2007-02-28
Regionalização da Blogosfera
Manobras para a conquista da OPA
Qualquer que seja o resultado final da OPA jamais a situação voltará o que era. Algo vai mudar. De qualquer modo, a AdC não interveio no processo, de forma clara e menos ainda no interesse dos utentes, ao deixar de pé um outro eventual monopólio, caso a SONAE ganhasse, ou seja, o monopólio do móvel ao permitir a fusão das redes do 96 com o 93 - TMN e Optimus.
Não sabemos qual será o desfecho final. A reunião de 6.ª feira é7será determinante.
Coisa Rara
A direita sente-se "ultrapassada" e a custo aceita admitir que é legítimo e legal que a esquerda se entenda num projecto destes em que a posição de fundo era comum. A direita, como tal, não tem legitimidade para se sentir ultrapassada por não ser chamada a participar neste acordo pois as suas posições de fundo estavam nas antípodas. Não consigo entender o que o Presidente da República pretendia ao querer forçar o entendimento entre o SIM e o NÃO.
Certamente existiu um problema formal de participação, porque sem tendências organizadas, dificil a participação.
Iniciativa Interessante (2)
Este movimento de autarcas jovens, com gente dos diversos partidos, vai constituir um blogue para divulgar as suas ideias sobre o poder autárquico e alguns terão manifestado a intenção de actuar de forma mais autónoma na ANP.
2007-02-27
As Universidades do "crime"
E, deste modo, é legítimo interrogarmo-nos sobre a pouca atenção que os sucessivos governos têm dado a estas questões e, sobretudo, sobre o grau de exigência na constituição de uma escola superior. Estas escolas são um logro para os alunos.
Muitos casos são conhecidos . A Universidade Independente, o caso recente, é apenas um entre muitos.
Atenção ao "exagero"
Os políticos, de um modo geral, têm alguma tendência para o abuso no seu exagero. Uma formiga tanto pode ser um elefante como o seu contrário, depende de quem ataca.
A Justiça é um "caso" desses. Aqueles dados apresentados ontem convencem pouco, apesar de serem visíveis alguns cuidados no apresentar do combate ao "monstro".
2007-02-26
Sociedade Anónima
Jesus não ressuscitou ...
James Decameron, realizador do TITANIC, sob o título em português de O Túmulo Perdido de Jesus, produziu um documentário filmico que questiona um dos fundamentos da religião cristã: a ressurreição.
A Política deste país na época do Vinil
Já estiveram os dois graduados nesse posto, mas uma zanga de comadres separou-os, zanga essa que nunca foi muito transparente, e não se sabendo até que ponto, entre outros, o célebre processo da moderna terá sido um factor de peso ou então aquele célebre ditado bem mais portuguesinho de que dois galos não cabem no mesmo palheiro.
Uma "excelente" crónica... com mancha
Na sua crónica de hoje
Jardim zoológico Joana Amaral Dias não foge à regra, só que a crónica vem manchada de uma (in) verdade. A taxa de desemprego na Madeira não é de 18%, o que a ser assim seria o dobro da média nacional. O que se deu foi uma subida recente da taxa na ordem dos 18%, ou mais concretamente de 18,2%. A taxa de desemprego, também referida na edição do DN de hoje em artigo da jornalista Lília Bernardes Da "revolução da farinha" de 1931 à "revolução democrática" de 2007, clarifica a situação .Branquear a propósito de acusação a Kissinger
"O advogado uruguaio Gustavo Salle avançou com um processo junto do Supremo Tribunal de Justiça do Uruguai, "de captura internacional, prisão e extradição do ex-secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, acusando-o de “autor intelectual” do Plano Condor... " Até aqui tudo igual. Mas o resto é que faz a diferença:
Público: " ... Plano Condor com o qual ditaduras da América Latina reprimiram militantes de esquerda nos anos 1970."
Agência brasileira: "... Operação Condor, acção articulada entre ditaduras latino-americanas que causou a morte e o desaparecimento de milhares de pessoas. (Marco Aurélio Weissheimer - Carta Maior).
O Público esconde por baixo daquela cândida expressão "reprimiram militantes de esquerda" um dos mais negros períodos de terror na América Latina, durante o qual se torturava de forma macabra até à morte prisioneiros políticos ou se os atirava ao mar a partir de aviões militares.
