2011-04-29
Aproveitar a crise para diminuir os abismos sociais
2011-04-28
Vivemos acima das nossas possibilidades
O valor é o segundo mais elevado entre as remunerações das maiores cotadas portuguesas (ultrapassado apenas pelos 1,41 milhões de euros de Zeinal Bava, da PT).
Se considerarmos 14 remunerações por ano isto quer dizer 100 mil euros por mês.
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Um senhor, meu conhecido, amigo desse grupo Mais Sociedade, e que ganha uns parcos 45 mil €/mês explicava a grande crise a um dos seus empregados, pai de dois filhos, que ganha 580 euros por mês.
- Mas como se explica que a crise seja assim grande como nunca se viu?
O nosso gestor, que dia sim dia não anda aí pelas TVs, a explicar o país e o mundo aos portugas, foi mais persuasivo:
- Então não se vê que andamos a viver muito acima das nossas possibilidades!
- Mas quem, eu? - Interrogava-se o "precário" que não percebe nada de Economia.
Portugal na UE ganha na desigualde
indica o livro "Desigualdades Sociais 2010 - Estudos e Indicadores" do Observatório das Desigualdades baseado em dados de 2007..
O rendimento dos 20 por cento da população mais ricos é 6,1 vezes superior ao dos 20 por cento mais pobres, concluiu a equipa coordenada pelo investigador Renato Miguel do Carmo.
Na média dos países da UE aquela relação anda pelos 4,5.
Segundo dados do INE aqui reproduzidos os 20% dos portugueses mais pobres possuem apenas 7% dos rendimentos e os 20% mais ricos possuíam 45% do rendimento total.
Já o Eurostat, em 2006, apresentava Portugal em último lugar quanto à desiguladade entre os mais ricos e os mais pobres.
2011-04-27
Taxa de pobreza infantil em Portugal
Etiquetas: Banco de Portugal, pobreza infantil
2011-04-26
Video 25 ABRIL + 1º MAIO 1974 - FULL HD Compilation Fotos
2011-04-25
Os partidos e o FMI (2)
Etiquetas: Novos prazos para o défice
os discursos de hoje em Belém
Etiquetas: 25 de Abril, Belém
Viva o 25 de Abril
Os cornos da crise
2011-04-24
O resgate português e o resgate alemão
Trata-se da República Federal Alemã, a seguir à guerra. As situações são muito distintas mas as lições da História são sempre para aplicar a situações distintas. Há que ver o que Portugal pode aproveitar como lição e uma delas é não renunciar às obrigações que tem para com o seu povo, defender os seus interesses com mais determinação do que a dos agentes do FMI e da UE em desagregação a defenderem os seus.
Uma diferença radical é que então o capital financeiro especulador não era dono e senhor do mundo. Era só de metade dele. E naquele em que dominava tinha que estar sempre atento a não criar nos países objectoda sua "ajuda" situações que levassem os respectivos povos a voltarem-se para a outra metade do mundo e a perderem a presa.
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"O Acordo de Londres de 1953 sobre a dívida alemã [32 biliões de marcos] foi assinado ... depois de duras negociações.
Etiquetas: FMI, O resgate, UE.
CFA: "Fascismo e Kitsch"
Etiquetas: a crise, Cortes de Passos Coelho, o FMI, o PSD
2011-04-23
Os partidos e o FMI
A UE faz de corpo presente para alertar para que alguns compromissos de países com eleições não sejam totalmente descurados. O que apenas vem empatar e arrastar o processo.
Estou a caricaturar mas é um pouco isto que digo, o que não deixa de entristecer quem defende um espaço europeu com personalidade própria e não uma UE ,pequenina, sem voz e sem rumo que serve apenas de trampolim aos mercados financeiros no ataque aos países mais frágeis economicamente, ou seja, um instrumento do negócio da dívida, dita soberana.
Do lado português, embora defenda que nem tudo deva ser negociado na praça pública, entendo, contudo, que grandes linhas, prazos de reembolso e taxas de juro deviam fazer parte do pacote a publicitar, pelo menos em termos de intervalos.
Os partidos ao expressarem os princípios que defendem para as negociações já estariam de certo modo a apresentar o seu programa eleitoral.
