2008-11-30
Um fim de semana rico em análises políticas
Ferreira Leite escreve sobre futebol, certamente com umas explicações do mano, que não sendo grande espingarda, entenda-se, no futebol (eu sportinguista me confesso), também não podia ter dado bons ensinamentos.
FL avança com uma prosa algo "ajuizada", talvez até reuna melhor futuro neste domínio.Por não estar disponível on line a prosa só umas quantas passagens. FL diz: "É verdade que um treinador seja qual for a modalidade a que se dedique, não pode ser responsável por todos os factores internos e extenos que afectem a equipa...mas é a ele que compete definir a estratégia e a táctica ...Se quer vencer, tem de variar de táctica ... Mas há treinadores obstinados. ...Tudo serve para desculpar os resultados...
Acho um escrito ideal e FL termina dizendo: "vejam se acertam em quem eu estava a pensar quando escrevi este texto". Como segundo a própria... "no futebol como em qualquer outra profissão...", será que era numa outra actividade que FL estaria a pensar? Quase aposto.
2008-11-28
A crise na Educação continua sem saída
A Educação nunca se percebeu, neste governo, para que estratégia apontava. Avaliar sim (e os sindicatos não querem ir por aí), mas a equipa também nunca teve argumentos sobre o porquê do avaliar. Só porque em todos ou quase todos os países se faz, também temos de fazer? Não é argumento convincente.
O país está em perda neste processo. O governo vai ter que ceder. Custa, mas esticou a corda e onão recuo tornou-se impossível ou quase.
Paciência. Há que encontrar outra, com uma estratégia e capacidade de diálogo e de decisão.
Outras notícias sobre Dias Loureiro...
"Cavaco pediu a Loureiro para sair e Loureiro acedeu em ficar"
"Pessoas só aceitam conversar com Loureiro com duas testemunhas"
Uma onda de divórcios... por Dias Loureiro
De certeza que não mediu o impacto a posteriori de uma afirmação destas?
2008-11-27
Candidatos ao subsídio
A sala ria-se em coro. Vinte e quatro jovens gargalhadas sintonizadas. Digam-me, então, o nome de um escritor português? Nada. Lá saíu um Camões e um Pessoa tímidos.
Palavras puxam palavras e silêncios sobretudo depois de ninguém saber a diferença entre "evasão" e "invasão", marketing político e comunicação empresarial.
E porque de negócios se tratava falou-se dos problemas do mercado, p.e. até que ponto as empresas foram afectadas pela tecnologia, a globalização e desregulação dos últimos cinco anos. Uma voz feminina, de 19 anos, assessorada pelo colega de outros tantos, concluíram rapidamente que não valia a pena tanta conversa porque eram todos candidatos ao desemprego.
Mas havia uma esperança.
«No dia em formos empresários vamos pedir um apoio ao tio Alberto. O que importa é que não falte a cerveja nas raves».
Há muito que não tinha uma dor de cabeça.
O tempo das castanhas quentes
Sobre o homem que nada fez "de ilegal" como administrador do BPN, só que, entre outras coisas, Porto Rico, etc, assinava contas porque nada percebia de contabilidade pode questionar-se se tem a castanha quente ou estará a tentar reparti-la com alguém? E se esse alguém fôr de peso tanto melhor, ficará a castanha quente repartida.
2008-11-26
Fim da confusão no PS francês
Desde o fim de semana até hoje o PS deu uma triste imagem, com os apoiantes de Royal a acusarem Aubry de fraude, ameaças de tribunal, e exigencias de repetição da eleição. Finalmente as coisas parecem mais calmas.
2008-11-25
Campanha publicitária do BPN
Dias Loureiro garantiu ao Presidente da República que não cometeu irregularidades
25.11.2008 - 13h27 PÚBLICO, com Lusa
O Presidente da República avançou hoje que no encontro da noite passada com Dias Loureiro este lhe garantiu não ter cometido irregularidades nas funções empresariais que desempenhou em empresas ligadas ao grupo Banco Português de Negócios (BPN), considerando Cavaco Silva não ter qualquer razão para duvidar do conselheiro de Estado.
Cavaco Silva, que falava à margem da cerimónia de inauguração da nova sede da União das Misericórdias Portuguesas, disse aos jornalistas que Dias Loureiro lhe garantiu “solenemente não ter cometido qualquer irregularidade” e que, como tal, não tem “qualquer razão para duvidar da sua palavra”.
De acordo com o Presidente, Dias Loureiro assegurou no encontro, realizado a pedido do conselheiro de Estado, "que as suspeitas lançadas não têm qualquer fundamento, são mentira". Questionado se o caso lhe está a causar incómodo, Cavaco respondeu: "São 19 os conselheiros de Estado. Todos me merecem o maior respeito. O Presidente da República não faz julgamentos, nem faz investigações".
