2012-03-29
Hoje é dia de SPORTING
O Benfica "espatifou-se" no primeiro jogo com o Chelsea. Mas acho bem que dirigentes e treinador levantem a moral e proclamem que vão dar a volta em casa do Chelsea.
Os árbitros por cá andam em polvorosa. Ameaçam greve. Até o PR já está numa "de colaboração" com o futebol.
O melhor é mesmo o Porto despachar o Hulk por 40 milhões de euros.
O Governo é que precisava de uns quantos Hulk's., pois só tem BPN onde o país enterra 6000 milhões e despacho-os ao preço do Hulk.
Mas hoje é dia de SPORTING. Mesmo que não simpatize com Sá Pinto, apesar de reconhecer que está perder a verve do pugilato, talvez consiga incutir entusiasmo aos jogadores e aproveitem esta grande oportunidade de prestigiar o futebol nacional com poucos nacionais é claro, mas tem o nome do clube.
2012-03-28
Este governo anda em roda livre
Seguro um homem pouco seguro forma com Zorrinho, líder do grupo parlamentar, um duo perfeito. O mais agradável opositor que o governo poderia ter.
As suas posições são sempre de grande enigma. Mas já se percebeu: o PS é o partido da abstenção.
Ora isto de não tomar posições capazes e eficazes é de facto uma preciosa ajuda à governação de Passos.
Embora algo preso pelo acordo que firmou com a Tróika, o PS tem margem de manobra mais que suficiente para pressionar o governo a recuar.
Agora se para o PS o grande objectivo é mostrar-se fidelíssimo ao programa da Tróika que está continuamente a ser revista sem a oposição ser ouvida, isso é outra quadratura.
Etiquetas: PS. Enigmático
Este governo mente a toda a hora
Poderia usar a terminologia mais popular mas essa era um pouco mais chocante.
E então porque digo que este governo de Passos Coelho/Paulo Portas mente?
Todos ou pelo menos os mais atentos já perceberam que as medidas de austeridade, tomadas pelo governo não vão atingir os objectivos do acordo com a Tróika, quer porque os mercados, nossos clientes, estão mal como Espanha e as exportações não estão a responder, quer porque a recessão é maior que o previsto e as receitas fiscais estão muito aquém, quer porque a "receita médica" para atacar a crise está desfasada, ou seja, o caminho não é por aqui. Há que mudar de rumo.
E então com o que está programado o défice acordado (4,5%) não vai lá, o governo já tem na manga mais medidas de austeridade para os cidadãos. Está na dúvida se serão suficientes. Está à espera de ver melhor o panorama para ainda as tornar mais duras.
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Isto não é invenção minha. Existe de facto um documento (Min. Finanças) onde se prevê mais uma série de medidas de ataque aos bolsos do contribuinte, caso as que estão no terreno não resultem.
Esperem-se mais uns dias e elas (medidas) aí estarão para desmentir tudo o que anda a ser dito por este governo, de que não tenciona mais medidas de austeridade. Ainda não entendi se o governo considera cortar salários uma medida de austeridade, pois faz isso com tanta banalidade que parece tudo banal.
Depois virão as explicações ...
Etiquetas: Mais austeridade. Governo
2012-03-27
Anda alguém a gamar o nosso dinheiro
Certamente para justificarem o vencimento que auferem até não é pouco em média (um espia tem de ser bem pago, se competente), inventaram Lisboa incendiada, ruas bloqueadas e tudo o que à sua imaginação foi possível elaborar a partir de imagens nas TV's e não de uma investigação séria do real, fundada em indícios e informações concretos.
E é aqui que entra toda a trama. Polícias excitados, tudo o que mexe é para bordoar e Ministros em polvorosa.
Como bordoaram sem regra, andam agora todos pianinho a dar a entender que não é nada com eles. Querem saber tudo até o Sr. Presidente Cavaco Silva. Tudo bem. Mas será que a investigação já não vai truncada de raiz. Afinal como se lê na "Bordoada até já chegou a Belém" - Opinião - DN, a polícia é useira e vezeira a bater em Jornalistas perfeitamente identificados.
A batota
A questão suscitada era a da acusação de deslealdade formulada pelo PR ao anterior PM por razões várias, entre as quais na circunstância se destacava o facto do então PM ter partido para as Europas de PEC IV em punho sem previamente dar cavaco ao senhor Presidente. Teria sido acto de deslealdade, infracção a deveres, insuportável provocação? O senhor Presidente não hesitou em esclarecer. Com a sua mais severa máscara presidencial, sublinhou que a resposta estava na própria Constituição da República, designadamente no seu artigo 201, alínea c), convidando todos a que fossem lê-la decerto para que em ninguém restasse a mais pequena dúvida. E como o senhor Presidente pode não se lembrar bem de quantos cantos tem «Os Lusíadas» ou de confundir Mann com More, mas para questões que ultrapassem as literatices é uma verdadeira vocação, logo passou a citar de cor a referida alínea c). Ali mesmo, diante de câmaras e microfones da TV, para que ficasse publicamente provada a razão das suas acusações e a deslealdade do arguido.
A clareza da água
Aconteceu, pois, que o senhor Presidente abriu a boca e citou, lembrando que a tal alínea c) do tal artigo 201 da Constituição obriga o primeiro-ministro a informar o Presidente da República de «todas as iniciativas relevantes» tomadas pelo governo da República. Assim mesmo, sem gaguejos, complementando o esclarecimento com o tal convite para que todos fossem ler a Constituição.
É de crer que quase ninguém o tenha feito, o senhor Presidente dissera e bem se sabe que o que o senhor Presidente diz são sempre verdades como punhos. Do outro lado, era claro que perante a prova concludente o ex-PM estava feito ao bife, com perdão do plebeísmo.