Um princípio base fundamental é defender e negociar juros baixos e prazos alargados de pagamento. Só se pode amortizar uma dívida calmamente, num prazo razoável e a uma taxa de juro no mínimo equivalente à taxa de crescimento da economia e respectiva taxa de inflacção. Isto é o "bê-à-bá". Caso contrário, a situação é complicada.
Outro princípio importante, evitar medidas que gerem um ambiente depressivo da economia, dificultando ainda mais o crescimento - o problema central da economia portuguesa - pelo que há que distinguir bem as medidas entre sectores transaccionáveis e sectores não transaccionáveis.
Neste contexto, a promoção das exportações nacionais deve ser um eixo também determinante pelo que urge negociar junto da Troika condições especiais de acesso privilegiado ao crédito e incentivos no domínio fiscal.
Etiquetas: FMI, princípios de negociação
Os "Valores" dominantes
Etiquetas: Os partidos
2011-04-22
Sondagens
Data | Empresa | PSD | . | PS | . | CDS | . | CDU | . | BE | . |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
24/26Março | Intercampos | 42,2 | . | 32,8 | . | 8,7 | . | 7,1 | . | 7,9 | . |
8/10Abril | Intercampos | 38,7 | -3,5 | 33,1 | 0,3 | 9,4 | 0,7 | 8,1 | 1 | 7,6 | -0,3 |
11/13Abril | Marktest | 35,3 | -11,4 | 36,1 | 11,6 | 7,5 | 1,3 | 8,1 | 1,4 | 6 | -2,9 |
14/19Abril | Eurosondagem | 36,3 | -1 | 32.7 | 2,3 | 11,3 | 0,6 | 7,8 | -0,6 | 6,9 | -0,8 |
Variações relativas à anterior sondagem da mesma empresa. Dados obtidos aqui
Os políticos enganam-nos?
Passos Coelho anda desesperado
Faltava um tiro maior ainda no pé. E eis que chega mesmo. Desastre, protestar contra a tolerância de ponto na quinta- feira santa. Passos Coelho é de memória curta, esqueceu-se de que é uma tradição esta tolerância e esqueceu-se também que o Prof. Cavaco Silva nos seus tempos de primeiro Ministro não deu tolerância no dia de Carnaval. Para além do Carnaval que foi ver muitas senhoras, suas votantes até aquele dia, no terreno do Paço a protestar simbolicamente, no gozo, a decisão de Cavaco Silva, muitos analistas associam esta "douta" decisão à sua queda do pedestal de PM.
Passos Coelho esquece-se de que nem tudo serve para atacar o Primeiro Ministro. Há tanta matéria, mas de facto tem azar, na escolha.
O gota a gota, como já lhe chama um seu camarada madeirense, deveria apresentar uma visão mais de Estado para a eventualidade de ser PM. Mas esta visão e postura não têm sido o seu forte. Deve andar mal aconselhado.
Não restam dúvidas, o caminho fácil não é atacar por atacar.
A pouco mais de um mês do acto eleitoral , para quem não tem nenhum passado de governante, deveria ser preocupação anunciar de forma séria como vai gerir um país cuja política económica e social não é definida por si, mas pelo FMI de que tanto gosta. Ao fim e ao cabo que programa credível vai apresentar nesta situação aos portugueses que os levem a votar.
Ou será que a política de atrair o FMI deve ser entendida como falta de competência do PSD para fazer um programa eleitoral?
Etiquetas: Passos Coelho, Tolerância de ponto
2011-04-20
Jesus em baixa forma..
E mais uma festa do Porto no estádio da Luz, com mais cenas pelo meio como esta dos stuart's
Para quando uma disciplina desportiva a sério?
Nunca!!!!
Benfica bem eliminado. Manda quem sabe.
Bye, Bye Jorge de Jesus.
Porque não plafonar os salários máximos?
Etiquetas: Plafonamento salários dirigentes de empresas FMI
2011-04-19
E se o próximo for um Juiz?
Etiquetas: Universitário mata homem "sem motivo"
A grande crise
2011-04-18
A falta de razoabilidade de um processo | DNOTICIAS.PT
O BCE ao serviço dos países banqueiros da UE
- E donde veio o dinheiro do BCE?
- O capital social, o dinheiro do BCE, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuiram com 30%.
- E é muito, esse dinheiro?
