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2011-06-30

 

Veja aqui quanto vai pagar de imposto - Portugal - DN

Veja aqui quanto vai pagar de imposto - Portugal - DN
 

Espera-nos um Natal Negro

Tudo o que há cerca de dois meses era um paraíso celestial em termos de execução orçamental transformou-se num inferno vivo nas contas deste governo.

Era preciso encontrar argumentos para justificar aquilo que se escondeu durante o período eleitoral e eis um excelente argumento. A execução fiscal está a correr mal e o subsídio de Natal está ali à mão corta-se.

Este governo começa mal. O ataque ao défice excessivo também é atacado pelo lado das receitas. Para quem condenava Sócrates, quando na oposição, por assim proceder e com razão... não vale a pena perder tempo a concluir.

Mas vai haver cortes nas despesas públicas desde que os beneficiados sejam o grande patronato e os grandes grupos. É o que vislumbra. Por outro lado, a baixa da TSU que beneficia o patronato e não a competitividade irá ser compensada pela subida do IVA. Pagam sempre os mesmo contribuintes os que já pagam ou os consumidores de forma indiscriminada. Mais valias bolsistas, transacções financeiras, benefícios fiscais à Banca e a outros grandes grupos nada disso é para tocar.

E como isto ainda não chegará, porque de facto sem crescimento e exportação não vamos longe e sem uma mudança de políticas comunitárias também não, no próximo verão teremos aí outros 50% de corte no subsídio de férias.

E certamente estejam atentos que ainda podem chegar os cortes de 100%.

Isto é mesmo assim? É porque subjacente a isto há aquela ideia grandemente apregoada e aceite sem crítica como sendo uma verdade absoluta. a de que consumimos mais do que produzimos e, por conseguinte, há que desvalorizar o factor trabalho que não produz.

Por isso, meus caros amigos, mentalizem-se que estes cortes vêm para ficar. Nada voltará ao que era.

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2011-06-29

 

A dívida do Estado

Alguns dados sobre a evolução da dívida do Estado e do défice orçamental.



Fonte: Pordata 

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Está em gestação algum pânico às reacções do acordo com a Tróica

É uma verdade indesmentível: os atingidos pelas medidas de austeridade não são as pessoas de maiores rendimentos neste país. Assim cava-se uma desproporção na repartição dos custos da crise. Os de menos rendimentos acabam por ser os mais atingidos em termos de nível de vida.

Esta situação é ainda bem mais injusta porque os que vão pagar a fatia substancial da crise por muitos anos são muito pouco culpados. E mais irritante e revoltante se torna esta situação quando é já notório que quem verdadeiramente a provocou - o capitalismo financeiro - já está a retirar benefícios da mesma.

Daí que se comece a sedimentar um sentimento de que os credores da dívida soberana tenham de ser parte na solução da crise que ajudaram a criar.

O acordo da Tróica não integra esta filosofia nem o programa do governo vai neste sentido, nem pretende ir. Pretende ser um bom aluno refinado.

Todas as medidas vão no sentido de que devemos pagar tudo ao tostão como foi imposto, Nada de exigir melhores condições em prazos e juros.

Mas se o sentimento de que os verdadeiros culpados não são as pessoas que efectivamente vão ser chamadas ao sacrifício for crescente reacções sociais múltiplas vão surgir e ainda bem.

Há que exigir equidade na repartição.

Os nossos dirigentes políticos máximos tentam fazer passar a ideia de que todos irão ser chamados a contribuir, incluindo o PR, mas o português menos informado sente que esta ideia pelas medidas concretas tomadas não passa de uma falácia: Cortes de salários e pensões; aumentos de IVA, aumento dos transportes e dos preços em geral, mais desemprego, saúde mais cara, etc.

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2011-06-28

 

O caso dos governos civis...

Ainda não há muito tempo escrevi em "a Revolta do Leite Madeira 1936" que " O Distrito do Funchal foi extinto com o Estatuto Autonómico de 1976, quando se consagra a Autonomia na Madeira e Açores. A nomenclatura administrativa de distrito deixa, assim, de vigorar no todo nacional, embora subsista ainda hoje, no Continente, sustentando essa figura algo caricata do Governador Civil".

Não há pois dúvidas sobre a minha posição quanto à figura do Governador Civil. Não tem razão de existir há muito tempo. Já Guterres como primeiro ministro falou na sua extinção...

Agora não posso concordar com a forma atabalhoada como este governo está a tratar o assunto. Decide não nomear, antes de estar resolvida em toda a sua profundidade a questão, a primeira das quais é ficar bem clara, depois de alguma análise em quem são delegadas as funções que desempenham.

Cheira-me a mais uma espécie de tiro ao Álvaro.

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A primeira vítima deste governo ...

A primeira vítima deste próprio governo cai às mãos de Marcelo Rebelo de Sousa, que publicamente anunciou, durante a sua prédica domingueira, na TVI que um administrador deste canal seria secretário de estado, o que irritou muito Passos Coelho. Juntando a este facto a posição do dito indigitado ter posto recentemente reservas à privatização da RTP, o caldo entornou-se mesmo. E Bairrão vai assim para a prateleira por uns dias esperar por novos tempos. Miguel Macedo também enfia o barrrete por o ter convidado.

Estou curioso por ouvir Marcelo na próxima homilia.

