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2010-02-28

 

[1949] A Drª Manuela

A Drª Manuela Ferreira Leite, explicou ao país através das televisões - cito de memória - que nunca houve um 1º M em Portugal e referia-se a Sócrates, que tivesse atacado tanto os jornalistas.
Realmente... concordava eu sem mais esforço de pensamento como soi acontecer frente à TV.
Mas... [deu-se o tal clique] e pensei, ai a Drª Manuela! estou absolutamente seguro que se ela não fosse "mentirosa" (desculpem lá o termo feio mas agora é quase obrigatório, no politiquês) teria dito que "nunca houve em Portugal um 1º M que tivesse sido tão atacado [impunemente] por jornalistas".
Mas, é claro, assim lá ia por água abaixo a tese "da falta de liberdade", da ausência de "Estado de direito" e outras fantasias do PSD. 

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[1948] A Catástrofe da Madeira em 2010 descrita em 1985

Cecílio Gomes da Silva, madeirence, era engenheiro silvicultor, faleceu em 2005 e publicou em 1985, [artigo completo aqui] no “Diário de Notícias” do Funchal, no dia 13 de Janeiro de 1985, um "sonho" onde "viu" a catástrofe que se poderia abater sobre o Funchal se não se tomassem medidas - e propunha algumas - e que... se abateu sobre a cidade em 2010.
Victor Louro eng silvicultor e ex-secretário de Estado da Reforma Agrária no VI Governo Provisório foi Director de Serviços no Ministério da Agricultura até se reformar e trabalhou aí com Cecílio Gomes da Silva acerca do qual diz o seguinte [ver aqui]
_____________

Eu tive um sonho:  (extratos do artigo)

" Adormecendo ao som do vento e da chuva fustigando o arvoredo do exemplar Bairro dos Olivais Sul onde resido, subia a escadaria do Pico das Pedras, sobranceiro ao Funchal. Nuvens negras apareceram a Sudoeste da cidade, fazendo desaparecer o largo e profundo horizonte, ligando o mar ao céu. Acompanhavam-me dois dos meus irmãos – memórias do tempo da Juventude – em que nós, depois do almoço, íamos a pé, subindo a Ribeira de Santa Luzia e trepando até à Alegria por alturas da Fundoa, até ao Pico das Pedras, Esteias e Pico Escalvado. Mas no sonho, a meio da escadaria de lascas de pedra, o vento fez-nos parar, obrigando-nos a agarrarmo-nos a uns pinheiros que ladeavam a pequena levada que corria ao lado da escadaria. Lembro-me que corria água em supetões, devido ao grande declive, como nesses velhos tempos. De repente, tudo escureceu. Cordas de água desabaram sobre toda a paisagem que desaparecia rapidamente à nossa volta. O tempo passava e um ruído ensurdecedor, semelhante a uma trovoada, enchia todo o espaço.
...
"Só o ruído continuava cada vez mais cavo e assustador. Olhei para o Sul e qualquer coisa de terrível, dantesco e caótico se me deparou. A Ribeira de Santa Luzia, a Ribeira de S. João e a Ribeira de João Gomes eram três grandes rios, monstruosamente caudalosos e arrasadores. De onde me encontrava via-os transformarem-se numa só torrente de lama, pedras e detritos de toda a ordem. A Ribeira de Santa Luzia, bloqueada por alturas da Ponte Nova – um elevado monturo de pedras, plantas, arames e toda a ordem de entulho fez de tampão ao reduzido canal formado pelas muralhas da Rua 31 de Janeiro e da Rua 5 de Outubro – galgou para um e outro lado em ondas alterosas vermelho acastanhadas, arrasando todos os quarteirões entre a Rua dos Ferreiros na margem direita e a Rua das Hortas na margem esquerda. As águas efervescentes, engrossando cada vez mais em montanhas de vagas espessas, tudo cobriram até à Sé – único edifício de pé. Toda a velha baixa tinha desaparecido debaixo de um fervedouro de água e lama. A Ribeira de João Gomes quase não saiu do seu leito até alturas do Campo da Barca; aí, porém, chocando com as águas vindas da Ribeira de Santa Luzia, soltou pela margem esquerda formando um vasto leito que ia desaguar no Campo Almirante Reis junto ao Forte de S. Tiago. A Ribeira de S. João, interrompida por alturas da Cabouqueira fez da Rua da Carreira o seu novo leito que, transbordando, tudo arrasou até à Avenida Arriaga. Um tumultuoso lençol espumante de lama ia dos pés do Infante D. Henrique à muralha do Forte de S. Tiago. O mar em fúria disputava a terra com as ribeiras..."

Cecílio Gomes da Silva.

2010-02-26

 

Um tiro no pé?!

Acabo de ouvir o líder parlamentar do PS dizer na TSF que vão votar contra o inquérito ao caso PT/TVI, que os partidos da oposição se preparam para aprovar na AR.

O velho ditado "quem não deve não teme" deveria ser aqui adoptado.

Face ao clima de suspeição instalado, o PS faz muito mal com este voto contra, independentemente de algumas razões que possa ter, até porque tal atitude lhe tolhe depois a actuação na AR e alimenta ainda mais o clima de suspeição, dando a impressão de que receia alguma coisa. Já assim foi com a audição na Comissão de Ética de que não soube tirar ilações.

 

[1947] A Política na Sanita

Algum tempo após a revolução de 1974 a estratégia do PCP era simples e reduzia-se a tentar derrubar Governos saídos de eleições. Terra queimada contra o capitalismo. Gostasse-se ou não fazia sentido. A União Soviética era o farol e uma alternativa radiosa justificava tudo. Forte do seu poder autárquico a cobrir um terço do território a táctica baseava-se na luta sindical e em manifestações populares. "Acções de massas". Protestos, greves localizadas, greves sectoriais e se possível, e foram-no, greves gerais. Os comunistas interpretavam interesses de importantes camadas de trabalhadores e das classes médias e várias vezes tiveram êxito e conquistaram não o poder mas objectivos parcelares importantes. Houve governos que foram muito enfraquecidos ou caíram. E mostraram que eleições democráticas podem ser postas em causa por outros meios, no caso envolvendo directa e indirectamente os interesses de centenas de milhar de pessoas.

Agora noutro contexto que não aquele do mundo bipolar mas o de uma profunda crise que ameaça ainda aumentar e consequente descontentamento geral (não me refiro aos que ganham de 10.000 a 200.000 € e mais por mês) a direita descobriu que poderá, talvez! pôr em causa as eleições já não com lutas de massas mas com a mobilização de outras "massas" e de poucas centenas de pessoas. Outros interesses. Quase circunscritos aos da superestrutura política, sector empresarial do Estado e das clientelas adjacentes. Enfim o PSD e aliados em luta pela posse do Estado, dextros nas armas da perfídia e do cinismo. Abjecção e lama. "Derrubar" eleições aos gritos de "não há liberdade de expressão", de "defesa do Estado de direito" de "asfixia democrática" de encenações com de escutas do 1ºM ao PR.