- O capital social era 5,8 mil milhões de euros mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012 até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco.
- Então se o BCE é o banco destes Estados pode emprestar dinheiro a Portugal, não?
- Não, não pode.
- ??
___________
Como funciona o BCE? É ir aqui.
2011-04-17
O peso "do mundo financeiro" no PIB
Le poids de la finance Alternatives Economiques Hors-série n° 087 - décembre 2010 Total de la capitalisation boursière, du stock d'obligations et de l'actif des banques en 2009, en% du PIB La finance, prise au sens strict de l'activité des Bourses, des marchés obligataires et des banques, représente quatre fois le produit intérieur brut (PIB) mondial. Elle pèse beaucoup plus dans un centre financier mondial comme le Royaume-Uni.
La France fait partie des pays les plus financiarisés, mais elle reste bien en dessous de ceux qui ont choisi de s'insérer dans la mondialisation comme paradis fiscal et réglementaire, permettant des prises de risque importantes, tels les Pays-Bas, l'Irlande et le Luxembourg. www.alternatives-economiques.fr.
Limitar o salário dos Patrões?
Etiquetas: Plafonar salários máximos
2011-04-16
Pior negócio não conheço. Ambas as partes perdem
Suponho até que em votação secreta e não de braço no ar como em certas votações.
Etiquetas: eleição do presidente da AR, Fernando Nobre, Pedro Passos Coelho
A União Europeia contra o FMI
A UE protesta. Num braço de ferro com os "homens sem rosto" do FMI. E protesta com veêmencia.
- Ainda bem. Para alguma coisa havia de servir haver uma União e pertencermos a ela. E que exige a nossa União Europeia?
- Bem... exige juros mais altos!
- Mas...?
- É o estado da União a que chegámos.
Acrescento, noutro registo:
Assim parece-me inevitável o reescalonamento da dívida.
Posições diferentes UE-FMI
Etiquetas: Ataque ao Euro, Empresas de Rating
Estou desolado!
Etiquetas: 25 de Abril
2011-04-15
The Comp Problem at Big Banks
2011-04-14
Vasco Lourenço ataca declarações de Otelo - Portugal - DN
Acções de Cavaco Silva da SLN citadas em tribunal - Portugal - DN
Fernando Nobre
A Voz das Vítimas
"O desnecessário resgate de Portugal"
Assim, no seu entender, “não há que culpar a política interna de Portugal. O primeiro-ministro José Sócrates e o PS tomaram iniciativas no sentido de reduzir o défice, ao mesmo tempo que promoveram a competitividade e mantiveram a despesa social; a oposição insistiu que podia fazer melhor e obrigou à demissão de Sócrates, criando condições para a realização de eleições em Junho. Mas isto é política normal, não um sinal de confusão ou de incompetência, como alguns críticos de Portugal têm referido”.
“No destino de Portugal reside uma clara advertência a outros países, incluindo os Estados Unidos. A revolução de 1974 em Portugal inaugurou uma vaga de democratização que inundou o mundo inteiro. É bem possível que 2011 marque o início de uma vaga invasiva nas democracias, por parte dos mercados não regulados, sendo Espanha, Itália ou Bélgica as próximas vítimas potenciais”, conclui Fishman, relembrando que os EUA não gostariam de ver no seu território o tipo de interferência a que Portugal está agora sujeito – “tal como a Irlanda e a Grécia, se bem que estes dois países tenham mais responsabilidades no destino que lhes coube”. (Para ler o artigo completo seguir o link no início do post).
2011-04-11
Nobre Fernando
Claro que qualquer "independente" tem todo o direito a filiar-se ou entrar nas listas de um partido sem se desonrar. Mas não é este o caso. Fernando Nobre acabou de ser um candidato à Presidência da República, em que exibia como sua mais valia relativa aos concorrentes (ganhando nisso, aos pontos, ao candidato Cavaco Silva), como pedra de toque distintiva dos outros candidatos a sua qualidade de "não político" a sua repugnância implícita aos partidos e à actividade política.
