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2010-06-30

 

Cavaco Silva, notícia em todos os canais de TV!


Não é porque tenha alinhado nas revistas da moda. Aí concedo as revistas podiam ficar a perder.

Mas é notícia porque nas suas andanças políticas recebeu 50 chefes de cozinha. Como campanha para a Presidência nada mau e barato.

Por acaso até me parece que dentro dos vários dotes que S. Excia tem, promover cozinha portuguesa não será uma boa ideia. Sobre este tema até não pode afirmar com tanta pompa que "sabe do que fala".

Nunca ouvimos falar dos seus dotes culinários. Deve ser um mundo desconhecido. Talvez um ovo frito, nada mau, mas e é de ver se mete os dedos na frigideira.

Aliás, a ideia que o povo português tem de Cavaco Silva é a engasgar-se com o bolo rei. Essa ficou. É como no turismo, registam-se sempre as partes negativas, as boas é para ir cimentando....

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2010-06-29

 

Portugal sai do palco mundial do futebol

Tinha escrito que não falava mais da equipa portuguesa de futebol que estava a competir no mundial da África do Sul.

Agora que deixou de haver equipa (será que alguma vez houve com o actual treinador que é excelente para dar aulas), já posso falar sem quebrar a promessa.

A minha opinião é a de que perdemos bem hoje face a Espanha e já agora que a final seja Brasil/Espanha.

Um voto de congratulação aos jogadores que tinham lugar na selecção e um voto de descrédito ao treinador pela falta de critérios na escolha dos jogadores seleccionados, pela não informação sobre os caos que se deram no percurso do mundial e, depois pelas equipas que foi constituindo para defrontar os diferentes países. Hoje não percebi a equipa e pior pelos erros crassos nas substituições. E é tudo.

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[1988] Afinal os bancos ganham pouco. Temos de os ajudar

Mário Crespo, Medina Carreira e Nuno Crato debatem a situação bancária em Portugal com o presidente da Associação Portuguesa de Bancos António Sousa.
Quem tiver paciência pode ver e ouvir o que disseram com um clic aqui em baixo.
Quase só falou António de Sousa o que em certa medida salvou a conversa. Mas ele  não estava ali para pôr a nu as habilidades do "sistema financeiro" com os "produtos tóxicos" e outras actividades mafiosas. António de Sousa não foi ali explicar como os bancos e o sistema financeiro esbulham (roubam é o termo) a riqueza criada por quem trabalha; como podem levar à falência países inteiros ou a crises tão graves como a que o mundo vive desde 2008. Crises pagas invariavelmente pelas classes médias e os trabalhadores.
António de Sousa explicou que afinalos bancos  ganham muito pouco. Com os bens próprios e que, coitados a maior parte (dos fabulosos) lucros vem de aplicações financeiras, dividendos, etc.
Fez-me lembrar Álvaro de Campos em
"Cruzou por mim, veio ter comigo, numa rua da Baixa 
Aquele homem mal vestido, pedinte por profissão que se lhe vê na cara,
Que simpatiza comigo e eu simpatizo com ele;
E reciprocamente, num gesto largo, transbordante, dei-lhe tudo quanto tinha
(Excepto, naturalmente, o que estava na algibeira onde trago mais dinheiro:
Não sou parvo nem romancista russo, aplicado,
E romantismo, sim, mas devagar...) .......... " ( Texto e video com poema dito por João Villaret)
Os bancos, segundo António de Sousa, pobrezinhos ganham muito pouco (excepto, naturalmente, o que ganham na algibeira onde trazem mais dinheiro. Sim que o banco não é parvo nem romancista russo, aplicado, e romantismo, sim, mas devagar...).

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"Empreendedorismo" por um minuto

Acabo de ler no DN de hoje, enviado pelo leitor António Luís Lopes de Rio de Mouro: "Mostra de empreendedorismo em Sintra durou apenas o tempo da visita de Cavaco! 21 barraquinhas montadas à pressa apenas para PR ver, e logo desmontadas".

Que bela promoção de empreendedorismo preparou Fernando Seara a Cavaco!! Já se integrará este acto na campanha eleitoral do Sr. Presidente Cavaco Silva?

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2010-06-27

 

Presidente Cavaco Silva ajuda o País a afundar-se

O Presidente Cavaco Silva teve esta expressão, para mim infeliz e sobretudo arrogante : "sei do que falo", como se sobre economia gozasse de monopólio divino. Está a entrar um pouco equivocado na campanha eleitoral. Não é desta forma que se faz competição.

Mas afinal se sabe do que fala, como pode na qualidade de Presidente da República ou mesmo na de economista, vir agora dizer que Portugal é um "país insustentável"? Qual a diferença entre país insustentável e banca rota?

Não acredito que o Presidente Cavaco Silva tivesse desejado com esta sua afirmação dar mais trunfos ao sistema financeiro mundial para fazer subir os juros dos empréstimos a Portugal ou às empresas de Rating para baixar a classificação, o que indirectamente puxa no mesmo sentido, ou ainda atrair o FMI.

Agora que o disse, disse e não venha logo, tentando recompor-se do que disse, apelar aos portugueses para terem "a mesma coragem, para enfrentar o momento difícil actual, dos que há 200 anos derrotaram as tropas francesas".