Mas como é possível desprestigiar tanto as instituições? Com que meios? Manipulando uma parte da comunicação social que contamina a restante facilmente porque a "festa" contribui para a venda de jornais e de tempo de antena, com a colaboração alguns membros do poder judicial e fugas seleccionadas ao segredo de justiça, selecção de "escutas", transcrições, truncagens e cozinhados de conversas particulares. E muitos gritos. O 1º M é mentiroso, é mentiroso. E o PGR? Mentiu. Mas?...É mentiroso. É mentiroso. E o Presidente do STJ? É mentiroso. É mentiroso - o jornalista estica o microfone ansioso até à cara do Sr. Professor - diga lá Professor: É mentiroso É mentiroso. Oh Drª Manuela diga, diga lá: É mentiroso, sou mentirosa, desculpe enganei-me ele é que é mentiroso, é mentiroso. Vá diga lá outra vez! É MENTIROSO, é mentiroso.

A AR colabora com peças menores onde contracenam jornalistas e deputados num  espectáculo indigente e indigno. É a comissão de Ética.
Na Madeira avalanches de lama e detritos criaram uma situação trágica. No continente avalanches de lama e detritos morais criaram uma farsa.  Afogam em baixeza a decência e a vida normal das instituições. Não se discute a crise, o orçamento, o desemprego, o drama de milhões de pessoas sem esperança, discutem-se cinicamente escutas, conversas privadas, o que não disseram mas pensaram, comportamentos, intenções.

No seu estado normal o país castigaria os maus encenadores e os actores rascas da peça obscena. Mas vivem o desemprego, o medo de dias piores, a ameaça de restrições aos que menos podem. E o espectáculo entrando pelas intimidades do poder, pelas manigâncias próprias dos boys e dos servos, pela vida íntima de uns e outros, revela interiores que era escusado ver e tem pouca relação com os problemas do país.
   
Conseguirão assim, a curto prazo, colocar Paulo Rangel no lugar de Sócrates? Veremos. Seria uma chegada triunfal numa avalanche de esgoto.
A política, a comunicação social e o poder judicial saem feridas desta tempestade de condutas reles.
Política de buraco da fechadura. Da porta da retrete.
O que me espanta é certa gente do PCP ou do Bloco deitar foguetes, levar efusivamente às cavalitas a Manuela Ferreira Leite e o delfim do cavaquismo serôdio, Paulo Rangel. Claro que têm as suas razões, e há os ódios e ressentimentos pessoais, por vezes bem justos. Mas para que fim?

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2010-02-25

 

[1946] A Madeira na revista Visão



Para quem não sabe: um clique amplia, novos cliques em + ampliam e em - reduzem. Cliques nas setas viram as páginas.

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[1945] O ordenamento do território feito pela especulação imobiliária



O momento é o de enterrar os mortos e tratar dos vivos. O momento é o de acudir à tragédia de tanta gente com apoio material e apoio moral.
Mas o momento de pedir contas e medir responsabilidades virá, tem de vir e rapidamente, para que a tragédia e as  mortes não ocorram ciclicamente como se a responsabilidade coubesse apenas ao mau tempo. 
Nada do que aconteceu constituiu surpresa para os que estudam o ordenamento do território. Há muito que as denúncias e avisos tinham surgido. As imagens são bem elucidativas da construção anárquica no leito de rios e linhas de água (torrencial).  Mas as autoridades, Governo Regional e Câmaras municipais cúmplices dos interesses imobiliários tentarão esconder a suas responsabilidades com a lágrima no olho para a televisão e a denúncia dos "malvados" que os denunciam como fez o cacique local Jardim.
No post acima refere-se um artigo do engenheiro silvicultor Cecílio Gomes da Silva, no Diário de Notícias do Funchal, em Janeiro de 1985, em que ele avisa dos perigos que a baixa do Funchal corre. É uma antevisão impressionante, sob a forma de um mau sonho, que retrata com incrível semelhança o que agora se passou. Não era adivinhação era a simples análise da situação no terreno. E apelava a medidas correctoras, que outros técnicos têm proposto, e que teriam agora seguramente poupado vidas e haveres.

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Video da Quercus ... Agosto 2007

Sobre uma das ribeiras do Funchal http://www.quercustv.org/spip.php?article68

Veja também este video que é posterior http://www.youtube.com/watch?v=aTf0h3nobAs

2010-02-24

 

A Polémica dos Mortos

Mal chego à tabacaria logo abaixo da rua onde vivo, diz-me o dono da mesma onde quase todos os dias compro o jornal: então como explica a polémica dos mortos na sua terra?

Lá por ser natural da Madeira, não sei explicar tudo, apeteceu-me dizer-lhe. Mas fui por outro caminho. Respondi que tinha ouvido ontem à noite a explicação da Secretária Regional do Turismo, Conceição Estudante ,e que me pareceu ter alguma lógica. Houve um erro inicial de dupla contagem e agora com mais calma a situação estava a ser melhor apurada.

Admito que seja mesmo isso.

Mas parece-me mais lógico que o processo de informação seja descentralizado, ou seja ,cada Câmara deveria ser encarregue de no terreno averiguar o que se passa. Todos os concelhos da Madeira têm meios mais que suficientes para fazer bem esse trabalho. Tem associações de bombeiros que andam no terreno, têm protecção civil e têm funcionários de Câmara. Desta forma, reúnem melhores condições do que o governo para certas tarefas, entre as quais esta.

Aliás parece-me ser isso o que está a fazer Miguel Albuquerque, Presidente da Câmara do Funchal e aqui não houve contagem duplicada.

Então não são as Câmaras que estão mais junto dos cidadãos? Qual a ânsia do Governo Regional centralizar tudo?

 

Apoios financeiros à tragédia da Madeira. Que gestão?

As perspectivas de apoio financeiro declaradas são muitos boas. O Governo da República está empenhado - não fez mais do que devia - e, nesse contexto, vai canalizar elevados montantes para a recuperação da Região. Por outro lado, junto da União Europeia vai desencadear o processo para obter as verbas a que a Madeira tem direito nestas condições.

Posto isto e esperando sejam obtidos os montantes suficientes para acudir a quem necessita, seja a nível individual seja a nível dos negócios, há que equacionar a gestão dos fundos para que a sua aplicação se conforme com a racionalidade económica.

Afigura-se-me como correcta uma gestão bipartida entre quem dá e quem recebe . Assim, teremos um controlo claro e transparente e, desta forma, se evitam futuras insinuações de favorecimento. Por outro lado, o Tribunal de Contas não pode alhear-se, exigindo-se-lhe uma permanente monitorização dos processos.

