2007-10-31
Para a frente e para a rectaguarda (7)
Sobre o acolhimento aos refugiados ...
Já "passou" o problema das escutas!
Depois desta "mini catarse"... pública, ficará tudo na mesma como é costume.
2007-10-30
Hoje temos o problema das escutas
Vamos ouvir de Pinto Monteiro que mensagens tentou passar, ou se pretendeu apenas dizer que, em Portugal, esta questão se arrasta por um ambiente muito pantanoso.
Infelizmente, penso que não passará de uma nuvem de poeira, para tudo, à nossa boa maneira, continuar na mesma.
2007-10-28
Em Itália também se compram deputados?
2007-10-26
A OPUS DEI e a Economia
Eu e mais aguns amigos que leram e na altura comentamos ficando impressionados tal era o poderio.
Não sei como evoluiu a situação pós franquismo de quem aliás a OPUS foi um grande apoio, mas parece-me que, tendo havido algum retrocesso, o poderio continua a ser muito forte.
Hoje, continua a ser uma caixa negra o peso da OPUS na economia portuguesa, pois, que se conheça, nunca houve nenhum trabalho nesse sentido. No entanto, há a sensação de que tem mais peso relativo hoje. Há sectores como no ensino onde a presença da OPUS é bem significativa, já sem falar na Banca e seguros.
2007-10-25
Sobre o "Tratado de Lisboa"
Uma boa partida, era um teste a quem tanto comenta e afirma sobre esses 90% que minimamente nos informasse sobre as diferenças de fundo entre os dois documentos (eu preciso de ser informado).
Diga-se de passagem que é chato ler aquelas linhinhas dos seguros. Somos levados quase sempre por não as ler. E aqui? ...
Uma voz do fundo dos séculos
2007-10-24
A agitação no PSD continua
Ainda não aprendi nada com "a guerra" de Joaquim Furtado
A guerra colonial teve raizes. Teve enquadramento político e social, nacional e internacional.
O PCP às voltas com Luísa Mesquita
"O Secretariado do CC do PCP, considerando o desrespeito por princípios estatutários, a atitude de violação de compromissos políticos e éticos, a intolerável situação de recusa em participar nas reuniões, nas jornadas parlamentares do Grupo Parlamentar e no trabalho parlamentar para que foi destacada, decidiu retirar a Luísa Mesquita a confiança política para o exercício dos cargos públicos para os quais foi eleita em representação do PCP: deputada na Assembleia da República e vereadora da Câmara Municipal de Santarém."[Aqui]
"Luísa Mesquita garantiu hoje que vai cumprir o seu mandato de deputada no Parlamento e manter-se como vereadora na Câmara Municipal de Santarém até 2009, apesar de o PCP lhe ter retirado a confiança política. " Vai pensar, decidirá em função da sanção disciplinar que aguarda. Que talvez fique como independente."O PCP não é dono dos lugares no Parlamento" , "Desejaram ardentemente que a minha voz fosse silenciada" ,"Não tenho receio daquilo que o PCP vai fazer."(aqui)
Estamos, bem os amantes do futebol, em semana tensa
Espero aos outros clubes portugueses em prova bons resultados.
A "guerra" Jorge Lacão/Bernardo Trindade nas Regiões de Turismo
Mas não quero ir por aqui.
O país está dividido em 5 regiões NUTS 2 (nomenclatura de unidades territoriais para fins estatísticos), reconhecidas pela UE. Não há razão para que o turismo não alinhe por esta bitola. Pode criar outros centros de menor dimensão, os pólos de turismo, consagrados no PENT - Plano Estratégico Nacional de Turismo, mas também seguindo a subdivisão das NUTS 3.
Donde me interrogar se Lacão tiver razão, Santarém será capital de que região de turismo, do Alentejo?
2007-10-23
Em duas horas o que antes levava uma semana?
"Como quem escolhe favoritos"
O banqueiro foi a contas
Mas 12,4 milhões como li nem chega a 1% da fortuna do banqueiro, avaliada em milhares de milhões. Daí deduzir-se que poderia ter feito isso mais cedo. Isto é o raciocínio lógico. Só que me esqueci de que Jardim Gonçalves (pai) não tinha conhecimento dos traumas que o seu filho andava a ser alvo, porque os seus amigos de administração não o informaram, nomeadamente Filipe Pinhal, agora o líder do Banco e assim decidiram ao seu arrepio.