Um breve extracto da notícia que, no Público, se ficou por aquelas breves e púdicas linhas:
"A Operação Condor consistiu em um sistema de cooperação entre as ditaduras militares do Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Brasil para perseguir e executar opositores desses regimes. O pretexto era o argumento clássico da Guerra Fria: "deter o avanço do comunismo internacional". Auxiliados técnica, política e financeiramente por oficiais do Exército dos Estados Unidos, os militares sul-americanos passaram a agir de forma integrada, trocando informações sobre opositores considerados perigosos e executando ações de prisão e/ou extermínio. A operação deixou cerca de 30 mil mortos e desaparecidos na Argentina, entre 3 mil e 7 mil no Chile e mais de 200 no Uruguai, além de outros milhares de prisioneiros e torturados em todo o continente." Quanto ao papel de Kissingier fala-se mais adiante, na notícia, aqui.
2007-02-25
Atrevida fantasia!
Correcção de rota ou desentendimento na saúde?
Havia um plano de encerramento de urgências por esse país fora, se bem entendera, baseado num trabalho de um grupo técnico, muito qualificado e polivalente, tendo como pressupostos uma série de indicadores como a qualidade dos serviços prestados versus qualidade futura dos mesmos, novos serviços a introduzir, requalificação do tipo de urgências, distância da residência dos utentes, número de utentes actuais e racionalidade económica, etc, etc,.
O que me preocupa é o seguinte. O trabalho feito por essa grupo de técnicos, qualificados e polivalentes, que o Ministro se propunha seguir estava incorrecto? Ou não foi bem pensado politicamente? Um Ministro qualquer que ele seja, não tem de seguir tal e qual os relatórios que manda elaborar. Um Ministro não decide por relatórios. caso contrário era tudo muito fácil. Aliás, diz-me a minha experiência, que sobre um mesmo relatório técnico e independente pode haver mais do que uma opção política
.Não é negativo corrigir o que se errou, independentenente da oposição aproveitar esse facto para fazer o seu papel. O negativo é que nada se diga.
Iniciativa Interessante
De que vão falar estes autarcas?
Trata-se de um encontro de caráter super partidário em que a única limitação de acesso é a idade.
Abramovich self made man
Satélites outra vez?
José Lello os voos da CIA e a NATO
«... nomeadamente, a transferência de pessoas agrilhoadas, o que confirma os elementos que possuímos».
"Reagindo a estas declarações, o secretário nacional do PS para as Relações Internacionais, José Lello, afirmou que já começa a ter «falta de paciência para aturar as atitudes irresponsáveis e as atoardas da drª Ana Gomes sobre os voos da CIA».
Entretanto, como se lê aqui, em 19 de Fevereiro, José Lello... foi eleito ... em Bruxelas, presidente da Assembleia Parlamentar da NATO.
2007-02-24
Islão e Ocidente. Causas da tensão.
Apesar de 26% dos inquiridos responsabilizar diferenças fundamentais entre as duas culturas, há uma maioria de 58% que considera que aquelas tensões se devem às minorias intolerantes de um e outro lado.
2007-02-23
Notícias da campanha
Foi também esta semana que o economista encarregado de estudar o custo das propostas da candidata se demitiu da campanha e do PS devido a ter sido alvo de ataques pessoais bastante virulentos.
A tendência das sondagens inverteu-se, agora é Sarkozy que baixa e Ségolène que sobe nas intenções de voto da segunda volta. Já na primeira volta ambos baixam e o candidato centrista François Bayrou começa a acreditar que vai estar na segunda volta, se assim for todos os institutos de sondagem lhe asseguram a vitória.
Para terminar esta crónica, a semana acaba com o anúncio do novo staff de campanha de Ségolène Royal no qual participam Jospin, Fabius e Strauss-Khan.
Marianne vaincra et çà ira!
O texto, leve e breve, publicado no Le Monde, “Madame La Présidente”, está disponível [aqui].
O Zeca que fica.
Duas décadas atrás, calou-se uma das vozes mais límpidas e genuínas que acompanharam a viragem da época estadonovista para a da democracia.
