas famílias?

Esperemos a ver se no orçamento vem a cegonha com boas novas.


 

No combate à crise há planos para muitos gostos

No entanto, há um plano que até mereceu referência positiva do Prémio Nobel da economia deste ano, aliás anunciado ontem, o economista e professor Paul Krugman. Esse plano é o de Gordon Brown.

O que tem este plano de especial?

Uma característica que o distingue de muitos outros, por exemplo do americano que se traduziu na compra dos "activos tóxicos".

O apoio do Estado britânico aos bancos que o solicitarem - injecção de dinheiro fresco - implica entrada no capital, um modelo de intervenção que se aproxima do usado pela Suécia na crise financeira interna de 1992.

Em concreto, o Royal Bank of Scotland, um dos bancos a intervencionar a pedido, deverá ser injectado com um montante até 20 milhões de libras por um aumento de capital subscrito pelo Estado e privados. O Estado deverá ficar com cerca de 60% do capital e as acções preferenciais do Estado receberão um dividendo fixo anual de 12%, com obrigação do adminstrador executivo sair no imediato, o presidente sair em Abril e a restante administração não receber prémios.

Numa intervenção deste teor reconhece-se alguma ética.


2008-10-13

 

A Banca Portuguesa está com Obama

Ouvi claramente dos representantes dos 4 maiores bancos portugueses, que hoje estiveram nos prós e contras, uma manifestação pró - Obama, dizendo claramente que apoiam Obama na Presidência dos EUA.

Todos eles defenderam uma mais forte regulação do sistema bancário internacional e uma condenação do papel de Bush na crise e engraçado nenhum deles foi/é "neo liberal".

Estou num país algo estranho, não é?

2008-10-11

 

A concorrência nos combustíveis está bem entregue

Podem estar os portugueses descansados porque, por mais que o petróleo baixe, os seus bolsos pouco serão afectados. Fiquem com esta orientação e programem os seus gastos. Já viram que chatice o preço dos combustíveis a descer ao ritmo do preço do petróleo! Era uma canseira para fazer tantas contas e podíamos ficar com excedentes sem saber onde os usar.

Então vamos estar atento aos sinais, porque lá para Março de 2009, a Autoridade da Concorrência (AdC), conforme nos revelou o seu presidente o Dr. Manuel Sabastião na AR, poderemos então saber se as gasolineiras se concertaram.

A ideia não é minha, pois ouvia-a hoje de manhã na TSF naquele programa dos ministros sombra: "o que a AdC precisa é de concorrência".

Acabe-se com a história da "liberalização" nos combustíveis, um "produto" implementado por Carlos Tavares e Ferreira Leite. Neste sector, não há mercado, nem pode funcionar a não ser que seja reestruturado pois a sua estrutura é de monopólio. Sem este eufemismo de liberalização, ou seja, na situação de antes, estaríamos todos bem melhor servidos, a beneficiar de preços mais baixos.


 

Casamentos "Gay" vencem Alberto João Jardim

Na agenda parlamentar de ontem esteve a votação de dois temas, à partida, mediáticos: os projectos sobre os casamentos "Gay" e a proposta de alteração à Lei das Finanças Regionais da Madeira.
Nenhum dos temas passou na AR, mas a comunicação social desta vez foi mesmo muito "madrasta" para Alberto João, praticamente não lhe ligando nenhuma.
Não terá o PSD "estado distraído" neste agendamento?

2008-10-10

 

Kosovo e casamento "gay" a complicar a vida ao PS

Ontem estive atento à "Quadratura do Circulo" e lá vi e ouvi, no último tema da discussão, António Costa, embora de forma muito prudente, como "cidadão" dizia ele, a discordar do reconhecimento pelo governo da independência do Kosovo (independência secundada pelo PR e Ferreira Leite), único ponto aliás em que os três "mosqueteiros" estiveram de acordo. No parlamento também têm vindo a público vozes socialistas que não afinam por este diapasão.

Os argumentos de António Costa pareceram-me muito válidos, porque não se trata só do direito internacional questão ainda não esclarecida, como do precedente para outras situaçãoes, agravado por se tratar de um "Estado" de fraca viabilidade e que, de algum modo, tem na base um processo de "limpeza étnica".