"Não é tarefa de um Presidente da República fazer julgamentos a qualquer pessoa, seja membro do Governo, das Forças Armadas ou membro do Conselho de Estado. Nem é tarefa de um Presidente da República fazer trabalhos de investigação", acrescentou.
Ontem, após o encontro com o Presidente, o antigo ministro da Administração Interna assegurou que não cometeu "qualquer ilegalidade" na gestão do grupo da Sociedade Lusa de Negócios (SLL) de que foi administrador executivo entre Dezembro de 2001 e Setembro 2002 e administrador não executivo até 2005, considerando não existir qualquer razão que justifique a sua renúncia ao cargo de conselheiro de Estado.
Esta manhã, em declarações à TSF, Dias Loureiro assegurou a sua disponibilidade para ser ouvido pelo Ministério Público sobre o caso BPN, numa reacção à notícia de hoje do “Jornal de Notícias”, segundo a qual deverá ser chamado, a curto prazo, pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal, na qualidade de testemunha sobre as alegadas irregularidades no BPN.
Etiquetas: BPN
Morais Sarmento diverge de Dias Loureiro
Após Cavaco Silva ter emitido o comunicado e de urgência ter recebido ontem Dias Loureiro, a situação ainda mais se adensa. Se nada houve ou se nada há porquê então tanta pressa de Dias Loureiro? Se se conhecem e com tanta confiança há muitos anos, não se cansa Dias Loureiro de o dizer, então era necessário ir a correr a Belém?
Não é fácil para Cavaco Silva conviver com esta situação nomeadamente se tivesse de convocar um Conselho de Estado!!
Galvão de Melo afinal tem uma sucessora
A propósito das chamadas gafes de Ferreira Leite leia:
UM EXORCISTA PARA A SEDE DO PSD, POR FAVOR2008-11-24
Em 2009 o País ficará ainda mais endividado
Presidente Cavaco Silva irritado
E não é isso, senhor Presidente que está em causa nesta situação, no mínimo, fraudulenta e confusa do BPN. Ninguém o associa à gestão do BPN, é verdade, pois nesse caso estaríamos a pedir a sua demissão.
Marcelo Rebelo de Sousa vem defender a demissão de Dias Loureiro, se fôr constituído arguido: Dias Loureiro sempre que tem palco procura baralhar, dizer-se amigo do Presidente da República de há muitos anos, homem da sua extrema confiança. É o seu escudo protector. Será que este comunicado é um sinal para Dias Loureiro, ele que exerceu cargos e de que Marcelo diz: "não percebo como é que um homem inteligente perante uma gestão ilegal (do BPN) e depois de ter chamdo a atenção de Oliveira e Costa (...) se manteve administrador executivo da SLN", ou mesmo, para Rui Machete?
Discordo de Marcelo sobre a demissão de Dias Loureiro, que já deveria ter acontecido, exactamente porque o seu nome já está por demais enlameado e com a credibilidade em causa.
Etiquetas: BPN
2008-11-23
Dias Loureiro devia tomar a iniciativa de sair do Conselho de Estado
Tanto mais que na polémica Dias Loureiro/António Marta, Marta tem, a seu favor, à partida, maior credibilidade por não ter interesses a defender neste domínio e Dias Loureiro não só tem feito a defesa de Oliveira e Costa (vejam-se as palavras de elogio na entrevista com Judite de Sousa na RTP em que diz não acreditar que ele Oliveira e Costa "tenha lucrado pessoalmente alguma coisa" durante a gestão do BPN), como na qualidade de administrador executivo participou em negócios pouco claros juntamente com Oliveira e Costa como aquela compra de empressas, em Porto Rico, que pouco tempo depois faliram, admitindo ainda que assinou contas de que tinha dúvidas, só porque não percebe "nada de contabilidade". São desculpas esfarrapadas.
Perante comportamentos pessoais tão duvidosos, o mínimo que seria de esperar de Dias Loureiro era que se demitisse, porque deitou por terra toda a sua credibilidade e sobre ele passaram a pairar muitas suspeitas e intrigas.
2008-11-22
Desconheço o autor/a mas caíu-me no e-mail. Acho que quem o idealizou tem criatividade e humor. Só pode ser português.
Etiquetas: PSD
No caso BPN e SLN haverá muita história para contar
Mas o que se desconhecia é que Dias Loureiro, na sua qualidade de Conselheiro de Estado, goza de uma imunidade ainda maior que a dos deputados. Mais uma distorsão da nossa democracia. A que título se estipula isso? Os senhores conselheiros certamente nasceram com um ADN imaculado.
José de Oliveira e Costa em prisão preventiva
De algum modo, independente dos resultados da sentença final, (se chegar a haver), alguma justiça parece estar a fazer-se.
Um dos seus advogados anunciou primeiro que O.Costa tinha decidido colaborar com a justiça portuguesa. Num segundo tempo, veio com uma outra nuance dizer que estava prestar todos os esclarecimentos à justiça.