Se isto se fizer, de certeza, que ganharão todos e muito mais aqueles que perderam os seus haveres.

Que haja entendimento nesta questão, pela demasiada importância que tem sob todos os ângulos.

2010-02-23

 

O segredo de justiça

Independentemente da filosofia do que é e não é o segredo de justiça, é difícil encontrar uma virgem mais impura. O segredo de justiça qualquer que seja o tema anda sempre nas bocas do mundo.

Em muitos casos, apesar de raramente haver apuramento de quem maculou o dito, é racional que se admita que foi portas adentro que a mácula se produziu.

E assim surge-me uma questão muito simples: Como podem os senhores da justiça também seresm escutados? Certamente por intermédio das escutas, esses corpos da justiça também poderiam ser capturados.

Mas quem decide fazer escutas por exemplo a magistrados?

Aqui chegamos ao reino dos deuses, ao qual o ser humano não tem dignidade de espreitar.

 

Lisboa Esburacada

Tenho andado a falar da Madeira e volto ao tema muito em breve.

Mas agora apeteceu-me falar da Lisboa esburacada.

Talvez seja exagero titular este "poste" desta forma. Mas da zona que conheço melhor, por onde passo quase todos os dias e muitas vezes por dia é o mínimo que há a dizer.

A Zona Graça, Sapadores, Bairro das Colónias, etc., está intransitável. Buracos, alguns a tender para crateras. A Praça das Nações no Bairro das Colónias por exemplo é só crateras. A rua Angelina Vidal é só buracos e Sapadores, a rua do Quartel, é tudo. Já para não falar de outras ruas como a Leite de Vasconcelos, onde tudo é ainda pior. Quem conduz pode treinar para as "jincanas". Ganharia de certeza um mundial.

Não quero acusar ninguém, mas temo que a CML e os seus responsáveis não estejam informados.

Estas reconstruções de ruas e zonas com a crise que há é uma boa forma de sustentar emprego e de forma reprodutível. Pelo que não se compreende a não ser por falta de conhecimento e de decisão que não se ataque a situação. Já está assim há muito tempo.


2010-02-22

 

Na baixa do Funchal ...

Ninguém pode evitar que se fale da tragédia./calamidade. A maioria dos órgãos de comunicação social de impacto mundial como a BBC, CNN já se debruçaram sobre a tragédia com imagens e isso em nada belisca o destino turístico Madeira. Bem, pelo contrário. É informação, é solidariedade.

Agora, a ser verdade que há pilhagens às lojas da baixa do Funchal e se não houver pulso firme do Governo Regional e das autoridades de segurança da Região, o caso muda de figura. A imagem que então passará no estrangeiro seria muito negativa.

Ninguém pode tolerar comportamentos destes e estou convicto de que serão tomadas as medidas adequadas e duras para evitar que tal suceda. E atenção uma ou outra pilhagem a acontecer não faz a regra.

2010-02-21

 

Ainda a tragédia da Madeira

Ao ler a comunicação social de hoje fiquei completamente desolado e até chocado. Há desconhecimento. Porque não interpelaram pessoas e jornalistas que vivem na Madeira, antes de escrever?

A comunicação social tem uma grande responsabilidade na informação e mais ainda em situações dramáticas como as que ontem ocorreram na Madeira. O problema central é, neste momento, o do apoio às populações.

Preencher espaço de jornal com assuntos marginais e informação distorcida é o que menos interessa. Há que ser contido, conhecer a situação, falar com quem domina bem os acontecimentos e não ir em circunstâncias marginais. Daí que, como li em alguns jornais, a baixa do Funchal é o cerne da tragédia e os habitantes das zonas altas "nem querem imaginar o que vão encontrar quando descerem a encosta até à marina", pelas informações que tenho é a distorção mais obtusa do problema, exactamente porque as zonas muito afectadas foram as altas como Santo António e o Monte, embora o Funchal seja a mais mediática. Certamente muita gente das zonas altas jamais terá oportunidade de descerem a encosta. Infelizmente foram parar a outras marinas.

 

Grande tragédia na Madeira

A dimensão da tragédia ultrapassa tudo.

O número de mortos e feridos é muito elevado e não haverá tão cedo um balanço completo.

Felizmente que o que ontem escrevi que era bom esquecer diferendos políticos e concentrar esforços no ataque aos efeitos da tragédia está no terreno. Governo da República e Governo regional estão em sintonia e o problema agora é resolver as questões começando por aliviar o sofrimento das pessoas.

Parece reinar algum bom senso.

A deslocação do PM ao Funchal foi muito positiva para no terreno concertar a solidariedade nacional com o governo regional.
 

[1944] Fernando Nobre

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2010-02-20

 

[1943] Tragédia na Madeira


























O número de vítimas mortais do temporal já sobe a 32.

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Madeira sob uma grande tempestade

As informações disponíveis são ainda muito precárias e falta-nos uma visão de conjunto.

Há dificuldades de contactos quer por terra quer de comunicações telefónicas.

Até a própria cidade do Funchal está com problemas imensos. Já ruiram pontes no centro da cidade e outras estão sob ameaça. Já há vidas humanas a lamentar, não se conhecem quantas e seria bom que não houvesse mais.


Não é tempo para se discutir causas. É tempo agora de prestar atenção a pessoas que estão ou podem vir a estar ainda em situação muito difícil ou desesperada.

E certamente é o tempo certo para o governo central olhar para a calamidade que se abateu sobre a Madeira e decidir sobre as medidas a tomar de apoio à região.


Isto nada tem a ver com o contencioso reinante sobre as LFR. O enquadramento é bem outro. Compete ao governo pensar e agir numa missão de solidariedade nacional.

As pessoas merecem-no.

2010-02-19

 

As Presidenciais e a Esquerda

Com a candidatura de Fernando Nobre a Belém, que hoje formalmente se apresenta, fica completa em todas as frentes a confusão reinante nas esquerdas.

O local mais indicado para esta apresentação não seria o padrão dos descobrimentos, mas a praça em frente ao Palácio de Belém. Assim, Cavaco Silva, o candidato de toda a direita unida, poderia apreciar melhor e lá no seu íntimo rir-se ainda com mais gosto. Hoje, dia feliz, para Cavaco Silva. Uma grande prenda.

Nada contra Fernando Nobre como pessoa e como homem, com uma obra de grande mérito na AMI.

Mas não posso deixar de me interrogar, o que pretende ele (eles) com esta candidatura?

Não sou suspeito de grande apoiante de Alegre como político. Manifestei-me neste blogue apoiante de Mário Soares então Mas aprendi algo. A existência de duas candidaturas mais pojantes nas esquerdas só beneficiaram a eleição de Cavaco Silva, exactamente o político que não queria ver em Belém.