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2011-06-27

 

Primeiro decreto do Alvaro

Muito simples mas determinante. A Economia, o Emprego e as Obras Públicas aceleraram, até estremeceram.

Prefiro que me chamem Álvaro a Ministro. Primeira feira. Como Ministro não gostou (não se pronunciou) mas como Álvaro adorou.

Paulo Portas, agora como Ministro diplomata, já não pode andar nessa coisa de feiras. Tem de se apresentar com jaquetão, de luva branca, etc.

Paulo Portas está bem, está no seu ambiente. Que delegue as feiras todas no Álvaro!!!

2011-06-26

 

Crise do euro ou do dólar ?

O BCP é o banco português que mais dinheiro emprestou à Grécia ou, dito em economês, é o que está mais exposto à dívida grega.
Mas a administração do Millenium diz que não há razão para um castigo tão grande, esta descida ao inferno da cotação das suas ações na bolsa: 0,39€ que nem para uma bica dá. Diz que afinal esses 700.000.000 € que meteram em terras de Sócrates ou de Platão, na Ática ou no Peloponeso, não passa de 1% dos activos do banco.
Quem tem as barbas de molho na Grécia são, em primeiro lugar, os bancos alemães  e
confrontados com a eminência do inevitável incumprimento grego já se decidiram a aceitar as propostas de Merkel de participarem também nos riscos e custas dos novos empréstimos.
A UE e o Euro estão sob alerta vermelho mas dizem alguns entendidos que a crise, a grande crise que aí vem, maior que a provocada em 2008/09 pelo subprime  e a falência do Lehman Brothers, é a da dívida soberana norte-americana e que o ruído ensurdecedor das agências de rathing norte-americanas em torno do "colapso do euro" a prazo, não passa de medida de desespero para ir distraindo do fantasma da dívida dos States.
Mas a crise do Euro é real. Têm solução, julgo eu, que agora, como qualquer homem da rua que se preze, também sou economista: mais coesão política, mais coesão social,  mais "Europa dos cidadãos", essa coisa completamente caída em desuso desde que a direita foi tomando conta dos governos de 24 dos 27 países da UE.
A solução seria mais fácil com gente como Delors, Willy Brandt, Miterrand ou Kohl. Agora com Merkel, Sarkozi e Berlusconi ? Veremos. Os banqueiros, que não elegemos, decidirão.

2011-06-25

 

BPN, o grande buraco, a exigir solução imediata

A troica exige uma solução para o BPN até finais de Julho. As soluções ou são de venda ou de liquidação.

O Estado português já gastou com o BPN (digamos, a fundo perdido) uns bons milhares de milhões de euros. Qualquer que seja o desfecho, pouco ou nada vai recuperar do que gastou. O BPN é um caso de polícia puro e duro de altas figuras, próximas do PSD, actual governo e próximas de Cavaco Silva, figuras do passado como Dias Loureiro. Tudo muito atrasado e toda a gente tem a sensação de que "quem se vai lixar é o mexilhão".

A intervenção do governo de José Sócrates foi um erro. Esta foi a minha posição de início e mantenho. Sempre defendi a intervenção no grupo e não no BPN.

Hoje os argumentos em defesa da intervenção no grupo são ainda mais claros. Mas nada a fazer.

Agora há que resolver a situação da forma menos gravosa nem que seja de modo simbólico: um euro pelo capital.


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A situação preocupante na Grécia





A comunicação social está a divulgar desde ontem que o Conselho da Europa não poderia ter corrido melhor para Portugal.

Que a estreia de Passos Coelho foi um êxito, certamente porque não apostou na presença de nenhum nobre companheiro.

Tudo vai correr às mil maravilhas!!.

O Governo antecipa cortes no Estado (três meses e teremos identificados os organismos públicos a extinguir - o problema é extingui-los) e as privatizações a avançar de forma célere.

Passos Coelho vai ter a hipótese de reprogramar os fundos comunitários, mas foi pena que nem uma ideiazinha avançasse sobre o que fará com essa reprogramação, ou seja, que linhas de condução lhe servirão de suporte: Projectos de exportação? De substituição de importações? Que projectos agrícolas tanto do agrado do seu parceiro de governo e agora do recém convertido à agricultura Presidente Cavaco Silva vai incentivar? Que apoios ao turismo e ao mar? À construção e reparação naval que anteriores governos do PSD desmantelaram ou então não souberam enquadrar numa política ampla de desenvolvimento? etc, etc.

Só se pedia uma luzinha, tanto mais que o programa de governo certamente deverá trazer indicações precisas dessa reprogramação.

Mas ao lado destas considerações sobre o que se espera do nosso país, junto um dos quatro cenários apontados hoje no DN, trabalho de Eduarda Frommhold (com algum humor negro) com base num outro trabalho de Harvard, para que se possa ir formando uma visão mais precisa das consequências inevitáveis para um país que abandone o euro ou seja forçado a tal, ou mais grave se o euro "explodisse", o que não está fora de hipótese, caso a UE não encontre saída para conter a crise e fazer a UE ressurgir do atoleiro em que se precipitou.

Não é com as medidas de orientação até à data tomadas que a Europa ressurgirá.