2008-11-21
Continua o impasse na Educação
O ministério da educação, pela sua intransigência, deixou ir longe demais os problemas. Há tantas questões que qualquer pessoa atenta via que estavam mal: Porquê só agora reconhecer as dificuldades de aplicação de vários dos parâmetros? Porquê só agora avançar com um "simplex"? Como é que se pode admitir que alguém que, não sendo da especialidade, poderia ser o avaliador científico de uma matéria que não domina? Há tantas perguntas a colocar.
Mas os sindicatos não são ingénuos. Definem-se pelo apoio a uma avaliação no vago. E foram hábeis e conseguiram unir os professores contra o governo por inabilidade do respectivo ministério sectorial.
2008-11-20
Oliveira e Costa detido hoje
20.11.2008 - 17h50 António Arnaldo Mesquita, Mariana Oliveira
José Oliveira Costa
, fundador do grupo Sociedade Lusa de Negócios, que integra o BPN, foi detido hoje na sequência de duas buscas domiciliárias feitas a uma quinta que possui na zona do Cartaxo e a uma residência em Lisboa, por suspeita de burla agravada, falsificação de documentos, fraude fiscal e branqueamento de capitais numa das investigações pendentes no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). O arguido vai ser apresentado ainda hoje no Tribunal Central de Instrução Criminal em Lisboa para primeiro interrogatório judicial e fixação das respectivas medidas de coacção. O ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de um dos governos de Cavaco Silva possuía quase quatro por cento do capital do Banco Português de Negócios (BPN), tendo sido presidente do conselho de administração da instituição entre 1997 e Fevereiro deste ano. Oliveira Costa abandonou as funções executivas no BPN, mantendo-se, no entanto, nos bastidores do banco, como membro do respectivo Conselho Superior, ao passo que um seu filho, José Augusto Oliveira Costa, ficou com funções na administração.A detenção de Oliveira Costa foi feita no âmbito da investigação que o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, anunciou estar pendente no DCIAP, que terá sido aberta com base em informações transmitidas ao Banco de Portugal pelo Banco de Cabo Verde, bem como em factos apurados na auditoria efectuada por iniciativa do ex-presidente do BPN, Miguel Cadilhe. Embora o BPN seja uma das cinco instituições bancárias referenciada na operação Furacão, Oliveira Costa não foi ainda constituído como arguido neste megaprocesso, que já tem centenas de arguidos, nomeadamente empresas, sociedades de advogados e respectivos clientes.Brasil 6 - Portugal 2
Não houve Portugal, selecção entenda-se, mas muito Brasil e do muito bom. Quando aquela máquina engrena é de facto bonito de se ver. E foi o que se deu.
Triste prestação a nossa!. Não houve um único jogador português de quem se possa dizer: esteve ao seu nível.
2008-11-19
O Público discorda de Dias Loureiro no caso BPN
A ter consistência uma notícias destas, o dr. Dias Loureiro afinal e, ao contrário do que disse, terá mesmo muito para nos dizer da sua participação na gestão do BPN.
Ferreira Leite inspirada
Já lhe conhecíamos o grande pensamento das finalidades do casamento e a tradução desse pensamento (que em tempos idos teve poema de Natália Correia que ficou célebre, quando um deputado do CDS defendeu idêntica posição), tão bem demonstrada nas elevadas taxas de natalidade por todo o mundo cristão.
Um outro não menos célebre sobre as forças de segurança, os polícias palhaços assim expresso: "enquanto o sistema jurídico não for eficaz, o polícia está transformado num palhaço.... ".
Pelo meio ainda vai dizendo se tivesse políticas não as enunciava até às eleições pois o governo poderia apropriar-se delas. Belo contributo e informação. E ainda em relação ao PR vai, como foi o caso de ontem, não sabe o que dizer, não sabe separar as suas relações de amizade da sua posição política e de dirigente do PSD e quando fala só complica ...
Como em todas as frentes há reformas para fazer, a tese da drª Ferreira Leite talvez resultaria num 28 de Maio de 1926. Aí também a ideia de muitos republicanos do centro direita era de fechar o País para o pôr na ordem. Foi o que se viu.
Hoje, dia de grande tensão no sector Ensino
Qualquer que seja a saída, a equipa da educação de Maria de Lurdes Rodrigues (MLR) sairá muito debilitada e, se a Fenprof abandonar a reunião de hoje e todos os sinais vão nesse sentido, o governo será abalado no seu conjunto e a equipa de MLR fica sem quaisquer hipóteses de permanecer, efectivamente, no Ministério, a não ser que a teimosia continue a imperar.
Como diz Mário Soares, o "modus faciendi" tem sido muito infeliz, pela falta de flexibilidade e de diálogo do Ministério. A necessidade de ouvir os actores surge por necessidade de salvar a face e não por princípios democráticos. E chegou-se, assim, a um ponto de quase não retorno.
2008-11-18
PRODUÇÔES FICTICIAS CONTRATAM FERREIRA LEITE
PARA QUE O POVO ACREDITE e NÂO SE ESQUEÇA.