Estas atitudes não fazem sentido porque se contrariam. São gaffes muito pesadas e pouco ponderadas.

Com esta "cooperação estratégica", Sócrates tem muita razão ao sentir-se só a "puxar pelo país".

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Uma visita à Batalha e Aljubarrota

"Não há bela sem senão" ou então "este país não tem emenda". Poderia ser o mote escolhido para a visita que ontem a Tertúlia de Madeirenses em Lisboa realizou.

Como actividade normal para além de debates mensais sobre temas variados e quase sempre actuais nos nossos jantares/convívios, por exemplo, o último versou sobre os aluviões na Madeira com Raimundo Quintal como convidado, são realizadas visitas de índole cultural variadas, normalmente centradas em Lisboa.

Ontem fomos à Batalha e a Aljubarrota.

Um dia maravilhoso sob todos os aspectos. Desde as condições de tempo até ao despertar bem cedinho para se estar a horas junto ao Jardim Zoológico para a partida de camioneta, tudo foi correndo no melhor. Deu-se a visita à Batalha, onde até casamento havia (enfim, não de gente da Tertúlia), com uma guia própria escolhida por nós e que nos explicou, em diálogo, muita coisa sobre este mosteiro sobretudo do ponto de vista da arte.

Do mosteiro partimos para Aljubarrota, onde nos esperava um almoço medieval, combinado um mês antes com a deslocação ao local de 5 elementos do grupo, tendo um dos elementos mantido, durante este intervalo de tempo via telefone, contactos com os serviços de restauração concessionados pela Fundação de Aljubarrota.

O almoço foi tão medieval que estando combinado para as 13 horas, só deu sinal de aparecer por volta das 14 e tal. Sabíamos que a concessão fora dada a uma empresa de Coimbra e então a imaginação foi fervilhando, apesar de uma certa tensão quer nos estômagos quer nos espíritos sobretudo dos elementos da organização da Tertúlia.

Mas a imaginação, como ia dizendo, fervilhou, fervilhou até que descortinamos a razão: almoço medieval é assim. Apesar de partir de Coimbra muito cedo, quem sabe lá às horas que partimos do Jardim Zoológico, gastou muito tempo no percurso de carroça e no tratamento e alimentação dos animais.

Após esta divagação, um comentário sobre como uma excelente ideia de turismo cultural-histórico, integrado que no hoje se chama de "Turismo da Descoberta Económica", pode ir bater facilmente ao charco. Sem profissionalismo, responsabilidade e planificação não se vai longe e um investimento que custou cerca de 10 milhões de euros com um grande financiamento de fundos estruturais (65%) não tem desculpa ao agir desta maneira.

Os membros da direcção da Fundação, pessoas mui ilustres do nosso país, não podem limitar-se a encher o currículo de "grandiosas obras" que depois são o que se acaba de descrever.

Vale a pena ver Aljubarrota embora me pareça pelo que ouvi depois na vinda, que merece muito mais em termos de conteúdos e correcção até de alguns que lá existem, sobretudo ao nível dos desenhos dos factos da batalha. Porque não um vídeo feito por quem sabe para explicar a técnica do quadrado que os portugueses usaram na batalha?

Nós felizmente ficamos a saber muito disso, porque foi connosco um sabedor da matéria, o Nuno Santa Clara, que na vinda nos explicou a todos muito bem e, em pormenor, tudo isso numa perspectiva até de comparação com outras batalhas. É gente como o Nuno cujos conhecimentos ajudam a enriquecer muito estas tertúlias.

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2010-06-24

 

[1987] Saramago visto por Graça Moura

Toda a gente sabe que não há pachorra para aturar o político Vasco Graça Moura e isso não decorre das suas opções políticas de direita mas do estilo trauliteiro que lhe obnubila completamente a inteligência  mas também muitos sabem que o outro Vasco Graça Moura, o da Cultura, é uma pessoa inteligente e vasto saber e que só podemos ganhar em ouvi-lo quando fala de... cultura.
Por isso foi com gosto que li o seu artigo de opinião sobre José Saramago hoje no DN de que reproduzo o seguinte:
___________

" Para além de inúmeras reacções circunstanciais, a morte de José Saramago trouxe à baila várias questões muito interessantes. Devo dizer que fui amigo dele e prezo grande parte da sua obra, sem subscrever, como é evidente, as suas posições ideológicas e políticas. Isso nunca me impediu de tentar compreendê-lo, nem de admirá-lo naquilo que penso ser a parte mais válida do que escreveu.
............
Um outro aspecto que julgo importante é o de o romance saramaguiano ter regra geral tão pouco a ver com a narrativa proletária (salvo, evidentemente, o caso de Levantado do Chão) quanto com o chamado romance burguês e as suas várias derivas ao longo do século XX. Saramago conhecia muito bem todo o universo romanesco dos séculos XIX e XX. Soube, ele que tanto se inspirou no barroco, ir à picaresca espanhola buscar algumas notas importantes, entre elas a de um humor que levou com frequência a um ponto corrosivo, para caracterizar algumas das suas personagens, figuras e situações. Mas os cenários em que tudo isso se move parecem ter mais a ver com o reencontrar de um fio narrativo muito anterior a qualquer modelo de ficção preexistente, que faz as personagens existirem e agirem como que emergindo e consolidando-se nas próprias pregas do texto que está a ser escrito, entre o absurdo da situação e os possíveis dos seus comportamentos e das suas escolhas quanto a grandes questões da existência, que começam por aparecer de um modo quase anódino até se proporem ao leitor como avassaladoras e intimidantes.