Aconteceu, porém, que houve quem, porventura suspeitoso, decidisse seguir o conselho do senhor Presidente e foi consultar a já então famosa alínea c) do artigo 201, assim querendo confirmar a clareza aquosa anunciada pelo senhor PR.
E o que leu então não foi bem o que esperava: o que leu foi que uma das «competências» do primeiro-ministro é a de «informar o Presidente da República acerca dos assuntos respeitantes à condução da política interna e externa do País».
Mesmo sem entrar nas diferenças entre «competências», palavra usada na referida alínea, e «deveres» ou «obrigações», palavras tacitamente implícitas no libelo acusatório formulado pelo senhor Presidente (e ocorre perguntar quantas importantes competências presidenciais este senhor Presidente se tem dispensado de exercer), é claríssimo como a água que o Presidente fez uma citação adulterada.
Porque, como bem se lê e bem se entende, a competência conferida ao primeiro-ministro na alínea c) do 201 tem um carácter genérico, não o de uma comunicação prévia acerca de cada passo da governação. Nada garante ao senhor Presidente que, no caso do famigerado PEC IV ter passado e ser bem acolhido, o primeiro-ministro não teria informado do facto o Presidente, provavelmente adicionando os pormenores que julgasse convenientes. Una coisa é certa: a Constituição não fala em «todas as iniciativas relevantes», isto é, não exige a minúcia, ao contrário do que parece ter estado na cabeça e na memória traiçoeira do senhor Presidente. Outra coisa, e mais grave, é igualmente certa: ao viciar a citação da Constituição que fez verbalmente, com essa viciação tornando irrefutável a deslealdade do então PM, o senhor Presidente fez batota. Terá sido a primeira vez, admita-se.
Mas a questão é que um Presidente da República não é eleito para andar a fazer citações convenientemente viciadas da Constituição da República. Não será talvez caso para que, descoberto o caso, se demita. Mas é de certo modo uma vergonha para o País inteiro.
Correia da Fonseca
Fonte: email recebido
2012-03-25
Duas notas de análise...
A posição dos juízes que cada vez menos um cidadão comum percebe. Parece que andam acorrentados a alguma coisa que nos transcende
A greve que de facto como bem diz Daniel de Oliveira foi mais "para mostrar serviço".
Nem tudo vale e há que não queimar os cartuchos todos de uma vez.
É evidente que a situação está mesmo muito negra para quem trabalha. A perda de poder de compra atinge e aflige muita gente. Mas não haverá novas formas de protesto?
É muito bonito mas há quem não possa de todo fazer greve, pois os descontos fazem muita falta.
Etiquetas: Greve Geral. Juízes
2012-03-24
Portugal não pode ser um país a sério
BPN - A MAIOR BURLA DE SEMPRE EM PORTUGAl
Trata-se de um assalto histórico: foi a primeira vez que o BPN foi assaltado por alguém que não fazia parte da administração do banco.
O BPN tem feito correr rios de tinta e ainda mais rios de dinheiro dos contribuintes.
Foi a maior burla de sempre em Portugal, qualquer coisa como 9.710.539.940,09 euros.
Com esses nove biliões e setecentos e dez milhões de euros, lialgures, podiam-se comprar 48 aviões Airbus A380 (o maior avião comercial do mundo), 16 plantéis de futebol iguais ao do Real Madrid, construir 7 TGV de Lisboa a Gaia, 5 pontes sobre o Tejo ou distribuir 971 euros por cada um dos 10 milhões de portugueses residentes no território nacional (os 5 milhões que vivem no estrangeiro não seriam contemplados).
João Marcelino, director do Diário de Notícias, de Lisboa, considera que “é o maior escândalo financeiro da história de Portugal. Nunca antes houve um roubo desta dimensão, “tapado” por uma nacionalização que já custou 2.400 milhões de euros delapidados algures entre gestores de fortunas privadas em Gibraltar, empresas do Brasil, offshores de Porto Rico, um oportuno banco de Cabo Verde e a voracidade de uma parte da classe política portuguesa que se aproveitou desta vergonha criada por figuras importantes daquilo que foi o cavaquismo na sua fase executiva”.
O director do DN conclui afirmando que este escândalo “é o exemplo máximo da promiscuidade dos decisores políticos e económicos portugueses nos últimos 20 anos e o emblema maior deste terceiro auxílio financeiro internacional em 35 anos de democracia.
Justifica plenamente a pergunta que muitos portugueses fazem: se isto é assim à
vista de todos, o que não irá por aí?”
O BPN foi criado em 1993 com a fusão das sociedades financeiras Soserfin e Norcrédito e era pertença da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que compreendia um universo de empresas transparentes e respeitando todos os requisitos legais, e mais de 90 nebulosas sociedades offshores sediadas em distantes paraísos fiscais como o BPN Cayman, que possibilitava fuga aos impostos e negociatas.
O BPN tornou-se conhecido como banco do PSD, proporcionando "colocações" para ex-ministros e secretários de Estado
sociais-democratas. O homem forte do banco era José de Oliveira e Costa, que Cavaco Silva foi buscar em 1985 ao Banco de Portugal para ser secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (veja-se bem, um gatuno destes com Assuntos Fiscais!) e assumiu a presidência do BPN em 1998, depois de uma passagem pelo Banco Europeu de Investimentos e pelo Finibanco.
O braço direito de Oliveira e Costa era Manuel Dias Loureiro, ministro dos Assuntos Parlamentares e Administração Interna nos dois últimos governos de Cavaco Silva e que deve ser mesmo bom (até para fazer falcatruas é preciso talento!), entrou na política em 1992 com quarenta contos e agora tem mais de 400 milhões de euros.
Vêm depois os nomes de Daniel Sanches, outro ex-ministro da Administração Interna (no tempo de Santana Lopes) e que foi para o BPN pela mão de Dias Loureiro; de Rui Machete, presidente do Congresso do PSD e dos ex-ministros Amílcar Theias e Arlindo Carvalho.