Temos agora mais uma reedição do mesmo.

2010-02-17

 

[1942] Berlusconi primo ideológico da nossa direita

Intrigado com tanta azáfama do PSD do velho cavaquismo - rasga, rasga, rompe, rompe - na luta pela liberdade de imprensa e o Estado da direita de direito - ele é Paulo Rangel (que até já foi denunciar o caso lá fora) ele é o Pacheco Pereira [que pede ajuda ao PS para demitir Sócrates], ele é professor Marcelo (o inventor dos factos políticos? Esse mesmo) ele é o Alberto João Jardim ( grande lutador contra o antigo regime e pela liberdade), ele é o Eduardo Moniz e a sua esposa Manuela Moura Guedes e outros paladinos da comunicação social de referência...
Tanta a algazarra... fui a Roma, um dos pilares, a par da Grécia antiga, da civilização europeia, ver o que fazem, neste capítulo, os irmãos ideológicos da nossa direita.
Pois fazem assim: 
A televisão pública italiana, RAI, está proibida de emitir programas de debate político, segundo directiva do governo de Berlusconi. Mas os três canais privados esses não estão proibidos.
Porquê? Ora... são privados, isso dá-lhes plena legitimidade, né ? Por acaso até são dele, mas isso é mera coincidência. [link]
E... notícia mais recuada informava: 
"O primeiro ministro [Berlusconi] pede à La Republica uma indemnização de um milhão de euros pela publicação de um artigo que continha uma lista de dez perguntas mal esclarecidas sobre escândalos que o evolviam diretamente. [link]
Ai este Sócrates tem muito que aprender com os primos italianos do nosso PSD  radical.

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[1941] Mais episódios da luta pela "liberdade de imprensa"

António Mendonça
Falando no Parlamento durante uma reunião no âmbito do Orçamento do Estado o ministro reafirmou apenas que "o governo não teve qualquer infuência nos fantasiosos planos de compra da TVI". Quanto aos administradores da PT diz que a empresa tem "seguramente capacidade de resposta para resolver os actuais problemas".
[Link]
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Rui Pedro Soares renunciou ao cargo de administrador da PT
«Nenhum comportamento indevido me pode ser imputado e posso afirmar, em são consciência, não ter praticado ou procurado alguma vez praticar qualquer ato lesivo dos interesses da PT SGPS, mas não posso permitir de forma alguma que as infundadas calúnias de que venho sendo alvo afectem negativamente a imagem ou a reputação do grupo PT», lê-se na carta. [Link]

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[1940] "O pior leitismo"?!


"A sua candidatura - diz Carlos Abreu Amorim, o Senhor aqui do lado - foi procriada e impingida pelos interesses político-geriátricos que condicionam o PSD. Rangel colocou-se a si mesmo na posição de ser o continuador do pior do ‘leitismo’: a recusa obstinada na renovação do PSD, o irrealismo de Pacheco Pereira, as cedências vergonhosas a Preto e a Jardim e o temor reverencial pelos acomodados do cavaquismo. Rangel tornou-se na bandeira ocasional dos que preferem o PSD da ‘mesmice’ a que nos habituou desde 1995 – sem vigor de alternativa mas com os mesmos de sempre a fazerem o que querem do partido.[Link]
Está-me a parecer que ainda não é desta que se vão entender no PSD.

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[1939] O Grande Continuador do velho cavaquismo

Fotografia de Pedro catarino
«Eu queria denunciar aqui aquilo que se está a passar em Portugal neste momento"
«Pela forma que estamos a andar, Portugal já não é um Estado de direito.
"...a situação em Portugal «põe em causa a liberdade de expressão».
Isto foi dito, com ar sério, há dias no Parlamento Europeu por este senhor que está aqui sentado, candidato que a Drª Manuela quer sentar na sua cadeira. Será o género de conversa, para mais lá fora pelas Europas, que os Portugueses consideram adequado a um putativo candidato a primeiro ministro? Hum... De tanto querer rasgar romper deu tiro no pé.
O gesto era para o interior mas isto já não é propriamente o país da Morgadinha dos Canaviais.
Afinal... romper, romper, romper... Pedro Passos Coelho diz que não rompe nada. Que ele foi chamado para ser o Grande Continuador do velho cavaquismo.
Eu acho é que o fotógrafo pregou-lhe uma partida. Ou então é pose de estado.

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[1938] O Papa chama os bispos da Irlanda e condena a pedofilia dos seus padres


Chocam-nos muito as barbaridades do Islão radical. A escravidão das mulheres, a sharia, as burcas. Mas de tão habituados achamos natural a brutal e estúpida violência de condenar à abstinência sexual os padres e as freiras.
Preceituando assim é a doutrina da Igreja que é a primeira grande responsável pelo "abominável crime" do abuso sexual de crianças pelos padres que abusam abominavelmente do ascendente espiritual que têm sobre as vítimas.
Bem pode o papa abominar e puxar as orelhas aos bispos. Os abusos continuarão como sucedeu na Irlanda, no Canadá, nos EUA, na Itália, na América latina, na Austrália e por todo o lado onde existam padres e estejam como estão condenados à violência absurda da abstinência sexual.
Até aqui, talvez reconhecendo a sua intrínseca culpa, a Igreja, quase por todo o lado, o que fez foi encobrir estes crimes e sonegá-los à Justiça (dos homens que com a de Deus podem eles bem)

Não é pedofilia ou será apenas nalguns casos, julgo eu. Pedofilia só existe nos casos de doença em que o apelo sexual é apenas ou predominantemente suscitado por crianças. Do que se trata em geral é do crime de abuso de crianças. Porque estão mais indefesas.

Comam as gajas boas, gaita! Agora as crianças, Senhor!?

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2010-02-16

 

Constâncio no BCE por 8 anos

Que vá para o BCE nada contra. É um bom analista de economia e certamente vai fazer boa figura.

Que diga o que disse: saio com "alguma amargura", como cidadão português não gostei nem aceito.

Mas afinal o governo correu-o? O país correu-o? Ou S. Excia não pode ser criticado?

Vitor Constâncio "prima dona" reage. Mas reage a quê?