(clicar sobre a foto para ampliar)



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2011-06-24

 

João Marcelino em momento místico

O PSD acabava de ganhar as eleições e o governo PSD/CDS já estava garantido. Na RTP, findo o telejornal, como sucedia desde há umas semanas, aí estava João Marcelino, director do DN, agora num arrebatamento místico, tocado pelo Momento a revelar.nos O MOMENTO.
Eu ouvía, ouvia e descria do que ouvia.

Gravei as palavras de Marcelino, para que não se desvirtuassem ou perdessem o toque do momento. Ofereço-vo-las, imaculadas, nesta bandeja:

“Eu hoje vi nas declarações tanto de Pedro Passos Coelho como de Paulo Portas, quer ao nível das palavras como até do seu posicionamento físico, dois homens tocados por este momento histórico que estamos a viver. Isso é muito importante e a sociedade portuguesa deve ressalvar isso, deve perceber isso e deve empenhar-se numa retaguarda de apoio a estes decisores políticos…”

As lágrimas toldavam a vista a todos ali à volta e tocados pelo MOMENTO recolhemo-nos em recolhida meditação.

Por fim, palavras soltas dos circunstantes estupefactos:

- É preciso não ter vergonha na cara!
- É a vida. Assim, de joelho no chão e mãos erguidas, a vidinha fica mais garantida. E até, quem sabe, talvez ele adore estas santidades.
- Hum… vamos a ver quando o Boi Ápis do momento estiver a ameaçar cair do pedestal .
_______________

Nota: As palavras exatas de João Marcelino foram as que estão em baixo. Acima corrigi a sintaxe que, num discurso tocado pelo êxtase, nem sempre sai em Português escorreito.
“Eu hoje vi nas declarações tanto de Pedro Passos Coelho como de Paulo Portas dois homens, que ao nível das palavras e até do seu posicionamento físico, tocados por este momento histórico que estamos a viver. Isso é muito importante e a sociedade portuguesa deve ressalvar isso, deve perceber isso e deve empenhar-se numa retaguarda de apoio a estes decisores políticos…”

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Um alemão de cá e outro... de lá

A história é verdadeira. E quem me incitou a contá-la foi o post do João Abel sobre os nossos (quase) compatriotas alemães e a "tia" Merkel. Que é, como julgo saberem, uma alemã de lá.
Encontraram-se, já foi há tempo, aqui em Lisboa, na cervejaria Trindade, quem diria!?, Franz e Klaus, dois amigos, ex-cidadãos da RDA.
- Dá-me cá um abraço (já contagiados pela exuberâmcia afectiva dos latinos que os germanos, esses mal se tocam... até nos filhos).
- Há quantos anos não nos víamos?
- Prá' i uns vinte, ou mais, sei lá - e levantaram as canecas, cheias de saudade... e de cerveja, com um saudoso tlim tlim.
- Que tempos... Lembras-te das nossas reuniões do Partido?
- Se me lembro...
- Lembras-te do que nos diziam do socialismo? Era tudo mentira! Tudo mentira!!
- É verdade. Tudo mentira!!! Mas o pior não é isso...
- ?
- O pior é que o que nos diziam do capitalismo, afinal... é tudo verdade.
__________
A história é verdadeira. É claro que se não fosse verdadeira ninguém ligava ao post. Assim... vamos lá a ver.

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O povo alemão desafia a Srª Merkel...

60% do povo alemão manifestou-se contra as hesitações da Srª Merkel no apoio à Grécia.

Dizia-se que a Srª Merkel temia a reacção popular e, por isso, protelava toda e qualquer decisão sobre matéria de financiamento a países membros em dificuldades.

Agora não terá desculpa, o povo alemão foi claro.

Ou será que não tem propostas sérias e sustentadas para propor à Europa, no sentido desta preparar a saída da crise?

Alinho nesta última, independentemente de Merkel também estar longe do sentir do povo alemão, o que esta sondagem veio demonstrar.

A UE tem de criar condições para sair da crise. Apesar de haver uns quantos países mais aflitos, toda a UE pode sossobrar, se se der o colapso da UEM.

Mas sem mexidas sérias a nível orçamental para que o edifício da União Económica e Monetária construído sob pés de barro não desmorone, sem a emissão de eurobonds assumidas pelo BCE e sem um BCE mais virado para o apoio ao desenvolvimento europeu, esta Europa será um projecto sem grande futuro.

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2011-06-22

 

Política rasteira

Em Março, quando tomou posse, Cavaco Silva indignava-se com os sacrifícios impostos ao povo e ameaçava o governo: "Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos."
Por extenso:
"Muitos dos nossos agentes políticos não conhecem o país real... Precisamos de uma política humana, orientada para as pessoas concretas, para famílias inteiras que enfrentam privações absolutamente inadmissíveis num país europeu do século XXI. ... Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos."
Agora, ao dar posse ao "seu" governo, Cavaco Silva apela ao povo para a patriótica necessidade de mais e mais sacrifícios para  
"um tempo que vai exigir grandes sacrifícios dos cidadãos "... "Perante a gravidade da situação, perante a dimensão dos sacrifícios que vão ser pedidos aos Portugueses – possivelmente, os maiores sacrifícios desde que foi instaurada a democracia ",

Então agora a política já pode ser desumana? Que terá mudado em três meses? Talvez o governo, não?