Estão a ser publicitados muitos mais casos no BCP que interferem com a legislação e, certamente, todos os administradores da altura, menos Jardim Gonçalves, terão sido também os decisores destes casos "éticos".
Uma guerra "impura"
Há tantas e tantas guerras, fundamentais, para a construção de alicerces sólidos para o futuro deste país. A admistração pública é uma delas, a dos professores outra, a da justiça outra ainda e assim por aí fora. ... Estas são guerras de fundo, que vale a pena "comprar".
Mas voltando aos pilotos. Esta guera não é de forma alguma estruturante e tenho, como referi, dúvidas sobre a sua justeza.
Daí que entenda como positivos os apelos para a sua suspensão, que só traz prejuízos a todas as partes envolvidas e, como ilhéu, sei quanto é prejudicial a uma região isolada em que as ligações aéreas são determinantes, mas o processode recuperação da TAP também não fica de boa saúde.Apelos de suspensão sim, mas com contrapartidas, que até não me aparecem dificeisde jizar. E o governo tem de negociar. E não fica mal a ninguém.
2007-10-22
A propósito e ao lado do tratado reformador...
Então não se viu na TV quando todos falavam do tratado, Mr. Brown a dizer que ia falar com Sócrates sobre o desaparecimento de Maddie?!
Que outros interesses se movem por detrás de tudo isto? Uma vida, dirão alguns. Sim, uma vida. Mas quantas vidas, quantas crianças de gente rica, tão rica como os McCann, desaparecem em Inglaterra por ano e o dinheiro não aparece a rodos para gastos de imagem dos pais?
Algo de nós desconhecido terá de haver. Sem "esse compromisso secreto", um primeiro ministro não andaria tão preocupado com a situação.
2007-10-20
Para a frente e para a rectaguarda (6)
Ricardo Costa entrevista José Sócrates para a SIC-Notícias. Entrevistador e entrevistado, felizes e sorridentes, enaltecem a importância do acordo denominado Tratado de Lisboa. O jornalista Ricardo Costa diz "treuze" em vez de "treze" - ''Treuze' de Dezembro é o dia previsto para a assinatura do tratado". Pronto lá fica a entrevista ensombrada.José Sócrates, justamente inebriado com mais este sucesso político, faz uma revelação. Está contente, também, porque este marco histórico é muito importante para a sua própria carreira.
Nesta hora de euforia, nem seria necessário sublinhar mais nada.
As carreiras pessoais de Durão Barroso e José Sócrates beneficiarão com isto.
Mesmo que o processo de ratificação possa esconder algumas "surpresas", o resultado terá tido, pelo menos, essa utilidade.
Não se terá perdido tudo...
Para a frente e para a rectaguarda (5)
Mota Amaral, um dos vice-presidentes de Luís Filipe Menezes, vem fazer a prova de que a unidade de pontos de vista relativamente a questões políticas fundamentais não é condição para se ser membro do PSD, nem sequer dos seus órgãos dirigentes. No oposto de Menezes, que ergueu no último congresso a bandeira de uma nova constituição, numa perspectiva refundacional, Mota Amaral exprimiu-se recentemente, sem ambiguidade, do seguinte modo:"Auguro à Constituição de Abril, ao atingir a sua maturidade de 30 anos e na dinâmica da sua evolução, um longo futuro, servindo bem Portugal",
adiantando uma precisão conceptual:
"Queixam-se por vezes os governantes que a Constituição não lhes permite fazer tudo o que pretendem. Mas é também para isso mesmo que ela existe, e ainda bem"

O DN de hoje recorda passos da intervenção do ex-Presidente da Assembleia da República, aquando da comemoração do 32º aniversário da Revolução dos Cravos. Pedro Correia e Suzete Francisco destacam as diferentes posturas dos dirigentes do PSD em peça intitulada "Mota Amaral defende texto constitucional".