Líder do PSD comenta reformas do Governo
Ferreira Leite pergunta se "não seria bom haver seis meses sem democracia" para pôr "tudo na ordem"
18.11.2008 - 17h20 Lusa
A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, perguntou hoje se "não seria bom haver seis meses sem democracia" para "pôr tudo na ordem", num comentário às reformas que o actual Governo tem realizado em áreas como a justiça, educação ou saúde.
No final de um almoço promovido pela Câmara de Comércio Luso-Americana, Ferreira Leite elegeu a reforma do sistema de justiça "como primeira prioridade" para ajudar as empresas portuguesas. Questionada sobre o que faria para melhorar o sistema de justiça, a líder social-democrata demarcou-se da atitude do primeiro-ministro, José Sócrates, que "na tomada de posse anunciou como grande medida reduzir as férias do juiz".
Defendendo a ideia de que não se deve tentar fazer reformas contra as classes profissionais, Ferreira Leite declarou: "Eu não acredito em reformas, quando se está em democracia...". "Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se", observou em seguida a presidente do PSD, acrescentando: "E até não sei se a certa altura não seria bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia".
"Agora em democracia efectivamente não se pode hostilizar uma classe profissional para de seguida ter a opinião pública contra essa classe profissional e então depois entrar a reformar - porque nessa altura estão eles todos contra. Não é possível fazer uma reforma da justiça sem os juízes, fazer uma reforma da saúde sem os médicos", completou Manuela Ferreira Leite.
A presidente do PSD disse que a última coisa que faria num discurso de posse como primeira-ministra seria "atacar fosse quem fosse" e acusou o Governo de ter falhado as reformas da educação, saúde, Administração Pública e justiça.
"Qualquer político que pretenda alterar um sistema não o pode fazer contra esse sistema. Portanto eu acho que estão arrumadas, no mau sentido, as reformas da educação, saúde, Administração Pública, justiça. Fizeram-se umas coisitas, mas não é a reforma", considerou.
À saída do almoço-debate, Manuela Ferreira Leite não quis responder às perguntas dos jornalistas, que tentaram questioná-la sobre as suas declarações relativas à democracia.
A presidente do PSD respondeu apenas à primeira questão, sobre o ministro da Agricultura, Jaime Silva, dizendo que mantém todas as críticas que fez à política agrícola do Governo: "Não retiro uma vírgula àquilo que disse".
Etiquetas: Manuela Ferreira Leite, PSD
Em Portugal não há "Furacões"
Parece ser o que se passa com a "Operação Furacão", com início em 2005 mas ainda não concluída.
O crime compensa sobretudo nestes casos em que nada acontece, por inoperância e contradições do próprio sistema de justiça no seu todo.
2008-11-17
Sporting, "o clube de casos"
Gostaria de um outro título melhor e para bem do Sporting: Paulo Bento "foge", porque não dá conta do recado.
Nada sei do que se passa no interior do Sporting, mas algo deve manietar a cabeça daquela gente a não ser que se trate de uma data de incapazes. Fico a aguardar pelo próximo episódio.
Reunião do G20
Há, no entanto, quem veja nesta reunião uma grande abertura para o futuro.
Estatísticas da saúde e esperança de vida
A esquerda francesa
A esquerda sofreu pesadas derrotas nos dois últimos ciclos: em 2002 com a eliminação de Jospin na primeira volta e em 2007 com a eleição de Nicolas Sarkozy. Hoje em dia a crise económica tem demonstrado a falência de muitas das medidas defendidas pela maioria actual, por exemplo, o incentivo ao endividamento das famílias através da desregulamentação do crédito era uma das propostas chave de Sarkozy. A esquerda governamental (PS e PC) não conseguiu ainda ultrapasar a críse profunda gerada pelas duas derrotas consecutivas e tem-se perdido em guerras internas sem ser capaz de ter uma mensagem clara nem de assumir propostas alternativas.
A imagem que deu o PS no seu congresso do fim de semana é simptomática, uma pequena minoria da ala esquerda chefiada por Mélanchon abandonou o partido após a victória da moção Royal no congresso. Após três dias de congresso restam três candidatos: Ségolène Royal com uma estratégia claramente mediática e uma proposta de tipo bloco central, Martine Aubry e Benoit Hamon com um posicionamento mais claramente à esquerda. Ver aqui para mais informações.
2008-11-16
A censura até 1974
O Dr. Dias Loureiro não tem nada "que se fazer ouvir" no Parlamento
Além disso, o BPN, pelo que se vai sabendo e todos os dias se sabe um pouco mais, é claramente um caso de polícia que, infelizmente, ainda não agiu por não lhe darem ordens. Em outros processos de figuras menos gradas, já estariam uns tantos atrás das grades. Mas, neste país, anda tudo tão devagar, sobretudo nos grandes crimes.
2008-11-15
De difícil admissão ...