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2011-06-21

 

Assunção Esteves Presidente da AR

Eis uma proposta bastante assisada, esta do PSD, a de propor Assunção Esteves para presidente da AR. O resultado está à vista, 186 votos a favor, mais 70 que os necessários. E elogios de todas  as bancadas.

Parabéns à Senhora Presidenta.

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Nobre povo nação valente...

A peripécia Fernando Nobre não representa, obviamente, o mais importante, nem lá perto, do momento político nacional . O que neste há de central e importa sublinhar, o âmago da questão, é termos aí um governo, com maioria no parlamento e o apoio do PR, ainda que com algumas reservas, termos aí um governo muito contente por ser o executor do programa imposto a Portugal pelo sistema financeiro predador internacional e  fazendo, desconcertantemente, gala de que quer ir mais além.

Mas este post tem apenas o modesto propósito de oferecer um momento de descontração com um vídeo e uma anedota que nós Portugueses, europeus sulenhos e incorrigíveis, sempre inventamos para rirmos no meio da desgraça. Coisa boa desde que sirva para recuperar força para dar a volta às ortodoxas e falidas orientações neoliberais do governo do novo PSD-NL (de neoliberal, claro).
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A história:
Depois de falhar a eleição para Presidente de República, primeira figura do Estado, Fernando Nobre não desistiu e diligentemente, ainda que à custa, é certo, de um duplo mortal com piruetat, tentou a eleição, por duas vezes, para Presidente da Assembleia da República, segunda figura do Estado.
A coisa, infelizmente falhou outra vez.
Num transe destes, Fernando Nobre pediu a Passos Coelho (em segredo e mesmo junto à sua orelha como se vê e se percebe pelo mexer dos lábios, na imagem do post imediatamente abaixo) para ser ele o primeiro-ministro, que é a terceira figura do Estado.
Passos Coelho, apesar de comovido, não aceitou.
Sabe-se agora que Fernando Nobre desenvolve diligências junto do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, que é a quarta figura do Estado, para que se demita e ele se candidate.
E assim sucessivamente, se a coisa falhar.
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O vídeo, sarcástico quanto baste, descobri-o no Jugular postado por Ana Matos Pires a quem daqui saúdo.

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Uma derrota merecida

A derrota de Fernando Nobre é uma derrota merecida para Pedro Passos Coelho e para ele próprio.
Passos Coelho terá pensado que arrebanharia para o PSD umas dezenas de milhares de votos de gente de esquerda que votaram em Nobre para a Presidência da República, de gente de esquerda que obviamente se sentiu traída por Fernando Nobre quando este aceitou o convite de Pedro Passos Coelho e que a última coisa que faria era continuar a votar em quem a enganou.
O chumbo de Nobre na eleição para presidente da Assembleia da República é uma derrota política para Passos Coelho e é a derrota de uma proposta oportunista. 
A derrota de Nobre é uma derrota merecida e mais do que previsível . Merecida porque ao passar em poucas semanas de político de esquerda a político de direita para mais sem nenhum cataclismo político a justificá-lo, revelou uma grande falta de carácter e um “nobre” desprezo pelos seus eleitores na candidatura a Presidente da República.
Mas, além deste desdouro de carácter, revelou uma soberba e uma ignorância parlamentar inauditas ao publicitar aos quatro ventos que aceitava o convite de Passos Coelho para Presidente da Assembleia da República e que se não fosse eleito pelos seus pares deputados abandonaria o Parlamento. Para ele, ser deputado, ser um eleito pelo povo, era coisa insuficiente para a sua grandiosidade. Para a emplumada fatuidade do Senhor Nobre a única condição aceitável era ser Presidente da República ou no mínimo ser presidente da AR, a segunda figura do Estado.

Parece não ter ocorrido nem a Fernando Nobre, o que se percebe pela sua natural ignorância política nem a Passos Coelho, o que é menos desculpável, que para vir a ser Presidente da AR era necessário que a maioria dos deputados da AR, que ainda nem sequer tinham sido eleitos, viesse a votar nele. Teriam ambos revelado muito maior sentido democrático e respeito pela AR e pelos deputados, se em vez do anúncio público e ostensivo, durante a campanha eleitoral, de que Passos Coelho "convidara Fernando Nobre para presidente da AR" tivessem anunciado que Pedro Passos Coelho prometera empenhar-se na sua eleição para presidente do Parlamento. “O convite para presidente da AR” e a sua aceitação nestes estritos termos surgia assim como um apoucamento da função de deputado e uma arrogância de Passos Coelho e de Fernando Nobre a denunciar a convicção, não sem algum fundamento, aliás, de que o deputado deve o seu mandato ao chefe do partido que o escolheu e não ao povo que o elegeu e, portanto, àquele deve obedecer.