Apesar desta constelação de bem pagos gestores, o BPN faliu. Em 2008, quando as coisas já cheiravam a esturro, Oliveira e Costa deixou a presidência alegando motivos de saúde, foi substituido por Miguel Cadilhe, ministro das Finanças do XI Governo de Cavaco Silva e que denunciou os crimes financeiros cometidos pelas gestões anteriores.
O resto da história é mais ou menos conhecido e terminou com o colapso do BPN, sua posterior nacionalização e descoberta de um prejuízo de 1,8 mil milhões de euros, que os contribuintes tiveram que suportar.
Que aconteceu ao dinheiro do BPN? Foi aplicado em bons e em maus negócios, multiplicou-se em muitas operações “suspeitas” que geraram lucros e que Oliveira e Costa dividiu generosamente pelos seus homens
de confiança em prémios, ordenados, comissões e empréstimos bancários.
Não seria o primeiro nem o último banco a falir, mas o governo de Sócrates decidiu intervir e o BPN passou a fazer parte da Caixa Geral de Depósitos, um banco estatal liderado por Faria de Oliveira, outro ex-ministro de Cavaco e membro da comissão de honra da sua recandidatura presidencial, lado a lado com Norberto Rosa, ex-secretário de estado de Cavaco e também hoje na CGD.
Outro social-democrata com ligações ao banco é Duarte Lima, ex-líder parlamentar do PSD, que se mantém em prisão preventiva por envolvimento fraudulento com o BPN e também está acusado pela polícia brasileira do assassinato de Rosalina Ribeiro, companheira e uma das herdeiras do milionário Tomé Feteira. Em 2001 comprou a EMKA, uma das
offshores do banco por três milhões de euros, tornando-se também accionista do BPN.
Em 31 de julho, o ministério das Finanças anunciou a venda do BPN, por 40 milhões de euros, ao BIC, banco angolano de Isabel dos Santos, filha do presidente José Eduardo dos Santos, e de Américo Amorim, que tinha sido o primeiro grande accionista do BPN.
O BIC é dirigido por Mira Amaral, que foi ministro nos três governos liderados por Cavaco Silva e é o mais famoso pensionista de Portugal devido à reforma de 18.156 euros por mês que recebe desde 2004, aos 56 anos, apenas por 18 meses como administrador da CGD.
O Estado português queria inicialmente 180 milhões de euros pelo BPN, mas o BIC acaba por pagar 40 milhões (menos que a cláusula de rescisão de qualquer craque da bola) e os contribuintes portugueses vão meter ainda mais 550 milhões de euros no banco, além dos 2,4 mil milhões que já lá foram enterrados. O governo suportará também os encargos dos despedimentos de mais de metade dos actuais 1.580 trabalhadores (20 milhões de euros).
As relações de Cavaco Silva com antigos dirigentes do BPN foram muito criticadas pelos seus oponentes durante a última campanha das eleições presidenciais. Cavaco Silva defendeu-se dizendo que apenas tinha sido primeiro-ministro de um governo de que faziam parte alguns dos envolvidos neste escândalo. Mas os responsáveis pela maior fraude de sempre em Portugal não foram apenas colaboradores políticos do presidente, tiveram também negócios com ele. Cavaco Silva também beneficiou da especulativa e usurária burla que levou o BPN à falência.
Em 2001, ele e a filha compraram (a 1 euro por acção, preço feito por Oliveira e Costa) 255.018 acções da SLN, o grupo detentor do BPN e, em 2003, venderam as acções com um lucro de 140%, mais de 350 mil euros.
Por outro lado, Cavaco Silva possui uma casa de férias na Aldeia da Coelha, Albufeira, onde é vizinho de Oliveira e Costa e alguns dos administradores que afundaram o BPN. O valor patrimonial da vivenda é de apenas 199. 469,69 euros e resultou de uma permuta efectuada em 1999 com uma empresa de construção civil de Fernando Fantasia,
accionista do BPN e também seu vizinho no aldeamento.
Para alguns portugueses são muitas coincidências e alguns mais divertidos consideram que Oliveira e Costa deve ser mesmo bom economista(!!!): Num ano fez as acções de Cavaco e da filha quase triplicarem de valor e, como tal, poderá ser o ministro das Finanças (!!??) certo para salvar Portugal na actual crise económica. Quem sabe, talvez Oliveira e Costa ainda venha a ser condecorado em vez de ir parar à prisão....ah,ah,ah.
O julgamento do caso BPN já começou, mas os jornais pouco têm falado nisso. Há 15 arguidos, acusados dos crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas nem sequer se sentam no banco dos réus.
Os acusados pediram dispensa de estarem presentes em tribunal e o Ministério Público deferiu os pedidos. Se tivessem roubado 900 euros, o mais certo era estarem atrás das grades, deram descaminho a nove biliões e é um problema político.
Nos EUA, Bernard Madoff, autor de uma fraude de 65 biliões de dólares, já está a cumprir 150 anos de prisão, mas os 15 responsáveis pela falência do BPN estão a ser julgados por juízes "condescendentes", vão apanhar talvez pena suspensa e ficam com o produto do roubo, já que puseram todos os bens em nome dos filhos e netos ou pertencentes a
empresas sediadas em paraísos fiscais.
Oliveira e Costa colocou as suas propriedades e contas bancárias em nome da mulher, de quem entretanto se divorciou após 42 anos de casamento. Se estivéssemos nos EUA, provavelmente a senhora teria de devolver o dinheiro que o marido ganhou em operações ilegais, mas no Portugal dos brandos costumes talvez isso não aconteça.