Este Nobre Senhor a quem muitos se rendiam e justamente, por ser o Senhor AMI obteve um grande e surpreendente êxito eleitoral com uma campanha a explorar o filão populista do "não político" quimicamente puro e na primeira oportunidade atira-se para o regaço (para o fosso! segundo a sua reclamada ideologia) de um partido, para a política "profissional", ainda por cima com a desculpa lorpa de que tinha necessidade de dinheiro. Porque precisava de dinheiro. Ao menos estivesse calado. Explicasse que era porque sim.
Quem não tenha chegado à política agora, conhece por experiência, o que se têm passado por esse mundo de Deus com os políticos muito "independentes", os políticos não políticos, os políticos que enfatizam muito o seu horror á política e aos partidos. São, em geral, o que há de pior na política Populistas, demagogos.
Não votei neste Nobre Senhor apesar de instado pelo meu amigo EP (como se sentirá ele agora?), mas muitas vezes dei ao seu AMI aquela parcela de IRS que podemos dar. Fui surpreendido duas vezes. Pelo resultado que obteve com a mais capciosa demagogia (ou nem era demagogia? ou o Senhor é mesmo assim?) e por esta cambalhota, triplo mortal empranchado com pirueta.
Etiquetas: Fernando Nobre
A crise ... segundo Fitoussi
- Estamos a pagar o custo económico da ausência de um governo europeu.
- Na Europa, o problema é mais político do que económico. A Europa nasceu para a solidariedade e nesta crise foi tudo quanto faltou no apoio aos países em dificuldade. Se a solidariedade europeia tivesse sido declarada não teria havido especulação.
- A Europa vive sob o modelo alemão.
- Os problemas da Europa em termos de dívida e défice são muito menores que os dos EUA e Japão.
(Clicar imagens para leitura)
2011-04-10
Fernando Nobre e as rábulas
Conheço muita gente que deve estar a dizer que parvo que eu fui!!.
Como fui levado!!!
2011-04-09
Privatizar até as pedras da calçada
Notícias Relacionadas
O Comissário Europeu dos Assuntos Económico revelou hoje que o pacote de ajudas a Portugal vai incluir um programa de privatizações.
Olli Rehn revelou hoje que o programa de ajudas a Portugal terá a duração de três anos e vai ascender a cerca de 80 mil milhões de euros.
De acordo com o comissário, o plano "inclui um grande programa de privatizações" e será fechado e aprovado a 16 de Maio. Rehn adiantou ainda que parte do dinheiro chega já a Portugal em Maio.
Além disso, é "quase certo" que uma fatia dos 80 mil milhões da ajuda para Portugal será canalizada para a banca portuguesa, ou seja, para "assegurar a estabilidade financeira da banca".
O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, fez saber, por seu turno, que as negociações com Portugal vão começar "imediatamente".
O levantar do véu... De certeza será mais duro ainda
Foram hoje reveladas as linhas gerais do programa de ajuda a Portugal. Conheça todas as novidades.
- Quanto é que Portugal vai receber?
O Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, revelou hoje que Portugal vai receber cerca de 80 mil milhões de euros. Texeira dos Santos, ministro das Finanças português, disse que é uma estimativa inicial.
- Quando começa a chegar o dinheiro?
As ajudas começam a chegar a Portugal no final de Maio.
- Quanto tempo vai durar o programa de ajuda?
O dinheiro vai chegar da União Europeia (EU) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) nos próximos três anos.
- Quais serão as medidas de austeridade exigidas como contrapartida das ajudas?
Para obter os fundos de Bruxelas, Portugal, em sintonia com o BCE, Comissão Europeia e FMI, terá de apresentar um plano de ajustamento para equilibrar as contas públicas, com medidas de austeridade.
O PEC IV é o ponto de partida das negociações, mas o programa terá de ir mais longe. De acordo com Olli Rehn, o pacote vai incluir um "ambicioso programa de privatizações" e um ajustamento orçamental igualmente "ambicioso". Além disso, vai implicar a execução de reformas para flexibilizar o mercado do trabalho e produtor. Serão ainda adoptadas medidas para manter a liquidez e solvência do sector financeiro.
- Quando serão aprovadas as medidas?
As novas medidas de austeridade vão ser aprovadas no Ecofin de 16 de Maio, em Bruxelas. Os ministros das Finanças europeus vão adoptar o programa e Portugal, através de um "acordo inter-partidário", deverá assinar por baixo.
- Quem as vai implementar?
