.comment-link {margin-left:.6em;}

2009-07-31

 

Em busca do fundo (11)






















Medeiros Ferreira, no "Bicho Carpinteiro", concorda que o processo que culminou agora com a declaração de insconstitucionalidade de vários artigos do Estatuto dos Açores, foi "mal conduzido" (pelo PS, depreendo...) e que Cavaco Silva foi um maroto, "porque só enviou para o TC algumas normas técnicas,preferindo reservar para a luta política a discussão sobre o que lhe pareceu essencial."

Convem lembrar sempre, neste caso, que os partidos do arco parlamentar remeteram as suas barganhas para a discussão na especialidade, coisa que deve ter impressionado supremamente a maioria absoluta do PS.

José Medeiros Ferreira remata o post sustentando que "Estamos pois perante um tratado de mal-fazer que não poupa quase ninguém."

Quase ninguém? - pergunto eu.
Mas quem é que ficou de fora?

O líder máximo do PS encrispou-se, ainda por cima de modo gratuito, e não compreendeu a desvantagem institucional de ter, nesta fase do campeonato, o PR a atirar-lhe o TC para cima.

O fechamento autista das maiorias absolutas continua, no fundo, a dar os seus frutos cegos.

 

A diferença entre pessoas

Depois dos mimos personalizados que me dirigiu o Manuel Correia no post " em busca do fundo (10)", a minha reacção assume duas partes.

Pontos prévios:

Caro Manuel Correia, face a estes pontos prévios não entendi, positivamente nada, da tua linguagem, nem aonde pretendes chegar.

Dizer que "desdenhei" do que escreveste porque tenho uma leitura diferente da tua é simplesmente abusivo. É uma tentativa de colar intenções em quem nunca as teve. Será que pensar diferente é ilegítimo? Não sabia. Hei-de pensar nisso.

Entrando nos factos. Para mim não é líquido que a Joana Amaral Dias e a Maria do Rosário Gama tenham sido convidadas. Para mim, o que é líquido é que se está a "fazer política" com assuntos pouco relevantes. E não percebo onde possa estar o "trade off" nem o político nem o ideológico tão diferenciadores ou tão diferenciados.
 

Em busca do fundo (10)






















O meu companheiro de blog, João Abel Freitas, - ver post anterior, intitulado "Assédios Cruzados" - finge não entender o que torna o caso da Joana Amaral Dias politicamente interessante. Confunde quem está no poder (o PS), com quem não tem prebendas nem mordomias a oferecer aos "assediados"(BE). Ora essa diferença é relevante a vários títulos. Não fosse a proximidade "física" entre os textos dele e os meus, e talvez não me desse à redacção deste apontamento. Todavia, em cima da importância que eu dei ao assunto, a referência dele acaba por implicar com o que escrevi há pouco e desdenhar do interesse que eu lhe atribuí.

Há maneiras enviesadas de discutir e esta é uma delas.

Equiparar o trade-off político com o trade-off ideológico (ou de causas...) é pior do que assobiar para o lado, pois deixa subentender que apoia a ideia de que a ética política é coisa de somenos.

A 1ª tentativa de banalizar um assunto interessante é sempre a carga mistificatória dada pela insinuação de que, no fundo, eles são todos iguais.

Neste caso, acho que não.

 

"Assédios" Cruzados?

Parece que Coimbra está a ser, neste ciclo eleitoral, o antro de "assédios políticos" cruzados.

Algumas notícias, na sequência da "novela" Joana Amaral Dias, "assediada" pelo PS, via Paulo Campos, dão como certo que Maria do Rosário Gama, militante do PS e que se tem distinguido na contestação às políticas da ministra da educação, foi "assediada" pelo Bloco.

Este país não tem assuntos a merecer a atenção dos partidos. É a grande desilusão política e o incentivo à abstenção e ao voto em branco. A ser verdade, só se espera que PS reaja , no mínimo, com muito menos histeria que o Bloco. Mas a ser verdade, o Bloco deverá dizer alguma coisa com seriedade. Isto anda à deriva e por caminhos pouco sérios.
Concentrem-se a informar-nos daquilo que pretendem na política.

 

Coisas da Matemática

ABSOLUTAMENTE
________________________
POESIA MATEMÁTICA!!!!

Quem 60 ao teu lado e 70 por ti,
vai certamente rezar 1/3
para arranjar 1/2

de te levar para 1/4
e ter a coragem de te dizer:
20 comer!!!


Matematicamente falando.
Do melhor que tenho visto ! !

produto de Email recebido

2009-07-30

 

Sobre as gafes de Ferreira Leite

Li hoje no DN na rubrica Cartas de um leitor que assina João Salgado o seguinte:

"A Manuela Ferreira Leite têm sido atribuídas algumas gafes. Mas serão que o são?

Gafe quer dizer engano, lapso ou disparate. Ora bem, ser contra o aumento do ordenado mínimo, querer suspender a democracia para fazer reformas, pretender privatizar a CGD e a segurança social, mentir relativamente à venda da Lusomundo, isto só para referir algumas das ditas, serão gafes?


Não serão enganos a mais? Em minha opinião, estas gafes são ideias para aplicar. José Sócrates diz que o PSD não tem programa. Está enganado! O mesmo está em parte patente nas referidas gafes de Ferreira Leite. Ouvi-la e lê-la é uma lição".

 

Em busca do fundo (9)























Por cima da crise e ao largo dos programas eleitorais; por dentro da crise, gerindo as fortunas e as misérias, recolhendo taxas e pagando impostos de favor; mostrando, afinal, quem manda e porquê.

No fundo, a banca, em todo o seu esplendor!

 

APIFARMA acusa João Cordeiro

O grande potentado das farmácias, Dr. João Cordeiro, denunciou na passada sexta feira a existência de "negociatas" no mundo do fármaco, inclusive dizendo que possuia dossiers sobre o assunto.

A APIFARMA, associação portuguesa da indústria farmaceutica, pediu à PGR que investigue com carácter de urgência tais acusações.

Todos nós estamos interessados em saber se as afirmações do Dr. João Cordeiro correspodem de facto a delitos ou fazem parte de algum jogo de manipulação de interesses.

2009-07-29

 

Sem comentários!...

Recebi de pessoa amiga email com o seguinte dizer: "Frases de pessoas com uma inteligência rara".