Ele de facto falhou e muito na regulação bancária e não teria ficado mal deixar os aspectos de prima dona em casa. Certamente no novo cargo não lhe vão promover essa faceta.
P.S. Peço desculpa mas cortei uma frase final que nada tinha a ver com este escrito

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2010-02-14

 

[1937] Fazer o mal e a caramunha

Neste cenário de crise política virtual planeada pelo PSD assessorado pela restante oposição a RTP foi ouvir o que tinham para dizer os partidos da oposição à resposta do PS de que se o PSD está tão desejoso de derrubar o governo que até pede ao PS que o faça por si então apresente no Parlamento um moção de censura:

PSD/Aguiar Branco: está contra crises artificiais mas que o PSD se está a preparar para responder aos problemas do país se houver eleições antecipadas.
PSD/Paulo Rangel: " interpreta a resposta do PS como uma "súplica do PS a José Sócrates para que dê explicações ao país sobre o caso PT/TVI e o plano de controlo da comunicação social" (passei duas vezes a gravação para me certificar que ouvira bem.)
PCP (Vasco Cardoso) e BE (João Semedo) dão uma resposta de conteúdo idêntico. Que é tudo chicana política e uma manobra do PS para afastar as atenções do país dos problemas reais.
Os porta-vozes do PCP e do BE sabem que é de facto de chicana política que se trata e sabem bem que ela é, do princípio ao fim, organizada pelo PSD (até porque têm ajudado à festa) mas como o alvo é o PS então substituem o agressor pela vítima.
Estamos no Carnaval, estão desculpados.
O mais interessane é a diferença de atitudes dos dois concorrentes à liderança do PSD. Aguiar a tentar cativar o povo e um certo baronato do PSD numa postura de serenidade e responsabilidade e Rangel num grande gesto de "rasga" "rotura" mas... um tanto naif, um tanto imaturo. Está perdoado, é novo no PSD e na política.   

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[1936] Irresponsabilidade e Carnaval

O PSD, na sua campanha em que vale tudo contra Sócrates e o Governo criou um ambiente de histeria política e um cenário de crise.
O PSD meteu as castanhas ao lume.
No meio de tanta gritaria a única atitude coerente é apresentar na AR uma moção de censura ao governo.
Tirar as castanhas do lume.
Mas isso seria uma exorbitante irresponsabilidade em que o eleitorado poderia castigar o PSD. Então que faz o PSD? Pede histrionicamente ao PS que substitua Sócrates e o Governo.
O PSD pede ao PS o favor de tirar as castanhas do lume.

Diria alguém vindo de fora que este PSD não está em seu juízo. Mas não. É apenas “o estado a que isto chegou” no PSD/Pacheco Pereira/Paulo Rangel e que, bem vistas as coisas, se ajusta perfeitamente à quadra carnavalesca.

2010-02-13

 

Polvo ao Sol

Que grande safra! Polvo por todos os lados e todos os gostos. Segundas vendas e tudo. Mais umas destas e até o capital angolano agradece.
Do que li afinal o Sol não apanhou um só polvo. Esgotou as reservas de polvo. Capturou quase todos os órgãos de comunicação, meteu-os todos num saco com uma estória à medida. Malhemos nos polvos. Apenas o Sol não é polvo.
Delirante. Demasiado de filme para polvo polvo. ESó com as armas de telemóvel e email. O que não seria com armas a sério.
Todas as Tv's privadas ao mollho, os principais jornais, um "modelo" perfeito de controlo político da comunicação. Mas irreal. Grande demais.
Com isto, não quero dizer que não há muito para explicar. Se há
On Going e Moniz (em quantas frentes negociava?), negócio PT e TVI, Prisa, contradições variadas, Sócrates sim ou não?
Mas é tal modo a dimensão do que se quer imputar a Sócrates que a sua imaginação só pode explodir.
Agora que políticos, jornalistas, opinion makers, juizes, magistrados , PJ etc, saem muito mal de tudo isto, toda a gente Vê e sente.
E o País a registar mais um descrédito muito forte interna e externamente que em nada ajuda a situação.

 

Palavra dita não é para se cumprir

Bem poderia ter sido Paulo Rangel a registar os direitos de autor. Dir-me-ão e muitos mais. Certo. No meio político e infelizmente já não só, esta frase tem um excelente desempenho.

Mas agora é de Paulo Rangel que falo pelos seus desempenhos recentes nesta matéria.

Ele jurou que o seu mandato de bruxelas era para cumprir.

Ele jurou que os rumores sobre a sua eventual candidatura a Presidente do PSD não passava de pura intriga política.

Ele jurou sobre esta matéria quando acossado pela comunicação que só falava deste assunto no Conselho Político do PSD, ontem.

Ele afinal antecipou o anúncio da sua candidatura para se antecipar a um outro de Aguiar Branco, que cumpriu o que havia dito. Falar após a votação do OE.

Pelo caminho, ele foi jurar a Estrasburgo que o País estava com a liberdade de imprensa em perigo. Acudem-nos países da Europa.

Ele foi a Estrasburgo projectar-se em Portugal. Aí vinha o anúncio da candidatura.

Tudo comportamentos de uma nobre e elevada figura. Palavra de Honra!

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[1935] Assim vai a credibilidade de um jornal

A manchete da capa do Público:

«Primeira tentativa em 30 anos de censura prévia a um jornal falhou»

conseguiu escapar à "Censura Prévia".

O Público é que não conseguirá escapar ao ridículo e à perda de leitores.

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2010-02-12

 

[1934] Valha-lhes São Aguiar Branco

Manuela Ferreira Leite quer rasgar, Paulo Rangel quer romper. Agora aparece Aguiar Branco a salvar a situação. Aguiar quer unir. Ainda falta vir o PPD/PSD! Vamos a ver o que afinal quer o PSD, quase exangue, de tanto jejum de poder.
 

[1933] O Presidente do STJ

deu uma entrevista à Judite de Sousa. Repetiu o que já dissera antes, que não havia indícios de crime nas escutas. Judite não se conformou e não se intimidando com a ausência do estado de direito (Paulo Rangel revelou isso mesmo, em Bruxelas, no Parlamento Europeu, a uma Europa estupefacta e estarrecida) enfrentou a ditadura e a censura prévia à RTP e ralhou com o Presidente do Supremo por não estar a confirmar as inventonas. 
É assim mesmo Judite! É preciso é pôr a Justiça na ordem.