Dias Loureiro também não tem bens em seu nome. Tem uma fortuna de 400 milhões de euros e o valor máximo das suas contas bancárias são apenas cinco mil euros.
Cavaco Silva, agora parece estar preocupado com o enriquecimento ilícito. Então porque não promulgou imediatamente a lei e a mandou para escrutínio do Tribunal Constitucional? Estava com medo do quê? É a consciência que lhe pesa? Ainda não se sente a salvo? Sim, porque por mais que rabiasse com explicações projectadas na sua página do facebook, a verdade é que nunca explicou como é que as acções da SLN lhe renderam tantos dividendos.
Não há dúvida que os protagonistas da fraude do BPN foram meticulosos, preveniram eventuais consequências e seguiram a regra de Brecht:“Melhor do que roubar um banco é fundar um”.
E-mail recebido. Não assino tudo por baixo mas tem muito da história real e sobretudo mostra que não estamos num país a sério nem sério. A justiça não funciona e os governos fazem jogos de equilíbrios.
2012-03-23
Vale a pena ler
L'Europe doit cesser d'être l'idiot du village
RICHARD WERLY ET CATHERINE DUBOULOZ
jeudi 22 mars 2012, 13:49
POUR HUBERT VÉDRINE, l'ex-ministre français des Affaires étrangères, le monde entier est souverainiste, sauf nous. Il faut poser la question des protections intelligentes de nos marchés.
ENTRETIEN
Hubert Védrine
Hubert Védrine, 64 ans, est ancien conseiller diplomatique de François Mitterrand et ancien ministre des Affaires étrangères de Lionel Jospin (1997-2002). Membre du parti socialiste français, il revendique sa liberté de parole. Il a ainsi salué la position de Nicolas Sarkozy et de son ministre Alain Juppé en Libye et en Côte d'Ivoire. Samedi dernier, à Paris, il était au premier rang du rassemblement européen autour de François Hollande.
PARIS
Son réalisme revendiqué lui vaut régulièrement des critiques à gauche. Proche collaborateur de François Mitterrand (1981-1995), ministre des Affaires étrangères lors de la cohabitation dans le gouvernement de Lionel Jospin (1997-2002), Hubert Védrine est, dans le camp socialiste français, l'homme des diagnostics qui font mal sur les risques d'un déclin européen ou sur la concurrence tous azimuts auxquels les Occidentaux vont devoir faire face de la part des grands pays émergents, sujet de son dernier livre Dans la mêlée mondiale (Ed. Fayard).
Contacté au début de son mandat par Nicolas Sarkozy, qui lui confia une mission sur la France dans la mondialisation, il est aussi, au moment où la bataille présidentielle française s'intensifie sur l'Europe, un observateur écouté au-delà de son camp politique. Entretien, alors que la demande de François Hollande de renégocier le récent « pacte budgétaire » signé par 25 pays de l'UE sur 27, fait craindre des convulsions communautaires si celui-ci est élu.
Votre candidat, François Hollande, ne risque-t-il pas de provoquer une levée de boucliers, voire une crise institutionnelle au sein de l'Union en s'opposant au pacte budgétaire récemment signé et en cours de ratification ?
Ce que propose François Hollande est tout à fait raisonnable. Le danger aujourd'hui, pour les pays de l'Union européenne, ne vient pas de sa demande, mais de la purge économique excessive entreprise au nom de la rigueur et de l'assainissement budgétaire. Il faut remettre les comptes publics en ordre. On ne peut pas l'empêcher. Je ne suis pas choqué que les Allemands se disent solidaires jusqu'à un certain point et ne veulent pas être la vache à lait du système… Mais il faut effectuer cette correction d'une façon intelligente et politiquement supportable, pas via des mécanismes irréalistes, trop aveugles et trop brutaux. Tout le monde redoute, à travers l'Europe, de tuer ce qui reste de potentiel de croissance. Le ministre allemand des Finances le dit. Mario Monti, le président du Conseil italien, le dit. Il y a une disponibilité. Or que veut François Hollande ? Remettre la croissance au cœur du débat européen. Identifier les dépenses publiques « utiles ». Ce type de renégociation est possible.
Comment ? Le « pacte budgétaire » a été signé à Bruxelles le 2 mars par vingt-cinq pays, dont la France…
Soit on renégocie, soit on complète. Si on peut le renégocier sur certains points, tant mieux. Sinon, complétons-le par un engagement en faveur de la croissance. C'est possible et c'est plausible. Il y a plein d'exemples historiques de traités qu'il a fallu adapter. Le débat qui s'ouvrira, si François Hollande est élu, sera une formidable opportunité pour réorienter les priorités de l'UE. Méfions-nous, par exemple, de la relance par la consommation. Ce qu'il faut, c'est préparer la croissance de demain et d'après-demain, vers « l'écologisation » de nos économies, comme nous parlions hier d'industrialisation. Il faut dépasser le stade d'une croissance prédatrice. Ecologiser les transports, l'habitat, l'urbanisation… Autant de gisements extraordinaires. Que répondent à cela les dirigeants conservateurs aujourd'hui ? Ils se serrent les coudes et refusent, paraît-il, de recevoir le candidat socialiste français. Mais ils s'arrangeront après. Cette renégociation n'occasionnera pas de crise majeure. C'est un faux problème. Les Allemands réagiront comme ils le font souvent : ils diront non, non, non… puis oui car ils savent que leur purge imposée à l'Europe fera plonger leurs exportations.
Autre débat : celui du protectionnisme, de la réciprocité dans les échanges commerciaux. L'Union européenne doit-elle repenser sa politique ?