Um bom exemplo do que o jornalismo pode e deve fazer em apoio de uma análise política mais substancial. Se todos os órgãos de informação o fizessem, ainda que apenas de quando em quando, o espaço de manobra da demagogia, do populismo e do incumprimento de promessas eleitorais, seria muito menor do que é.
Partido grande com vários partidos mais pequenos dentro, o PSD de Menezes não é diferente do PSD de Marques Mendes. É uma multiplicidade que não quer abandonar o frentismo de direita nem assumir as diferenças radicais que o atravessam.
Os que viraram as costas à aclamação de Luis Filipe Menezes, fazem contas. Com Sócrates a satisfazer as grandes ambições do centro-direita, que resta ao PSD? Ir ainda mais para a direita. Espalhar-se com a guerrilha prometida, fábrica a fábrica, hospital a hospital, cimenteira a cimenteira. Depois do desgaste maximalista, os barões agora alheados, regressarão às lides.A razoabilidade cederá então o passo ao frenesi radical. E os interesses do bloco central poderão continuar a ser protegidos, com maior estabilidade, serenidade e comedimento. Com ou sem José Sócrates.
Será então a vez do PS se enxergar e dar conta de quantos pequenos partidos o seu grande partido estava a federar. Será tempo, igualmente, para aqueles que sempre afirmaram não se terem desviado um milímetro das suas posições de sempre, repararem que, de repente, ali à mão, esse outro grande partido que se dá pelo nome de PSD, voltou a estar em consonância com o que pensam e sentem.

Entretanto, os que são por uma nova constituição, completamente liberta das marcas ideológicas de abril, podem conviver nos mesmos órgãos de direcção que aqueles que sustentam exactamente o oposto.
A questão ideológica tornou-se irrelevante.
Não podendo prometer nada de muito diferente do que faz o actual governo, o PSD visa um único objectivo, claro, simples e transparente: o regresso ao poder, a todo o custo, urgentemente.
Os barões que viraram as costas a Mendes e a Menezes, sabem que poderão, na altura própria, "devolver a credibilidade" ao PSD. Apenas quando Sócrates tiver completado o seu ciclo. Terá chegado, então, a altura de virarem as costas a José Sócrates.
2007-10-19
Para a frente e para a rectaguarda (4)

Os entusiastas do Tratado de Lisboa usam de uma boa vontade que até dá vertigens. Não se conhece, a não ser pela rama, as linhas gerais que conduziram a um arranjo em que as cláusulas sociais parecem ter, uma vez mais, ficado para trás. O comboio dos tradutores e assessores jurídicos está afanosamente a trabalhar para poder dar à estampa, em breve, uma versão legível do texto?
Não interessa.
Eles já sabem que vão apoiar.
Agora, falta só referendar.
Tanta abertura; tanta generosidade nas políticas sociais, deve merecer certamente o apoio das maiorias, beneficiárias, gratas e entusiastas de uma União Europeia à sua medida. Vamos a isso!
Para a frente e para a rectaguarda (3)
José Sócrates não é autoritário. Quando utiliza a expressão "Não quero que restem dúvidas nesta matéria.", - como ainda hoje fez na conferência de imprensa acerca do Tratado de Lisboa - está apenas a enfatizar, até aos limites discursivos do razoável, uma convicção que ele gostaria que nós também tivéssemos. Portanto, onde muitos, perversamente, lêem autoritarismo bacoco, agressividade e irritabilidade, deve entender-se, mais apropriadamente, zelo democrático, ansiedade dialogal, excesso de generosidade.Os líderes muito determinados que confundem grandiosidade e teimosia, arriscam-se a ficar sempre mal na fotografia.
É uma injustiça...
Porreiro Pá!
2007-10-18
Para a frente e para a rectaguarda (2)

Assim se confirma que não é por muito se ter sabido que se fica mais inteligente.
Adenda: [Aqui] mesmo ao lado, no Cantigueiro, Samuel aborda este assunto noutra perspectiva e de forma um pouco mais acutilante.