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[1932] Pouco Pão muito Circo


O tempo é de vacas magras. O Governo distribui pouco pão. A oposição então oferece circo.
"Face oculta", escutas ao 1º ministro, conversas de café "escutadas" a Sócrates, Mário Crespo, Manuela Moura Guedes, Eduardo Moniz, Sol, muito Sol, primeira e segunda edição, sindicato dos juizes e também do MP, juiz daqui, procurador dali, gente que desde Barroso e Santana perdeu "direitos adquiridos" à "mesa do orçamento". Gente de "honra".
A táctica tem sido afinada. Vale tudo. Não dispersar esforços. Direcção única do ataque: Sócrates.
Pelos votos a coisa não foi? Então o PSD, acolitado lógica mas cautelosamente pelo CDS, sem lógica ou com lógica menos confessável pelo PCP e o BE, o PSD - dizia - socorre-se do que puder. Pode contar com Cavaco? Mas não com o Lima nem José Manuel Fernandes. Quantos magistrados poderá utilizar? Quantas escutas? E jornais, rádios e televisões? Se não for o Governo... a mentira, a difamação, a conjura não é crime nem desonra. É liberdade de informação! Pode-se até dizer, porque não? - para quem é bacalhau basta - que é luta pelo estado de direito!
A vida está muito difícil para grande parte dos portugueses, talvez  assim em ambiente depressivo a coisa pegue.
Partilhando o estado de carência (apenas em alguma medida porque já se senta no hemicírculo do Parlamento) Pacheco Pereira pede a António Costa [na Quadratura do Círculo, designação que no caso ganhou plena propriedade]  que o PS substitua Sócrates. António Costa lembrou-lhe que tem meios legais ao dispôr: moção de censura no Parlamento. Pois, pois... mas aí não... o preço arriscar-se-ia a ser demasiado alto, sabe-se lá se com vitimização não viria por aí de novo Sócrates com alguma maioria absoluta, além de que a bolsa cairia ainda mais e os apoios empresariais do PSD não aceitam. Era melhor ser o próprio PS a fazer o trabalhinho.

É este o Carnaval que temos
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Post Scriptum: vi agora ali, no telejornal, que o Senhor Conselheiro de Estado, António Capucho também. PP e ele.  

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2010-02-10

 

O que eu li hoje. Será verdade?

Li, embora sem perceber, que o congelamento de salários não abrange polícias e militares.

Será que esta gente nada tem a ver com o Estado? E já agora porque não os dos juristas, médicos, enfermeiros, economistas e por aí fora?!

Cada vez percebo menos estas excepções. A ser real só me lembrei da promoção das bilhas de gás peso pluma. A imagem ficou na retina. O estado para promover estas excepções tem de recrutar as mesmas agentes do anúncio. Ainda não tinha percebido que a massa salarial de militares que úteis que eles são ao PIB nacional e das polícias não pesam no orçamento.

Nunca é tarde para se aprender "novos conceitos".

 

As fugas do segredo de Justiça

É um facto. As fugas ao segredo de justiça repetem-se a toda a velocidade ora servindo uns ora servindo outros.

Mas realmente o clima de suspeição criado merece uma explicação o mais depressa possível, para que tudo se torne menos frágil e o respeito das populações pela política não desça a pique, embora o seu ponto actual já seja muito baixo. A vida política está a caminhar para um grande caos.
 

Justiça reconhece-se incapaz de agir

O Ministro da Justiça pediu ao Procurador Geral para propor medidas que levem ao impedimento das fugas sistemáticas do segredo de justiça.

O Procurador responde-lhe que não conhece nenhum meio eficaz de colmatar estas fugas.

Algo vai mal em tudo isto. Esta resposta é a prova cabal da incapacidade da nossa justiça. Então e nos outros paises? As leis são diferentes?

Ou grassa a irresponsabilidade entre nós? Ou não se deseja apurar mesmo? Não serão as fugas um instrumento de arremesso político? Ora fogem de uns e a seguir de outros?

2010-02-09

 

Movimento contra a discriminação das pessoas portadoras de SIDA

É muito positivo que estes movimentos/campanhas da sociedade surjam pelo menos como alerta.

Agora li, ouvi, que integrando muitos políticos este movimento, o PS terá mostrado muita resistência.

A ser verdade esta reacção de políticos do PS era bom que viessem explicar o porquê de tal posição, difícil de se compreender.

 

O parecer do CES sobre o Orçamento

O Professor João Ferreira do Amaral foi o relator do Parecer do CES (Conselho Económico e Social) sobre o Orçamento.

Segundo opinião do próprio nos poucos segundos que o ouvi na TV, (não li o parecer) o Governo não foi tão longe na racionalidade da contenção das despesas públicas como a situação de crise actual impunha, dando a entender que se tivesse ido, não seria necessário o congelamento dos salários da AP.

Esta visão vem de encontro ao que defendem alguns sindicatos. Uma maior racionalidade nas despesas possibilitaria algum aumento dos salários.

O Secretário de Estado da AP vem agradecer as sugestões dos sindicatos, mas dizendo que mesmo fazendo essas restrições não era suficiente para cobrir os aumentos propostos.

Mas então é por não ser suficiente que não restringiram essas despesas?

Peço desculpa, não entendo a intervenção.

Por outro lado, os funcionários públicos e os reformados têm direito a algum aumento, pois à excepção do ano passado (ano de eleições) tem sido eles sempre o suporte de uma grande fatia de suporte á crise. É razão para dizer aliviem-lhes as costas um pouco e pelo menos que não haja perda de poder de compra.

2010-02-07

 

Mais uns tempos de suspeição

Nestes últimos tempos não têm faltado. Ora uns, ora outros.

Nas últimas eleições foi o Presidente. Agora é de novo o Primeiro Ministro.

Agora que está lançado mais uma onda de suspeição está.

Que este ambiente nacional não ajuda os ratings, todos sabemos ou devíamos saber.

Que interessa politicamente a uns e queima outros também sabemos.

Que a política vai ficando cada vez mais frágil é um facto.

Até porque nada se apura, nem se explica.

Há dias em conserva em grupo quando surgiu mais este mimo, comentávamos.

Lá vai o Procurador ter de abrir mais um inquérito à fuga de informação: Para quê?

Ninguém põe mesmo cobro a isto com uma atitude digna!!

 

[1931] Jornalismo de sargeta

A imagem copiei-a daqui
O Governo resistiu ao primeiro embate do OE mas agora, com estes dois, a coisa pôs-se feia!
Mais imprensa censurada aqui
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António Gomes Juiz de Aveiro - "Há indícios"

Noronha do Nascimento, Pres. STJ - "Não há indícios."

João Marques Vidal, Procurador - "Há fortes indícios."

Pinto Monteiro, PGR - "Não existem factos."
[link]


Manuela Ferreira Leite diz que já sabia de tudo há mais de seis meses. Resta saber quem lhe disse?

2010-02-06

 

JORNALISMO NO BRASIL. OS BANCOS

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[1930] PCP e BE de braço dado com o CDS e o PSD no apoio a Jardim

A oposição aprovou hoje na AR as alterações à Lei das Finanças Regionais que em 2007 veio impor algum decoro às promíscuas relações financeiras do governo central com o Sr. Alberto João Jardim.
Esta "união de facto" entre o PCP e o BE com o PSD e o CDS num caso tão extraordinário como o de apoiar o ilegítimo favorecimento da terceira região mais rica do País e a política chula do "Bocassa" da Madeira mostra bem o estado de pouca-vergonha a que se chegou. O oportunismo, com o medo de perda de votos manchou também os deputados do PS da Madeira e um que tem assento na AR. Não têm vergonha?