As medidas de austeridade do programa de ajustamento serão implementadas após a formação do novo Governo, mas, de acordo com Olli Rehn, "é possível fazer algum ajustamento depois das eleições", que estão marcadas para 5 de Junho.
- Para que é que vai servir o dinheiro?
Olli Rehn revelou hoje que é "quase certo" que parte dos 80 mil milhões será para a banca portuguesa. A amortização de dívida soberana de Portugal, em meados de Junho, também será totalmente coberta com a primeira tranche das ajudas.
- Qual o juro que Portugal deverá pagar?
Ainda não está definido, mas se for em linha com o estabelecido nas ajudas à Grécia e à Irlanda, o juro dos empréstimos deve fixar-se nos 5,8% para empréstimos com maturidade de sete anos e meio.
- Portugal vai deixar de ir ao mercado de dívida?
Não. Apesar do pedido de ajuda externa, o ministério das Finanças confirmou ao Económico que o plano de financiamento é para executar. Assim sendo, o Estado vai realizar os próximos leilões de dívida que estão agendados. "O financiamento da República Portuguesa será executado nos termos do respectivo plano em vigor", referiu o ministério das Finanças ao Económico.
2011-04-08
José Mário Branco - FMI (ao vivo/audio) parte 2
José Mário Branco - FMI (ao vivo/audio) parte 1
Denúncia contra as três agências de Rating
Desde logo, como diz o Professor José Reis, um dos subscritores dessa denúncia em entrevista hoje ao DN, as leis da concorrência, uma vez que as três agências - Moody's, Fitch e Standard &Poor's - dominam 90% do mercado das notações.
Outro domínio é o do conflito de interesses. Estas agências são participadas ou por grupos financeiros ou por fundos financeiros que têm interesse em que as taxas de juro sejam elevadas em países como Portugal, Espanha , Grécia, etc, porque são detentores de milhões de euros da dívida destes países.
Assim são as próprias agências que beneficiam indirectamente, pelo menos da notação que dão e neste caso quando mais baixa a notação melhor.
Outra área de enviesamento é a utilização da informação privilegiada, não pública, quer ao nível dos orçamentos quer das empresas.
Neste contexto, esta denúncia sendo mais do que justa é também um alerta à sociedade para que pense na engrenagem do que é o sistema financeiro sobretudo ao nível dos grandes grupos dominantes e, não fique indiferente a esta situação.
2011-04-07
20.30 de ontem José Sócrates abre "falência"
Já hoje os convidados reagiram a dar as "boas vindas" a Portugal.
Mas é sobre o tratamento que nos vai dar o FMI, porque de facto é esta instituição que conta porque manda e não o Fundo Europeu (que Europa é esta, que nem instrumentos tem para se defender!!) que gostaria de registar aqui umas quantas dicas.
Primeira dica. Hoje deve estar muita gente feliz, pois nos últimos dias, só se visualizava pressão por todo o lado e de todas as formas (vide CE) para que Sócrates sucumbisse e chamasse o FMI. Não se precisa de nomear os actores de tal pressão dentro e fora do País. Foram muitos e até a população foi contaminada, numa de Benfica-Porto.
Sócrates não se encontrava preparado para responder de acordo com o que sempre anunciara porque se deixou cercar no campo do adversário, durante a sua governação, com uma receita que era a mesma do adversário. Assim, a resistência tinha um timing até porque os adversários tinham mais e melhores jogadores e melhor estratégia de combate. Só poderia haver resistência com outra receita.
Segunda dica e esta de mais interesse. É bom reflectir sobre as duas vezes que o FMI esteve em Portugal não para comparar com a situação actual que é muito diferente em termos de enquadramento, como abordamos mais à frente, mas por duas conclusões: a grande perda do poder de compra da grande maioria dos portugueses. O aperto do cinto como é mais popular dizer-se foi de facto muito forte. Mas a segunda conclusão e para mim mais decisiva foi a de que em termos de mudança de estrutura económica pouco ou nada trouxe. O País levou uns grandes apertões, mas as deficiências estruturais do modelo de desenvolvimento por cá ficaram e tanto assim é que hoje exige nova entrada do FMI para mais uns apertões desta vez infelizmente até por um prazo mais longo, mas o modelo, esse apenas acredito que vá ser ajustado dento dos mesmo padrões.