"Para quê ter olhos azuis, se a Natureza deixa os meus vermelhos?" (Bob Marley)

"Estou louca por ir a Nova Iorque. Sempre quis conhecer a Europa..." (Carla Perez, loira do Tchan)

"Adoro Beethoven, principalmente os poemas." (Ringo Star)

"Sempre que vejo TV e aparecem aquelas crianças a morrer de fome, não consigo evitar chorar. Quer dizer, adorava ser assim magra, mas sem aquelas moscas, mortes e essas coisas..." (Mariah Carey)


"Fumar mata. Quando se morre, perde-se uma parte muito importante da vida." (Brooke)

"Estar vivo é o contrário de estar morto." (Lili Caneças)

"Temos que analisar os pós e os contras." (Zé Maria, BB1)

"Minha vida deu uma volta de 360 graus." (Adriane Galisteu)

"Os sete artistas compõem um trio de talento." (Manuela Moura Guedes)

"A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de cancro a cada ano." (Manuela Moura Guedes)

"Um morreu e o outro está morto." (Manuela Moura Guedes)

"É trágico! Está a arder uma vasta área de pinhal de eucaliptos!" (Jornalista da RTP)

"O assassino matou 30 mortos." (Rodapé do Telejornal da SIC)

"Foi assassinado, mas não se sabe se está morto." (Jornalista da TVI)

"Estão zero graus negativos." (Jornalista da TVI)

"A grande maioria das nossas importações vem de fora do país." (George W. Bush)

"Vejam como Paulinho Santos não deixa Sá Pinto penetrar!" (Gabriel Alves)

"Juskowiak tem a vantagem de ter duas pernas!" (Gabriel Alves)

"Lá vai Paneira no seu estilo inconfundível... (pausa)... Mas não, é Veloso." (Gabriel Alves)

"A China é um país muito grande, habitado por muitos chineses..." (Charles de Gaulle)

"O meu coração só tem uma cor: azul e branco." (João Pinto, jogador do FCP)

"Inácio fechou os olhos e olhou para o céu!" (Nuno Luz, da SIC)

"Quem corre agora é o Fonseca, mas está parado." (Jorge Perestrelo)

"Nós somos humanos como as pessoas." (Nuno Gomes, SLB)


 

Quem engordou "o monstro"

Um estudo do economista Ricardo Reis, professor de economia na universidade de Columbia, em que compara a acção dos vários governos na gestão gastos públicos correntes/PIB está a dar bastante polémica.

Porquê?

As conclusões do estudo não abonam os governos de direita, sejam os de Cavaco Silva, Durão Barroso e Santana Lopes, o que implica Ferreira Leite nesta má fotografia como ministra das finanças. Nesta comparação, José Sócrates marca pontos. Ler a este respeito:
A natureza e as causas do "monstro" em Portugal. do

 

Em busca do fundo (8)

António Costa parece estar convencido de que os lisboetas são sensíveis à questão da dívida. Num mundo endividado e desconfiado do sistema financeiro é pouco provável que o seu investimento na 1ª parte do debate tenha servido para alguma coisa. As minudências das contas públicas só se tornam interessantes quando surgem associadas a exemplos de "obras", "serviços", "contrapartidas para os munícipes". A separação entre contabilidade e medidas programáticas empobreceu o debate e não trouxe vantagens a nenhum dos contendores.
Santana Lopes, saído de duas derrotas políticas retumbantes, apostou na "sensação de proximidade", dando a entender que conhece muito bem os bairros da cidade, os quotidianos, as cores. Deveria estar na defensiva, tenso e atento, e, no entanto, parecia estar à vontade. Quer o resultado das legislativas lhe seja favorável, quer não, terá, em qualquer dos casos, uma margem de manobra que o seu adversário não tem.

Se o PSD perder, Santana Lopes dificilmente se perfilará como possível sucessor de Manuela Ferreira Leite.

Com António Costa passa-se exactamente o contrário.

No fundo, em política, tal como na hora de matar a sede, é assim mesmo:

- não se pode soprar e sorver ao mesmo tempo.

2009-07-28

 

Lançado inquérito-crime

Face a toda a informação e dúvidas tornadas públicas sobre os doentes de Santa Maria, a Procuradoria Geral da República decidiu -se por um inquérito crime.

Apoiada tal decisão.


 

É mau demais para que possa ser verdade

Isto vem a propósito dos doentes do Santa Maria que correm o risco de cegar.

No Público Santa Maria: chamada anónima diz que houve sabotagem na substância injectada. Alguém, de forma malévola, terá misturado ou trocado o medicamento?

A provar-se uma situação como esta, interrogo-me: O que poderá estar por detrás disto?
 

Em busca do fundo (7)

A explicação dada pelo líder do PS/Coimbra, põe a nu o verdadeiro problema do caso "Joana Amaral Dias": o da distribuição de lugares elegíveis na lista do PS.

"(...) o líder da federação socialista de Coimbra assentou o seu desmentido às acusações de Louçã com as regras internas do partido: "Tal como aconteceu há dois anos, o lugar de número dois pelo círculo de Coimbra é naturalmente meu", cabendo o de n.º 1 (que era de Manuel Alegre) a uma figura nacional - Ana Jorge, ministra da Saúde e uma 'alegrista'."

O convite do PS seria compreensível, até porque a referida militante de base do BE e mandatária da candidatura oficial do PS às últimas eleições presidenciais, não foi incluída nas recentes listas de deputados do BE.

Como será muito difícil provar se foi ou não prometida uma contrapartida atraente a Joana, no caso de ela apoiar o PS, ficamos, para já, com duas certezas:

1 - Joana Amaral Dias, próxima de Mário Soares e castigada pela direcção do BE, estava mesmo a pedi-las. Tal como nas histórias de assédio, ainda vai ser acusada de concupiscência.

2 - Os lugares nas listas do PS são "naturalmente" reserva de alguns dirigentes bem colocados. Foi o que se viu no caso do cabeça de lista para o Parlamento Europeu...(?)

Entretanto, Joana Amaral Dias já começou a ser acusada de ter ido para férias e não responder aos telefonemas...

No fundo é o costume.

2009-07-27

 

Este ano o "chão da lagoa", afinal desiludiu

Não compareceu a Ferreira Leite, devido a gripe ou algo parecido, que Jardim se apressou a dizer que não se tratava de gripe A. Até parece que quem tiver gripe A se assemelha a lepra.

O secretário geral nacional, Marques Guedes, não sabia muito bem ao que lá andava.

Tudo prata da casa, mas tudo já sem chama. Até o Jaime Ramos já não articula um lapsus linguae.

A grande novidade veio de fora e grave. Tiros de arma ilegal foram disparados contra dirigível do PND.

Sobre esta situação que, segundo li, a PJ já tomou conta, mas que desde já avanço "toda a gente" na Madeira já sabe (hoje nos cafés o que não faltam de certeza é nomes) menos a PJ, apesar de ser uma polícia de investigção eficiente, é de perguntar: quem foi o mandante que fez ir para um local daqueles alguém com uma arma de calibre anornal.