Os escritores também se abatem
Aqui ao lado, no Cinco Dias, vale a pena acompanhar a discussão que opõe Nuno Ramos de Almeida e António Figueira (bloggers do mesmo blog, chiiii!) - fez-me recordar as saudosas polémicas com o Raimundo Narciso e o Mário Lino em tempos que já lá vão, aqui no PuxaPalvra - acerca da "autonomia relativa" da criação literária face aos critérios de severidade da responsabilidade social, política e ideológica.Podemos começar a leitura por [aqui] ou por [ali]. No fundo, o António Figueira reconhece que se entaramelou na própria boutade. Mantém a cabeça erguida por uma questão de estilo. Compreende-se.
Vale a pena ler a troca de impressões entre os dois companheiros de blog e os comentários. Há questões que parecem permanecer sempre em aberto. Os escritores também se abatem. Quem tiver vontade de escrever mas não se sentir satisfatoriamente responsável pelo que vai fazer, então... cante!, por exemplo. Toda a leviandade, se António Figueira mandasse, voltaria a ser castigada. Meu Deus. Lá se me iam uma dúzia de bons poetas (franceses, inclusive) pela borda fora.
Para a frente e para a rectaguarda (1)
Chegam-nos queixas e lamentos do Reino Unido acerca da falta de dentistas no Serviço Nacional de Saúde. A situação é tão premente que a Sky News passou, há poucos dias, uma reportagem contendo depoimentos, longas filas de espera e muito desespero. "Dental Patients Pull Out Own Teeth" é o título da peça ainda disponível no site do canal britânico.Por aqui se vê que o que Thatcher, primeiro, e Blair, depois, conseguiram fazer do SNS de lá. Se estiverem a pensar no mesmo que eu, poderão somar 2 + 2.
É a sensibilidade social actual da social democracia de alguns partidos socialistas.
Arrancar os próprios dentes?
Soa a demagogia, - não é?
Mas não é!
2007-10-17
O Tratado de Lisboa
Dois milhões de pobres em Portugal
"Um pouco envergonhado"
Não é por falta de alimentos que... sobeja a fome
Carta a "um filho de um deus maior"
Maior que o Adriano Correia de Oliveira só a fraternidade,
só a amizade que ele prodigalizava. Só a saudade que deixou aos seus incontáveis amigos.
Adriano Correia de Oliveira o Homem, o Cantor que todos amavam.
2007-10-16
Las Vegas
Trata-se de uma cidade completamente artificial. Em tudo. As pessoas, as festas os casinos. Parece que se está numa espécie de segunda vida.
Eu tinha apenas entrado no casino do Estoril uma vez por breves momentos.
Aqui trata-se de casinos por todo o lado, qualquer um deles enorme. Milhares de pessoas a jogar. Tenho observado muito. Fico impressionado com a forma como perdem às centenas ou milhares de dólares. A maioria das vezes nem sequer me parece ser pessoas de muitas posses. É fácil perceber dramas pelas caras de desilusão que muitas vezes se vê.
Mas também há o contrário. Pessoas com tanto dinheiro que fazem questão de se mostrar a perder enormes somas.
Os hotéis estão misturados com os casinos, centros de convenções, lojas e salas de espectáculos.
A prostituição vai directamente aos quartos. É comum ver prostitutas nos elevadores dos hóteis.
O tamanho e grandiosidade das construções é tal e qual como se vê na televisão. Tal devem ser os lucros do jogo e prostituição que conseguem construir dezenas de luxuosos complexos.
Muita gente em festa. As mulheres muito bem arranjadas e apetitosas. Os homens nem por isso.
É de facto estranho. Decididamente não acho muita piada.
A "Saga "dos Corleone
Aproveito para rectificar, pois como corrigiu o Raimundo, o perdão ao filho do banqueiro parece ter sido apenas de 12 milhões e eu, na minha "perversidade", falei num poste abaixo, de 12,5 milhões. O seu a seu dono. Retiro 500 mil aos milhões, que disse perdoados pelo BCP ao filho do "Patrão", repito, sem que o pai "tivesse tido conhecimento", em tempo algum e em meio algum (doméstico ou de negócios) - palavras do Banqueiro.
E agora, com "a mesquinhez" de um ignorante, poderei interrogar-me sobre se toda a turbulência anterior no BCP não teria já a ver com estes factos, Gois Ferreira incluido?
ADRIANO "Aqui e Agora"
"Aqui e Agora" ... "Novas versões de velhas canções" saiu ontem.