Um escritor assim, para mais racionalista, ateu e empenhado socialmente por via do comunismo, tinha de questionar o Deus da Bíblia e de fazer uma leitura crítica dos seus atributos. Mas as investidas de Saramago contra Deus supõem, quase de certeza, uma contrapartida de aumento do coeficiente de humanidade e de justiça que ele quereria ver instaurado e praticado entre os homens. No seu caso, o problema é que, historicamente, a proposta política que defendia tinha saído furada e a um preço de sacrifício humano absolutamente incomportável. ... "

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2010-06-23

 

Apetecia-me falar de futebol ...Mas

... Não devo. Não devo, porque escrevi no blog que não voltava a esse tema. Mas amanhã, enfim ... quantos? Nada de provocações!!!.


Vou falar de Jaime Gama, só de passagem, apenas para dizer que ELE também estava nos Açores e, por isso, mandou Guilherme Silva em sua representação. Não se soube o que lá fazia nem era preciso saber-se. Mas de Cavaco Silva soube-se quase tudo. Estava com os netinhos e com a sua Maria Cavaco. Promessa. E aí o Professor já de si rígido q.b. fica ainda muito mais. Promessa é para cumprir. Senão vem aí o inferno.!!!

"Cumpriu", fez um comunicado onde diz coisas que pouco antes afirmara ao contrário. O respeito e a homenagem à cultura deste país que se lixem. Ficamos a saber a versão. A TV disse-nos com S, Excia, com todo a proa, a dizer que cumpriu o seu dever. Aliás Cavaco cumpre e sabe do que fala. Ponto final parágrafo.

Passemos a José Sócrates. Coitadinho do Homem. A Moura Guedes procura encalacrá-lo, mas com uns juízes tão pindéricos que não acertam no caminho, não vai longe. Um curso de reciclagem espera-os.

Parece, segundo entendi que aquilo está tudo errado em termos processuais. O processo de convocação de José Sócrates não devia ir por aquele caminho. Bom, pelo menos a Comissão de Ética da AR diz que não tem nada a ver com o assunto.

Se José Sócrates fosse mais maleaável devia gozar um bocado com isto.

Como?

Dizia. Senhores Juízes endireitam lá o caminho para me convocarem a depor como deve ser: eu vou depôr porque dizer que a Manuela Moura Guedes não fazia jornalismo decente não é difamação nenhuma. É um dito consensual.

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[1986] Hello Goodbye

É o desemprego a aumentar, é o serviço de saúde a minguar, é os subsídios aos carenciados a baixarem, é os pobres a pagarem a crise, é os autores da crise a enriquecerem. Para nos dar ânimo não chega um Portugal - Coreia do Norte de longe em longe. Vamos lá a ver se arrebitamos com estes endiabrados rapazes para pormos ordem na desordem .

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2010-06-22

 

As Acções do Prof. Cavaco Silva

Já ninguém se lembra e muito menos agora que o futebol é que está a dar.

Como disse que não voltava mais à selecção, não volto (admito o risco de me ter enganado e ainda bem, se a selecção "despertou"), pelo que vou abordar este tema menos futebolístico: as 105.378 acções que o Prof. Cavaco Silva comprou a 1€ em 2001 e vendeu dois anos depois a 2,4€ conseguindo com isso mais valias de 147mil euros.

Isto porquê?

Porque o Expresso na sua edição do último fim de semana traz um longo artigo a explicar como o grupo BPN se financiava.

O próprio Expresso diz que o esquema era aliciante. Quem se tornasse sócio da SLN, comprava acções com a garantia que as venderia posteriormente a sociedades do grupo obtendo mais valias significativas.

Numa caixa nesse artigo, intitulada "Cavaco não esclareceu acções", o Expresso apenas relata as mais valias que o Prof. Cavaco Silva obteve em dois anos ao multiplicar por 2,4 o montante que investiu, mas refere que os accionistas contactados disseram desconhecer o contrato feito com o Professor Cavaco Silva.

Quem afirma sempre que sabe do que fala é pena que não tenha esclarecido como obteve as mais valias, certamente legítimas. Mas que a situação parece incomodar ....

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[1985] Portugal 7 - Coreia do Norte 0

Interrogado à entrada da Assembleia da República, Bernardino Soares respondeu: «Tenho dúvidas que a Coreia do Norte tenha sido derrotada». Link



2010-06-20

 

[1984] Que país é esse afinal ?

Quando falamos de futebol falamos de África do Sul e quando falamos de África do Sul falamos de quê?