Quanto ao casamento gay, ouvi ontem também o ex-presidente Sampaio manifestar-se a favor em entrevista na SICn e vale a pena ler SEM CUJO CONCURSO e meditar na "embrulhada" que o PS tem vindo a criar em termos de argumentário e de posicionamento face aos projectos do Bloco e dos Verdes como refere o artigo de Fernanda Câncio e agora, em últimas notícias o deixar cair de novo este tema no programa eleitoral de 2009.

Será que, deste modo, anda o PS à caça dos votos das camadas de moral mais conservadora desta nossa terra? Tal atitude compensará os que vai perder em outras camadas em que o evoluir da vida social conta?

Não me parece que este deva ser o caminho. Um partido tem de ter causas. Reconheça-se que em Portugal se está cada vez menos nesse caminho. Mas se esta questão não consta da agenda da próxima legislatura, para onde irá o centro-esquerda?

2008-10-09

 

Quatro postes antes...comentei a posição do governo sobre a independência do Kosovo

Senti curiosidade ao ouvir na rádio no caminho para casa que António Costa também tem dúvidas, ou melhor, segundo entendi até assume uma posição mais radical da que aqui exprimi no poste referenciado.

Lá estarei a ver a actuação "dos 3 magníficos" no Programa Quadratura do Circulo da SICnotícias de hoje, para ouvir os argumentos do "magnífico" António Costa sobre o Kosovo. Os dois outros "magníficos" que actuam em parceria vão ter de respirar fundo e ter que ter imaginação. Vamos a isso.


 

O debate quinzenal

José Sócrates no debate quinzenal de ontem surpreendeu as oposições com as medidas que levou ao Parlamento, retirando-lhes alguma margem de brilho. Até Francisco Louçã que costuma destacar-se nestas andanças teve um dia um tanto acinzentado.

Questionar-me-ão sobre o mérito das medidas apresentadas para a reabilitação da economia portuguesa.

Diria apenas vão no bom sentido. É interessante a instituição dos 2 escalões de IRC. É importante a linha de crédito para as PME's, cuja aplicação deve ser norteada por uma política de selectividade qualitativa. São importantes as medidas na área social que foram avançadas, faltando neste domínio uma palavra sobre os salários.

No meu entender, deveria o governo apresentar o compromisso no sentido da agilização do funcionamento e até de revisão dos programas do QREN, por que muitos projectos de investimento poderiam ser financiados por este intermédio sem aumento dos seus custos financeiros.

Mas o tema escolhido foi o da crise financeira. Aqui, mais uma vez, a balança pendeu para o lado de José Sócrates, pois só o governo é que poderia dar garantias aos utentes da banca de que não perderão as suas poupanças e fê-lo no sentido de dar alguma confiança e de garantir que intervirá caso algum banco entre em dificuldades.

Penso que apesar do BCE ser independente que os governos não estão impedidos de falar sobre o que pensam da sua actuação. Ou será que isso só é permitido aos grandes países?


 

Banco Cental Europeu - BCE baixou a taxa para 3,75%

Tarde, atrasado, como aqui várias vezes se disse. De qualquer modo, houve um mérito no processo, a baixa concertada entre 7 bancos centrais, entre eles, a China.

Sobre o que as pessoas se interrogam, agora, é se esta baixa irá arrastar as taxas Euribor, porque é esta que serve de referência por exemplo para a determinação do montante das prestações das casas e são estes montantes que pesam no bolso. Por outro lado, se foi o suficiente? Em relação a esta última questão, é minha opinião que o BCE deveria ter ido mais longe, se tivesse actuado isolado. Uma descida para 3,25%, seria uma descida radical. Como houve uma coordenação havia que articular. De qualquer modo fica em aberto uma próxima descida, tanto mais que o BCE tem margem para tal e os efeitos da crise financeira na economia real é fundamental que sejam estancados.

Quanto á descida das Euribor há uma grande expectativa. A lógica leva-nos a dizer que tenderá a descer. Alguns analistas dão opinião neste sentido. Penso que o fundamental para a descida será a recuperação da confiança entre bancos.

2008-10-08

 

A crise financeira a mudar de Continente

Embora a informação sobre a crise e a sua dimensão continue muito volátil, quer para os lados de quem a ateou quer para os que a têm de dominar, há sinais no horizonte de que nos EUA (o foco do incêndio), já se atingiu o cume e começa a delinear-se a saída. Quanto tempo demorará? Na actual situação global os próprios EUA também não dependem só de si.