Aquele "Tejo Que Levas as Águas" é simplemente fabuloso.Hoje, passam-se 25 anos sobre a morte de Adriano, tão incompreendido quanto esquecido.
Conheci o Adriano.
2007-10-15
O perdão foi só de 12 milhões
O comendador diz ser necessária a intervenção urgente dos reguladores, CMVM, Banco de Portugal e procurador-geral da República. Berardo... defende a destituição dos actuais administradores." [link]
Barões do PSD esperam para ver
2007-10-14
Menezes: como descalçar a bota santanista

De fotografia de Fernando Veludo
Rice apela aos direitos humanos em Guantánamo Moscovo
Sobre o orçamento
A situação, em que este problema está, não é nem a que o governo nem a oposição pintam, cada qual à sua maneira e sendo muitas as oposições.
- O défice e a dívida
- As reformas
- Os salários
- Os investimentos.
Não se perde nada se se acrescentar um quinto domínio: os impostos.
Numa breve referência a cada um temos diferentes situações.
Quanto às reformas
, revejo-me mal nelas, vão devagar e nem sempre no bom caminho, porque e restringindo à Administração Pública não sei para onde marcha pelo simples facto de nada ter sido dito sobre as funções de Estado. E reformas sobre nebulosidades são complexas. Entendo que o governo esteja a agir sobre um pensamento do que pensa dever ser o Estado. Independentemente da polémica que isso podia causar devisa tornar transparente esse seu entendimento, porque isto não vai só com a simplificação de processos, embora fundamental essa frente. Aqui incluo a saúde, onde o problema é muito complexo. Por vezes, pensa-se mesmo que o privado pode ter aqui um dedinho.Sobre os investimentos da AP é o ponto negro. É a área em que ainda não se tocou. Há aqui toda uma verdade a pôr sobre a mesa. Há toda uma outra reforma: falar claro sobre as despesas de funcionamento dos organismos. Só indo por este caminho se pode entrar no corte de despesas desnecessárias, que ainda não se fez e, assim, se chega aos "pés de barro" do défice a que se chegou. A este défice falta sustentação. No entanto, foi fundamental este passo. Mas as despesas públicas têm de entras na racionalidade, têm de ser sujeitas a uma análise custo-benefício. Há muito que fazer e de fundo.
Que família tão unida!...a do banqueiro Jardim Gonçalves
Desde muito cedo aprendi e apreendi "aqueles sacrossantos princípios" de interajuda, de apoio que a igreja apregoa, neste caso a OPUS, mas de que se esquece na prática e os mete na gaveta. Também já vi, por outros lados, pôr na gaveta outras coisas.
Afinal, o banqueiro Jardim Gonçalves só tem mesmo é que ser muito duro para com o seu amigo Filipe Pinhal, actual Presidente do BCP, porque não lhe contou, quando Jardim Gonçalves era ainda o presidente (que traição!) de pleno direito, que o seu filho Filipe andava em "maus lençóis", envolvido numa "pequeníssima" dívida de 12,5 milhões ao próprio BCP, depois "perdoada". Bem sei que uma dívida de 12,5 milhões é aquele montante que qualquer português tem sempre aí à mão para utilizar nos seus apertos. Donde eu e todos, nos nossos apertos, vamos à banca e temos logo ali os 12,5 milhões!
É de aguardar depois deste escândalo e de outros que por aí constam que havendo autoridades legítimas para investigar estas situações que o façam. Mas, banca é banca!
2007-10-13
Apesar das "nove verdades pouco convenientes ..."
Ficando cá por casa, a propósito do ambiente e no contexto deste Nobel, Cavaco Silva diz: "é tempo de descarbonizar o nosso modelo de desenvolvimento" e Carlos Pimenta, ex-Secretário de Estado do Ambiente num dos governos de Cavaco, amigo pessoal de Gore também diz: "para o mundo, em termos de ambiente, é essencial uma Administração democrata na Casa Branca".
2007-10-12
PS/Madeira deixou na PGR dossier com indícios de corrupção
Santana Lopes à beira do Euromilhões?