O dr. José Afonso, -- canoro do fado de Coimbra, com muita saudade, Mondego, Choupal e tricanas à mistura, -- desembarcou nas lides da oposição antifascista, pela via das baladas que se foram metamorfoseando em canções de intervenção, e deu, primeiro, no José Afonso, entre pombas e vampiros, comprometido para todo o sempre com o menino do bairro negro, tornando-se, depois, no militante, fraternal e popular diminutivo, pleno de cumplicidades: Zeca.
Zeca, foi o nome por que, finalmente, ficou conhecido.
Zeca Afonso.
É difícil recordá-lo sem rememorar o incentivo que nos deu. A beleza e simplicidade das melodias, a autenticidade do canto, e a postura do resistente a todas as opressões.
“(…) Abre uma trincheira
Companheira.
Deita-te no chão.
Sempre à tua frente
Viste gente
De outra condição.”
Agora, depois do Arlindo-coveiro aceder, enfim, ao pedido de, com a sua marreca, o levar primeiro para a cova aberta, ficou este lado insepulto da marca que imprimiu duradouramente, na nossa memória, ânimo e cultura.
O Arlindo não teve coragem para escondê-lo na terra, e nós também não.
2007-02-22
Na REFER não andam a ver passar os comboios
A fumarada que aqui vai!
O engenheiro é diferente mas o escândalo é o mesmo. Estava-se em 2004, na Refer e o engenheiro rescindiu o contrato. Amigavelmente, claro. Tinha um ordenado de 5 mil euros. Recebeu uma indemnização de 120 mil. Mas... e aí é que está a o savoir faire, logo nesse mesmo ano foi contratado pela... adivinhou!! Pela Refer. Como consultor. A 6 mil euros por mês.
Diz o Público de hoje que, consultada a Refer, esta informou que "nesta altura essas formas de colaboração... foram suspensas."
No SINDEFER têm sido denunciados estes casos. E observa-se, e bem que, sendo tudo legal é tudo imoral.
VIAS LENTAS
Carmona Rodrigues se não ganhar um lugar na história por causa das trapalhadas em que a CML se afundou garante-o com certeza por ter transformado as vias rápidas que outros presidentes de Câmara, antes dele, se esmeraram a construir em Lisboa, em inexplicáveis VIAS LENTAS.
GOOGLE acusado de pirataria
A entrevista do Procurador
Interessante porque não se queixou de falta de meios. Até contrariou esse aspecto. É, por isso, uma voz dissonante neste país, quando toda a gente tenta desculpar a sua inoperância nesta base.
Interessante porque atribuiu culpas "da má justiça" e do seu descrédito neste país a todos os agentes, sem deixar de fora os sindicatos.
Deixou assim boa impressão. Esperemos que Pinto Monteiro cumpra.
2007-02-21
Ainda o indulto do empresário da noite
Mas face a este indulto que tanta tinta tem feito correr e com razão, são no mínimo caracatas as razões apontadas para o erro.
E não se sabe também a origem do processo, ou seja, quem teve a ideia? Terá sido uma "ideia tão ingénua"?
Adoecer a norte e morrer ao sul.
Nas estradas do Alentejo tem de se conduzir com precaução redobrada. Sobretudo em certas áreas. Os socorros demoram muito a chegar e os acidentados não podem esperar pelos resultados incertos que as comissões de inquérito deixam escapar, meses depois.
Hoje foi a vez das populações do Alto Tâmega virem, à hora do almoço, encher o ecrã das televisões com uma marcha de protesto que incluiu autarcas, técnicos de saúde e muitas outras gentes.
Já aqui escrevemos, no Puxa-Palavra, acerca destas políticas desumanas e desertificadoras.
Responderam alguns, então, que não se pode ter um posto de saúde em cada rua ou uma maternidade em cada bairro.
Pois.
Acho que compreendi a boa vontade dialogante.
As organizações concelhias do Partido Socialista estão, agora, a opor-se a estes aspectos particulares das políticas do Governo de Maioria Absoluta do PS.
Que responderão, perante isto, os meus amigos bem-humorados e sempre com um pezinho a fugir-lhes para o baile e para a brincadeira?
Que estas xentes estão exagerando?
Ou que o PS está melhor organizado a norte do que a sul?
PS
Texto esclarecedor de Joana de Belém, no DN de hoje -- Nova rede de serviços de urgência “é mais um convite à desertificação”.
De novo, a OPA da PT
Henrique Granadeiro anunciou ontem que a Administração da Portugal Telecom decidiu rejeitar a oferta da Sonaecom, apesar da subida do preço para 10,5 euros por acção.