A República da África do Sul:

Área: 1.219.090 Km2, um pouco mais do que 13 vezes a área de Portugal, aproximadamente o tamanho de Portugal, Espanha e França juntos ou, um pouco menos que Angola.
População: 49.109.107 ha, quase 5 vezes a população de Portugal ou identica à população de Porugal e Espanha juntas.
Pretos 79%, brancos 9.6%, mestiços 8.9%, Indianos/Asiaticos 2.5% ( censo de 2001).
Há 8 línguas maternas faladas por grupos com dimensão significativa. O maior é o dos Zulus com  23,8 % do total da população e a seguir o dos Xhosas com  17,6%, o de língua Africander: 13,3% o de Inglês: 8,2%.
A média da idade de toda a população é de 24,3 anos muito menor do que a de Portugal 39.7 anos.
Esperança de vida 49.2 anos. É das mais baixas do mundo. Angola está em último lugar com 38,48 anos e Portugal com 78,38.
Mortalidade infantil: 43,78 mortes por 1000 nascimentos o que corresponde à posição 61ª em relação a todos os países, isto é, há 60 países em pior situação e 163 em melhor situação. Portugal tem apenas 4,72/1.000 e na pior situação em todo o mundo está Angola com 178 / 1.000.
SIDA: há cerca de 5.700.000 adultosd infectados com sida (dados de 2007) correspondendo a 18% da população adulta. É das piores situações em todo o mundo. (Portugal 0,5 %)
Independente desde 1910. Deixou de ser o país racista do Apartheid desde 1996 com a libertação de Nelson Mandela e a sua eleição como presidente.
PIB/Capita, em dólares norte-americanos, valor estimado, em 2009 : RAS: 10,100; Angola:  8.900; Portugal: 21.800;  Espanha 33.700; Alemanha 34.100.
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Fonte: Central Intelligence Agency

2010-06-19

 

[1983] Puta que pariu as vuvuzabelhas. Dão cabo da paciência a um santo

O caso passou-se há dias mas conserva plena actualidade. A expectativa tinha ganho o país e não deixara de fora o meu vizinho, o Senhor Antunes. O campeonato do mundo ia finalmente começar e a televisão trazia-nos a casa o pontapé de saída da África do Sul contra o Uruguai. O Sr Antunes insistia
- Vá venha daí. Vemos o jogo os dois, descansados, em minha casa com umas cervejolas, mas como não temos assim tanta familiaridade emendou logo, quero dizer, uma Superbock ou uma Sagres ou então se prefere vamos a uns whiskies.
- Entre, entre... por aqui - e a D. Natércia encaminhava-me para a sala onde o Senhor Antunes já se atarefava à volta da grande televisão, um pouco antiga, grande volume e monitor de 90 cm.
- Então que faz aí à volta do aparelho? Está a funcionar perfeitamente garantia eu.
- Pois, pois, mas não está a ouvir isto? Estou farto de avisar a minha Natércia para que não deixe a janela aberta. Quer ver, venha aqui - e mostrava-me da janela do outro lado do jardim um friso de colmeias.
- Abelhas. Não sei se sabe que elas... às vezes... quando o cortiço já é pequeno para o enxame desabelham dali para fora e, todas atrás da abelha-mestra, fazem ninho num local que previamente escolhem. Ora eu já tinha visto aqui na sala mais que uma abelha e está mesmo a ver-se que descobriram a televisão com bastante espaço e depois com estes furos aqui mesmo a jeito instalaram-se lá dentro.
- Não estou a perceber. Está-me a dizer que o enxame de abelhas se acoitou aí e fizeram da sua televisão uma colmeia?
- É isso mesmo. Então não está a ouvir este zumbido infernal delas aqui atrás?
- Realmente... confirmava eu. É um zumbido alto lá com o charuto e incómodo como um raio.
- Infernal! Mas eu vou desaparafusar isto, tenho é que pôr uma máscara e luvas que elas atacam.
- Mas... isto parece que é de lá. Lá do jogo mesmo. Da África do Sul.
- Olhe que disparate, desculpe lá oh vizinho, mas então não as ouve... dão-me cabo do juízo.
- Experimente e mude de canal, a ver - propus eu.
- Está a ver? Nada. desapareceram as abelhas. É de lá. 
- Qual quê? Elas são muito espertas perceberam qualquer coisa e calaram-se. 
O Sr Antunes, não queria dar o braço a torcer mas caiu em si e olhou para mim interrogativo.
- Então não está a par? É que lá na África do Sul há imensas abelhas e o estádio está cheio delas.
- Mas como pode lá ser este barulho todo.
- São abelhas diferentes, com uma grande tromba que fazem um zumbido infernal como você disse. Então nunca ouviu falar nas vuvuzelhas ou vuvuzabelhas? Há até quem lhes chame vuvuzelas porque não dominam bem o Africander.
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Nota: Uma desgraça nunca vem só. Não bastava Neil van Schalkwyk ter inventado a maldita corneta, há dez anos atrás, quando era jogador nos Júniors do Santos, da Cidade do Cabo, como agora os chineses... sempre eles... fabricam isto aos biliões por 24 cêntimos. Assim, não há cão nem gato, mesmo do Soweto, que não leve para o futebol a sua vuvuzela.