L'Europe est depuis trop longtemps l'idiot du village global. Le brave type du système mondialisé. Or cela doit cesser. La mêlée mondiale actuelle n'illustre pas le règne du droit international. C'est une foire d'empoigne pour les marchés, une compétition de tous les instants. Et les Occidentaux qui croyaient encore diriger le monde, comme George W. Bush l'a cru à tort avec sa guerre contre la terreur, redécouvrent aujourd'hui cette réalité d'une grande complexité. Ouvrons les yeux : beaucoup de pays hier aidés sont devenus des dragons et d'énormes concurrents. Le monde entier est souverainiste, sauf les Européens de l'Ouest. Je trouve par conséquent logique de poser la question de la réciprocité et de protections « intelligentes » de nos marchés. Oui à des écluses sociales et environnementales. Non à des barrières et encore moins à des murs. Il faut rétablir plus d'équilibre entre les pays occidentaux et les grands pays émergents. Des tensions seront inévitables. Et alors ? Il ne faut pas en avoir peur.
Cette exigence de réciprocité n'en est pas moins délicate à manier…
Et le risque politique, si on ne s'attaque pas à ce sujet, est encore plus grand. Les peuples occidentaux, européens en particulier, sont de moins en moins à l'aise avec la mondialisation. Beaucoup ont le sentiment d'être perdants et reprochent à leurs gouvernements de ne plus rien contrôler. Ils deviennent donc des cibles faciles à exciter. Je me souviens de ma mission sur la France dans la mondialisation en 2007. Le Financial Times a publié à cette époque une enquête. La mondialisation n'était plébiscitée dans aucun pays occidental. Elle était alors perçue bien plus comme une source d'inconvénients que d'avantages. Il faut réintroduire des règles si l'on veut redonner confiance aux Occidentaux. C'est une question de bon sens. Les gouvernements doivent montrer que les individus ne sont pas laissés à l'abandon.
Ce qu'il faut, par contre, c'est oublier le rêve d'un Occident installé dans une sorte d'Olympe, qui pourrait encore dicter ses volontés et avoir le droit de s'ingérer. Ça ne marche plus comme ça. Il faut négocier dans tous les domaines. La montée des grands émergents relativise notre puissance. Les milieux économiques, qui ont tant poussé pour la libéralisation, commencent à en prendre conscience, surtout chez les industriels. Il est ainsi urgent de débattre, de coopérer, de négocier sur les transferts de technologie. Ne cédons pas à la panique. Mais soyons réalistes.
Pourquoi critiquer, alors, les partisans de plus de fédéralisme au sein de l'UE, partisans d'une Europe plus forte ?
J'ai toujours trouvé ce débat sympathique et tragique. Oui, il faut un pôle européen dans le monde, car si l'Europe n'est pas une puissance, elle deviendra dépendante. Oui, il faut défendre le mode de vie européen. Mais le fédéralisme à l'échelle de l'UE, au sens où l'on copierait le fédéralisme américain, ne peut pas marcher ! Bismarck a unifié derrière lui les Allemands. Cavour a fait de même avec les Italiens. Mais on ne peut pas dépasser les nations d'Europe. Jacques Delors a raison lorsqu'il parle de « fédération d'Etats-nations ». Ce qu'il faut, c'est combiner la persistance des grands Etats avec des mécanismes d'action collectifs efficaces. On ne peut pas y échapper. Je ne crois pas au fédéralisme idéaliste.
Nicolas Sarkozy affirme justement avoir défendu, au cours de son mandat, les intérêts de la France et de l'Europe. Que pensez-vous de ses attaques contre l'espace Schengen ?
Son bilan est contrasté. Il y a eu des moments forts, mais aussi des ratages spectaculaires comme celui de l'Union pour la Méditerranée. Sur l'Allemagne, il a trop cédé ces deux dernières années après avoir trop résisté les trois premières. Certes, lui et Angela Merkel ont trouvé au bout du compte un mode d'emploi commun. Et après ? Nicolas Sarkozy a réussi à régler des problèmes à la hussarde avec, à chaque fois, un prix à payer. Or les relations internationales ne consistent pas seulement à trouver des solutions ponctuelles. Il faut aussi gérer des interactions dans la durée. Quant à la révision de Schengen, elle est déjà en cours et c'est une bonne chose. Schengen était en train de devenir une passoire. L'idée d'en réviser le fonctionnement a progressé, sur la base d'une meilleure cogestion entre Bruxelles et les pays-membres. Le reste est une polémique politicienne.
Quels seront les premiers chantiers internationaux de François Hollande s'il est élu ?
D'abord l'Europe, avec ce « pacte budgétaire » à renégocier ou à compléter. Il y aura ensuite, chronologiquement, la question de l'Otan avec le sommet de Chicago des 20 et 21 mai. La question cadre, c'est « A quoi sert l'Otan ? ». Je pense notamment au projet américain de bouclier antimissile en Europe. Il ne peut être concevable qu'en complément de la dissuasion nucléaire française. Il y a des ambiguïtés à lever dans le discours américain. Deux interrogations se posent pour la France : la nécessité absolue de ne pas abandonner cette sécurité ultime qu'est la dissuasion, et celle des engrenages financiers ou politiques de ce projet de bouclier antimissile qui pourraient échapper aux pays membres de l'Otan. Sur l'Afghanistan, je suis favorable à un retrait sans attendre, dans des conditions qui assurent la sécurité pour les troupes de la coalition, en évitant le plus possible de créer des tensions. L'intervention occidentale dans ce pays est au bout de sa logique. Le temps de la colonisation est passé. L'idée de prendre en charge un pays comme l'Afghanistan et de le transformer est louable, mais elle a échoué. On ne peut pas gérer l'Afghanistan à la place des Afghans. On n'en est pas capable. La différence, c'est que la population, dans sa majorité, rejette maintenant les talibans. Il faut imaginer une politique occidentale d'assistance à ce pays,
au-delà de l'intervention militaire.
D'autres crises sont en cours et menacent. Que peuvent faire les Européens en Syrie, en Iran ?