Essa é a grande incógnita, pois enquanto a actual administração da PT tem sobre a mesa uma proposta clara, a estratégia da Sonaecom tem muito de nebuloso, não se conseguindo distinguir a parte do negócio de teor especulativo da parte do negócio a prosseguir.
Os instintos carnívoros de Alberto João
Ao longo deste tempo, Alberto João tem refinado os seus instintos carnívoros contra os "seus inimigos", reais e virtuais. Pelo que, em entrada no período quaresmal - quarta feira de cinzas -fica-me a dúvida de a diocese do Funchal ter competência para emitir "bula" de valor tão elevado para tanto instinto carnívoro. D. Teodoro de Faria, apesar do jeito que queira dar a Jardim, provavelmente irá ter de recorrer à santa sé para tamanha graça a conceder ao presidente do Governo regional da Madeira, porque o homem está insaciável. Para grandes males grandes remédios e então que se consulte a santa sé
Sócrates não exigiu muito. Apenas aquilo que é comum na vida de cada um nós: se contraio um empréstimo tenho de o pagar. Jardim sempre gastou à tripa forra e nunca pagou, pagou o país. Sócrates achou que tais façanhas jardinescas tinham de acabar. E este é o pecado de José Sócrates.
2007-02-20
A corrida às armas nucleares
É que li hoje que a República Checa e a Polónia estarão na disposição de deixar instalar nos respectivos territórios pelos EUA , armas defensivas para fazer face a qualquer iniciativa vinda da Coreia do Norte ou Médio Oriente.
É evidente que perante uma aus~encia de uma política externa na UE, a UE está "impedida" de impedir que estes dois países UE façam o que bem entenderem.
Porque será que alegando cooperação com os EUA o que se passa é uma subordinação plena e cega da UE às pretensões dos EUA? Leia-se o artigo de Medeiros Ferreira sobre o discurso de Putin que embora não directamente ligado com esta preocupação vale a pena Um discurso histórico?
2007-02-19
Portugal em carnaval permanente
Como foram os portugueses que descobriram o Brasil, certamente foram eles (os portugueses) os promotores dessa consigna e como tal em Portugal tudo é permitido.
E vejamos:
É permitida uma das mais elevadas taxas de corrupção do mundo dito civilizado, bem como uma das menores taxas de penalização dessa corrupção
É permitido um "apito dourado" do maior nível sem consequências que se vejam.
É permitido um dos maiores índices de pedofilia também sem grandes consequências.
É permitida uma das mais elevadas taxas de fuga aos impostos, que toda a gente conhece, mas apesar dos grandes elogios ao Director de impostos, os apanhados são sempre os mesmos.
É permitido ter-se um dos preços mais elevados de gás e variações de 300% sem que nada se faça.
É permitido ter um dos preços mais elevados na energia eléctrica.
É permitido ter dos piores transportes na Europa.
É permitido e cultivado ter cidades sujas de que Lisboa deve ser um exemplo a não perder e um bom cartaz de turismo.
É permitido ter listas de espera na saúde piores que no terceiro mundo.
É permitido ter das taxas mais baixas no aproveitamento escolar.
É permitido ter os cursos superiores mais bizarros que se pode imaginar
É permitido ter a formação profissional também bizarra que contava como créditos para a promoção...
É de perguntar será que algo não é permitido? Isto é mesmo um país em autêntico Carnaval.
Quartel general do PSD reunido de emergência
Discussão puxa discussão e conclusões políticas palpáveis não se vislumbram.
Como sair deste impasse? Só na roleta. E assim foi.
A sorte grande coube a Jardim. Carmona não tem hipóteses.Jardim demite-se...
Demitiu-se mesmo, uma postura de que Carmona não é capaz. Deve faltar-lhe algo de que Jardim tanto se preza de invocar contra os políticos de Lisboa.
" Um governo de medíocres, incultos, traumatizados sociais e subservientes de Lisboa".
O PSD/M será mesmo só isso? Ajoelhado perante Jardim?
Aí está uma nova ideia...Extinga-se a Câmara
Uma ideia excelente, pois há situações por mais voltas que se dêem, não encontram saída.