Faltou apenas dizer se a abstenção é para toda a vida.
2008-11-14
Manuela Ferreira Leite começa a imitar Jardim
Esta é uma frase digna de Alberto João Jardim.
É evidente que a drª Ferreira Leite tem os orgãos de informação do seu partido onde pode mandar seleccionar o que quiser e como bem entender. Agora se pensa intervir no trabalho dos jornalistas é uma ideia muito infeliz que augura maus resultados para quem ambiciona ser Primeira Ministra. O tempo do lápis vermelho...já está fora de moda (assim o espero) e até há jovens que nem sabem o que foi isso.
OBAMA decidiu e bem não participar na reunião do G20
Então porquê "participar", quando as suas posições são tão diferentes nesta e noutras matérias e a posição que vai contar/ condicionar os "avanços" na reunião é a de Bush?
Perante este panorama, Obama faz muito bem em não estar presente. Aliás, vai ter muito tempo para contribuir para que se crie um sistema a nível internacional que torne as instituições menos vulneráveis a aplicações em derivados.
Rota de navio nos Caminhos da Memória
2008-11-13
A Corte do Norte.
Bruxelas liberta "pepinos curvos" e produtos hortícolas "deformados"
A LIBERDADE CHEGOU À HORTA E AO POMAR. Transcrevo na íntegra o comunicado de Bruxelas, de 12 de Novembro de 2008. É longo mas divertido.
“Pepinos curvos de novo no mercado: Comissão vai autorizar a venda de frutos e produtos hortícolas "deformados"»
As regras que regiam o tamanho e a forma dos frutos e produtos hortícolas vão deixar de ser aplicadas, após os Estados-Membros da União Europeia terem votado hoje propostas da Comissão destinadas a revogar as normas de comercialização para 26 tipos de hortofrutícolas.
A iniciativa da Comissão que visa eliminar essas normas é um importante elemento dos seus actuais esforços de racionalização e simplificação das regras da UE e de redução da burocracia.
As normas de comercialização aplicáveis a 10 tipos de hortofrutícolas, incluindo as maçãs, os morangos e os tomates, permanecerão em vigor.
Mas, mesmo para esses 10 tipos de produtos, os Estados-Membros poderão, pela primeira vez, autorizar os estabelecimentos comerciais a vender produtos que não respeitem as normas, desde que sejam rotulados de um modo que os distinga das classes "extra", "I" e "II".
Por outras palavras, as novas regras permitirão que as autoridades nacionais autorizem a venda de todos os frutos e produtos hortícolas, independentemente do seu tamanho e forma.
"Esta decisão marca o início de uma nova era para os pepinos curvos e as cenouras nodosas," disse Mariann Fischer Boel, Comissária responsável pela agricultura e pelo desenvolvimento rural. "Trata-se de um exemplo concreto dos nossos esforços para eliminar burocracia desnecessária.
Não há qualquer motivo para regular este tipo de questões a nível comunitário, sendo de longe preferível que os operadores do mercado adoptem as decisões a que houver lugar. Na actual conjuntura de preços elevados dos produtos alimentares e de dificuldades económicas generalizadas, os consumidores devem poder escolher entre a mais vasta gama de produtos possível. Não tem qualquer sentido eliminar produtos de perfeita qualidade, apenas porque têm uma forma "errada".
Nas negociações realizadas no ano passado sobre a reforma da organização comum do mercado das frutas e produtos hortícolas, a Comissão comprometeu-se a reduzir a burocracia desnecessária, através da eliminação de um conjunto de normas de comercialização aplicáveis a esses produtos.
Da votação de hoje resulta que tais normas serão revogadas para 26 produtos: damascos, alcachofras, espargos, beringelas, abacates, feijões, couves-de-bruxelas, cenouras, couves flores, cerejas, aboborinhas (courgettes), pepinos, cogumelos de cultura, alhos, avelãs com casca, couves-repolhos, alhos franceses, melões, cebolas, ervilhas, ameixas, aipo de folhas, espinafres, nozes comuns com casca, melões e chicórias whitloof.
De acordo com as propostas, serão mantidas normas de comercialização específicas para 10 produtos que representam 75/%, em valor, das trocas comerciais da UE: maçãs, citrinos, kiwis, alfaces, pêssegos e nectarinas, peras, morangos, pimentos doces, uvas de mesa e tomates. Contudo, os Estados Membros poderão igualmente isentar estes produtos da aplicação das normas se forem vendidos no comércio com um rótulo adequado. Na prática, tal significa que uma maçã que não corresponda à norma poderá ser vendida no comércio, desde que ostente um rótulo com a menção "produto destinado a transformação" ou uma menção equivalente.
A Comissão adoptará agora formalmente as alterações que, por razões práticas, serão aplicadas a partir de 1 de Julho de 2009».
Etiquetas: Comissão Europeia
Por uns míseros tostões...