Acresce a toda esta trapalhada o facto de que Fernando Nobre não tem a mínima experiência do funcionamento da AR e não possui o traquejo como deputado que as funções de PAR exigem.
O convite de Passos Coelho a Fernando Nobre foi uma decisão leviana imediatamente reveladora da “leveza” do candidato a primeiro-ministro, como aliás um infindável número de gafes e inabilidades cometidas ao longo da campanha revelaram. Esperemos que como 1º M tenha melhor desempenho.
O chumbo de Fernando Nobre era uma derrota anunciada desde o momento em que ele afirmou, durante a campanha (mais tarde, mas demasiado tarde, emendou) recusar permanecer como deputado na AR se não fosse para ser seu presidente.
Aliás qualquer deputado que respeitasse mais a sua dignidade que os interesses partidários (e pessoais, obviamente) teria como ponto de honra recusar o seu voto a Fernando Nobre.
Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão!?
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Outra revelação desta primeira derrota do novel PSD-NL (de neoliberal ) é a posição do CDS, parceiro de coligação. Parceiro, parceiro mas não tanto. Mas este é já outro assunto.

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2011-06-20

 

De Nobre a plebeu

"Fernando Nobre afastou-se hoje da corrida para a presidência da Assembleia de República, depois de derrotado na primeira votação e na segunda tentativa realizada, de acordo com o regimento da AR. O Parlamento adiou a eleição para amanhã à tarde...
Nobre adiantou que continuará a exercer as funções de deputado enquanto entender que é útil ao país.
A eleição foi realizada hoje, às 15h na AR, por voto secreto dos deputados, em urna. Fernando Nobre não conseguiu sequer o pleno da bancada do PSD, que o propôs, em nenhuma das duas votações.
Na primeira volta teve 106 votos, 101 deputados votaram em branco e registaram-se 21 votos nulos. Na segunda tentativa recebeu 105 votos, menos um que na primeira.
[Link]

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Teixeira dos Santos entrega a casa arrumada aos novos inquilinos

Emanuel dos Santos, o SE do Orçamento, afirmou hoje à Lusa, no dia em que cessa funções, que se a tendência dos primeiros cinco meses se mantiver, Portugal conseguirá cumprir o objectivo para o défice das contas públicas acordado com a troika para este ano, que é de 5,9% do PIB.

A execução orçamental de 2011, até Maio, mostra uma redução de 89% no défice público em comparação com igual período de 2010.
«O saldo da Segurança Social é positivo, e é melhor que o registado em 2010, está agora nos 743 milhões, mais 23 do que em igual período do ano passado».

2011-06-19

 

O Bloco de Esquerda e os resultados eleitorais

Ontem reuniu a Mesa Nacional do Bloco em que os resultados eleitorais foram o prato forte da discussão.

As notícias públicas não nos dão a imagem de que o debate tenha sido profundo, apesar de, aparentemente, ter havido o reconhecimento de erros no percurso recente. Ora isto não basta.

A direita é poder. E para construir uma alternativa de esquerda há muita coisa a fazer: é preciso pensar nas esquerdas todas, mais moderadas, menos moderadas, etc.

O povo português, desde há muitos anos, que não desculpa estes desentendimentos entre esquerdas, em que se comprova que não são capazes de criar condições para governar em conjunto.

Aqui há muita pedra a partir para lá chegar. Muita reflexão, a ultrapassagem de muitos egos e sobretudo uma melhor definição do que é cada partido na situação presente, do que pretendem para o país e do como fazer. Este aspecto é fundamental, se alguma vez as esquerdas pretendem sem perder identidade governar em conjunto o País.

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2011-06-17

 

Está escolhido o governo

Independentemente das políticas que vão aplicar em que o acordo com a troica é quem manda, tenho sérias dúvidas da capacidade de aplicação de vários dos governantes nomeados em pastas chave como a economia.

Não ponho em causa que os conhecimentos do nóvel ministro se ajustem ao programa do governo, o que questiono é a falta de conhecimento do aparelho de Estado.

Dei como exemplo a economia mas há várias outras pastas em que a falta de conhecimento de funcionamento é real.

Veremos!!!

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2011-06-15

 

Pezarat defende: Portas não pode ser Ministro


(Para ler clicar no texto)

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Passos Coelho insiste em Nobre?

Chegam rumores que Passos Coelho não quer desistir de fazer chegar Fernando Nobre à Presidência da AR.

Houve rumores de imprensa de que poderia ter um cargo ministerial para evitar esta situação melindrosa. Contudo, essa solução terá sido lançada para o lixo por exigência do CDS e, se foi assim só revelou juízo.

Há receios de que a subida de um nobre à Presidência da AR traga dissabores, desde logo a ignorância para o cargo e assim sugere-se a entrada na OPUS para um curso acelerado com o irmão Mota Amaral. Tem piada , mas um curso acelerado sempre pode ajudar.

Mas há quem, no seio do PSD, tema outros dissabores bem piores e também já há rumores.

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2011-06-14

 

Eleições 2011 - Votos do Brasil podem atrasar posse do Governo - RTP Noticias

Eleições 2011 - Votos do Brasil podem atrasar posse do Governo - RTP Noticias

2011-06-11

 

Secagem de "gata" Câmara de Lobos, Madeira

Foto: Lilia Bernardes


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E que grande derrota..(2)

Estive uns dias sem visitar o blog e na retoma encaro-me com um carreamento de "comentários" para o meu último post, que nem sempre se ajustam. Mas num espaço de liberdade nada a dizer.

Retomando ainda algumas ideias sobre o tema da grande derrota das esquerdas nas últimas legislativas, hesito se a derrota do Bloco não equivale em termos de fundo à do PS, embora com significados diferentes.