Na Europa, pelo contrário, com frágeis medidas, ao nível do Ecofin e desses G todos, pouco mais do que declaração de intenções mínimas, a crise parece estar para durar (onde arrogantemente se dizia ainda há dias que nada chegaria - uma falta de domínio de conhecimento de quem nos governa na Europa) e, pior, a sua dimensão não parece estar avaliada. E as instituições europeias pela lentidão na sua abordagem estão a deixar a crise a cozer em banho-maria.

Há quem afirme que as instituições se empenham em dar sinais, como se vai dizendo sobre a actuação do BCE que insinua ver a baixar a taxa de juro.

O combate não se dá com sinais mas com medidas precisas de muito curto prazo.

Ninguém compreende, numa conjuntura tão crítica, a passividade do BCE em não apostar numa descida radical da taxa de juros, tanto mais que a sua missão de controlo dos preços não parece estar agora em causa. Dir-me-ão. A descida de juros resolve? Não, mas ajuda muito e sem ela não se iniciam ganhos de confiança e dificilmente se inverterá a tendência da crise. Reanimar a confiança exige medidas eficazes de quem dirige e orienta as políticas dos países.

 

O reconhecimento da Independência do Kosovo por Portugal

Portugal resistiu algum tempo a este acto. E deve "pesar tanto a consciência" - como é costume dizer-se, que até o ministro Luis Amado, um ministro calmo, ontem no Parlamento excedeu-se ao ponto de pedir desculpa, embora não ache mal o pedido de desculpas por estas e outras coisas, desde que válidas.

Portugal resistiu, por algum tempo, às pressões dos grandes da União. Poderia continuar a resistir, pelo menos enquanto não estivesse só. Primeiro porque se trata de uma decisão polémica no País e já agora porque fica sem argumentos para não alinhar com as recentes declarações também unilaterais de independência da Ossétia do Sul e da Abcásia.

E nesta Europa em que cada um corre para seu lado, alguma rebeldia em questões de fundo não ficaria nada mal.

2008-10-07

 

Relatório ACP

O relatório ACP sobre a "concorrência" no "mercado" de combustíveis vem dizer aquilo que é o do bom senso.

Não há, de facto, mercado de combustíveis, não só em Portugal mas na Península, pois o mercado ibérico tem todas as características de oligopólio. "Além de trocarem combustível para venda em Portugal e Espanha, a Galp, a BP e a Repsol controlam as empresas que exploram os oleodutos nos dois países Tal situação exige para sua própria defesa transparência e eliminação de incerteza típica do bom funcionamento do mercado".


 

As "finanças" de Alberto João em depressão

Quando a ministra das finanças de Durão Barroso, à altura a drª Manuela Ferreira Leite, impôs o endividamento zero às Regiões Autónomas, o governo de Alberto João Jardim, exactamente para tornear este constrangimento financeiro dos gastos, fabricou uma saída "airosa" para poder continuar a financiar a sua obra de betão e de subsídios vários, através de sociedades de desenvolvimento, empresas de capitais públicos regionais.

Em pouco tempo, segundo a auditoria do Tribunal de Contas, estas 4 empresas em conjunto com a Empresa Parques Empresariais acumulam uma dívida de 515 milhões de euros que vai ter grandes encargos futuros na Região: Dívida das SD vai custar 867 milhões até 2032.

Segundo o DN Lisboa de hoje, de que não há link disponível, o TC recusou visto a um empréstimo de 125 milhões que seria para injectar nessas sociedades de desenvolvimento, que de desenvolvimento têm pouco, pois não geram praticamente receitas. Uns tantos elefantes brancos, alguns dos quais o mar de vez em quando se encarrega de tomar-lhes o pulso como a marina da Calheta, etc.

Anote-se que as finanças públicas regionais começam a enfrentar uma situação crítica e é preciso recordar que Sousa Franco, então ministro de Guterres, perdoou uma grande fatia da dívida acumulada, na altura um perdão de cerca de 120 milhões de contos (600 milhões de euros), como base para um relançamento são das finanças regionais na base da instituição pela primeira vez de uma lei de finanças regionais.

Afinal, de sã pouco foi a evolução posterior!

2008-10-06

 

A crise financeira na Europa e a coerência dos líderes

No sábado, a Srª. Merkel tinha criticado o governo irlandês por ter garantido todos os depósitos, acabando com o limiar dos 20 mil euros. A chanceler alemã reagiu a esta atitude do governo irlandês, acusando-o de deixar de ser solidário com os restantes países.