A ideia que ficou no final do ano transacto foi a de que o Ministro da Finanças tinha anuido em descontar para a ADSE no caso dos pensionistas e reformados da Administração Pública apenas sobre 12 meses de forma a igualar o que se passa com os trabalhadores do activo. Isto acontecera por pressão do Provedor e de um grupo de deputados do PS que denunciaram a diferença.
No entanto quem se sai mal de tudo isto é o Ministro das Finanças que falta á palavra dada.
Vá la saber-se o significado das palavras dos nossos políticos!!!...Claramente em perda a equipa da Educação
Daí, os professores devem ser avaliados. Nunca foi isso que se fez em Portugal. Nunca fez parte da nossa cultura e, como tal, a resistência a qualquer sistema, a tudo quanto é novo.
A Equipa da Educação, tendo razão no querer montar um sistema de avaliação, não tem sabido conduzir o processo que é complexo, tanto mais face à resistência da classe apoiada pelos sindicatos.
Sócrates como com Correia de Campos não pode deixar de apoiar a Equipa, até ao dia em que entenda dever mudá-la.
Francamente, não era preciso chegar aqui. O país nada retira deste braço de ferro: 100 mil há uns meses e agora 120 mil é muita gente. Se a isto se juntar o pedido de suspensão em Coimbra, pergunta-se: o que resta?
O bailinho da Madeira
2008-11-12
Quando se julga que África é um país
Os resultados
EUA - eleições 2008-11-04 | Barak Obama | John McCain |
---|---|---|
Votos nos candidatos a presidente | 66.323.509 | 57.981.044 |
% dos votos | 53,4 | 46,6 |
Grandes Eleitores (Falta a purar 11) | 365 | 162 |
% G Eleitores | 69 | 31 |
Representantes (falta apurar 5) | 255 | 175 |
Senadores (falta apurar 3) | 57 | 40 |
Nº de votos nos 2 candidatos | 124 304 553 | 124 304 553 |
Fonte NYT
2008-11-11
Qual o limite da esperança?
Não ponho a fasquia do desempenho de Barak Obama lá em cima, nas nuvens. E mesmo que Obama, por absurdo, tivesse tomado para si todos os grandes e contraditórios objectivos políticos que são os dos seus admiradores Obama apenas detém uma parte, ainda que importante, dos meios para empreender as grandes mudanças que dele as muitas Américas esperam.
Há dois factores que empurram o projecto da ingente justiça social: a necessidade dela, premente, massiva e um movimento militante de milhões de americanos, especialmente de jovens, ainda que sem o cimento essencial de uma organização consistente.
Trazer a fasquia da esperança do abismo bushiano até o rés-do-chão-que-pisamos será já muito mas tavez Obama Hussein a queira e consiga levantar acima da cabeça.
Não olho lá para cima para as nuvens porque colocar a fasquia do obanismo aí obrigaria a descolar os pés da terra o que sendo desculpável aos jovens é insensato a quem já viu mais mundo.
A América de Obama poderá voltar a ser aquela América, que se ergueu em 1929 e deslumbrou o mundo ao atravessar grande parte do século XX como quem desbrava os caminhos do céu. Sem esqueçer as manchas tenebrosas da caminhada com a destruição a tiro do forte movimento sindical, os linchamentos da Ku Klux Klan, a imposição a seu serviço de ditaduras odiosas em meio mundo.
As dificuldades que Barak enfrenta são quase tão grandes quanto as necessidades do povo americano em as vencer, quase tão grandes quanto a esperança que levantou do chão e esvoaça por cinco continentes.
Crítico de Cavaco Silva sobre a Madeira, mas...
Afinal, tudo continua na mesma onda só sabemos navegar!
Pacíficos somos em demasia. Muita garganta.
Ataturk mais que Maomé
Curiosidades da obamania
Por seu lado Nuno Pacheco no Público também de ontem confidenciava que Obama, ao falar há dias do cão que prometeu comprar às filhas quando forem para a Casa Branca, disse que a sua vontade era ir a um canil buscá-lo. "Porque ali muitos cães são rafeiros como eu". E depois NP comentava: "um insulto? Não, uma serena vingança"
"Troca de ideias" entre Palestinianos e Israelitas
Quando partiu a rocha e inundou tudo de água, pensou, 'que oportunidade boa de tomar um banho!' Tirou a roupa, colocou-a ao lado sobre a rocha e entra na água. Quando saiu e quis vestir-se, a roupa tinha desaparecido. Um Israelita tinha-as roubado.»
O representante Israelita saltou furioso e disse: «que é que você está a dizer? Os Israelitas não estavam lá nessa altura.»
O representante Palestiniano sorriu e disse: «e agora que se tornou tudo claro, vou começar o meu discurso.»
A crise na Educação
120 000 pessoas na rua, vindas do país inteiro, mobilizadas pelos problemas do ensino, é muita gente, neste País.