Sobre este espectáculo pouco edificante diz Violante Saramago (ex-deputada da Madeira) na última página do DN de &ª feira, interrogada pela jornalista Lília Bernardes.
"... Este é mais um caso em que a região revela um total desdém pelos mecanismos de controlo e avaliação. A lei aprovada em 2006 previa mecanismos de controlo, que eu saiba nunca exercidos e que antes da sua revisão fosse sujeita a avaliação em 2010. É extraordinário como a maioria da oposição aceita que o PSD "a meta no bolso" e embarca numa revisão às cegas.
Os partidos da oposição na Madeira têm receio de quê?
"A oposição aparenta ter medo de Jardim, medo de perder votos e medo de defender uma autonomia séria e autêntica que não esteja sistematicamente amarrada pelos interesses dos grandes grupos económicos da região." [Link]

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2010-02-05

 

[1929] FERNANDA CÂNCIO e os encrespados paladinos da liberdade

A liberdade e os seus falsos amigos


por FERNANDA CÂNCIO

Não sei quando é que se cunhou a ideia de que se "se vivem tempos maus pa- ra a liberdade de expressão". Não me lembro por exemplo de ter ouvido tal coisa quando o jornalista João Carreira Bom foi dispensado do Expresso por ter escrito uma crónica a chamar rei do tele-lixo a Balsemão - crónica que o então director do Expresso (agora no Sol) disse só ter sido publicada por não a ter lido antes. Ou quando Joaquim Vieira saiu do mesmo jornal por, segundo ele, divergências com o director em relação à redacção de uma notícia sobre Joe Berardo, anunciado accionista da SIC. Ou quando em 2008 Dóris Graça Dias denunciou a não publicação de um seu texto sobre um romance de Miguel Sousa Tavares, cronista do jornal.

Os três casos, mais aquele que ocorreu no DN quando em Agosto de 2004 a direcção de Fernando Lima decidiu não publicar uma crónica minha por ser "política", podem ser qualificados como clássicos atentados à liberdade de expressão. Foram até denunciados como "censura". No entanto, não só não foram pretexto para caracterização de "um clima" como parecem, inexplicavelmente, ter-se varrido da memória dos que, caso do director actual do Expresso, declaram nunca ter visto ou feito algo de parecido.

Quando Henrique Monteiro, que recusou a publicação de uma crítica literária alegando "não se tratar de uma crítica mas de um ataque ao autor", afirma que nunca viu nada de parecido com um director de jornal exprimir dúvidas a um cronista sobre o conteúdo de uma crónica quanto aos factos que imputa a outrem sem ser deles testemunha directa e considera isso "censura" estamos perante aquilo a que se chama double standard. Traduzindo: o que eu faço está sempre acima de suspeita, o que tu fazes é sempre suspeito.

Esta dualidade de critérios que permite "suspeitos por natureza" implica que pessoas e meios deixem de ser julgados pelo que efectivamente dizem e fazem e passem a ser condenados a priori, com base numa alegada "relação com o poder" (entendido como o governo, ou não existissem outros poderes, políticos ou não). O isolamento e abjecção de todos os que tenham o azar de ser assim identificados concretiza-se num vocabulário persecutório e insultuoso: "situacionistas", "oficiosos", "sequazes", "vendidos". Quem os chama assim são, claro, os independentes e desinteressados - não há motivações torpes a não ser as que se relacionem, com ou sem fundamento, com o tal "poder".

Que ao estabelecer esta divisão os "livres" estejam a fazer exactamente aquilo de que acusam o "poder" - criar uma classe de párias e pressionar, condicionar e conspirar para anular a expressão da liberdade é uma ironia que não escapará, felizmente, a toda a gente. Os tempos estão maus, sim, mas não tanto que se possa usar o nome da liberdade para acabar com ela.
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Nem tudo é sombrio no jornalismo, e na sociedade em geral. Parabéns à Fernanda Câncio.  

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2010-02-04

 

[1928] Jardim e o insanável eleitoralismo partidário

A oposição, da direita à esquerda, dispõe-se a ceder à chantagem e está pronta a avalizar o regabofe de  Jardim na Madeira dando-lhe mais dinheiro. Se pensa ganhar votos lá talvez perca mais cá. A dívida da Madeira já é 5 vezes maior que a dos Açores e é uma região cujo desenvolvimento é já 127% do da média do continente.
(A tabela foi feita com dados do Correio da Manhã de hoje que dá como fonte o INE/Rel BPI.)


Situação comparativa das Regiões  Autónomas
MadeiraAçores
Superfície (Km2)............
741
2.333
População (milhares de habitantes)
247
225
Distância a Lisboa (Km/tempo de avião)
860/1.5h
1.500/2h
PIB/capita (relativamente à média do continente.
127%
88.6%
Dívida Pública (milhões de euros)
4.600
900
Despesa no orçamento de 2009(em milhões de euros)
1.505
1.418

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Uma excelente observação sobre o momento político


Ferreira Fernandes é um jornalista com grande humor que assina diariamente na última página do DN uma coluna Um Ponto é Tudo.

Hoje, debruça-se sobre as relações Oposição - Governo no momento presente, acerca da Lei das Finanças Regionais. Leia, se lhe apetecer. Vale a pena a crónica: Não caias, s.f.f., pede a Oposição



 

[1927]O Estado do Conselho

     Fotografia de Nuno Ferreira Santos

Era o Crespo. Na SIC Notícias.Tinha João Soares ali no estúdio e na parede Menezes. O défice, a Lei das Finanças Regionais, o costume. Mas o Crespo com o olho no Conselho de Estado e com vénias e salamaleques tirava-os de cena num ápice para nos passar à jornalista que estava em Belém a caçar uma reacção, um desabafo, uma plavrita que fosse, aos Conselheiros que iam solertes saindo mudos e solenes. Como é que ela se chama, a jornalista? Uma miúda simpática e bonitinha, seria a Daniela Santiago ou esta é da RTP? Os Conselheiros nada. Só o histrião da Madeira disse, com trombas de palmo, que fossem gozar o carnaval. Manuel Alegre aos costumes disse nada. Por fim Sócrates que sim tinha corrido muito bem obrigado e lá voltava o Mário Crespo de mãos a abanar para o Menezes que desculpasse. O Menezes desculpava e atirava-se que nem gato a bofe à direcção do PSD. Que era indesculpável a sua atitude. Então passam o tempo a exigir restrições por causa do défice e querem dar mais dinheiro à Madeira. A Madeira é que devia dar dinheiro às regiões pobres do continente. E então a alterar a Lei das Finanças Regionais e aumentar a despesa era um belo sinal às agências de rating (umas agências seriíssimas e muito confiáveis) para aumentarem o preço do dinheiro a Portugal. Menezes desforrava-se e deixava exangue Manuela Ferreira Leite e sua entourage com excruciantes acusações. E com estas boas razões de Estado Menezes não se ralava que todos percebessem o estado das suas razões.