A derrota do PS é essencialmente uma rejeição da governação. Uma esquerda moderada a governar com medidas de direita, em termos de equidade social, na medida em que sobretudo nas áreas das fiscalidades nunca o PS se orientou para entrar nos mais ricos, indo contra o que diziam , por exemplo, o estado social, que exige equidade, alinhando na prática pela matriz da Europa menos solidária. Sei que estamos em época de grandes dificuldades, mas exactamente numa situação destas, o que distingue a esquerda da direita é a equidade dos sacrifícios que a sociedade têm de suportar.

E aqui o governo PS falhou rotundamente.

A derrota do Bloco tem outro significado é o reconhecimento de que não está a construir uma alternativa credível.

As esquerdas independentemente de onde se situam têm reflectido pouco sobre as profundas mudanças sociológicas e questões que, nos inícios de 60 do século de XX ,se colocavam como esta tão simples para quando o desaparecimento da classe operária ? que, em meu entender não encontrou resposta , continuam a minar as estratégias das esquerdas que "filosofam" como se nada tivesse acontecido. Ou se a globalização que não é uma "nebulosa" mas algo de muito concreto não condicione toda a actuação política ,exigindo novas ferramentas teóricas e novas propostas, eventualmente algumas por dentro do próprio sistema capitalista?

Enfim, nenhuma análise de fundo pretendo aqui, mas faltam respostas e propostas das esquerdas para enfrentar estas novas questões.

Falei do Bloco exactamente porque se trata de partido jovem, de rupturas de várias origens e que ainda não encontrou saídas e que começa a perder o elan porque não deu respostas coerentes aos novos problemas e parece ter entrado nos tiques dos velhos partidos.

Como elemento de esquerda embora não integrado em partidos, lamento que todas se tenham enquistado
.

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2011-06-06

 

E que grande derrota ...

Não há dúvida que Portugal está muito europeu! Está no alinhamento, sim.

A Europa cada vez mais de partido único: a direita quase preenche o pleno. Falta a vizinha Espanha mas tudo caminha para que o novo "corredor" do PSOE não vá desmanchar prazeres. É a Europa unida de partido único em marcha.

Mas não há dúvida. As esquerdas portuguesas foram completamente estilhaçadas.

Lições, não acredito que tirem. Andamos nisto há quase 40 anos e até dá a sensação que cada vez as esquerdas se portam pior e como não há projecto credível ganhador o melhor, certamente entendeu o povo, é dar o poder à direita.

Já não falo do PS, mas o Bloco tende a ser um caso perdido. Para fazer de PC é melhor o original.

As esquerdas convivem mal com a economia. Penso que o grande obstáculo reside mesmo neste domínio. Sem um projecto exequível de desenvolvimento, as esquerdas não vão a lado nenhum.


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2011-06-05

 

Os pepinos da Srª Merkel e o Hospital do Funchal

Houve um problema na Alemanha incómodo, a bactéria E. Coli, ainda não dominada. Reconheço. É chato, desconfortante, a bactéria ter atacado a partir da Alemanha, aquele país que se considera no tecto do Mundo não dominar uma coisa destas. Por isso, não pode ter origem alemã, vem de fora. Donde? Nada melhor. Um país do Sul da Europa, neste caso a Espanha, aqueles desgraçadinhos que sobrevivem graças à Alemanha ser a locomotiva económica. da UE. E é, explorando os outros todos da UE.

Saiu-se mal, não provou a dita origem e agora os espanhóis que, de vez em quando, têm sangue na guelra vão encostar os alemães à parede, pedindo que se retratem da mentira, mas isso era o menos. Querem indemnizações.

O Hospital do Funchal também está nesta jogada. Uma jogada mais baixinha.

Houve um seu funcionário, um biólogo que esteve em formação na Alemanha. Regressa com sintomas de poder ter apanhado a dita cuja bactéria.

Segundo as últimas informações nada de bactéria E. Coli. Ainda bem para o referido biólogo.

Mas o Hospital tinha de fazer análises para verificação do caso e o Instituto Ricardo Jorge, a entidade apetrechada para as ditas análises e, segundo sei, até bastante eficiente e com equipas credenciadas de nível internacional, não recebeu os elementos adequados que deviam ter sido recolhidos no Hospital do Funchal.

Os resultados das análises tardam a chegar. O Hospital, numa de Merkel, desata a culpar o Instituto Ricardo Jorge com algumas insinuações até pouco recomendáveis.

Afinal, o mal não era dos "pepinos" do Ricardo Jorge, mas da recolha dos elementos no Hospital do Funchal. Em vez de feses ou sangue enviaram soro. "Um excesso de competência à Merkel" em que o Hospital do Funchal continua a insistir. Mal dos bons quadros que por lá existem. Só é pena que os responsáveis regionais não interfiram nesta situação que parece arrastar-se em demasia.

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2011-06-04

 

Vamos então lá eleger a troica

Estou a meditar... que não valia a pena tanta canseira,  tanto beijo e abraço, tanta feira.
Não valia a pena, tanta campanha, tanta bandeira, gritaria e barganha. Porque afinal o que aí vem é o governo do máximo capital.
Mas compreendo o esforço. Afinal há o pote. E o meter-lhe a mão. Nalguns o longo jejum justifica a sofreguidão.
E logo aí temos a "governar-nos" por interpostos eleitos o invisível Governo Mundial. Clube de gente de fortuna a que chamamos mercado, agências de rathing ou sistema financeiro internacional...
Apesar de tudo é gente que tem alguma consideração por nós. Pouparão e talvez mesmo recompensarão os portugueses "melhores", os de fortuna, seus irmãos.