Causas de tudo isto? Muitas, antigas e de fundo e não podemos esquecer que grande parte das condicionantes da evolução deste nosso País passa pela Educação e também pela Justiça.
Embora me pareça que a questão do momento que está a condicionar tudo ou quase tudo é a da avaliação dos professores e que, na prática, há sempre uma reacção a todo o tipo de avaliação, se a entendemos necessária e, em meu entender, é, com vista a lançar e instituir um ambiente de responsabilidade, de qualquer modo, todos os cuidados são pouco na escolha e montagem desses processos e métodos.
2008-11-10
Polémica na Igreja Portuguesa
O grave problema do licenciamento urbano
Uma grande injustiça
O artigo do João Abel sobre os tanoeiros e os vários artigos da Lília Bernardes sobre a Madeira lembram-me a incompreensível ignorância da generalidade dos franceses (há evidentemente excepções) em relação ao vinho da Madeira.Tirando alguns comerciantes portugueses e algumas lojas especializadas é quase impossível comprar em Paris um vinho da Madeira decente, a ideia generalizada é a de que o vinho da Madeira é um ingrediente culinário que serve para fazer molhos "au Madère" nunca para beber. Não faço a mínima ideia de onde vem esta reputação, até porque aqui mesmo ao lado, em Inglaterra, a situação é completamente diferente.
Um bom reflexo desta situação é o artigo da wikipedia versão francesa que continua no estado de esboço, como se ninguém se interessasse pelo assunto. Há uns anos ofereci uma boa garrafa de vinho da Madeira a uns amigos franceses e tive o cuidado de explicar que era para beber e não para cozinhar.
2008-11-09
Desporto
A 1ª conferência de imprensa de OBAMA
Uma actividade que não deixou de abordar, pela sua dimensão e impacto no emprego foi o sector automóvel, que atravessa uma situação crítica nos Estados Unidos devido ao seu atraso tecnológico e, por conseguinte, à sua falta de competitividade.
Espanha no G20
Os Tanoeiros
Há muitos, muitos anos que não ouvia falar desta profissão que conhecera na minha infância. Lá, na minha terrinha, zona norte da Madeira, (aquela terra portuguesa de turbulência democrática continuada) havia um ou dois. Eram profissionais bem considerados socialmente e penso que bem pagos para a época. Hoje, certamente, não haverá nenhum.
Interessante foi saber que ainda há tanoeiros à antiga em algumas caves de vinho do Porto em Vila Nova de Gaia, apesar da evolução tecnológica. Por quanto tempo? É a pergunta que persiste.
O nosso tempo
O "nosso tempo", permitam-me que passe a retirar as aspas, se não acabou ainda vai a bom ritmo. E a esse nosso tempo sucede-se um outro tempo. ...
Afinal, o nosso tempo anda, corre, evoluiu. Talvez, as pessoas do "meu tempo" (passado - anos 60) dificilmente encarem ou se adaptem às mudanças, porque o nosso tempo é o actual, o do dia a dia. Amizades, amores, comportamentos, política ... grandemente em transformação.
2008-11-08
O Tarrafal visto da Torre do Tombo
"Ter pisado o mesmo Tarrafal, ter vivido o mesmo inferno, ter habitado por dentro a mesma «frigideira», respirado os mesmos 40 graus de Sol... ter pisado o mesmo «Chão Bom» não é garantia de que a todos se oferecem os mesmos futuros caminhos."
São as primeiras e as últimas palavras de um post sobre um documento descoberto no arquivo da Torre do Tombo que fala de um angolano, ex-preso, do campo de concentração do Tarrafal, cuja participação esteve anunciada no colóquio internacional Tarrafal - uma prisão dois continentes, realizado no Parlamento, em 29 de Outubro, pelo Movimento não Apaguem a Memória. O post está aqui e fotografias do colóquio estão aqui. e aqui.
Não se banalize a história>
No momento em que o símbolo nazi foi usado - mesmo como forma de contrapropaganda - no parlamento da Madeira pelo deputado do PND (havia outras formas de protesto); quando por dá-cá-aquela-palha se usa e abusa do termo fascista como forma de insulto ( dr. Jardim é um dos que gosta desta palavra), por favor não se banalize a História.
Em memória de todos quantos sofreram e morreram às mãos de ideologias totalitárias, racistas, desumanas, faça um clique em:
http://www.lena-gieseke.com/guernica/movie.html
Ainda a situação na Madeira ...
Escrevem o Expresso e o DN que Cavaco Silva andou "a manobrar" na sombra para fazer calar Jardim. Jardim cedeu, manteve-se calado e, assim, Cavaco Silva não tem que estar em confronto com as duas Regiões Autónomas, em simultâneo, embora esteja convencido de que mesmo sobre o Estatuto dos Açores irão surgir aproximações Cavaco-PS, eventualmente com o PSD a ficar em situação menos confortável.