L'irréalisme conduit trop souvent à des désillusions. La Syrie n'a rien à voir avec la Libye. On ne peut pas passer outre le soutien de la Russie et de la Chine. Ou alors, il ne faudra pas se plaindre lorsque ces deux pays mèneront des expéditions unilatérales… La Russie, au contraire, pourrait prendre la tête d'une coalition incluant des pays arabes et la Turquie. Sur l'Iran, la partie de poker menteur continue. On ne peut pas écarter une intervention militaire israélienne. Les Etats-Unis, en tout cas, prennent ce scénario très au sérieux. Il est malheureusement très difficile à ce stade d'avoir autre chose que des considérations amères. La Communauté internationale a échoué à convaincre les Iraniens de stopper leur programme nucléaire militaire. Celui-ci, s'il aboutit, marquera-t-il un changement radical dans la dissuasion ? Certains experts prétendent que non et disent que celle-ci jouera toujours, vu l'arsenal nucléaire israélien. Sauf que personne n'a envie de devoir vérifier cette thèse.
2012-03-21
Ainda fazem dele A NOSSA JOANA D'ARC
Só faltava esta agora... descobriu-se hoje, hoje mesmo, disseram-me ali no café e que vem amanhã no CM, que está implicado no Titanic, no naufrágio do Titanic, que recebeu um milhão de euros de um seguro relaccionado com o naufrágio. Parece mentira mas é verdade, disseram-me ali. E garantiram-me que virá amanhã no C da Manhã.
- Ora pôrra, pá, o homem tinha algumas qualidades... mas, você sabe como são estas campanhas negras, vitimizam tanto um gajo que fazem dele um mártir. Você vai ver! Ainda fazem dele A NOSSA JOANA D'ARC!
Para quê mais uma Comissão de Inquérito ao BPN?
Estou convencido à partida que este inquérito nada de útil acrescentará.
Sempre fui contra a nacionalização que se fez. A nacionalizar era o grupo todo e não apenas o BPN.
Tenho dúvidas sobre a gestão feita pós nacionalização pela Caixa geral de depósitos. Tenho dúvidas sobre a venda do BPN. Não posso admitir que tanto tempo depois os amigos de Cavaco Silva, enterrados até ao pescoço neste processo fraudulento, ainda se pavoneiem pelo mundo e pelo país, temendo eu que nada lhes vá acontecer, nem umas devoluções do seu património roubado ao erário público que o contribuinte português suportou.
Não estão em causa os deputados, cada um de per si, que vão integrar a Comissão. Nada disso.
O que está em causa é que esta Comissão é mais um instrumento de uma luta política que pouco interessa ao País.
Vejam lá se na Assembleia os partidos decidem enveredar pela constituição de uma Comissão para avaliar as origens da dívida, para averiguar a aplicação das sucessivas tranches da dívida, para identificar os montantes da dívida soberana que estão inflaccionados?
Nada disto lhes interessa. E numa fase posterior de todo o processo da dívida conhecer bem a situação vai ser determinante.
2012-03-18
O enriquecimento de alguns é a miséria de muitos
Só o presidente da elétrica nacional, António Mexia, aquele Sr que mandou o Sr. Passos Coelho demitir o Secretário de Estado da Energia porque o estava a incomodar, auferiu 1,04 milhões de euros em remunerações em 2011. São 2.859 euros por dia o que lhe dá em dois meses e meio o que um trabalhador de salário mínimo ganharia em 40 anos de actividade. O que ganhará a minha amiga Dalila, socióloga, caixa no Pingo Doce, se não mudarmos Portugal, ou ela não mudar de emprego.
Da remuneração - diz a notícia do jornal de escândalos - 712 mil euros referem-se à remuneração fixa, ou seja, ao salário. Os outros 331 mil euros respeitam à remuneração variável, isto é, a prémios por terem sido atingidos os objetivos.
Que estes senhores não recusem estes salários e os achem merecidos num país em que 11% dos trabalhadores ganham o salário mínimo (485 € por mês) eu compreendo. É da natureza humana. Agora que o Governo, o Sr Passos Coelho e ciª, permita isto, é que é assunto de todos nós, que deveríamos rapidamente libertar o país de um governo que considera ser sua missão obrigar os trabalhadores e as classes médias a pagar os milhares de milhões de euros de dívidas do Estado e dos bancos. Dívidas que serviram para enriquecer uma multidão de amigos e a aristocracia do dinheiro recriada após os anos de susto da revolução de Abril.
Perguntará o leitor mas que temos nós ou o governo a ver com a remuneração destes senhores, para mais empregados de uma empresa privada? É assunto - dir-se-á - apenas entre a empresa, os seus accionistas e estes, certamente excelentes, gestores.
2012-03-17
Informação sobre a justiça Portugal-Finlândia
O tempo médio para a resolução de um processo em Portugal é de 925 dias. Na Finlândia 58 dias.
Será que a Finlândia dispõe de mais meios?
Vejamos
Juízes por 100 000 habitantes (2008): Portugal 18, Finlândia 17,4.
Procuradores por 100 000 habitantes (2008): Portugal 12,6 Finlândia 6,2.
Advogados por 100 000 habitantes (2008): Portugal 260,2 Finlândia 34,4.
Agentes da polícia por 100 000 habitantes (2008): Portugal 5,2 Finlândia 1,5.
Reclusos por 100 000 habitantes (2008): Portugal 192 Finlândia 64.
Tempo para resolução de processo em dias: Portugal 925 Finlândia 58. (processos administrativos, civis e comerciais)
Taxa de resolução de processos em %: Portugal 90-100 Finlândia 90-100.