Ontem, o governo irlandês não fez nenhumas declarações quando soube que o governo da Srª. Merkel tomara idêntica atitude face à iminência de falências de bancos alemães Europa treme com risco de falência na Alemanha


 

Quem os ouve e quem os viu

Apreciei o discurso do Senhor Presidente da República, à minha maneira, um discurso que tanto emudeceu a Drª. Manuela Ferreira Leite, que apenas teve tempo de enviar mensagens através de terceiros.

"Verdade" foi a palavra mais pronunciada. "A verdade" contra a ilusão.

Não sei quem possa andar com ilusões de que a vida lhe possa correr bem nos tempos mais próximos. Foi um apertar do cinto para equilibrar as finanças públicas e agora é um continuar porque outra crise bem grave "importada" pode se abater sobre a economia e não se vêem os nossos dirigentes europeus a caminhar para o mesmo lado com intuitos de resolver a crise. Cada país que se governe. Cada vez percebo menos desta Europa.

Mas no meio dos aconselhamentos do Prof. Cavaco Silva ao governo para ter em atenção a situação dos menos favorecidos, há uma coisa que não me esqueço: Cavaco Silva foi muitos anos presidente do Governo. Será que nesse posto pensou nestes conselhos? Bem tentei mas não encontrei registos de tamanho pensamento.

Daí que, bem à moda europeia, cada um para seu lado e cada um com a sua verdade.

2008-10-05

 

Sobre o clássico Sporting-Porto

Há dias aprendi as diferenças entre "derby e clássico". Um derby é entre clubes rivais da mesma cidade/zona e clássico entre equipas importantes também rivais do País.

Feita esta "conversa" introdutória, o que me interessa é conversar um pouco sobre o desafio, cujo resultado não me surpreendeu nada.

Mais uma vez o Sporting perde e bem. Há opiniões e opiniões sobre a razão deste resultado. O Sporting tem bons jogadores, mas não tem equipa. Parece ter um mau balneário e uma falta de estratégia de jogo.

A Paulo Bento falta experiência e saber. Podemos gostar dele mas não é treinador ainda para o Sporting. Certamente era bom no treino de jovens mas lançado apressadamente nos seniores, não cumpre e não tem a humildade para ver isso e vai cometendo asneiras sobre asneiras. Substituam Paulo Bento para bem dele e do Sporting Por exemplo por um treinador "estilo Quique Flores".

Nos tempos mais próximos com este treinador o Sporting só pode expirar a ser um eterno "segundo".

2008-10-04

 

Saramago: Il même?

Desconheço "as angústias" de Saramago. Espero apenas que as tenha porque é bom indício.

Anotei, contudo, a sua frase:

"A esquerda, cobardemente, continua a não pensar (acrescento apenas, mas há quanto tempo?!...), a não agir, a não arriscar um passo. Onde está a esquerda?".

Acrescento e interrogo, de forma primária: não estará presa a um sistema de organização económica e social, dita erradamente marxista, como a natureza da propriedade que já deu provas de má leitura de Marx e de falência completa em regimes que assim operaram?


 

O Plano Tecnológico avança

Tenho de me penitenciar. Fui daqueles que manifestei, aqui e não só, reservas sobre a eficácia deste plano quanto à sua concepção inicial e operacionalidade.

Vejo com muita satisfação que se está a caminhar bem e até rapidamente para os nossos padrões de desempenho.

O protocolo, ontem assinado com o Presidente da Microsoft, como disse Steve Ballmer, "representa um passo significativo para a frente e integra 14 programas" (desde a formação em tecnologias de informação até ao desenvolvimento de uma plataforma para a saúde) e que permite a Portugal vir a exportar tecnologia em área tão sensível como o computador, é um exemplo interessante desses avanços.

Há ainda muitos críticos, é verdade, da iniciativa Magalhães. Ainda bem que os há, embora alguns já tenham vindo fazer um certo recuo.


 

A Câmara de Lisboa de novo em Polémica

A ética na política deve ser algo equacionado de forma muito séria. E não o tem sido.
Neste campo, as perspectivas para António Costa não estão a correr de feição, porque elementos da sua equipa estão sistematicamente a ser postos sob suspeição. Foi o caso de Ana Sara Brito e agora o do vereador Cardoso da Silva.

Situações diversas é claro, mas que deviam ser previamente transparentes.