A terceira dica é sobre o enquadramento. Nas duas vindas anteriores Portugal tinha o escudo e a grande medida de "competitividade" foi a desvalorização do escudo para facilitar exportações, a redução da despesa sempre na base do corte de salários e outras regalias e houve até a venda de umas quantas toneladas de ouro para redução da dívida.
Hoje as hipóteses de acção são menos. Há o euro e sobre esse o país não manda é moeda única. Há ouro mas nada se diz sobre isso, pelo que serão os rendimentos das pessoas que vão suportar a investida do FMI, ou via salários (Função Pública); pensões e todo o consumidor pelo aumento dos diversos impostos.
De comum, portanto teremos uma forte redução do poder de compra.
Ainda há uma outra grande diferença, o enquadramento internacional da economia portuguesa . O Mundo e sobretudo os países mais evoluídos, com a Europa à frente, está em crise económica.
De tudo isto ressalta que nunca será a receita do FMI que, a prazo, trará melhorias para o desenvolvimento do nossa economia. Mas sobre isto não há debate.
Gasta-se a energia nacional noutras frentes.
Etiquetas: FEEF, FMI, Modelo de Desenvolvimento
Mentiroso
A S. Caetano valorizou justamente este apport de Pedro Passos Coelho à política nacional e lançou a moda do "mentiroso". Este passou a ser o qualificativo que o PSD mais usa quando fala de Sócrates, do Governo e do PS num evidente esforço para emprestar mais dignidade à política consagrando simultaneamente o léxico do novo líder.
Gosto mais do refrão d' "A azeitona já está preta":
2011-04-06
Mas é o abismo!... e deram o passo em frente
Carlos César muito duro com Bagão Félix
Mas, comportamentos destes suscitam interrogações.
Já no fim de semana, o Expresso referia com algum desenvolvimento que, no Conselho de Estado último, os conselheiros Vitor Bento e Bagão Félix tinham colocado na mesa o recurso ao FMI. Não é normal comentários sobre o que ali se passa. E Carlos César a esse propósito diz "já se percebeu quem foi o delator da última reunião do Conselho de Estado: o nóvel conselheiro Bagão Félix que mal entrou para aquele cargo apressou-se a desonrá-lo" in DN de hoje.
Mas estará Bagão Félix a agir sozinho, é uma pergunta que qualquer leigo faz a si próprio! O Presidente Cavaco Silva tê-lo-á informado devidamente da conduta de conselheiro? Escolheu-o é um facto, mas certamente terá pecado por não lhe ter dado a conhecer bem as funções.
É essa a ideia que está a vingar. Certamente por omissão o Presidente Cavaco Silva não industriou devidamente o conselheiro escolhido.
José Sócrates eventualmente poderia ter tido uma saída mais hábil à pergunta do Jornalista, a de não comentar. Mas nada que se compare com a grave insinuação de Carlos César a Bagão Félix.
Penso que o PR deve estar com um grande peso na consciência com a postura deste seu novo conselheiro de Estado que rompeu com as normas assentes logo no arranque. E agora não pode usar o expediente de o transferir para outra pasta como no caso das "escutas de Belém".
Etiquetas: Bagão Félix, Carlos César, Cavaco Silva, Expresso
2011-04-05
Conversa picante
2011-04-04
Conversas de faz de conta
O PCP respondeu que ia fazer aliança sim mas com
2011-04-03
As eleições ainda vêm longe...
Agora muito dependerá da campanha e do recurso ou não antes ao resgate da dívida (Era bom que se ajustasse a linguagem. Não se trata de ajuda externa como bem disse Miguel Cadilhe e outros, mas sim de resgatar a dívida).
Não é por acaso que a direita portuguesa e Cavaco Silva e até a comunicação social (grande parte) todos os dias nos matraqueiam os ouvidos com a necessidade do recurso ao resgate. Até já houve datas marcadas. Uma delas hoje.
A nível internacional a pressão não é menor para que Portugal ( ou seja este governo) inicie o processo.
O governo tende a resistir. Aliás, se alguma coisa positiva se lhe pode assacar, essa será uma delas. O governo de José Sócrates tem feito tudo para evitar o resgate
Ao contrário, Passos Coelho anda feliz com a possibilidade de o FMI cá entrar. Seria uma forma de fazer passar medidas bem duras com a desculpa de que foram impostas pelo FMI.