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2010-06-17

 

Grande tirada do Secretário de Estado do Desporto

... "A selecção portuguesa está na África do Sul para jogar, não para falar".

É uma grande tirada... própria de um SE.

Mas tudo indica que a selecção quer é falar e por isso quer deixar depressa a África do Sul.

 

Maior rigor ou caça ao níquel

Ouvi hoje de manhã no forum TSF a intervenção do Secretário de Estado penso que da Segurança Social a falar que algumas das medidas "corte" de alguns apoios sociais têm a ver com uma aplicação mais rigorosa da lei. Só dar apoio a quem precisa. Mas por outro lado o governo espera com a aplicação do rigor da lei poupar 200 milhões.

Todos estamos de acordo com o rigor e que quem tenha de facto 100 mil euros na banca, como foi dito, não deve ter apoios. O exemplo dado é infeliz, mas será que não haverá casos destes?.

Sinceramente, fiquei perplexo. A argumentação fez-me lembrar a do Professor Carlos Queirós de que Portugal só não ganhou a Costa do Marfim porque não nos deixaram jogar.

O rigor só chegou agora? Houve alguma Costa do Marfim (recente) a impedir que o governo fosse rigoroso? E se assim é se se conhece tão bem onde está o não rigor que até se sabe que vão ser poupados os 200 milhões porque não se exigiu antes?

Acho de mau gosto esta argumentação. Já bastam as cenas do CQ.

Porque não assume o governo que, na sua óptica, tem de fazer aqueles cortes?

Podemos não concordar. É um direito que nos assiste, mas ficaríamos mais satisfeitos se nos informassem com clareza e não andar à procura de argumentos para coisas evidentes.

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2010-06-16

 

De volta à selecção ... e sem regresso

Apenas para verberar quem colocou expectativas que nunca estiveram ao alcance da nossa actual selecção.

O povo gosta de alguma ilusão. Depois quando cai em si já é tarde.

Nunca alimentei grandes ilusões, porque, vendo bem, temos uma selecção mediana como tantas outras e o mundial é para quem sabe, tem vontade e joga bem. Portugal não reúne estas condições.

A selecção portuguesa tem poucos valores individuais (quantos jogadores da selecção teriam lugar no REAL, Barcelona, Manchester, Inter, Chelsea, etc.) e não tem treinador à altura.

Queirós só provou com jovens. Nunca deu o salto. Foi medíocre no Sporting, no Real nem falar e no Manchester tinha lá outro. Nunca passou de adjunto.

Há gente que não faz o upgrading. Queirós é um desses; não sabe lidar com jogadores seniores. Não deu o salto, podia fazer muito melhor mesmo com os jogadores que tem à sua disposição.

Não faz e não se prevê que o venha a fazer.

Pode até acontecer uma grande humilhação (ser último no grupo,) o que aliás esteve quase a acontecer no apuramento.

2010-06-15

 

De volta ao Futebol

Vendo o Brasil - Coreia do Norte, as perspectivas de Portugal, face ao resultado de hoje contra a Costa do Marfim, não se apresentam nada risonhas, porque Portugal não tem equipa digna desse nome. Falhou o meio campo e Carlos Queirós não soube fazer as substituições.

Pior ainda porque as relações Carlos Queirós-jogadores parecem estar deterioradas. Deco foi a voz de contestação, mas Nani já antes acusou a protecção desproporcionada dada a Pepe contra a sua situação.

Tenho a sensação que o caldo está derramado, a selecção um pouco em cacos e agora vamos ver até onde isto vai.

Mas sem meio campo, não há jogo de nome.


 

[1982] Daniel Cohn-Bendit no Parlamento Europeu sem papas na língua



O deputado alemão  faz no Parlamento Europeu, de improviso e como os grandes tribunos, uma denúncia veemente da hipocrisia dos grandes interesses europeus (e não só) dispostos a colocar de joelhos a Grécia, (e talvez a seguir a Espanha e Portugal) mais precisamente os trabalhadores e as classes médias gregas, e com isso obter superlucros nos empréstimos financeiros e na venda de armamento.

Diz o deputado alemão do Grupo Parlamentar dos Verdes: (resumo e cito de memória)  

"Obrigamos o Governo da Grécia a impor aos gregos um política de fome e desemprego. Impomos-lhes condições que não podem cumprir. Obtemos empréstimos a 1,5 a 2 e a 3% para emprestarmos aos gregos a 5 e a 6%. Emprestamos-lhe dinheiro com juros exorbitantes para nos comprarem armamento. À França 6 fragatas por 2.500 milhões, helicópteros por 400 milhões, aviões Rafale (20, 30?) a 100 milhões cada, à Alemanha 6 submarinos por 1.000 milhões de euros. Podíamos evitar tudo isso garantindo segurança mútua entre a Grécia e a Turquia em Chipre. Que sentido faz a Grécia, com esta crise, ter de manter um Exército de 100.000 soldados tendo 11 milhões de habitantes enquanto a Alemanha com 82 milhões tem apenas o dobro dos militares".
A crise, como as anteriores, não caiu do céu, nem resultou de "erros" económicos ou do clima. A crise é o resultado da espoliação levado ao extremo, por alemães, franceses, ingleses, espanhóis ou portugueses contra alemães, franceses, ingleses, espanhóis ou portugueses. Não se trata de  choques de interesses geograficos, entre Estados ou  nacionalidades mas do choque de interesses do costume: os grandes interesses financeiros e económicos a apropriarem-se da riqueza criada pela maioria da população. Da do seu país ou da dos outros, tanto se lhes dá.
Vale a pena fazer o clique e... ver o Cohn-Bendit assim como as caras dos presentes, incluindo a do presidente da Comissão, Durão Barroso.