A CML e muitas outras câmaras deste país não têm saída, independentemente do bom trabalho que tem sido produzido nas mais diversas autarquias.As leis estruturantes do poder autárquico estão desfasadas dos tempos actuais, em termos de ordenamento político e administrativo, a gestão é de uma maneira geral caótica e o modelo de organização nada tem de eficaz.
Discuta-se esta ideia de fundo: imploda-se a Câmara e sobre as suas cinzas edifique-se uma estrutura que vá de encontro à solução dos problemas da população de Lisboa (trânsito caótico, sujidade, buracos, falta de segurança, etc).Ordem dos Médicos não é igreja
Não entenderá o bastonário que a Ordem dos Médicos não tem o estatuto de uma igreja? Que não pode ser uma organização confessional em oposição à ordem jurídica do país?
Apesar de a mentalidade conservadora de uma parte do país levar tempo a mudar; apesar do erro em que o que o PR caiu, ao andar por aí a fazer "aconselhamento" ( à Assembleia da República?) para que a lei a promulgar tanto respeite o voto popular como o contrarie, a coisa mudou.
2007-02-18
Conluio em Estrasburgo. Diz o Expresso
REGABOFE...
2007-02-17
Alberto João vai para ELEIÇÕES?
E se as provocar é uma jogada de expertise política.
Porque apanha a oposição numa situação encurrulada. Ele provoca eleições contra o governo da República pela lei das finanças regionais e a oposição votou ao lado dele contra a dita lei do governo.
Mesmo o PS regional, com todas as suas tibiezas e contradições, também não vai fixar votos, ou seja, não vai longe.
Sócrates e o aborto
Só que a distância, entre eles no tema ABORTO, é como o dia e a noite. O PR, como referi no post abaixo, é de uma ambiguidade que não se entende. Tenta agradar a todos os campos. Tarefa impossível. SIM e NÃO poderão alguma vez ser uma e a mesma coisa? O que se deve é ser cuidadoso na formulação das questões. Sócrates, na entrevista que deu ao Expresso hoje publicada, é cristalino, cuidadoso e moderado.
Cinquenta séculos de História
Gentileza de Esaguy Doukarsky.
Quando um país com 230 anos de História invade uma região da qual só conhece os últimos 30 dos seus 5.000 anos de História pode ficar sem perceber porque a guerra que desencadeou não obedece aos planos gizados.
Uma visita, à vol d'oiseau, em 90 segundos, a 50 séculos de civilização. Aqui no site Maps of War
2007-02-16
Ver para além dos testículos
Conseguir ver para além deles!
Convém lembrar-lhe que a maioria dos votantes provou ser capaz, nesta matéria, de ver para além dos seus próprios órgãos genitais.
Coisa de que ele, aparentemente, não é capaz.
OPA ao rubro
A Sonae elevou o preço de UM euro. Agora está em 10,5 euros por acção.
Mas a posição definitiva que tomar o presidente da PT, Henrique Granadeiro, vai ser um peso muito determinante no percurso futuro da OPA que se aproxima.
O Governo ainda tem muito campo de manobra e pode "endireitar" muita coisa, no bem do país.
Que Câmara é esta?!...
As malhas apertam em redor do Presidente. E as margens de manobra estreitam-se e ainda não rebentaram, diz-se nos mentideros casos como o vale de Santo António.
Se um dia se conhecesse minimamente o quanto move estas peripécias!
Demitida Direcção do DN
E então que argumentos avançou a SIC de fonte próxima da administração da Controlinveste?
E o que tinha lido eu antes?
Aqui expresso um reconhecimento ao trabalho desta direcção desenvolvido na área da economia.
2007-02-15
Cavaco Silva e o aborto
Como não foi isso que fez, deduz-se que, mesmo muito indirectamente, já se imiscuiu num domínio que não é o seu e que pode ter uma interpretação do SIM desfocada da que o Legislador pode vir a ter.
O que a mulher precisa é de informação e de acompanhamento médico ao longo do processo.
O voto não foi para que se institua aconselhamentos de ordem moral.
A AR vai saber alhear-se destas intromissões, interpretando realemente em que consistiu o voto.
Nem sempre se perde quando os outros ganham.
Alice’s adventures in the wonderland, London, William Heinman, 1907
(Arthur Rackham Estate)
A mesma menina, perguntara ao pai, noutra ocasião, o que faria ele se já tivesse dez filhos, estivesse desempregado, e a mãe, sem o desejar, tivesse engravidado outra vez.