Fonte: Expresso de 17 de Março de 2012
Etiquetas: Finlândia, Justiça, Portugal
2012-03-16
Ontem houve escândalo europeu
Um orçamento dez vezes superior esmagado aos pés de um Matias Fernandez e de Izmailov que bem podiam estar com alguns outros do Sporting, (poucos) do lado dos que recebem milhões.
Nunca terá passado pela cabeça do treinador e da maior parte dos jogadores do CITY, pagos a preço de ouro, tal coisa. Mas às vezes acontece. SPOOOOORTING!!!!!
Etiquetas: Manchester City. Banho, Sporting
2012-03-14
Baptista Bastos e o Presidente Cavaco Silva
Sinto-me constrangido a abrir uma excepção, porque não posso deixar de divulgar este precioso escrito de Baptista Bastos sobre
O prefácio - Opinião - DN
Etiquetas: Baptista Bastos, Cavaco Silva, Prefácio
2012-03-13
Bispo e Ministra é uma seca
Alerta
Este nosso mundo (1)
Os constitucionalistas estão a secar a reputação de Cavaco Silva
Por outro lado, o ex-deputado do PSD e constitucionalista, também não é nada meigo com Cavaco Silva ao afirmar que o "Presidente deixou a situação apodrecer" até à demissão de Sócrates e afirma mais, mais. " Se o Presidente diz que o ex-PM violou a constituição, deveria ter agido em conformidade e demitido o Governo socialista".
Dos constitucionalistas que ouvi ainda nenhum aprovou o que Cavaco escreveu no prefácio ao Roteiros VI.
Cavaco mandou-nos ler o prefácio, certamente os constitucionalistas também o lerem e não dão razão.
Não será que quem deve reler afinal é o Presidente e mandar reescrever o que fez?
Sobre isto não bato mais no ceguinho.
Etiquetas: Cavaco Silva, José Sócrates. Constitucionalistas
2012-03-12
Cavaco Silva não agiu, por medo
Admitamos que sim.
Mas então porque não agiu na altura oportuna, demitindo José Sócrates? Se era assim tão grave, deveria ter demitido o primeiro Ministro. Estou com Marcelo Rebelo de Sousa neste ponto.
A resposta é linear. Cavaco Silva teve medo que Sócrates viesse a ganhar as eleições e agora que Sócrates está fora do governo e do País prefacia-se a si próprio com um ataque ao mesmo.
Há muita cobardia nesta atitude. Aliás hoje via-se na TV que Cavaco estava nervoso a explicar o que escreveu.
Mas Cavaco foi mais uma vez igual a sim mesmo.
Etiquetas: Cavaco Silva, Cobardia
SOBRE as dívidas ilegítimas
O que pretende este comité?
Forçar uma auditoria da dívida pública grega.
Sem transcrever na íntegra os objectivos definidos pelo comité grego e que vêm publicados no livro referido no poste "As Dívidas Ilegítimas". cito alguns:
" o primeiro objectivo de uma auditoria é clarificar o passado...Que aconteceu ao dinheiro de um determinado empréstimo, sob que condições foi acordado esse empréstimo? Quais os juros que foram pagos, a que taxa, que parte do capital foi já reembolsado? Como é que a dívida aumentou sem que tal beneficie o povo?Que caminhos seguiram os capitais? Que parte foi desviada por quem e como?....
Como é que dívidas privadas se tornaram "públicas"?"
O texto é bastante maior.
Muitas/todas estas questões aplicam-se sem necessidade de qualquer adaptação à situação portuguesa
2012-03-11
"As Dívidas Ilegítimas"- titulo de livro
Trata-se de um livro importante para se penetrar na história do neoliberalismo.
O título decorre do capítulo 3 onde o autor aborda entre outros temas a crise grega, as características do euro e o BCE, as formas perversas de integração entre países membros do euro, a questão da reestruturação da dívida e o papel da auditoria.
O livro não é só isto, pois nos capítulos anteriores outros temas são tratados como a crise da dívida europeia e a crise mundial, o poder da finança, o papel dos bancos etc.
Trata-se de um livro de leitura acessível e bastante claro
Etiquetas: banca., Dívida pública, neoliberalismo, poder da finança
2012-03-09
Portugal e a Grécia com muito de comum a analisar
Quem é este senhor?
Se a resposta vier do campo do governo actual, este académico reputado como um dos especialistas mundiais de reestruturações de dívidas de países não passaria de um "perigoso comunista" porque aquela velha táctica de quem não tem as nossas ideias, durante 50 anos tão solidificada em Portugal com Salazar e Caetano, ainda pega.
Este académico dá uma entrevista ao DN de hoje e hoje também fala na U.Católica desdiz que não é pelo facto de um País reestruturar a dívida que fica afastado dos mercados financeiros e dá dois exemplos de sucesso. O Uruguai que voltou aos mercados menos de um ano depois de reestruturar a sua dívida e a Argentina.
Por conseguinte, mais uma vez, os defensores da não reestruturação da dívida portuguesa não têm razão em querer resolver os problemas da dívida pela austeridade que em nada resolve e o caso da Grécia ensina-nos bem isso e tentam enganar-nos com falsos argumentos como o afastamento dos mercados.
Agora que o processo de reestruturação é complexo e a exigir muitos punhos de renda e firmeza é um facto.
Etiquetas: Grécia, Portugal, Reestruturação dívida
2012-03-08
O debate quinzenal de ontem na Assembleia da República
Ainda bem que Passos Coelho foi tão claropois ficamos a saber que Passos Coelho nos frente a frente ou não está informado sobre o que debate ou diz inverdades e entra em contradição. Numa palavra. Prepara-se mal.
Na realidade, Passos Coelho ontem face às questões postas e bem por Francisco Louçã sobre a Lusoponte e sobre a distribuição de dividendos aos novos accionistas da REN e da EDP, só disse asneiras. Não acertou uma.