 

Em véspera de eleições... estou a meditar



Desabrocham na minha varanda e desafiam  a cor viva das buganvílias rubras e amarelas que crescem alheias como se desdenhassem da sua acetinada beleza.

 

Ordem de emigrar

Medeiros Ferreira,hoje,no CM, diz que a "troica" deu "ordem para emigrar". Eis o seu artigo:
"A Economia Social patente no ‘Memorando de Entendimento’, que não foi discutido na campanha eleitoral, é muito clara no seu objectivo de criar condições favoráveis à mobilidade do factor trabalho a fim de este se dirigir para os centros de crescimento económico onde existe capital, e abandonar os sectores e os países em depressão à míngua de investimento.
É uma velha lei das zonas monetárias que obriga o factor humano a seguir a moeda onde ela se encontra. Em claro, abre-se um novo ciclo de emigração para os portugueses.
Assim, no ponto que versa o ‘Mercado do Trabalho e Educação’, as medidas tendem a "facilitar a transição dos trabalhadores em todas as profissões, empresas e factores", fragilizando deliberadamente o vínculo dos contratos de trabalho, reduzindo os períodos do subsídio de desemprego, e as indemnizações de despedimento. Embora essas medidas sejam apresentadas como "políticas activas para o mercado de trabalho", não se percebe como uma economia como a portuguesa, com o desemprego a crescer, possa absorver tanta disponibilidade de mão-de--obra. O caminho possível será pois a mobilidade para o mercado comunitário sob a figura da livre circulação de trabalhadores, ou para destinos extracomunitários sob o nome mais conhecido de emigração.
Até as disposições positivas facilitam essa sangria de pessoas de Portugal. Os países receptores querem receber recursos humanos formados nos países de origem à custa dos orçamentos dos Estados periféricos. Deste modo, o "combate ao défice educativo e ao abandono escolar precoce" fica a cargo da República Portuguesa.
Também a rubrica ‘Mercado habitacional’ está cheia de boas intenções, pois é preciso libertar "as famílias" do pesadelo da aquisição de T1 ,2 ou 3, que aliás enriqueceu os promotores, bancos incluídos. "Promover a mobilidade dos trabalhadores" implica eliminar a compra de casa própria, fonte de endividamento das famílias e de crédito malparado na banca, e promover um miraculoso mercado de arrendamento urbano. Com as novas leis, tudo será mais rápido e feito para circular. Até o processo de divórcio simplificado ajudará a libertar raízes e a partir!

Num país em graves dificuldades de crescimento económico e fraco de investimento, a mobilidade dos recursos humanos, assumida pela ‘troika’ no quadro do endividamento, não se destina tanto ao mercado interno quanto ao externo. É uma ordem para emigrar."
___________
Cores e negritos são da autoria deste nosso "jornal".

 

Sobre os pepinos "espanhóis" da Srª Merkel

Este link que me enviaram http://www.lemonde.fr/planete/article/2011/06/04/bacterie-tueuse-bruno-le-maire-incite-l-europe-a-ne-pas-baisser-la-garde_1531812_3244.html#xtor=AL-32280190
elucida ou pelo menos levanta algumas questões sobre a prepotência do governo da chanceler Merkel que admite ter-se excedido em relação à culpabilidade da origem da bactéria, mas que agora parece não querer indemnizar quem prejudicou: os produtores espanhóis e por arrasto também os portugueses.

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2011-06-03

 

As classes médias

Não há muitos dias adquiri na NET um artigo intitulado "a nebulosa das classes médias" (0,75€) - o preço de um café sensivelmente - sobre o pavor com que as classes médias vivem de serem desclassificadas (mudança para uma classe inferior, certamente em termos de rendimento ou de desqualificação profissional).

O artigo debruça-se sobre a sociedade francesa com alguns valores relativos a rendimentos pessoais, base de enquadramento das pessoas nessa classificação.

Mas o que mais me interessou foi a abordagem dos contornos do que é a classe média.

Entre as classes populares (operários, empregados) e as elites (chefes de empresa, quadros dirigentes ...) existe uma série de estratos sociais que somos levados a considerar constituir a classe média.

Ao fim e ao cabo, os contornos das classes médias evoluem segundo a sua posição no aparelho produtivo e os níveis de rendimento e de qualificações.

Diz o autor do artigo que aqueles estratos societários estão organizados em torno de dois eixos. As classes médias independentes (os não assalariados) que de uma maneira geral se apoiam num capital económico próprio e os assalariados que normalmente fazem valer a sua formação.

A partir daqui o autor aponta 4 conjuntos de classes médias: a média -alta e a média -baixa em cada eixo. Nos assalariados, a classe média/alta integra sobretudo os quadros/chefias, a média/baixa os outros quadros e técnicos: No eixo dos independentes, a classe média/alta integra nomeadamente as profissões liberais e a classe média/baixa os empresários do pequeno comércio...

É de facto uma nebulosa ... O artigo adianta muito, adianta pouco... mas também pelo preço dum café não podia exigir um tratado, numa matéria tão complexa e sobretudo tinha muito poucas citações de outros autores, o que valeu logo os 0,75€.