Passos Coelho na campanha eleitoral será a personificação do Senhor FMI e encaixa-lhe muito bem pelas posições que tem vindo a defender.
Agora sobre os resultados eleitorais e cenarização. Imagine-se um cenário em que o PS tenha maioria.
Qual poderá ser a atitude de Cavaco, para além da grande derrota que teria de encaixar e para o que não tem a estatura devida?
Santana Lopes diz que não há outro caminho, a não ser a demissão de Cavaco Silva da Presidência.
Pensando bem ... também acho que não restam muitos caminhos.
E até me parece que os eleitores lhe podem pregar essa partida, porque Cavaco Silva mesmo ganhando as presidenciais, ganhou ferido, pois não explicou coisas simples que foram colocadas como as acções do BPN , a casa no Algarve, etc.
Cavaco Silva saiu ressabiado (aliás já vinha desde o estatuto dos Açores e das escutas) e começou a congeminar deitar este governo abaixo, metendo na gaveta aquela ideia tão apregoada de que é o Presidente de todos os portugueses. Nesse sentido "demitiu-se" das suas funções e nada fez para evitas eleições, ou melhor fez tudo para que fosse esse o caminho sem recuo.
A facilitação do caminho para FMI entronca neste ressabiamento e na actuação de um Presidente que visa claramente beneficiar uma ala política do país (a direita nacional).
Etiquetas: O Senhor FMI
2011-04-02
Um empresáro british muito sui generis
Uma Europa polígama
Não dá dote ao país casadouro. É um casamento pobre e arriscado, mas muito desejado pela Senhora Merkel e o Senhor Sarkozy, entre outros.
Dois dos países membros Grécia e Irlanda já foram obrigados a casar, por quanto tempo é a questão.
Agora anda a esforçar-se para levar Portugal ao Altar de braço dado com o FMI.
Esta Europa que assim tem agido, tem em Portugal seguidores que gostariam que o padrinho de casamento fosse o governo de José Sócrates.
Vamos ver até onde vão as pressões sobre o governo.
É evidente que o governo deve tudo fazer para não cair na armadilha, até porque não tem legitimidade política para isso.
A direita e Cavaco Silva estão numa de pressão para ver se conseguem que o Governo PS avance com o resgate da dívida.
Não se percebe tanta insistência neste casamento com o FMI.
Não se percebem as razões porque tem o FMI de actuar na Europa quando há mecanismos europeus que podem e devem desempenhar este papel.
É desta forma que se preconiza um espaço com política própria? Não é. Esta associação significa uma hipoteca e uma subordinação da política europeia ao FMI, ou seja, em última análise aos EUA.
2011-04-01
Frenesim em Belém
___________________
Em Belém dá-se tudo por tudo. Estudam-se cenários. O PR mantém a iniciativa desde que ganhou as eleições. E com que ganas. O assessor que já recuperou da travessia do deserto a que teve de se sujeitar por causa da "bronca" das escutas dirige as operações mas está a encontrar dificuldades.
Etiquetas: FMI, Passos Coelho, PR, Sócrates
Ideias interessantes
HOTEL OFERECE REFEIÇÕES DE GRAÇA PARA QUEM ESTIVER DISPOSTO A GERAR ELECTRICIDADE
O Crown Plaza Hotel, em Copenhague, Dinamarca , oferece uma chance para quem quer fazer uma boa refeição sem deixar de cuidar do planeta. O hotel disponibiliza bicicletas ligadas a um gerador de electricidade para os hóspedes voluntários. Cada um deles deve produzir pelo menos 10 Watts/hora de electricidade aproximadamente 15 minutos de pedalada para um adulto saudável. Após o exercício, o hóspede recebe um generoso vale-refeição: 26 euros, aproximadamente 60 reais.
BAR CAPTA ENERGIA PRODUZIDA PELA DANÇA DE SEUS FREQUENTADORES
Todas as luzes e os sons de uma balada gastam uma quantia considerável de electricidade. Pensando nisso, o dono do Bar Surya, em Londres, refez o chão da pista de dança de seu estabelecimento e o revestiu com placas que, ao serem pressionadas pelos frequentadores do lugar, produzem corrente eléctrica. Essa energia é então usada para ajudar na carga eléctrica necessária à casa. Andrew Charalambous, o visionário dono do bar, diz que a electricidade produzida pela pista modificada representa 60% da necessidade energética do lugar.