Não sei, ao certo, o que o pai lhe respondeu.
2007-02-14
O 8 ou 80
Absurdos (2)
Segue-se o contra-vapor dos vários tipos de objecção de consciência, código deontológico, má vontade boicotadora, sabotagem e amuo.
Dizem os canhenhos que é sempre assim. Nos assuntos da fé, não é de um dia para o outro que a conformação com as práticas democráticas e a tolerância com os costumes alheios fazem vencimento.
Depois de tantas mulheres estropiadas, devassadas e envergonhadas publicamente, o Estado retira-se finalmente da cruel, hipócrita e ineficaz intrusão no âmbito da intimidade e das decisões em matéria de planeamento familiar.
Os mais tementes a Deus e à Santa Madre Igreja, não sossegam. Dizem que a terra tremeu e o comboio do Tua foi empurrado ravina abaixo.
E têm razão.
Já chega!
2007-02-13
Rescaldo do referendo
O percurso do SIM
Penso que, na nossa sociedade, dois domínios são de extrema exigência, requerendo decisões acertadas: o financiamento e a resposta do SNS.
Quanto à criação de condições e eficiência do SNS, creio que é possível avançar-se bastante na sua adaptação e resposta. Não me esqueço que o SNS conseguiu organizar-se no combate eficiente à taxa de mortalidade infantil, em tempo considerado eficaz, e hoje o País está em bom nível, pelo que, na base dessa excelente experiência nacional, lançar os meios (equipas) para este efeito. Aqui surgirão os objectores de consciência, mas aqui estou com o Ministro Correia de Campos, uma coisa é o medico, outra é a instituição onde o médico trabalha. E uma instituição não pode parar por haver objectores de consciência. Recorram-se a contratações.
Defendo que pode/deve haver contratualizações muito bem definidas com serviços externos para esta situação. Porque não poderão fazer parcerias público-privadas neste domínio?
2007-02-12
Após decisão dos Portugueses
A vitória do SIM no referendo é uma vitória histórica. Mas devemos dizê-lo baixinho para que não se oiça por essa Europa que fez a Reforma, beneficiou do iluminismo, não teve a Inquisição, e vai meio século à nossa frente em muitos aspectos de ordem cultural. Para que não olhem para nós com espanto e paternalismo.
Dei uma volta pelos blogs do NÃO. E sem surpresa concluo que é necessária determinação para não permitir que os nossos irmãos, herdeiros da contra-reforma, de Torquemada, do Santo Ofício, com a sua irreprimível, tradicional e muito moralizadora pulsão autoritária sabotem a concretização rápida de uma política de saúde pública e liberdade que diminua o aborto clandestino e esclareça e ajude quem em definitivo queira abortar nas condições legais.
Lendo os blogs do NÃO, hoje, no day after, e olhando para o mapa do referendo tenho dificuldade em aceitar que as luzes, a defesa da Vida, os esclarecidos que nos iluminam o caminho, estejam predominantemente ali, nas zonas mais interiores, onde a precaridade é maior, onde predominam os idosos e vivem os mais submetidos ao pároco de aldeia que nos ameaça excomungar.
A crer nos iluminados dos blog do NÃO, as mulheres portuguesas, a quem o referendo reconheceu o fim de algumas grilhetas, vão, sem o cinto de castidade da Código Penal, transformar-se em devassas, pecadoras, ameaça de "mães de Bragança". Vão para aí, engravidar a torto e a direito e a fazer abortos por gosto ou por dá cá aquela palha.
O que me custa a entender é como pessoas tão empenhadas na VIDA, no bem das crianças, queiram impor com o medo da repressão e a força das suas convicções o nascimento de filhos a mulheres que não partilham os seus dogmas, não os desejam e, segundo a sua convicção, não teriam nenhumas condições para os criar com amor e dignidade.
Com ponderação, razoabilidade mas com determinação trabalhemos para que o mundo avançe. Depois, no tempo dos nossos bisnetos, quando as metas de civilização forem outras, os herdeiros dos NÃO de hoje pedirão desculpa pelas suas teimas de agora. Mas... para tentarem impôr as suas teimas de então.
Link para um paradigmático fundamentalista do NÃO a que cheguei vindo daqui.