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Passos Coelho e as Novas Oportunidades

Vale a pena ler este artigo de 8 pontos sobre as novas oportunidades de Roberto Carneiro para se perceber que Passos Coelho andou muito mal na abordagem deste tema durante a campanha eleitoral.

Será que a forma como o Presidente do PSD abordou o tema não significará uma forma elitista de pensar? Ao fim e ao cabo que o ensino e o aperfeiçoamento profissional não deve ser acessível a toda a gente que o queira?

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Sobre as Empresas Municipais


O Expresso de hoje publica no caderno de Economia informação interessante sobre este tema que agora constitui matéria da troika e ainda bem.

A criação de empresas ao nível dos Municípios foi de uma forma geral feita sem o mínimo de critérios lógicos: necessidade, mercado, racionalidade económica, agilização dos serviços a prestar. De uma forma geral serviu fins políticos. Desde reforço de vencimentos de autarcas que passaram "à vida civil", empregos partidários, etc, o menos das vezes para prestar verdadeiramente bons serviços à comunidade.

Com isto, não meto tudo no mesmo saco. Há empresas municipais que se justificam. Mas o que foi feito, repito, foi uma autêntica rebaldaria. Se a troika for eficiente e eficaz nesta matéria, nada mau.

O documento scanarizado junto mostra que foi o PSD quem criou mais empresas municipais (clicar sobre imagem para ler)

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2011-06-02

 

RTP serviço público: João Marcelino, ao telejornal, todos os dias, até dia 5

A RTP, seguramente triste, com a migração do professor Marcelo para a TVI e consciente dos seus deveres de serviço público, desforrou-se e contratou alguém que  explique aos parvos dos telespectadores, diariamente, a seguir ao telejornal, o que devem concluir das novidades do dia eleitoral e assim, votarem como deve ser, no dia 5. 
Como na TVI Marcelo só impinge Passos Coelho, aquele jovem que, álacre,  nos garante que o seu programa vai muito para lá dos precipícios da troica, a RTP para equilibrar, contratou então um propagandista do PSD "independente", João Marcelino, director do DN. A primeira vez que o ouvi só ouvi propaganda ostensiva ao PSD. Ostensiva não vá algum parvo não entender bem. Pensei: o homem, sendo "independente", dá uma no cravo e outra na ferradura e  amanhã favorece o PS. Mas no dia seguinte outra vez PSD. Meditei, ah o tipo tem outra técnica, é de 2 em 2 dias. Ouvi então 3ª e 4ª e 5ª vez. Era sempre e só PSD, PSD, PSD. Concluí então que a técnica é  outra e original. A sua omilia diária é a favor do PSD para estas eleições e para as próximas é que, para manter a "independência", será favorável ao PS.
Agora, dizem-me aqui ao lado, que será assim mas só se nas próximas eleições as sondagens derem a vitória ao PS. Também aqui notaram qualquer coisa.

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Agoniado com a campanha eleitoral


Com Hitler a culpa era dos Judeus, agora, com a tia Merkel, a culpa é dos pepinos... espanhóis!


Como qualquer bom europeu da parte melhor da Europa, a parte greco-latina (vou lá atrás a Péricles, Platão, Aristóteles, Alexandria, à Renascença das repúblicas italianas, à cultura francesa do séc XIX e XX, a todos os Cervante, Goya e Lorca de todas as Castelas ou Andaluzias de Hespanha  e, claro, sem esquecer os Fernão Lopes, os Camões, os Mendes Pinto, os Grão Vasco, os Fernando Pessoa, cá de casa. E esquecendo, de momento, porque não interessa às conclusões do post, o resto lá do centro e do norte, os Mozarts, os Beethovens, os Greegs, os Shakespear, os Erasmos, os Morus, os Man, os Marxs e os Einstein) mas, estava eu a dizer, como qualquer bom europeu da parte melhor da Europa, a parte greco-latina,  mais alegre, mais ensolarada (e daqui olho para o Algarve e saúdo a Costa Vicentina), mais feliz (lembrem-se da tristeza e depressões que grassam na parte escura, sem sol, lá para o norte da Europa), mas ia eu dizendo, no actual momento político, de inane desagregação da UE, como qualquer bom europeu que se preze, vou dizer mal da Alemanha e em particular da Merkel. E o que vou dizer, é isto:

com Hitler a culpa era dos Judeus, agora, com a tia Merkel, a culpa é dos pepinos... espanhóis!!!!

É uma boutade? Pois é, mas de raiva, porque a comparação talvez seja um pouco exagerada. Com Hitler a Alemanha matou umas dezenas de milhões de pessoas e com Merkel "matou"... umas dezenas de milhões de pepinos. Se fossem pepinos alemães era lá com ela e os alemães mas espanhóis (e por contágio pepinos portugueses) !? merece castigo. Pelos pepinos mas mais, muito mais, pela forma como está a conduzir a crise do euro. Claro que também temos uma grande parte de culpa no que cá em casa se passa mas agora não estou para falar de política. Senão tinha de falar na canalha (são pessoas) que dirige o grande roubo através da manipulação financeira global. A campanha eleitoral, bem, a campanha eleitoral... está uma agonia.

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