EMPRESA CRIA IMPRESSORA QUE NÃO USA TINTA NEM PAPEL
Quem disse que uma impressora precisa de tinta ou papel para existir? Conheça a Impressora PrePean. Diferente das convencionais, ela utiliza uma peça térmica para fazer as impressões em folhas plásticas feitas especialmente para isso. Além de serem à prova d'água, elas podem ser facilmente apagadas. É só colocá-las novamente na impressora que, através de outra temperatura, a próxima impressão ficará no lugar da anterior. A mágica faz com que apenas uma dessas folhas possa ser utilizada mil vezes.
UNIVERSIDADE CONSTRÓI TELHADO VERDE
O Design Verde é uma tendência da arquitectura moderna, e não estamos falando apenas da cor, mas sim de locais como o prédio de cinco andares da Escola de Arte, Design e Comunicação da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura. A construção conta com uma cobertura vegetal e sua forma orgânica se mistura com a natureza onde está inserida. Os telhados revestidos de grama servem como ponto de encontro informal, além de ajudar no equilíbrio térmico do edifício e na absorção da água da chuva.
DESIGNER CRIA PIA QUE UTILIZA ÁGUA DESPERDIÇADA PARA REGAR PLANTA
Feita de concreto polido, a Pia baptizada de Jardim Zen possui um canal que aproveita a água utilizada na lavagem das mãos para molhar uma planta. Criado pelo jovem designer Jean-Michel Montreal Gauvreau, a pia vem em bacia dupla ou modelo simples. Se você está preocupado em ensaboar toda a sua plantinha, relaxe. Uma peça no início do canal drena o liquido e só deixa água sem sabão escorrer até a planta.
DESIGNER CRIA CHUVEIRO QUE O OBRIGA A SAIR QUANDO JÁ DESPERDIÇOU MUITA ÁGUA
O designer Tommaso Colia criou uma solução para aqueles que adoram passar um tempão tomando uma duche relaxante (é, você mesmo!). O chuveiro Eco Drop possui círculos concêntricos como tapetes no chão, que vão crescendo enquanto o chuveiro está ligado. Após um tempo, a sensação fica tão incómoda que te força a sair do banho e, consequentemente, economizar água. Cerca de 20% de toda energia gasta no lar vem da água quente utilizada no banho seis vezes mais do que a iluminação doméstica, por exemplo.
DESIGNER CRIA INTERRUPTOR QUE MUDA DE COR PARA ENSINAR CRIANÇAS A ECONOMIZAR
Tio é o nome do interruptor em forma de fantasma que avisa, através de subtis luzes, há quanto tempo a lâmpada está acesa. Até uma hora, a expressão do fantasminha é feliz e a luz do interruptor permanece verde. Se a luz é deixada ligada por mais de quatro horas, ele se assusta e fica amarelo. Já se o morador da casa se atreve a deixar a luz acesa por mais de oito horas, o até então amigável fantasma se zanga e fica vermelho. Com o auxílio visual e táctil, espera-se que as crianças comecem a tomar consciência do desperdício de energia logo cedo, e de uma maneira divertida.
EMPRESA CRIA GRAMPEADOR SEM GRAMPOS PARA EVITAR POLUIÇÃO
Grampos de grampeador são tão poluentes que uma empresa decidiu criar um novo modelo do produto, sem grampos! Em vez dos grampos a que todos estamos acostumados, ele recorta pequenas tiras de papel e as usa para costurar até cinco folhas de papel juntas. Se você se empolgou com a ideia, pode encomendar esses grampeadores personalizados para que sua empresa se vanglorie de contribuir para um mundo livre grampeadores com grampos.
DESIGNER CRIA CARREGADOR DE IPHONE ALIMENTADO POR APERTO DE MÃOEis uma invenção que dará uma mão na economia de energia. Carregue seu iPhone com um aperto de mão! O conceito foi chamado de You can work it out uma brincadeira entre encontrar uma solução (work it out) e exercitar-se (to work out) e foi pensado por Mac Funamizu.__
Email recebido e só coloquei algumas imagens.