E quem é o executante? Das mafias de leste ou brasileiro?Depois do sucedido recentemente, com o empresário de Porto Santo, presume-se que seja fácil recrutar mandantes.

Pena é que as autoridades regionais e as polícias não estejam empenhadas em dar firme combate a estas situações graves ou muito graves.



2009-07-26

 

Em busca do fundo (6)





















Há quem se interrogue, de há uns tempos a esta parte, se não seria melhor, desta vez, o PSD ganhar com maioria relativa. Mas, o quê?, sermos governados pela direita poderia, de algum modo, contribuir para o reforço da esquerda? Resposta: Como o PS não é todo de esquerda, e o PSD não é todo de direita, o PS, em oposição, acabaria por reforçar a esquerda, condicionando o PSD a fazer algo que não anda muito longe do que o PS fez no governo, mas com a vantagem de o PS, na oposição ao governo do PSD, reforçar o campo das esquerdas e o triunfo de muitas das suas causas.

Esta ideia peregrina parte do princípio que os Governos do PS continuarão permeáveis às soluções neoliberais (basta atentar nos princípios que o PS adoptou para iniciar a reforma do Estado, para compreender isto) e adversos a elas, quando estão na oposição.

Apesar de Mário Soares (entre outros) reconhecer que o Governo de Sócrates se rendeu demasiado ao canto da sereia neoliberal, restaria saber se o PS saído de uma derrota eleitoral seria melhor ou pior do que o actual.

Entretanto, apesar de não estar a ser colocada frontal e publicamente, a questão circula: um reforço da esquerda com o PS na oposição ou o enfraquecimento da esquerda com o PS em maioria, a governar à direita?


 

Em busca do fundo (5)















Entretanto a novela do "assalto ao bloco" prossegue. Depois de Miguel Vale de Almeida, triunfalmente averbado no círculo de Lisboa, e, com certeza, no meio de numerosas outras tentativas, Joana Amaral Dias terá recusado entrar para a lista de Coimbra (em 2º lugar...), bem como desinteressada de outras benesses com que lhe terão acenado.

Estas tentativas de reforçar as lides com gentes de outras formações deve ser tão velha quanto a política o é. Apenas impressiona que, em matéria de ideias programáticas, os actuais dirigentes do PS e os convidados, não vejam nenhuma discrepância no conúbio. Uns andaram a gritar cobras e lagartos contra o neo-liberalismo do PS; os outros dedicaram praticamente todo um congresso a atacar o BE e, logo a seguir, reconhecem virtudes sociais-democratas onde só viam há pouco parasitismo e miserabilismo.

Nada tendo mudado quer do lado de uns, quer do lado dos outros, a convergência terá sido feita com base no quê?

 

Em busca do fundo (4)

















A versão do Programa do PS a que tive acesso há pouco, está [aqui], no site de Sócrates 2009. É difícil dar com ele mas é fácil de ler. Para certamente contrariar aqueles elitistas que acham que o povão não lê programas eleitorais, o PS elaborou uma versão chamada Programa Global, com 16 páginas, contra as 164 do programa de 2005 [aqui]. O grau de generalidade obrigar-nos-á a esperar pelo programa desenvoilvido - se o PS o quiser divulgar - mas o 1º passo está dado. O Combate da Precariedade Laboral, por exemplo, incluído numa das cinco grandes linhas de acção deste programa - Firmar um pacto para o emprego - e numa das três prioridades - Relançar a economia - não passa ainda de um slogan, sendo de todo o interesse podermos divisar, a partir do que foi a prática do Governo PS nesta matéria, o que se propõe fazer neste e noutros domínios.

Para já, o PS apresentou o seu programa, mas não adiantou nada que permita desfazer dúvidas quanto ao modo como tenciona executar o que se propõe fazer de novo.


 

Eleições na Guiné-Bissau

Está a decorrer, hoje, a 2.ª volta das eleições para a Presidência na Guiné-Bissau.

Os dois candidatos, Malan Bacai Sanhá, PAIGC e Kumba Ialá, PRS. dizem, se eleitos "acabar commo narco-tráfico. Em comum tem ainda terem sido Presidentes e jtambém jáse defrontaram, em eleições presidenciais ,tendo ganho Kumba Ialá. Desta vez, tudo aponta para a vitória de Sanhá. Leia ainda Segunda volta decide presidenciais

 

De visita a alguns blogs

Detive-me hoje no valor das ideias, por dois motivos. A referência a O Chão da Lagoa, o dia das grandes aleivosidades dos dirigentes do PSD/M. Como diz o povo dá-lhes o sol na moleirinha e ficam inebriados.
E ao Acabar com o salário mínimo", diz a agenda neoliberal.

No primeiro tema, o autor avança com uma ideia que em certas alturas poderia acontecer. Penso que hoje não. Jardim anda à procura de compromissos de Ferreira Leite quer para a sua revisão constitucional quer para a transferência de dinheiros e, como tal, embora no íntimo tenha ficado satisfeito, não fosse a senhora com a sua presença fazer "má figura", uma figura que não se integrasse nos cânones daquela festa, abriu a porta para a receber em plena campanha. Jardim está convicto que Ferreira leite ganha e nesse contexto há ue sacar-lhe compromissos.

A segunda questão bem mais de fundo tem a ver com o Estado Social e os seus detractores.

2009-07-25

 

Em busca do fundo (3)


No fundo (!...) não há nada como uma boa coordenação governamental...

Já andaram melhor. Não acham?
__________________________________________

 

No mínimo, anedótico!

Acabo de ler no DN de hoje num artigo da Lília Bernardes em que a ministra da cultura deste governo de alguns tempos atrás, a Drª Isabel Pires de Lima, uma pessoa até com ligações familiares à Madeira, terá respondido, face a um dos requerimentos de deputados do PSD/M sobre o pedido de transferência de documentos do Arquivo da Torre do Tombo relativos à Madeira para o arquivo regional, que não daria prosseguimento ao dito requerimento porque "Portugal (também) não transferiu os documentos relativos às ex-colónias para os seus países".

Se, de facto, isto foi dito e assinado pela ministra não se atinge.

Até estarei de acordo que não se transfira, desde que através de informatização se dê acesso a quem estiver interessado. Há tantos interessados aqui como lá. Tenho estado, vivendo em Lisboa, interessado em muita documentação só existente na Madeira e para ter acesso tenho de consultá-la in loco. O problema é o mesmo.

No meu entender, tem é de ser montado um esquema que permita consultas a toda a gente esteja onde estiver. Interessa, pois, montar esquemas de cooperação que funcionem.