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A poucos minutos do pontapé de saída...

A selecção portuguesa vai iniciar dentro de breves momentos o seu caminho.

Espero que seja longo, ajudaria a levantar o ego por estas paragens.

BOA Sorte é o mínimo que se deseja.

2010-06-14

 

[1981] Soldado denuncia guerra do Iraque e morre 2 dias depois



Corre pela net o link que leva a este filme onde um soldado norte-americano faz uma denuncia arrasadora da Guerra do Iraque, da Administração Norte-Americana que a declarou, do Exército dos EUA que a executa e dos beneficiários impunes da catástrofe humana que arrasou aquele país. O Soldado morreu dois dias depois mas levantou-se a suspeita de que o ataque cardíaco possa ter sido provocado.

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[1980] A Day in the Life



Mais versões aqui

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2010-06-13

 

5€ pela correcção de um ponto do 12º ano


Quando vi este valor francamente veio-me à cabeça que não se tratava do meu país. Pensei na China ou noutro sítio onde o custo hora vale muito pouco.

Pagar 5€ ilíquidos é degradar a profissão. Duvido que haja uma mulher a dias que receba em Lisboa esse valor hora.

Pensando bem uma hora de trabalho de um professor e penso que um ponto não leva menos tempo
deveria ser bem melhor remunerado.

Será que um professor não se pode recusar?!

2010-06-11

 

Estudar Medicina fora do País

Acabo de ler que estão cerca de 1000 estudantes a estudar medicina fora de Portugal (Espanha) e que, juntando a República Checa, o segundo país com mais estudantes portugueses e, depois os restantes onde portugueses estudam medicina, se atinge o número 2500 que é só duas vezes e meia os que estudam em Portugal. Isto tudo por um numerus clausulus que ninguém compreende excepto a corporação Ordem dos médicos.

Depois faltam os médicos pelo país todo. E vêm muitos de todos os lados.

Eu não sou contra esta permutação. Até achava altamente positivo se as razões fossem naturais com base em acordos, porque a troca de saber é sempre muito positiva.

A questão é que isto tem na origem e já há muitos anos um erro de base em que todos perdem. Perde o País porque gasta muito mais na formação dos médicos. Perdem as famílias porque têm a mais um dispéndio financeiro para que os filhos estudem. Perde o SNS porque não tem médicos suficientes e presta assim um serviço insuficiente e perde o doente porque tem uma medicina de pior qualidade

Se este problema está diagnosticado e é claro o erro, porque não se o resolve?

Este problema não é de agora. Atravessou muitos governos, incluindo os de Cavaco Silva. Teve 10 anos no governo e saúde e justiça é o que se vê.

Tudo seria fácil se ao longo dos anos se algum ministro da saúde tivesse mesmo defrontado os loby's que os há e que impedem por interesses próprios que esta situação se resolva calmamente e é certo para bem de todos.

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2010-06-09

 

um País dois Sistemas vs um Governo dois Discursos

O primeiro tem dado resultados concretos. A sociedade chinesa embora com muitos ziguezagues tem vindo a evoluir e o comportamento dos indicadores económicos é apreciável. O mesmo não direi em outros domínios.

Um governo dois discursos também tem dado resultados concretos, com um significado muito preciso: desnorte e instabilidade. Afinal, face a uma questão mais complicada ou sob pressão interna ou externa é de atirar moeda ao ar para se saber a posição do governo português.

É o que tem vindo sucessivamente a acontecer. No caso mais recente das pressões de Bruxelas sobre reformas a fazer no mundo do trabalho e da segurança social, o governo aparece a falar a três vozes. Ministros da Economia e do Trabalho a rejeitarem as pressões e a dizer que em vários aspectos estamos à frente de muitos dos países membros vs Ministro da Finanças muito aberto a pressão comunitária com o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira a tentar fazer a ponte entre as duas posições.

A continuar assim, este tipo de governabilidade anda em voo picado e a defrontar-se com um muro.

Quase sempre dá desastre quando nos aproximamos muito do muro a grande velocidade.


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2010-06-08

 

[1979] Vivemos acima das nossas possibilidades














O Senhor Gonçalves da Quinta da Marinha tem uma reforma de 173.000 euros por mês e, entre outros suplementos, o direito a usar gratuitamente um avião particular para passear por aí. O Senhor Gonçalves da Brandoa tem uma reforma mensal de 173 euros e entre outras regalias o direito de assobiar e a andar a pé por aí.
O G20, os ministros das finanças da União Europeia e a Srª Merkel dizem que "andamos a viver acima das  nossas possibilidades". O Senhor Gonçalves da Brandoa que tem ouvido na televisão os economistas de serviço percebeu logo que a conversa era com ele e não com o outro.
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Imagem: Banquete dos Deuses - Frans Floris, 1550. Koninklijk Museum voor Schone Kunsten, Antwerp

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2010-06-06

 

Os "deuses" estão loucos

O título do filme em português, que vi há muitos anos nas salas de cinema, não era bem este, mas uma sua aproximação: os deuses devem estar loucos.