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[1926] Crise? Mas qual crise?

Zap e caíu-me no tapete o Boat Show. Uns barquitos porreiros. De recreio. 13 metros mas com tudo, 2 quartos, 2 casas de banho. Um T3, vamos... Sofás em pele, mármores, tapessarias, quadros. Como deve ser. Quanto? um brinquedo destes? 700 mil mais iva. Uma bagatela, 840.000 euros. E vendem-se muitos cá? (Cá é o Portugalito dos 2 milhões de condenados à pobresa ) Oh... 20 por ano. Em média.
Agora diminuiu não? Não!... Tem vindo sempre a aumentar. Então e a crise? A crise... riu-se o vendedor - a crise é sempre uma oportunidade. Mas não para todos é claro. Riu-se. Pois claro.

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2010-02-03

 

[1925] Isto está cada vez mais Crespo

Decorre o Conselho de Estado. Alberto João quer mais dinheiro. O Governo ameaça cair. Almunia diz que Portugal é uma segunda Grécia e a bolsa foi ao chão. Os bancos e os banqueiros cavalgam a crise e enriquecem ainda mais. Portugal continua firma na crescente concentração da riqueza e alastramento da pobreza. O desemprego lança o desespero no país.
Mas que interessa isso ao pé do drama do Mário Crespo?
Se Manuela Moura Guedes teve o seu momento de glória porque não o Mário Crespo. Por isso ele se esforça. A conversa foi escutada. E contaram-lhe. Temos de compreender, que raio. Tem direito a uma pensão.

Para quem queira saber mais sobre "calhandrisses" tem o director do JN a explicar-se aqui. E a testemunha invocada por MC a desmenti-lo ali
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Agora vi aqui uma amostra de Grande jornalismo: " Durante os dois anos e meio de colaboração com o "JN", Mário Crespo escreveu vários artigos críticos do Governo. Em Dezembro, o jornalista falou do "país do palhaço inimputável": "[...] Não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político."

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"Mau tempo" no Conselho de Estado

Ontem a Madeira e sobretudo a zona Norte da Ilha , nomeadamente Santana, o meu concelho de origem, passou por um mau bocado: as grandes chuvadas que se fizeram sentir e as consequentes quebradas destruíram/arrasaram vastas áreas e terrenos de plantações de onde as pessoas tiravam muito do seu rendimento.

O sítio da Banda do Sol, na Ribeira de S. Jorge onde nasci, quase ia desaparecendo. Uma grande quebrada ia levando a Banda do Sol para o leito da Ribeira.

Esse temporal parece "ter-se transplantado" para o Conselho de Estado, através da Lei das Finanças Regionais. Ainda não se tem informação mas parece que "o temporal" madeirense também ali aportou, ameaçando redundar em crise política e amanhã a situação continua.

Não me proponho discutir verbas, mas falar de princípios de justiça interterritórios e de solidariedade entre regiões.

Segundo, quero deixar bem expresso que erros políticos há muitos de todos os lados.

Terceiro, não esquecer que as leis das Finanças Regionais incluem os Açores em plano de igualdade com a Madeira.

Posto isto, quero também aqui deixar registado que foi o Governo de António Guterres que deu o primeiro passo sólido, no sentido de se estabeleceram regras de relacionamento financeiro entre o governo central e as regiões autónomas. Deve-se a António Guterres o facto de ter estabelecido princípios e uma lei base de relacionamento, exactamente a Lei das Finanças Regionais (LFR). Acho que já pouca gente se lembra deste facto e também não equaciona que os governos de Cavaco Silva poderiam ter feito este trabalho, mas de facto nada fizeram. A nossa memória é muito curta.

Agora quanto à Lei das Finanças Regionais e sem entrar em números, há muita coisa que não entendo ou melhor pode não ser para entender.

Em primeiro lugar nunca houve um trabalho sério sobre as transferências para as regiões autónomas. Um levantamento da realidade por um grupo de técnicos conhecedores mas distanciados politicamente.

Os montantes transferidos "não correm" apenas através das transferências directas, via LFR. Até há quem diga e penso que com algum fundamento que o montante transferido via ministérios é muito superior ao transferido via LFR. No caso da Madeira as transferências não contabilizadas na Lei das Finanças Regionais ultrapassam os 300 milhões de euros/ano. Em termos comparativos mais do dobro do da via LFR. E no caso dos Açores certamente o montante nunca será inferior. Um exemplo apenas, os preços de energia são "sustentados" por uma verba transferida pelo Ministério da Economia para que sejam doenível nacional, mas gostava de saber porque razão são mais baixos?

Será que estes montantes transferidos não contam em termos de solidariedade? Acho bem que este princípio vigore, pois entre os Açores, Madeira e Portugal Continental há o mar e isto implica custos acrescidos e outros aspectos que urge considerar.

Mas estes aspectos raramente são objecto de apreciação. Em toda a discussão travada nestes últimos tempos nada se falou sobre a solidariedade.

Outro aspecto viciado no debate. O Centro Internacional de Negócios (CINM) não deve contar mesmo? Um sistema dois regimes? Ainda ontem assisti a um debate televisivo sobre isto. Da direita à esquerda o violino estava afinadíssimo.

Quer queiramos quer não o CINM existe, legalmente e foi o governo da República que lhe deu o aval com impactos positivos e negativos na Região e contribui para o PIB. Será que na Irlanda ou no Luxemburgo o PIB é expurgado do seu regime fiscal favorável no contexto da União Europeia?

Mas apesar de distorções introduzidas pelo CINM em domínios como o emprego em que as expectativas ficaram muito aquém, os rendimentos gerados para economistas, advogados, gestores, empresas madeirenses não são injectados na economia da região com efeitos Positivos? Ainda neste aspecto gostava de conhecer o montante de IVA gerado no CINM e injectado no Orçamento Regional para o confrontar com outros sectores como o turismo. Isto também não interessa à Região?

É evidente que o CINM deveria ser repensado para desempenhar outras valências. Mas isso é uma questão que compete ao Governo Regional como sócio da SDM equacionar.

Neste contexto, não compreendo a lógica dos partidos da oposição na Madeira. ao votar ao lado das propostas do Governo Regional.


 

[1924]Manuel Serra - uma vida de luta por um mundo melhor














O Funeral de Manuel Serra que dedicou grande parte da sua vida à luta contra a ditadura e pela liberdade segue hoje da Igreja de Arroios para o cemitério dos Olivais onde o seu corpo será cremado às 16 horas. Mais informação no Memórias.

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