Mas aquele pensamento e resposta a ter existido, não tem qualificação.

 

Três Padres da baixa lisboeta apoiam Santana Lopes

E se outros nove padres (3*3) viessem apoiar, cada grupo à vez, respectivamente o PCP, o Bloco de Esquerda e o PS? Tinha piada. Talvez a igreja então reagisse. À esquerda. Não.

Segundo aquilo que lemos ou nos ensinaram quando pequenos, o humanismo cristão tenderia a estar mais próximo dos valores da esquerda. Donde estes apoios são contra natura. Mas olhando bem no tempo, em Portugal, os valores do humanismo cristão sempre andaram nublados e de braço dado com os valores da direita. Mesmo nos tempos recentes, a Conferência Episcopal não descola da tradição da igreja dos tempos da ditadura, com muitas honrosas excepções.


2009-07-24

 

Em busca do fundo (2)






















(Cortesia do wehavekaosinthegarden)


José Sócrates citou ontém este artigo de Don Tapscott. Não disse se o tinha lido todo. Fica aqui o link para quem quiser ler e comentar. Entretanto espera-se que Barack Obama, maila sua equipa de especialistas e assessores para a educação, desembarquem em Lisboa e venham fazer um estágio para ver como é.

Não sendo a situação tão cor-de-rosa com o Don supõe, e a sua fonte privilegiada em Portugal - Mario Franco, "chair of the Foundation for Mobile Communication" - não se iria pôr com certeza a falar da "avaliação", da "carreira docente" e dessas outras coisas que não interessam nada para os USA, não deixa de ser curioso como um CEO Canadiano se informa acerca do Sistema de Ensino em Portugal.

No fundo...?

2009-07-23

 

Um partido: duas governações

A análise objectiva da realidade desta legislatura diz-nos que a causa da situação de aperto do PS no confronto com o PSD para o próximo acto eleitoral deriva de falhas de antecipação da crise e da sua dimensão e de, por consequência, de uma falta de ajustamento explícito dos termos de adaptação da governação a essa nova conjuntura. Isto independentemente do menor ou maior apreço que se tenha da governação.

Distinguindo estas duas fases bem distintas em termos de condições, o Governo de José Sócrates com méritos e deméritos entra com dois grandes objectivos: equilibrar as finanças públicas e introduzir profundas reformas em vários domínios.

Neste seu ímpeto reformista, o governo tomou uma medida de aumento de 2% do IVA discutível com o objectivo de redução do défice orçamental e abre "várias frentes" contra sectores importantes da sociedade atingindo interesses instalados. Apesar disso era notória uma aceitação pública alargada de muitas das medidas avançadas.

Com a chegada da crise, primeiro demorou algum tempo a admiti-la com a dimensão com que irrompe e depois não lhe soube dar a resposta política face ao País.

Deveria ter admitido e explicado que uma série de objectivos avançados não poderiam ser atingidos, que novas e diferentes medidas de apoio de carácter social eram importantes, anunciando algumas e, por isso, o rigor com o défice tinha de ser alterado. Eram precisas mais despesas públicas e menos receitas de impostos iriam suceder.

Faltou dizer isto nos sítios certos, inclusive levando ao Parlamento um novo programa e sobretudo explicar ao povo os novos objectivos e medidas. O Governo falhou rotundamente aqui.

No entanto, deixa a marca da inovação e das energias renováveis.


2009-07-22

 

Em busca do fundo (1)

"A economia portuguesa já bateu no fundo" - foi uma das frases mais ouvidas e lidas esta semana.

O Ministro Teixeira dos Santos usou a expressão, aparentemente, com o intuito de sossegar o maralhal.

Duvido que o tenha conseguido.

De facto, ao falar assim, ofendeu dois princípios que convém sempre respeitar.

O 1º é que "bater no fundo" é algo terrível, cujo sentido não pode senão assombrar o povo que é posto, certamente a contra-gosto, a bordo da desajustada metáfora.

É coisa que não se deve fazer a ninguém e, muito menos, aos governados à beira de eleições.

O 2º princípio é o da honestidade intelectual. Só se sabe que se bateu no fundo quando já não há mais espaço por baixo. E Teixeira dos Santos até sabe que ainda há...

Porque estará o Ministro a querer bater no fundo já?

Será que ao sentar-se na cadeira de Manuel Pinho se apatetou?

No fundo...?

 

José Oliveira Costa deixa prisão preventiva amanhã

Oliveira Costa foi constituído arguido em 20 de Novembro de 2008 e a 21 o juiz Carlos Alexandre aplicou-lhe como medida de coacção a prisão preventiva.

Amanhã, Oliveira Costa volta para casa, onde estão a ser montados dispositivos electrónicos para controlo dos seus movimentos e vai usar também pulseira electrónica.

Correm rumores que Oliveira Costa terá trocado a prisão preventiva pela domiciliária, negociando com o MP passar a colaborar com a investigação.

Se assim for muitas almas estarão em sobressalto.


2009-07-21

 

FENPROF acusa governo de condicionar novo governo

Foi o que li. Faz bem em esperar por novo executivo para uma negociação mais calma do "modelo de avaliação". As relações andam tensas e o espaço de negociação é o que se vê, é muito estreito.

Agora, alargando o raciocínio para o campo da política, salvo um grande terramoto, as expectativas de novo governo recaem no PS ou PSD.

A minha dúvida é, então, simples. Quem ficará condicionado?

Se o PSD sobe, nada condicionado porque rasga. Se fica PS, alguma pedra estaria partida, tanto mais que se toda a gente aceita como verdade soberana o que diz a OCDE, à partida, será esta a base de discussão.

Quando estamos tão seguros da nossa razão não devemos aceitar acriticamente o que nos mandam de fora, ou pior, deturpar por leituras enviesadas para levar a água ao nosso moinho.