Este título menos assertivo não responde à situação presente, porque os "deuses" actuais, políticos ou candidatos a políticos de muitos países estão mesmo loucos e muitos com graus de demência sem recuo.

Anteontem, sexta-feira, os mercados internacionais entram em turbulência com as afirmações de responsáveis do novo governo húngaro de que a Hungria estava na bancarrota. Ontem, sábado, Budapeste vem dizer que o que fora dito na véspera não era assim. A economia está sólida e o porta voz do governo reafirma que o objectivo do défice de 3,8% para este ano se mantém, embora insinuando ou a deixar que se insinue que o anterior governo falseou as contas do país.

Em Portugal, depois de tanta confusão entre PS e PSD por causa das garantias de Estado, afinal vem o PS dizer que está tudo bem como quer o PSD, que era mesmo um mal-entendido de redacção.

Se recuarmos no tempo, temos ainda aquele episódio do Secretário de Finanças do Reino Unido (já demitido e que era uma das esperanças do novo governo) que desconhecendo a tradição na sucessão foi logo a correr pôr nos jornais o papel deixado, que a ser verdade era de facto grave de que não havia dinheiro no erário público. Depois temos um candidato a Presidente muito preocupado com Olivença. Porque não se preocupa com o principado da Pontinha na Madeira? É quase do mesmo teor.

Só pode ser, estes "deuses" estão todos loucos.

2010-06-05

 

[1978] Equilibrar os OE é a última coisa que se deve agora fazer


Diz Paul De Grauwe, Prof de economia Internacional na Universidade Católica de Lovaina. É considerado um dos maiores especialistas da União Económica e Monetária europeia.

Extratos da entrevista ao Público de 2010-06-04:

"... Sempre pensei que se não fizermos algo para uma maior unificação política estaremos claramente em apuros. As tensões acumular-se-ão e haverá grandes problemas, que poderão ir até à ruptura da UEM.
......
As curas de austeridade destes países não correm o risco de alimentar uma nova recessão?
Precisamente. A pressão dos mercados e da Alemanha é muito perversa. Estes países estão sob pressão para reduzir a dívida pública demasiado depressa e o resultado é que transferem, de novo, o problema do sector público para o privado, como se fosse uma batata quente. Ou seja: a explosão da dívida privada foi durante a crise transferida para os governos. Agora, os governos são pressionados pelos mercados a fazer o contrário. Isto é um grande problema que poderá levar a uma recessão em "W" que tornará ainda mais difícil a redução da dívida.
...........
O que é que pensa que os líderes europeus deveriam fazer para sair da crise?
Certamente não o que estão a fazer agora, que é o que a Alemanha quer, ou seja, equilibrar os orçamentos. É uma ideia parva. O que precisam é de fazer alguma coisa em conjunto para eliminar os desequilíbrios da zona euro, e isso significa que a Alemanha terá de assumir também as suas responsabilidades. A Alemanha poderia fazer hoje alguma coisa para estimular a economia. Porque se Portugal, Espanha, Grécia ou Irlanda têm défices na balança de transacções correntes, isso também acontece porque a Alemanha tem excedentes na sua. E não se pode dizer que o primeiro grupo é mau e o segundo bom, porque não é assim que as coisas funcionam. A responsabilidade é dos dois lados. Houve erros em Portugal, mas também houve erros na Alemanha, com esta forma excessiva de construir excedentes nas exportações à custa dos outros. Agora é preciso fazer o contrário, porque senão entramos numa espiral deflacionista. Se Portugal e os outros reduzirem salários e se a Alemanha continuar a fazer o mesmo, teremos um grande problema. Os alemães têm de assumir a sua parte da responsabilidade, mas não querem.
Entrevista completa aqui.

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Intervenção de Cohn Bendit

Esta intervenção de Cohn-Bendit sobre a crise grega, com legendas em português, aponta para uma questão que certamente já muitos colocaram a si próprios: quem ganha com isto?

Ele dá uma resposta parcial e nesse aspecto, em minha opinião, correcta. Mas ficam de fora muitos outros agentes económicos que ganham ainda muito mais com toda esta turbulência.

Mas Cohn-Bendit coloca uma outra questão ainda mais de fundo. As exigências da União e do FMI à Grécia, que, na sua opinião, não podem ser cumpridas, sem um ataque brutal às condições de vida do povo grego e levanta o véu da situação comparativa desleal de tratamento da União face a países fracos economicamente e em dimensão e países fortes como a Alemanha ou a França que têm todo o tempo para fazerem as reformas que também precisam.

http://www.youtube.com/watch?v=wg5SU_bDNsA&feature=player_embedded

2010-06-03

 

Quanto custa ao País um feriado?

Segundo estudos elaborados pelo Professor Luís Bento da Universidade Autónoma de Lisboa, um feriado fica ao País pela módica quantia de 37 milhões de euros.