Certamente algumas regras deveriam/deverão ser cumpridas quando as pessoas se candidatam a certas funções políticas. Por exemplo, porque não tornar obrigatório a revelação da situação profissional?

2008-10-03

 

Depois do São Benfica, "A Santa Câmara"

Sobre as casas da Santa Câmara, distribuídas ao deus-dará por essa Lisboa inteira ou quem sabe com extensões para fora de Lisboa, aqui registo uma opinião interessante A SANTA CÂMARA .

Defendi e defendo que Ana Sara Brito deveria ter pedido a demissão de vereadora, por uma razão ética e não de legalidade, que não a há, houve antes um salve-se quem puder, ou seja, de quem teve/tem a cunha apropriada.

Houve pessoas amigas que acharam a minha posição radical. Aceito a posição mas entendo que não tenho nada a corrigir neste caso.

A ética tem uma linha de rumo e deve ser aplicável mesmo quando nos toca directa ou indirectamente. Há quem não entenda assim e se disponibiliza para encontrar argumentos de justificação de desvios.


 

Hoje é dia sem crise ... no País

Porque é dia de "São Benfica". Já não me lembrava da noite de ontem na luz, em que apesar do fresquinho os pulmões de 65 mil pessoas puderam expandir-se e fazer aquele ruido de fundo dos golos.

Bastou o café matinal para sentir que a noite se prolongava para o dia e que a "independência" do Benfica está aí sob a batuta de um espanhol.

É porque os comentários já não se ficam pelo resultado. Não foi o Nápoles o vencido. Foi o Porto com o canal Benfica pois como dizem os benfiquistas: com este canal é o fim dos Oliveiras.

Mas também ouvi, se Portugal tivesse mais gente, ninguém nos parava. Chegaríamos à dimensão do Real Madrid. O canal Benfica é a esperança. Mas rematava outro: somos grandes no Mundo, com este canal vamos ser grandes lá fora. Temos o Brasil e Angola.

Há que preparar o Porto de lisboa ou será Sagres? porque já há gente para as caravelas. Não sei se há é estaleiros!

2008-10-02

 

Soros e o plano Paulson

George Soros veio ontem manifestar-se contra o plano Paulson num artigo de opinião no Finantial Times.

Para Soros, o plano é politicamente inaceitável porque favorece os autores da crise. Entende ainda que o plano como está arquitectado favorece a Wall Street e não defende os efectivamente lesados.


2008-10-01

 

A crise financeira de 1992 na Suécia e as diferenças para o plano Paulson

Em 1992, a Suécia atravessou uma crise financeira com origem numa bolha também imobiliária.

O governo sueco resolveu intervir para evitar a falência do seu sistema financeiro. Mas não assumia apenas "os activos tóxicos" dos bancos, como é da natureza do plano Bush/Paulson.

O governo sueco assumiu a participação no capital dos bancos, obrigando-os a amortizar as perdas. Os mecanismos de intervenção contém em si a recuperação do dinheiro adiantado pelas finanças públicas, alimentadas pelos contribuintes.

O que preconiza o plano Bush é, na realidade uma irresponsabilização dos gestores e accionistas, ou seja, dos actores financeiros, responsáveis por esta crise, pois transmiti-lhes a ideia de que, no médio prazo, podem voltar a correr riscos que há sempre quem os suporte: os Estados.

Daí que haja de facto alternativas a este plano Bush. A Europa está a agir nesta nesta linha de orientação.

 

Haverá crença?

Quem não tem as suas crenças, a diferentes níveis? Poucos, penso eu, porque caso contrário, a vida seria muito insonsa.

Não me estou a referir à crença "religiosa". Essa cada qual escolhe, embora ache que também aqui a informação e a acumulação do conhecimento também poderia ter papel importante. Não sou crente nesse sentido. Sou crente de "causas ou coisas", de modo dinâmico, não cristalizado, pelo que tenho as minhas desilusões.

E, assim, nascem as muitas desilusões da vida, sobretudo na política, com os comportamentos das pessoas.

O que vou dizer, embora se trate de uma pessoa, nada tem de ad hominem. Não conheço a pessoa, nem sabia que existia (é normal) antes de assumir certo cargo que deixou por motivos tidos por falta de aptidão/jeito para o seu desempenho, pelo que não consigo atingir a nomeação de quem falhou como director da PJ, ser agora nomeado para inspector do Ministério Público.

Se eu fosse trabalhador do Ministério Público lá se me ia mais uma vez, temporariamente, a crença.

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