2009-07-20

 

A ARTE DE BRANQUEAR


Finalmente alguém leu seriamente a notícia do DN sobre a proposta de revisão constitucional do PSD/Madeira.
E esse alguém foi José Saramago, num artigo de opinião hoje publicado pelo jornal da Avenida da Liberdade.
Até o momento, confesso, tenho ouvido os maiores disparates - uns por falta de conhecimento, de leitura, de entendimento; outros, porque deliberadamente interessa deturpar.
É mentira que Alberto João Jardim afirmou aos 7 ventos não querer o fim do comunismo? É. Porque ele, realmente, nunca o disse. Mas fez muito melhor. Escreveu. E isso é VERDADE (pág. ao lado reproduzida a partir do original do projecto que irá ser discutido depois de amanhã no parlamento da Madeira. Clique para aumentar o tamanho).
A notícia do DN sustenta-se no que ESTÁ ESCRITO NA NOTA EXPLICATIVA da PROPOSTA DE REVISÂO CONSTITUCIONAL DO PSD/M entregue no parlamento regional.
Durante o dia houve reacções com Jardim a tentar dar a volta. Muitos opinaram a torto e a direito, com base nesta reacção e não no facto (a existência do documento e da nota explicativa do mesmo) sem nunca fazerem referência ao texto, o que é extraordinário.
Mas, afinal, o que é que interessava a alguns? Pelo visto, dizer que Jardim nunca tinha defendido o não consentimento do comunismo a par do fascismo na bendita revisão da Constituição. Pois. Como eu entendo. Há sempre alguém que precisa destas coisas. É bom viajar a expensas do erário público, é bom receber uma avençazinha para pareceres, estudos, etc, etc.
Mas ainda há mais. Afirmar-se que a actual proposta de revisão nada traz nada de novo porque é igual à de 2004 leva a questionar o seguinte: onde estão as notícias desta proposta de alteração nos artigos relativos à liberdade de associação e à perda de mandato de deputados na Assembleia da República? Ou será que, na altura, ninguém deu por nada?

Etiquetas:


 

Kyoto vai avançando

Boa notícia esta da fábrica de baterias eléctricas. Portugal ser escolhido, entre várias candidaturas, tem muito significado.

É sinal de que estamos a trabalhar bem neste domínio.

Apesar de positivo não dou grande valor aos 200 postos de trabalho que o investimento japonês vai criar com a instalação da unidade fabril de baterias.

Neste caso, é a minha opinião, tem muito mais significado, o País ser escolhido com base em critérios económicos e de "ambiente económico" para este investimento.<(P>


 

Mais um ex-ministro de Cavaco Silva arguido

Primeiro, foi Dias Loureiro, um peso pesado do cavaquismo, que até à última da hora se manteve como Conselheiro de Estadopor nomeação directa de Cavaco Silva. Chegou agora a vez de Arlindo de Carvalho, ex-ministro da saúde de Cavaco Silva. Será que também estará desmemoriado?

Recuando no tempo, quando ainda havia palheiros na minha terra. dizia-se: "aquele palheiro tá quase a cair, pois já o restolho (palha de trigo) vai faltando". Aqui, não sei se vai cair alguma coisa, (até tenho dúvidas) mas que "as telhas" estão desabando, estão ...


2009-07-19

 

Época dos Manifestos

Mais um manifesto tornado público e que pode consultar em www.cidadaosdebatempolitica.net.

É o quarto manifesto, saído neste último mês e meio da autoria de um grupo de independentes de esquerda e apresenta-se com objectivos bem diferentes dos anteriores.

Enquanto os três anteriores se bateram pela defesa de uma posição que , grosso modo, se situava sobre o papel de Estado e os grandes investimentos públicos, este quarto manifesto, bem mais extenso, traduz-se num interrogatório aos partidos para que esclareçam a sua posição sobre vários temas que constam dos seus programas eleitorais, ... papel do Estado, papel das forças armadas, saúde, educação, cultura, modelo de desenvolvimento ecónomico, integração externa, ambiente, etc.

O manifesto que se intitula "o nosso presente e o noso futuro: algumas questões prementes" tem como justificação que estamos em vésperas de eleições e que urge esclarecer sob pena de os cidadãos continuarem "alienados pela retórica dos discursos e cada vez mais descentes quanto à importância do seu voto".


2009-07-18

 

Vale a pena ler... (1)








... este post de A Terceira Noite, apanhado, de passagem, no Água Lisa 6. Apenas não subscreveria os dois "jamais" que o autor emprega - o advérbio, agora, faz-me sempre lembrar "Jamé". Não está mal visto. Não senhor!

 

Escandalizando ... ou Provocando

Em certos circulos políticos, como teste ou como intenção/ambição, de forma encomendada ou por iniciativa própria, tem sido posta a circular a ideia de que o País no pós 27 de Setembro (legislativas) vai tornar-se ingovernável.

O cenário aponta para a dificuldade de não ser possível uma maioria de governação (de um só partido ou de coligação) e, então, a saída possível é a de um governo de "iniciativa" Presidencial. Cavaco Silva a governar por entreposta pessoa.

Já correm nomes para o comando desta operação. Há pessoas que, de forma clara, assumem essa postura.

Trata-se de um cenário altamente perigoso para o próprio Presidente, para os partidos e, fundamentalmente, para Portugal. E se esta configuração de governo tem pensamento sustentado nas altas esferas do País pior será o caos.


 

LISBOA (1)

A campanha para a Câmara de Lisboa começa a desenhar-se melhor apesar de irremediavelmente ensarilhada com as legislativas e a disputa do poder dentro do PS.

De resto, a presidência da CML tem sido, para o melhor e para o pior, uma plataforma giratória visando lugares institucionais de topo.

António Costa tem a seu favor, - já a contar com uma eventual saída da presidência - Helena Roseta, à vista, e Manuel Alegre, no futuro. Conta ainda, no imediato, com José Saramago e Carlos do Carmo, olhados com tolerante desaprovação pelo eleitorado da CDU. Pode ainda averbar, na coluna das coisas favoráveis, o despesismo populista de Santana Lopes (que quase ninguém sabe muito bem o que é...), o ex-bloquista Sá Fernandes (a que o eleitorado Bloquista revira os olhos) e, finalmente, um sentimento difuso e tíbio, que aspira a tornar-se "pensamento" sem o conseguir, para sustentar a tese do "voto útil" das esquerdas.

Tem, no entanto, contra si e a sua lista, a queda de popularidade do Governo das suas cores, e do 1º Ministro José Sócrates, com os seus tardios, desajeitados e incompreensíveis apelos; os "Contentores de Alcântara", mailo mirífico e trôpego ponto programático do aumento das tarifas de estacionamento na cidade (mais na baixa e menos na periferia).

António Costa desenvolve, assim, um complexo de cerco em face da "ameaça" que os "invasores" quotidianos da capital parecem representar.

Em vez da aposta em melhores transportes públicos, que parece ser a única solução para desencorajar sustentadamente a circulação automóvel na cidade, opta pelo velho e relho (e neoliberal) castigo tarifário cuja eficácia se abate, quase exclusivamente, sobre quem tem menor poder de compra.

Enquanto Santana Lopes se prepara para promover os seus túneis (um deles, pelo menos, inspirado em estudos realizados por actuais apoiantes de António Costa), anunciando melhores escoamentos de tráfego e aperfeiçoamento na regulação de fluxos, António Costa avança, determinado, à frente das milícias da EMEL.