Agora, nas rádios e televisões é que o frenesim é grande. Estão todos "implantados" para os directos. Vamos a ver quem "indirecta" mais? Fico na dúvida, não teria sido melhor escrever com "e" e com"i"?!
milagres precisam-se
Percebi que os milagres antigos dos pastorinhos não resultaram. Se assim é, como ontem dizia a imprensa, a canonização dos dois pastorinhos Jacinta e Francisco voltam à estaca zero.
2007-10-11
O Paradoxo do Ornitorrinco
Sob este título José Pacheco Pereira vem falar do PSD nos últimos 10 a 12 anos, desde os finais do chamado "cavaquismo".
Certamente, JPP não quererá dizer que o PSD também põe ovos, porque, nestes anos da análise, os ovos têm aparecido muito estragados. Apenas que está esquisito e contraditório. Mas muitos dos militantes do PSD, ao contrário de JPP, estão convitos de que Menezes vai pôr o PSD a pôr ovos.
A "exportação" de jogadores
Como se lê hoje na imprensa, o Sporting acabou de contratar um miúdo de 8 anos para as suas fileiras, embora para permanecer com os pais até aos 12. Só depois desce para a academia.
O caso José Rodrigues dos Santos
Blackwater

porque alguns grandes da terra,
vendo a guerra em terra alheia
não querem que acabe a guerra"
António Aleixo
O caso Blackater veio complicar ainda mais a situação dos EUA no Iraque. A privatização da guerra torna-a, de último recurso, em fonte de enormes lucros. Tal como noutros casos, o Estado despende somas astronómicas. A diferença está em que a repartição dos dinheiros beneficia principescamente umas quantas empresas. Bruce Falconer escreve na MoJoBlog um texto ilustrativo "Making a Killing: A Blackwater Timeline".
Após a invasão do Iraque, a Blackwater quase duplicou as receitas com contratos federais, passando de 25 milhões de dólares, em 2003, para 48 milhões, em 2004. Em 2006 ia nos 593 milhões. Depois, do final de 2006 até agora, voltou a duplicar. Vai na casa do milhar de milhões de US Dólares. Oooooops!!!
Não admira que os seus agentes atirem indiscriminadamente sobre civis iraquianos.
Business oblige.
Não me digam que vem aí outra vez o lápis azul?! (3)
2007-10-10
Subtil Pacheco barricado na RTP

Não me digam que vem aí outra vez o lápis azul?! (2)
1. João Tunes, no Água Lisa (6), analisa a pulsão anti-sindicalista do actual 1º Ministro, num interessante texto com o título de "O moleiro das lutas". João Tunes acha que Sócrates "perdeu a cabeça" e está a revelar, inadvertidamente, algumas discrepâncias em relação ao figurino político que escolheu. Uma reflexão a considerar. E, claro, mais um sinal...2. Luís Filipe Menezes acha que o governo deve ser censurado, caso não justifique satisfatoriamente o que se passou no caso da visita da PSP ao Sindicato dos Professores. Eu acho que o homem andou bem. Logo alguém no PÚBLICO estima que o novo Presidente do PSD exagerou. O apego aos valores das liberdades constitucionalmente consagradas, tem dias e, pelo visto, protagonistas. Poder-se-á depreender do remoque que se o governo falhar nesta matéria não deverá ser censurado?
3. O PCP insurge-se, e logo acorrem os zelosos da pureza crítica, misturando alhos com bugalhos, desvalorizando o protesto por via da sua proveniência "comunista". Dever-se-á concluir que se os comunistas criticam o governo é porque o governo está a agir bem?
4. Parece chegada aquela hora nefanda em que as coisas estão a dar para o torto mas não se reconhece, a nada nem a ninguém, "fundamento" e "autoridade" para criticar o governo, e condenar as pulsões autoritárias que os actuais responsáveis pela condução das políticas públicas têm evidenciado.
5. No caso Charrua, a zelosa directora regional foi confirmada no cargo. Inebriada de gratidão, chamou para junto dela o delator, premiando-o pela distinta bufaria.
Charrua foi recambiado (punido, de facto) e depois, o processo arquivado.
A Directora Regional compreendeu o sinal.
Só ela?