As próximas eleições em França
É certo que esta forma de proceder deixou muita gente com dúvidas sobre a eficácia da campanha, as questões são tantas neste tipo de debates que inevitavelmente Ségolène Royal cometeu algumas gaffes, como por exemplo ter afirmado que a primeira lei que fará votar é uma lei que afaste do domicilio conjugal o autor de violências conjugais, ora tal lei já existe e foi votada por ela mesma.
A leitura das 100 medidas deixa-me com a sensação de falta de uma linha mestra, parece-me um catálogo de boas intenções, oxalá me engane. Algumas das propostas são bastante controversas, cito apenas duas: enquadramento militar dos jovens delinquentes e supressão da sectorização escolar.
2007-02-11
Marcelo perdeu. Sócrates ganhou
O seu a seu dono. Embora muita gente não vá admitir, a diferença é devida em grande parte a Sócrates e à juventude. Mas por isso não fica "exonerado" de continuar. A juventude que o acompanhou nesta votação vai ser muito exigente com o SG do PS e vai impor-lhe duas grandes medidas: uma lei capaz que defina as regras e uma adaptação do SNS também capaz de responder às situações.
Esperemos que não seja uma oportunidade perdida.
Sim, uma vitória para um Portugal menos atrasado
Albertp João cada vez mais prejudicial aos interesses dos madeirenses
Hoje, Nuno Brederode Santos, na sua crónica de Domingo A promulgação vem pegar na imagem de Alberto João no eleitorado numa outra perspectiva, a do País, acentuando a ideia que os defensores do sim à regionalização defrontam-se com o exemplo pouco cativante de Alberto João nessa matéria, um exemplo onde a repulsa funciona mesmo. Há dentro do PSD/M uma minoria para quem o seu afastamento era um alívio.
Egas Moniz na berlinda
Segui o anúncio e lá dei com a Cooperativa Cultural e Popular Barreirense, o seu presidente, o Senhor Nuno Nobre Soares e o Manuel Correia autor do livro em lançamento.
Crónica de Domingo em dia de referendo
Mas a conversa escorregou para os blogs porque o Sr. Antunes agora quer que lhe ensine a fazer um.
Olhe, li aquele posto ou posta ou lá o que é - como vocês dizem - que fala do Souto Moura que se desculpou na Assembleia da República, quando o chamaram à pedra, a semana passada, sobre o “Envelope 9”: "que nem sequer sabia o que era uma folha Excel". Que vergonha, até lhe conto uma história. Lá na terra o Sô João da taberna - se bem que agora aquilo já é mais café que taberna mas ainda vai entremeando uns copos de três com os cafezinhos - já mexe em computador que lhe ensinou a filha que tem estudos. Até tem internet, ideia dela, meia hora um euro, para os fregueses. Estive lá ontem e perguntei-lhe: Ó ti João vossemecê sabe o que é uma folha excel? Do computador? Sim sim. Atão não sei!? A minha filha... - e já queria contar a história do costume mas atalhei e ele lá disse - até me faz um jeitão. Todos os dias, depois de fechar, despesas numa coluna, dinheiro em caixa na outra e ando sempre em dia.
Pois - virei-me eu para o meu vizinho, o Senhor Antunes, a desculpar Souto Moura - lá o Sr. João tem uma filha com estudos, não admira. Mas agora, no Parlamento, é um despautério, a exigirem que um ex-Procurador Geral da República saiba tanto de excel como lá o taberneiro da sua terra.
Ontem foi dia de estarmos de bico calado
Para além de ser isso... o dia de reflexão não é senão um derivado de uma lei anacrónica, com resquícios fascizantes, em que os partidos não tocam, não se percebe porquê. Sim, porque o dia de reflexão decorre do medo que o regime anterior tinha de que à última hora pudesse suceder algo que perturbasse a apregoada e preconcebida votação no regime.
Os partidos também não tocam no recenseamento eleitoral cuja margem de erro é elevada.
Estes dados não jogam com a realidade. Então porque não se corrige o recenseamento? São estes laivos de terceiro mundismo que facilmente poderiam ser ultrapassados sobre que nunca se actua de forma adequada que nos leva a entrar numa linha de pensamento demolidora à VPV.