Por este andar, a chamada de Roseta para as listas do PS, é capaz de não ser suficiente para travar Santana Lopes.

As políticas públicas da CML necessitam de um outro tipo de propostas, e a mobilidade urbana merece um pouco mais de imaginação.

 

Henrique Granadeiro: Não sou cabo de ordens de ninguém

É a frase de capa da NS - notícias sábado de hoje, proferida por Henrique Granadeiro, numa sua grande entrevista, onde aborda muito do que foi e sobretudo do quer para o futuro.

Falo desta entrevista de Henrique Granadeiro pelo seu conteúdo na globalidade. Sente-se nela um homem preocupado com os problemas do país, pensa por si e rejeita aquela triste ideia que muito se enalteceu quando Cavaco era primeiro ministro de que era bom para Portugal "ser bom aluno, submisso, da UE".

Mas, no particular, porque a entrevista, em que há críticas a Sócrates, Ferreira Leite e Cavaco Silva, aliás, de algum modo, sobre o mesmo tema, a reacção face ao contrato que não se estabeleceu entre a PT e a TVI, se encaixa no momento actual. Porque não reagem agora Cavaco Silva e Ferreira Leite acerca da revisão constitucional, apresentada pelo PSD/M de Alberto João Jardim?

Concorde-se ou não com o conteúdo da proposta de revisão, o Dr. Alberto João fez o seu papel e com sucesso tamanho: Por um dia foi rei dos ecrans nacionais.

Agora Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite demitiram-se até à data do que deviam fazer. Ou seja, intrometeram-se onde não deviam num negócio privado, melhor dito numa guerra partidária contra o PS e agora chutam para o lado e assobiam.

É por esta intervenção desastrada de claro oprtunismo político, que cito as palavras de Granadeiro sobre o tema para que se entenda melhor estão questão.

"Houve uma utilização política? - pergunta o jornalista.

Foi claramente uma utilização política da PT num combate interpartidário. Não compreendo a presença do presidente da república a esse nível, seguramente terá elementos que não conheço e que terão conduzido a ter uma intervenção tão anómala.

Terá a ver com a questão de Manuela Ferreira Leite ter alertado para a hipótese de a linha editorial da TVI poder ser alterada?

Falou sobre isso e respondi-lhe dizendo que estivesse tranquila porque sabia o que era isso porque tinha sido vítima do mesmo, por sinal num governo PSD. Comigo não haverá ingerência dessas na linha editorial e escusava a senhor de assumir as dores de que nós íamos cometer um crime contra a liberdade de imprensa."


2009-07-17

 

A proposta de revisão constitucional do PSD/M (3)

O DN tem on line de hoje (sexta 17/07/2009) o texto completo da proposta de revisão que Alberto João vai defender no próximo dia 22 na Assembleia Regional. Aceda, clicando em www.dn.pt, se pretende lê-lo. Na página 7 lá encontra a referência ao comunismo e à abolição do Estado Unitário.

Esta proposta, diz o juiz conselheiro Monteiro Dinis, neste momento ainda Representante da República na Madeira, depois de já ter sido Ministro da República para a Madeira, não é da autoria de Alberto João. Ele lá sabe: Certamente terá sido encomendada ao porteiro da Quinta Vigia.

Há sempre um subterfúgio, uma pretensa "gafe", para encobrir aquilo que não se quer ouvir ou dizer.

Compreendo, deve custar-lhe muito. Ser denominado de "vigilante especial" da ortodoxia constitucional do Estado é duro e deselegante, tanto mais, segundo se diz na sociedade funchalense, deu muita qualidade a várias das leis saídas do governo regional. Mas Monteiro Dinis não chegou ontem à Madeira, por isso, não invente desculpas, não branqueie a situação.

Etiquetas: , ,


 

A proposta de revisão constitucional do PSD/M (2)

Jardim, ontem, teve os palcos todos por sua conta: Tv's, rádios, blog's, etc, depois do DN ter divulgado as "teses" da revisão constitucional do PSD/M, subcritas por Jaime Ramos mas que toda a gente sabe serem da autoria de Alberto João Jardim. Via-se que estava radiante, com a coincidência ainda de falar de Beja.

"Dimensionou" bem a factura que quer ver Ferreira Leite pagar-lhe, se algum dia se viessem a cruzar no poder. Esperemos que não, mas isso são outras guerras.

Jardim ganhou por KO. Ferreira Leite, debilitada, lá terá de recuperar. Apenas tem como saída arranjar uma gafe, onde jure fidelidade a Jardim e o seu contrário. Neste momento, ela precisa de Jardim e tem de adiar ou entrelinhar umas ideias obtusas para responder à oposição. O Presidente Cavaco Silva, tão alinhativo e opinativo que anda, tem "desculpas formais" para não falar. Mas se falou no caso PT/TVI não se compreenderá o mutismo, ou melhor, compreende-se.

Jardim deu o nó a Ferreira Leite.

Mais do que uma proposta de revisão constitucional o que Jardim fez foi apresentar, por métodos indirectos, um caderno reivindicativo "leonino" a Ferreira Leite.

A oposição de esquerda é que tem de exigir muito firmemente a Ferreira Leite que se explique.

Etiquetas: , , ,


 

Refrescando a memória (3)

Sobre Pedro Santana Lopes, não nos podemos esquecer a sua elevadíssima capacidade de organização. Para isso, não nos podemos esquecer que ele se esqueceu de avisar Paulo Portas, a quando da tomada de posse, do nome da pasta ministerial que lhe era designada: a tão pomposa pasta de :
Ministro de Estado, da Defesa e dos Assuntos do Mar.

2009-07-16

 

Xanana Gusmão? Qual?

Xanana Gusmão foi, primeiro, Presidente de Timor Leste. Agora é primeiro ministro.

Xanana foi sempre muito bem tratado por Portugal. É uma ideia unânime. Ao contrário, tenho, de há muito tempo, algumas dúvidas. Até que ponto Xanana usou Portugal em seu proveito, melhor dito, para o seu percurso pessoal que o teve e tem. Para estas dúvidas, esperam-se respostas dos historiadores em devido tempo.

Portugal tem em Timor um destacamento da GNR. Parece haver unanimidade de que tem sido essencial na preservação da segurança de Dili.

Durante 2009, os incidentes com a GNR têm-se multiplicado. Alguns elementos da segurança de Xanana estão implicados nos ataques à GNR. Xanana não deve desconhecer esta situação, reconhecida de forma alargada. E afinal, pergunta-se a Xanana como é?