Não me digam que vem aí outra vez o lápis azul?! (1)
A prática da censura revela-se nas suas gradações difusas, indirectas, oblíquas e, por vezes, impossíveis de comprovar. Quando, por exemplo, um ministro, à saída do acontecimento encenado pela agenda governamental, afirma solenemente que apenas falará do tema que ali o levou, parecendo estar no seu pleno direito de falar do que quer falar, está igualmente a limitar um leque de questões, porventura mais embaraçosas, flagrantes e de interesse público. Induz um grau de censura que chateia os jornalistas, frustra os públicos, mas parece, simultaneamente, aceitável.Os prosélitos costumam dizer que este governo não alcançou a maioria absoluta para agora se pôr a falar daquilo que não quer.
Como se vê, a censura, seja em que grau for, sem uma dose auxiliar de autoritarismo, corre o risco de não ser eficaz.
Porém, que dizer do caso Charrua?
E do Rodrigues dos Santos?
E da visita da polícia à sede do sindicato dos professores, na véspera da visita de José Sócrates à Covilhã?
Coincidências?
Estaremos entre os mais felizes se se vier a provar que tudo não passa de uma cabala contra o governo. Mais vale perder a razão por excesso de vigilância, do que acordar demasiado tarde para os sinais que o governo não tem sabido explicar nem conter.
Num caso ou noutro, o silêncio beneficia o infractor.
2007-10-09
Menezes + Jerónimo: "Fascismo nunca mais!"
O Primeiro-ministro: "Se houver alguém que tenha procedido incorrectamente, o MAI não deixará de fazer o que se deve fazer. Esperemos pela averiguação. Não tomemos como verdade o que é uma versão de uma parte", concretizou. A situação deve ser "absolutamente esclarecida", ressalvou (Lusa).
Para o sindicato trata-se de uma acção que constitui "uma clara violação dos direitos, liberdades e garantias das instituições democráticas", defendem em comunicado.
2007-10-08
Software livre
PMEs, Inovação e Propriedade Intelectual
«A CompTIA, Computing Technology Industry Association, em cooperação com ASSOFT e ANETIE, vai realizar na próxima quinta-feira dia 11, o Foro Europeu de Inovação. Esta conferência terá lugar em Lisboa, no hotel Corinthia Lisboa, Av. Columbano Bordalo Pinheiro 105, das 9.00 às 15.00.
O programa da conferência, que será aberta pelo Dr. Jorge Pedreira, Secretário de Estado Adjunto e da Educação, conta com os seguintes temas:
PMEs, Inovação e Propriedade Intelectual
Standards e Interoperabilidade
e-Skills e Inovação
Para além do elevado interesse do programa, é de salientar a participação de um dos autores mais prolíficos do Bitites - Sérgio Ferreira - que fará parte do painel de especialistas no debate sobre PMEs, Inovação e Propriedade Intelectual.
A inscrição é gratuita e limitada, podendo esta ser efectuada através do e-mail Lisbon_InnovationForum@eficom.eu »
Corrupções
O primeiro é a suspeita de "inside trading" (que me desculpem os leitores a ignorância do termo português) por parte dos dirigentes de EADS. Algumas semanas antes do anúncio oficial do atraso na entrega dos primeiros A380 alguns dos principais dirigentes, quadros e accionistas da EADS venderam vários milhões de euros de acções e exerceram opções. O facto de um dos principais beneficiários ser Arnauld Lagardére (amigo pessoal de Sarkozy) e de a "Caisse des Dépots" (banco do estado) ter comprado as acções tem feito correr muita tinta. Temos aqui um exemplo dos problemas que a promiscuidade entre o estado e os interesses particulares pode causar, neste exemplo concreto os principais prejudicados são os accionistas que não tiveram acesso à informação privilegiada e que viram o valor do seu património baixar substancialmente e também os contribuintes que assumem indirectamente os custos da má gestão do CDC.
No segundo caso um dirigente de uma associação patronal (federação da metalurgia) levantou vários milhões de euros em notas das contas da associação e recusa-se a dizer a que fins se destina tanto dinheiro. Desde que a comunicação social começou a relatar suspeitas de que o dinheiro seria para corromper sindicatos que negoceiam convenções colectivas as principais centrais têm vindo a público desmentir.
Mais informações sobre a EADS podem ser vistas no artigo do Monde aqui. Sobre o escândalo Denis Gautier-Sauvagnac ver o artigo do Libération aqui.