O INE estima que, em finais de 2005, a população portuguesa residente era de 10,5 milhões de pessoas e que os jovens com idade compreendida entre Zero e 14 anos representavam 15,6% da população. Será que a população com 15, 16 e 17 anos de idade e os não recenseados com idade de o fazer (que cada vez começa a ter algum significado nem que seja ao nível das décimas) só representam 1,4 % da população, ou seja, 147 mil pessoas?
Será que Vasco Pulido Valente tem mesmo razão?
Mas, muitas vezes, sinto-me a pensar nesta mesma linha, pois as coisas mais simples levam-nos nessse sentido, porque nunca se resolvem. Será que não se quer? Será que há interesses com tanto peso que impedem? Será... Será ...O quê?
VPV questiona: " imaginam uma coisa parecida em França, Inglaterra ou Espanha?"
.2007-02-10
O "novo" apito dourado"
A crer nas últimas notícias sobre o tema, que se arrasta há uns bons anos e promete continuar, o seu campo alarga-se e parece atingir os praticantes, os jogadores.
Não é fácil debelá-la. Mas o Estado não pode ausentar-se desta questão que, apesar de dever ser tratda com pinças, não deve deixar de ser encarada, enquadrada e resolvida com medidas muito duras
.2007-02-09
Absurdos (1)
"Vá!, Isto é para se ir inscrever num curso de iniciação à informática!"
O homem disse aquilo com o mesmo ar com que se pode dizer que não sabemos o nome do guarda-redes do Galitos Futebol Clube.
Mais um alto responsável na hierarquia do Estado que não se deixou catequizar pela doutrina do Plano Tecnológico. Sugiro que os próximos empossados dêem provas de um mínimo de literacia informática.
É garantido que faz falta.
2007-02-08
O terreno do SIM
O referendo do nosso atraso civilizacional (5)
Lei das Finanças Regionais aprovada
Sinais dos tempos
Outrora o partido esforçava-se para que Álvaro Cunhal ganhasse o país. Agora mobiliza-se para que ganhe um concurso. Por outro lado, o ditador Salazar que dominou o país meio-século, vê-se agora na contingência de não conseguir ganhar um concurso. O dos Grandes Portugueses, na RTP.
O Referendo... (4)
Movidos pela “transcendência” dos seus valores morais os mais prosélitos adeptos do NÃO procuraram um suporte “científico” para colocar ao seu dispor o poder repressivo do Estado. O Código Penal, as polícias, os tribunais, as prisões. Para impor os seus valores aos outros. Como bem sublinhou, naquele programa, o professor de Coimbra.
E expôs à evidência que a criminalização da IVG não é consensual na sociedade e pelo contrário largamente maioritária a opinião oposta perguntando quem na sociedade ou ali, entre as dezenas ou centenas de pessoas presentes, já denunciou ou está disposto a denunciar alguém à polícia por ter feito um aborto. O mutismo foi eloquente. Mas mais eloquente é a mudança de táctica de última hora do NÃO ao tentar convencer (mas quem?) que os objectivos descriminalizadores do SIM se atingem votando. Mantendo o crime no Código Penal e propondo falaciosamente o absurdo de este não aplicar, de forma definitiva, a correspondente pena.
O referendo do nosso atraso civilizacional (3)
"Manuel Costa Pinto, padre de Viseu, disse hoje que votará "sim" no referendo do próximo domingo, porque entende que deve acabar a humilhação das mulheres em tribunal e o "verdadeiro infanticídio" a que obriga a lei actual." [Aqui]
(Gentileza e militância da "Margarida" que estou certo vai ajudar o Manuel, ali em baixo, a não perder no concurso da Elisa dos Grandes Portugueses.)
O referendo do nosso atraso civilizacional (2)
Júlio Castro Caldas, um ilustre e respeitado jurista, que também considera que a IVG até às dez semanas o que faz é "matar pessoas" (Os prós e os contras, de 2007-02-05) acha que a vencer, no referendo do dia 11, "o SIM far-nos-ia cair num Gólgota inaceitável na civilização a que julgo pertencer”.
Autarca presidente de Salvaterra de magos sob suspeita
A PJ esteve ontem umas horas na sua residência de onde levou umas caixas com documentos como se viu nas imagens de TV.
É mau e não deixa de ser incómodo para o BE, embora não se deva confundir a pessoa com a organização.
Aliás, muitas são as autarquias sob suspeita, com Lisboa à cabeça.