A continuar,assim, o mínimo que resta a Portugal é rever esta forma de cooperação. Xanana face a tudo o que tem vindo a acontecer deve explicar-se junto do povo português.

 

A proposta de revisão constitucional do PSD/M

Alberto João Jardim, no seu estilo provocatório como sempre, neste seu "projecto de revisão constitucional" defende, entre outras ideias, a ilegalização dos comunismos, a possibilidade de criação de partidos regionais, chama aos orgãos de soberania orgãos estranhos e quer abolir a designação de Estado Unitário da Constituição Portuguesa.

Com estas ideias, a primeira provocação e desafio estendem-se a Ferreira Leite e à direcção nacional do PSD. A Dr.ª vai ter de se explicar perante o País como encara estas ideias de revisão constitucional.

Ou será que, seguindo a escola do Prof. Cavaco Silva, também vai engolir este vexame de Jardim em seco? Se vai ao Chão da Lagoa, lá terá de ser. Se diz algo agora Jardim barra-lhe a viagem. Jardim de parvo não tem nada, escolheu o timing certo.

Sabemos bem que Jardim nunca morreu de amores por Ferreira Leite. Agora está "de bem", mas já lhe cravou a faca no peito. Não foi mortal, mas ficou combalida. É a retribuição à Ferreira Leite das Finanças. Foi ela que, para usar a expressão de Jardim, começou a apertar-lhe o cinto. E sem dinheiro a fanfarra não toca.

Etiquetas: ,


2009-07-15

 

Ameaça de despedimento no "Público"

Sobre os trabalhadores do "Público" recai uma ameaça de despedimento colectivo de duas dezenas de trabalhadores, se não for aceite a proposta de redução salarial que a Administração da empresa impõe.
Ler mais em: http://www.jornalistas.eu/noticia.asp?id=7503idCanal=572

 

Acordo António Costa- Helena Roseta

Bons indícios para Lisboa. Uma causa maior - "travar o regresso de "Berlusconi" - para usar uma expressão feliz de Carlos Santos no seu Blog de ontem "O valor das ideias", tornou possível este acordo.

Para já, a direita averbou uma derrota. O perigo da sua eventual chegada à governação do Munícipio, aliado a um trabalho de cooperação "crítico" que existiu no actual mandato, deu como resultado um unir de forças para enfrentar o adversário que, desde início, se apresentou coligado. No entanto, não se trata da esquerda "unida", (parte ficou de fora). Só se poderá falar de uma vitória das esquerdas se esta unidade de esforços e de forças sair vencedora.

De qualquer forma, fez surgir algum entusiasmo para quem não encara/rejeita uma Lisboa berlusconiana.

 

Refrescando a memória (2)

Ferreira Leite, aquela que determinadamente afirmou que rasgará todas as medidas da governação PS, ainda na qualidade de candidata a líder do PSD, afirmou, em Janeiro de 2008 nas jornadas parlamentares do PSD em Vilamoura, que privatizaria a saúde e a educação.

Questionada pelos deputados sobre o que pensava das funções do Estado disse: "aqueles sectores em que os privados já estão, como a saúde e a educação... são dois sectores em que não vejo porque é que o Estado não se retira".


 

Palma Inácio!

Palma Inácio deixa-nos a 14 de Julho, o dia em que se comemora a tomada da Bastilha. O dia da grande Revolução Francesa. O dia de novas perspectivas para a humanidade. Coincidências.

Palma Inácio, com a coragem e garra de revolucionário que sempre o caracterizaram, bem "poderia ter sido" o homem que, a 14 de Julho de 1789, gritou: "para a Bastilha". E o povo foi e as cadeias da prisão cederam.


2009-07-14

 

Temas Unificantes (2)

José Sócrates disse ontem, na apresentação formal da candidatura do PS à Câmara de Lisboa, que "Nunca houve vitórias da esquerda com o enfraquecimento do PS."

Tinha em mente, com certeza, a disputa autárquica em que a "sua" esquerda moderada não conseguiu entender-se com a esquerda moderada de Helena Roseta (que não está a ver o que pode ganhar com uma aliança pré-eleitoral...) nem com a esquerda radical do BE (a quem António Costa "surripiou" o anterior cabeça de lista), nem com a esquerda radical do PCP, compagnon de route dos tempos de Jorge Sampaio e João Soares, sempre desconfiado de que a esquerda moderada faça alguma vez, no governo - da cidade ou do país - algo de substancialmente diferente do que faz a direita moderada em circunstâncias semelhantes.

De certo modo, José Sócrates forneceu a chave do problema ao simplicar, como fez, os termos da equação política. Vejamos, por exemplo, se a inversa é verdadeira, isto é, se as vitórias do PS têm contribuído para fortalecer ou enfraquecer o resto da esquerda.

Ganhar à esquerda e perder à direita é um jogo que o PS tem jogado sempre, deixando cada dia mais frustrados e inquietos os socialistas de esquerda (parece um pleonasmo mas infelizmente não é) dentro e fora do PS. As esperanças de uma nova arrancada para o Governo depressa se diluem em quebras de promessas e afrontamentos bacocos. Os pergaminhos de esquerda são um capital que o PS delapida nos primeiros seis meses de governação.

A resposta é de uma simplicidade brutal: o PS, na oposição, entende-se sempre melhor com o resto da esquerda do que quando está no governo.

Que chatice! Que carma! Será enguiço?

Se cerca de 1/5 do eleitorado tende a alinhar com o BE e o PCP após 4 anos de governação do PS, que restará à esquerda moderada fazer?

Mudar o eleitorado?

Estender a passadeira cor-de-rosa a José Sócrates e pedir-lhe mais do mesmo, ou pensar um pouco... mais à esquerda?

"Nunca houve vitórias da esquerda com o enfraquecimento do PS", mas porque tomará o PS, no Governo, o resto da esquerda como sua adversária?

Parece-me muito estranho...


 

Temas Unificantes (1)




Depois de queixas e abalos com os temas fracturantes, estão a surgir, enfim, os temas unificantes: a gripe A vem à frente.

Marcello Rebelo de Sousa alinha. Apoia o esforço do Governo; José Pacheco Pereira, também. Enterneço-me ouvindo os comentadores de direita apoiar (enfim) uma medida do Governo, aproveitando para deixar em paz a sucessora de Correia de Campos. Se é certo que uma medida não faz uma política, um enternecimento também não desfaz um comentador...

Quererá isto dizer que o PSD ainda não está preparado para ser governo?

2009-07-13

 

O fundamentalismo do Papa (3)
























Apesar do laicismo dos portugueses revestir a ambiguidade que consiste em recusar a missa da manhã, sem deixar de apoiar o serviço religioso nas IPSS's, à noite, a diluição dos estatutos confessionais tem-nos feito bem a todos, crentes e não crentes, praticantes e não praticantes.