A ser assim, hoje, o país ficou mais pobre exactamente naquele montante.

Será que se justifica?

Não, dentro de determinados parâmetros. Vejamos. Portugal tem mais três feriados que a média europeia. Se reduzir os feriados para essa média poupa 111 milhões de euros/ano.

Mas a questão não está apenas nos feriados. Está também nas pontes e essas são mais difíceis de contabilizar. Por exemplo, o dia de amanhã, o país vai trabalhar a meio gás.

Daí que desde há muito se pense em encostar os feriados aos fins de semana, a chamada mobilidade dos feriados, o que tem dado azo a várias resistências: Da igreja quando se trata de feriados religiosos e dos sindicatos em geral. Por exemplo, o de hoje se estivesse encostado saia mais barato, exactamente pela não ponte.

Bom, duas deputadas do PS, católicas de gema, Teresa Venda e Maria do Rosário Carneiro, vêm propor duas coisas. Que se acabem com quatro feriados e se crie um outro a 26 de Dezembro, o dia da família, fica bem a um espírito cristão!!. Que feriados propõem para acabar: dois católicos, o de hoje dedicado ao corpo de Deus e o 1º de Novembro e dois laicos, o 1º de Dezembro e o 5 de Outubro.

Acho bem: são feriados tradicionais com valor simbólico reduzido. Será que mesmo os católicos sabem o que isso do corpo de Deus?. Esperemos que haja bom senso e se aprove esta proposta das duas deputadas .

Mas além disso, a proposta aponta para a mobilidade dos feriados com algumas excepções, ou seja, deslocar os feriados para o dia útil mais próximo do fim de semana, o que já acontece em países como a Alemanha ou o Reino Unido e que se conheça não parece haver muitos traumas por isso. Enfim, argumentos que saem caros por não se adoptar.

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[1977] Morreu Rosa Coutinho



O Almirante Rosa Coutinho fica, merecidamente, na  História da Revolução Portuguesa, como um dos militares do MFA de maior vulto. Militar distinto, revolucionário lúcido e corajoso, a ele muito devem os portugueses que se orgulham do levantamento militar dos capitães de Abril e da revolução popular que se seguiu e pôs fim a meio século de ditadura.
Rosa Coutinho integrou desde logo a Junta de Salvação Nacional presidida pelo Gen Spínola não por ser um dos seus preferidos mas por indicação dos oficiais da Armada envolvidos na preparação da revolta militar que nele reconheciam o militar prestigiado, corajoso e inteligente para levar de vencida o regime salazarista e os que, como Spínola e outros generais da Junta de Salvação Nacional, pretendiam que ela caísse sim... mas num colchão de penas.
Foi um defensor sem tergiversações, desde a primeira hora, da independência das colónias portuguesas na Junta de Salvação Nacional, como presidente da Junta Governativa de Angola e no Conselho da Revolução. Tive a oportunidade e o privilégio de algumas vezes com ele conversar e discutir acerca da revolução e da descolonização. Era uma pessoa sempre pronta a encontrar o lado optimista mesmo nas situações mais complicadas e a contemplar-nos com o seu riso franco e fino humor.
Foi muito controverso e isso - em tempo de revolução e de grandes mudanças -  é também uma prova da sua grandeza.

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2010-06-02

 

Quando cheira a dinheiro...

... lá se vão ou podem ir as boas intenções declaradas.

A PT flutua nessa encruzilhada.

As ofertas da Telefónica de Espanha começam a representar muito dinheiro. Os olhos de alguns "investidores financeiros" começam a faiscar na expectativa de poderem "bancar".

Diz-se: é o mercado que decide ... pois, ... mercado é dinheiro e o dinheiro já cheira. Até já cheira intenso. o

O cheiro inunda já algumas casas e aqui fica fora da alçada da ASAE.

As boas intenções sobre a PT, como empresa estruturante, até têm uma data. Boas intenções? Até ver, sempre até ver, convenhamos. Interesse nacional? Onde está? Chamam os bolsos.

Mas, de facto entregar a PT sem uma alternativa segura no bolso, equivale a entrar muitas centenas de milhões nos bolsos de uns tantos investidores, mas significa tornar o País mais pobre, reduzido ao seu rectângulo. Vender a Vivo sem ter uma saída no bolso é comprimir uma empresa com peso internacional numa PME de bairro europeu. Para que serve afinal a golden. Belmiro de Azevedo ainda pode ter razão ou "desgosto" por não ter sido bem sucedido, pois já teria embolsado.

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2010-06-01

 

[1976] Israel um Estado terrorista

Que nome havemos de dar aos responsáveis pelo ataque que Israel ontem levou a cabo contra o "comboio" de apoio humanitário que se dirigia a Gaza? Terrorismo de Estado? Acto fascista?
Estes dirigentes de Israel, com a complacência dos EUA, estão cada vez mais parecidos com os carrascos dos Judeus, com os autores do holocausto. A Turquia não tem armas nucleares ao contrário de Israel mas mesmo assim talvez não deixe impune o agressor.
El País, reacção do Brasil , e do Governo Português?

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