Como diz a comunicação social de hoje, a Lusoponte recebeu duas vezes em Agosto , o montante da cobrança das portagens e os 4,4 milhões de euros que estava previsto o Estado pagar-lhe por não cobrar portagens em Agosto. Estas duas verbas estão na posse da Lusoponte. Passos Coleho disse primeiro que não depois que sim, uma baralhada.
Sobre os dividendos há também uma declaração anterior de que se houver distribuição" entre o momento do primeiro contrato e o momento final da transação, o valor dos dividendos é deduzido ao preço de compra e se forem distribuídos depois são para quem tem propriedade.
Ficamos esclarecidos de que num debate com Passos Coelho não ficaremos esclarecidos
2012-03-07
Acontece ...
O que causa algum arrepio e por ser entre Ilhas diferentes.
Mas no Continente muito bem podia dar-se uma situação entre duas terras até distantes... Apenas não havia/há tanta água pelo meio ou quando muito um rio apenas.
2012-03-06
Brasil
Um rico sem emprego. Um empregado sem dinheiro
2012-03-04
Sobre Cavaco Silva. O que escreve Pedro Marques lopes, analista de DIREITA
2012-03-03
Roubo explícito aos contribuintes
Leiam bem o que se está a passar. Foram 4,4 milhões para os bolsos da Lusoponte de pagamente de portagens em Agosto, quando este mês nos anos anteriores havia não pagamento. Argumento a crise e o plano da Tróika.
E mais grave em minha opinião. O Ministério de Santos Pereira dá ordem de transfer~encia da compensação monetária, não sei quanto. Não fui investigar, nem perguntei.
Ora isto é um roubo ao contribuinte e um duplo roubo a contribuintes como eu que atravessei a ponte 25 de Abril várias vezes em Agosto último.
Desculpem-me dizer e sentir este é mais um caso de prisão que ficará impune.
Um Ministro a renovar o passaporte
Motivo: o poder de coordenação estratégica dos fundos comunitários que está decidido passar para Vítor Gaspar.
Quem decidiu?
Interessante. Segundo reza a comunicação social, em reunião havida entre Passos Coelho/Paulo Portas/Vítor Gaspar/Santos Pereira, a situação de transferência ficou assente. A partir daqui foi elaborado projecto de decreto para decisão formal do Conselho de Ministro da última quinta-feira. Aí rebenta a bronca. Santos Pereira, quase em choro, passa ao ataque a Gaspar e com o PM ausente em Bruxelas foi um regabofe: divisão nas hostes com Santos Pereira a dizer que era o esvaziamento do seu ministério etc, etc, como se alguma vez tenha estado cheio. Lá dizia "Mr. de Pa Palisse" não há esvaziamento de coisa vazia, quando muito, põe-se de fundo para o ar.
Como dificilmente esta decisão andará para trás, recomendamos ao Álvaro que renove o passaporte, volte ao seu lugar na emigração e aproveite-a para a função tão nobre que definiu para os pasteis de nata.
Etiquetas: Santos Pereira. Vitor Gaspar. QREN. Pastéis de Nata
2012-03-02
Perseguição nominal a 5 jornalistas-PSD/Madeira
De facto na Madeira tudo pode acontecer. Até Alberto João ser mandatário de Passos Coelho.
Mas este facto faz parte dos cozinhados da política interna ao PSD.
A publicação com nome e fotografia de 5 jornalistas que exercem a sua profissão na Madeira é como diz o comunicado do sindicato uma caça às bruxas, só possível na Madeira, onde tudo é consentido, sem que os órgãos de poder político nacional nada digam.
É uma situação infame, que corrói os princípios primários de qualquer democracia
2012-03-01
Dentro da minha lógica ... Temos um Presidente em devaneios
eEm frente. Não é por não ter votado no dito. É porque não me merece o mínimo de crédito.
Respeito os que pensam diferente de mim em todos os campos, desde que sejam coerentes.
Cavaco Silva não se enquadra nesta minha lógica. Logo assiste-me o direito de não lhe ter respeito.
Vou ser claro e estou à vontade. Em linguagem que toda a gente perceba.
Quando Sócrates era PM as agências de Rating eram o máximo, havia que obedecer-lhes, dizia o PR. Agora incluindo os bigs da UE são todos uns cobardolas porque atendem a essas agências americanas. Até estou de acordo.
Mas onde esteve o Presidente Cavaco Silva? Deve se ter resguardado naquelas suas vivendas algarvias muito esquisitas e depois de muito pensar descobriu que as agências de Rating fazem o jogo americano.
Temos um novo Ministro
Personificando percebe-se melhor essa nova figura de Ministro - um ministro desapossado.
Álvaro Santos Pereira integrou este governo com todo o direito. Um Ministro piscado na emigração, numa Universidade do Canadá, onde nunca geriu nada: escrevia umas coisas que qualquer manual da sua linha "filosófica" sustentava e Passos Coelho truca. Escreve umas lérias sobre economia, basta. É bom, preparado e adaptado a um superministério.
Mas aquele que disse gostar de ser tratado por Álvaro vem e não consegue dizer nem fazer coisa com coisa. Ainda acaba a vender pastéis de nata no Canadá.
Há cerca de um mês António Borges é nomeado para liderar a equipa governamental que vai acompanhar os processos de privatização. E hoje segundo a comunicação social, o QREN passa para a gestão directa de Vítor Gaspar porque estes fundos têm de ser canalizados para o emprego e o crescimento. Preto no branco: o Álvaro que tem exactamente as pastas ministeriais da economia e do emprego é desamparado ou desapossado desses objectivos.
Tudo bem explicado em vez de demitir o dito, mantém-se o homem, espera-se mais algum tempo para o reenviar lá para o Canadá. O problema é se os alunos depois de esta prova ainda o querem como ensinante.
Etiquetas: Álvaro. Ministro desapossado