VPV, Cravinho, Marx e a "corrupção do Estado"
«A entrevista que João Cravinho deu na última quinta-feira é indispensável para perceber a corrupção. Cravinho diz duas coisas de uma importância crucial, em que esta coluna tem de resto insistido. Primeiro, que o grosso da corrupção “se faz”, com uma ou outra “entorse” imperceptível, “de acordo com a lei”. Segundo, que por isso mesmo a polícia e os tribunais não podem ir longe e só se ocupam de casos menores. No fundo o Apito Dourado e operações do género são um espectáculo, que esconde os crimes de consequência. Com grande coragem, Cravinho explica qual é o problema: e o problema é o de que certos lobbies se apoderaram de “órgãos vitais de decisões” do Estado ou dos departamentos que as preparam, Ou, se quiserem, o de que o Estado se tornou o principal agente de corrupção.
Isto significa que o Estado serve, não o interesse do país, como compreendido por este ou aquele partido, mas sim o interesse dos lobbies com mais poder ou influência. E, no entanto, nunca se fala disto, embora toda a gente o saiba ou suspeite, a começar pelo Presidente da República, porque os “negócios” conseguem inspirar um respeito e um temor que, por exemplo, o futebol não consegue e que manifestamente coíbem a imprensa e a televisão. O que se passa no Interior de certos ministérios de que depende a orientação da economia nunca chega à rua. Como nunca chega à rua quem perdeu e ganhou com os “projectos”, que o Estado autoriza ou financia. Ou quem é e donde vem o impecável pessoal que manda nisso tudo. Ainda anteontem o dr. Cavaco exigiu novas leis para assegurar o que ele clama a “transparência da vida pública”. Infelizmente, novas leis ião bastam.
Cravinho descreve o “choque” que sofreu com a complacência do PS perante a corrupção do Estado. Sofreria com certeza um “choque” igual, talvez pior, no PSD. A verdade é que o “bloco central” se fundiu com o Estado. Não existe um Estado independente do “bloco central” e muito menos dos negócios”, que o apoiam e sustentam: da banca e da energia quatro ou cinco escritórios de advogados. Cravinho, como Cavaco, não percebeu, ou preferiu omitir, que hoje não se trata de reformar uma parte inaceitável do regime, mas pura e simplesmente de mudar o regime. Se por acaso caísse do céu a “transparência” que o dr. Cavaco deseja, metade da primorosa elite do nosso país marchava para a cadeia como um fuso.»
2007-10-07
Não Apaguem a Memória
E se o Benfica perder em Leiria, 2009 fica-se por hoje?
Diz que não fala dos árbitros. Mas se não fala das desgraças deixa de ter assunto de palco.
Não quero ser mauzinho para os meus amigos benfiquistas, mas aquilo lá pelos lados de Alvalade, apesar de tudo, anda um pouco melhor. Parece que Paulo Bento também não falará de arbitragens esta semana. E do Guimarães gostei. Só que o russo de Putin engatou o motor turbo.
Do Congresso sairam novos "cavalheiros e pistoleiros" do PSD?
Carlos César - um político "matreiro"
E esta cartada não podia acontecer de melhor forma. Começa na Madeira com uma "união de facto" com Jardim, como alguma comunicação social chamou, aproveitando o ambiente das ultraperiféricas para atirar umas dicas ao Governo e prossegue agora na presença de Cavaco. A Lei das Finanças Regionais é o mote.
Há um estatuto autonómico que impõe vários deveres ao governo e ao parlamento e que raras vezes são tidos em conta. O caso mais flagrante é o da consulta obrigatória a quando da feitura das leis. Raramente este preceito é cumprido. Outro é intrometerem-se em domínios que estão expressamente consagrados como sendo matéria específica das regiões. Ainda recentemente aconteceu em relação à Madeira com as incompatibilidades dos deputados regionais. Está escrito nos estatutos claramente que se trata de matéria de âmbito regional. Não estou a defender a situação existente. Acho-a perversa. Mas quem legislou, assim, foi a AR. E os deputados dos Açores do PS solidarizaram-se apesar de terem uma lei capaz com a posição do PSD da Madeira.