Colocar o laicismo e os laicistas em estado de desgraça, no mesmo plano que quaisquer "fundamentalistas", ofende, em simultâneo, muitos católicos e não católicos, que se relacionam o melhor possível sem terem de divulgar a que deuses oram, e reaviva um sintoma preocupante de intolerância.

O Papa Bento XVI parece ter um conflito espiritual com a modernidade...

A nova encíclica, na íntegra, aqui.

 

O fundamentalismo do Papa (2)

No dia seguinte ao da apresentação pública da nova encíclica, Bento XVI, na sala Paulo VI, descreveu assim o essencial do novo manifesto da doutrina social da Igreja Católica:


Mas como imaginar um desempregado, um pobre, um desvalido, um dasafortunado, a usar de caridade para um banqueiro, um patrão rico, um milionário. Aconselha, assim, a Igreja, a Caridade (na Verdade), coisa de que nem todos poderão usar, no mínimo, por não saberem como nem terem nada para dar.

Na verdade, a Caridade só pode ser um constrangimento espiritual de quem tem mais a dar do que a receber.


 

O fundamentalismo do Papa (1)
























"No lago do breu,
sem luzes no céu
nem bom deus
que venha abrasar
os ateus
no lago do breu."

José Afonso



Desafiando agnósticos, ateus e outros arreligosos impenitentes, Bento XVI desanca-os (nos) equiparando laicismo a fundamentalismo religioso. O Papa sustenta que sem religião "a vida pública torna-se pobre de motivações, e a política assume um rosto oprimente e agressivo".

Todas estas coisas, e muitas outras mais, podem ser lidas na Encíclica Caritas in Veritas, recentemente apresentada por Ratzinger.

Mais adiante, Sua Santidade acrescenta que este mundo globalizado "torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos".

Ainda bem, (comento eu).

Assim ainda podemos ir tentando escolher os nossos amigos.


 

António Costa anda à pesca

Certamente, seguindo a técnica chinesa, comprou um cana e anda aqui e ali (nas esquerdas), a tentar pescar. Pode ser que assim "se reproduzam" os peixes e ainda se chegue a uma excelente iguaria.

Por mim, oxalá, que consiga, já que, de outra forma, as coisas apresentam-se "pretas".

A cegueira impera e quando era tempo de tocar a recolher e unir esforços, criam-se situações de desagregação. E a direita à espreita para mais uma Câmara de "santanetes". Refresquemos a memória!

 

Refrescando a memória (1)

Já decorre algum tempo, mas certamente ainda nos lembramos de quem foi apelidada de "dama de ferro" à portuguesa.

Parece que este nome sugestivo de pequena "dama de ferro" surgiu, quando essa dama era a encarregada da (des)educação deste país, pois quando as pessoas discordavam e se manifestavam como aconteceu com os estudantes de então que protestavam contra a sua lei das propinas, nada melhor do que cargas policiais para resfriar o ambiente.

Terá sido também nessa altura que o Contra Informação criou a dica Manuela "azeda" o leite. E lá que azedou, azedou.

2009-07-12

 

A esquerdinha dividida anda a brincar com o fogo

Este é um país de papalvos de vista curta. E a nossa "esquerdinha" está parola com os olhos postos na miragem de um poleiro. Há coligações PSD/CDS mas quando se fala em "esquerda unida" começa tudo aos berros. O que é que Manuel Alegre quer? Ainda não percebi. A não ser que ande a fazer a sua cama para ver se chega a Presidente da República. Mas diga. Seja claro.
Se este país rodar para a direita, PCP e BE ajudado por Alegre (só não vê quem não quer) terá de explicar aos portugueses muita coisa. Para já, podem assumir que apoiam o cavaquismo.
 

Por alguma razão o queijo suíço tem buracos

Notícia da France Press

NOVA YORK, EUA, 12 Jul 2009 (AFP) - O banco suíço UBS e os governos dos Estados Unidos e da Suíça pediram o adiamento do julgamento previsto para começar na segunda-feira em Miami, Flórida, no qual a instituição suíça enfrenta uma acção para revelar dados de 52.000 clientes americanos com contas "off shore".
Este compasso de espera irá permitir "aos dois governos prosseguir as discussões com o objetivo de resolver o assunto", afirma um comunicado do Departamento de Justiça americano.
O pedido acrescenta que, se um acordo não for alcançado, uma audiência pode ser programada para dentro de três semanas (3 e 4 de Agosto).
As autoridades fiscais americanas querem obrigar o banco UBS a revelar os dados de 52.000 clientes que abriram contas "off shore" para evitar o pagamento de impostos nos Estados Unidos.
O banco suíço afirma que não pode revelar as informações porque representaria uma violação da lei suíça sobre sigilo bancário.

Etiquetas: , ,


 

Há dias numa conversa de café...

... Ouvia, ouvia, atentamente, a defesa de várias "estratégias políticas" sobre o rumo deste país.

Apesar de estar entre amigos e pessoas conhecidas, ainda estou para perceber se as várias estratégias atribuídas às diferentes cores políticas, não estavam mesmo interiorizadas por alguns dos presentes que as expunham com "alguma convicção". Que me perdoem os presentes na conversa, alguns dos quais certamente vão ler este escrito, se estiver a ler mal "as consciências".

As estratégias, ditas andar aí, são sensivelmente assim: uma corrente PSD anti-MFL aposta mesmo numa vitória de Sócrates à tangente e, assim, matam dois coelhos: encostam à parede MFL e criam um ambiente de ingovernabilidade que facilmente arrumariam Sócrates na prateleira, tomando o poder e estabilizam a governação. Uma forte corrente (?) dentro do PS aposta numa vitória do PSD sem maioria com o CDS, exactamente com os mesmos objectivos de rapidamente recuperar o poder, apostando em ambiente semelhante ao do pós Guterres.

Nas esquerdas, o objectivo é outro, somar votos numa luta entre Bloco e PC. Quem mais recruta no PS? E alguém acrescentou o Bloco está mais favorecido, porque Manuel Alegre está a dar-lhe uma mãozinha.

Esta conversa não acrecenta nada. De algum modo, lendo os analistas políticos é isto que insinuam com mais ou menos nuances.

No meio desta conversa animada, alguém resolveu estragar tudo, perguntando. Mas afinal não há nenhuma estratégia voltada para os interesses do País? Afinal, é só jogo partidário?

Começou a discussão e as pessoas começarm a arranjar argumentos para irem saindo para não entornar muito a conversa.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?