Mas interessa também o porquê de situações burlescas como esta se podem dar na Madeira. Encontra uma boa resposta em
E AGORA A MADEIRA.2008-11-07
"A legalidade" reposta na Madeira
Desconhecia, por completo como cidadão, que a legalidade de um Parlamento poderia consistir na suspensão dos plenários.
Francamente, não entendo as palavras do Senhor Juiz Conselheiro Monteiro Diniz.
MADEIRA EM SARRAFOS
No Funchal é normal logo pela manhã tomar uma bica na esplanada do "Apolo". Um Café por onde todos os estudantes dos anos 60, 70 e talvez 80, se reuniam entre livros e namoricos.
Foi ali, então uma jovem adolescente, que um amigo deu a notícia de uma revolução em Lisboa. Nós não tínhamos televisão em directo e só dois dias depois vimos as imagens do MFA e dos cravos vermelhos.
Ou seja, a Madeira vive uma décalage de mudança de 48 horas. Ao fim de 34 anos significa 1632 horas, ou seja, 68 dias. Mais de dois meses. Isto sem contar com a inflação, aumento das taxas de juro, um spread altissimo e uma diferença de 1 hora (na realidade estamos noutro fuso) face à capital e que esteve em vigor durante muitos anos. Os Açores, na altura, encontravam-se a menos duas. Ou seja, enquanto era uma da manhã, em Lisboa, batia a meia-noite na Madeira e as 23 horas do dia anterior nos Açores.
Para além desta explicação, ainda temos outra. A geografia. O arquipélago encontra-se sinalizado no mapa político da Europa mas desaparece no físico integrando a costa africana.
Afinal, a Madeira está à mesma latitude de Casablanca. Nem todos podem contar com este currículo romântico. Se estivermos bem atentos chegamos a ouvir ainda os últimos acordes de "As Time Goes By". E é neste ram-ram (leia-se região autónoma da Madeira) que bebemos a tal bica no "Apolo."
E ontem houve espectáculo ali perto, meia dúzia de metros abaixo.
Às portas da Assembleia Legislativa Regional (ALR).
A bandeira da autonomia conquistada com a liberdade vive dias infelizes.
Como cidadã discordo completamente que alguém utilize símbolos nazis mesmo no sentido de contra-propaganda, mas as cenas de quase pugilato entre o deputado único do PND barrado à entrada da ALR por gorilas de uma segurança privada, contratados pela próprio parlamento, e com a PSP a ver a cena de braços cruzados, deixou-me insegura.
Mas há um Presidente da República, não há? Parece que sim. Que felicidade. Na vitrola o vinil roda.
"You must remember this, a kiss is just a kiss. A sigh is just a sigh. The fundamental things apply, as time goes by (...).
Casse-toi pov'con
Vem tudo isto a propósito da condenação de Hervé Eon, militante de esquerda francesa que teve a ideia de reproduzir exactamente a frase do presidente num cartaz utilizado durante uma manifestação. Na altura foi detido por um polícia que apresentou queixa por insulto ao chefe de estado. A pena é simbólica 30 euros de multa com pena suspensa mas não deixa de ser cómico que se possa ser condenado por insulto ao presidente por ter utilizado uma frase ... do presidente.
2008-11-06
Será que o Presidente Cavaco Silva se auto suspendeu?
Na Madeira, no dia de hoje, acabam de ser cometidas, por decisão do PSD, as mais bizarras inconstitucionalidades: primeiro, impedindo, à força, como se viu nas imagens, a entrada na Assembleia Regional de um deputado eleito (independentemente da opinião que cada um possa ter sobre a sua postura); depois, suspensão dos trabalhos da Assembleia, por tempo indefinido. Em tudo isto, impera a falta de senso e, não me arrogando em especialista porque de facto não o sou, o bom senso diz-me ainda que estas decisões são completamente ilegais. Daí pensar que o PSD do Dr. Alberto João Jardim, a seu mandado, cometeu os maiores atropelos ao Estado de Direito vigente, de que não há memória.
Os crimes de natureza económica e a reacção social
Numa sociedade tipo nórdica ou mesmo na Alemanha, a fuga aos impostos, se detectada e tornada pública, quem pratica o acto entra em maus lençóis com o fisco, mas socialmente é ostracizado por quem o conhece e toma conhecimento do facto, nem que sejam os vizinhos. É um acto que por esta gente é visto como um atentado à cidadania.
Não quero dizer que a fraude, o roubo, o branqueamento de dinheiros de que toda a gente abertamente fala em relação ao BPN seja vista bem assim, até porque o leque de operações clandestinas praticadas foram tornadas públicas num contexto complexo que está a "mexer" com muita gente. Mas quem não é atingido, fico com a sensação de que a situação lhe passa ao lado. Não vou tão longe que pense que as pessoas estarão a pensar em erguer uma estátua ao Dr. José de Oliveira e Costa.
Ao contrário, as sociedades onde a Reforma de Lutero e Calvino tiveram impacto e, de algum modo, as moldou têm uma cidadania mais arreigada.