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2011-01-31

 

Bom Vento... de Espanha

No caso em apreço o provérbio deve ser "De Espanha nem bom vento nem e bom casamento".
A notícia teve pouco eco nos media portugueses talvez porque interesse pouco aos bancos. Ei-la:

"Um tribunal de recurso de Navarra considerou, numa decisão sem precedentes, que devolver uma casa ao banco é suficiente para saldar a hipoteca, mesmo que o valor do imóvel tenha diminuído devido à crise.
A decisão foi tomada pela Audiência Provincial de Navarra, apoiando assim a decisão de um tribunal de primeira instância e rejeitando um recurso apresentado pelo segundo maior banco espanhol, o BBVA, a quem o tribunal condenou também a pagar os custos do processo.
Em causa está um processo que remonta a 2009, quando um homem hipotecou a sua casa por um valor de 79 mil euros. Depois de vários meses sem pagar a hipoteca activou-se o sistema normal de execução da garantia do empréstimo.
O BBVA acabou por ficar com o imóvel, através de um leilão, por apenas 48 mil euros, ou seja, por menos 30 mil euros do que o valor da hipoteca.
Fazendo cumprir a lei hipotecária, o banco activou a segunda fase da execução, invocando a garantia pessoal do hipotecado e reclamando outros bens para pagar a dívida. O homem levou o caso ao tribunal e um juiz de primeira instância deu-lhe razão considerando que, como foi o banco a avaliar inicialmente o imóvel – em 78 mil euros – a responsabilidade sobre a perda de valor é da própria entidade.
Assim os juízes consideram suficiente a devolução da propriedade para cancelar as dívidas contraídas com o banco, uma decisão que pode ter grande impacto numa altura em que dezenas de milhares de espanhóis vivem situações idênticas. O BBVA anunciou já que apresentará um recurso." (Da notícia soube, em primeira mão, aqui, no Politeia mas este texto é  d'aqui).

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2011-01-30

 

Those Were The Days - diz a docinha Mary Hopkins!

A pedido de imensas famílias aqui vai:
Mary Hopkins com a sua bonita voz e aquele seu arzinho etéreo de  açucena pura diz-nos - numa evocação saudosista tão portuguesa, afinal... tão universal - como Esses é que eram dias! Os da juventude, é claro.

Esta versão do Youtube não faculta o código mas fica aqui o link que vale o mesmo.
Quem exija a toda a canção em letra de forma, no original e em Portugês, pode ir aqui.



Those Were The Days

Once upon a time there was a tavern,
Where we used to raise a glass or two.
Remember how we laughed away the ours,
think of all the great things we would do.

Those were the days my friend,
We thought they'd never end,
We'd sing and dance for-ever and a day,
We'd live the life we choose,
We'd fight and never lose,
For we were young and sure to have our way.
Lalala lah lala, lalala lah lala
...

2011-01-29

 

A revolta alastra pelo mundo árabe



Uma onda de revolta assola o mundo árabe dominado por ditaduras ou regimes semifeudais, como na Arábia Saudita, que têm condenado grande parte da população à miséria, ao desemprego e à falta de perspectivas, em especial para os jovens.
O rastilho incendiou-se na Tunísia, abala fortemente o Egipto (82 milhões de habitantes), o principal pilar do mundo árabe, onde Mubarak já demitiu o governo para tentar, sem êxito, parar a revolta e o Iemen (23 M), onde grandes manifestações em Saná, exigiram o fim do regime tirânico de Ali Abdalá Saleh. Mas a "Revolução do Jasmim" já contagiou com manifestações de rua a Arábia Saudita (28 milhões habitantes), a Síria (20 M) e a Jordânia (6 M) onde a população saiu à rua, reiteradamente, nas últimas três semanas, a exigir a demissão do Governo .
Do maior alcance é o que se passa no Egipto pela sua importância no mundo árabe e onde os protestos e desafios ao estado de sítio alastraram a todo o país, aliás, como na Jordânia.
A estação de televisão Al Jazira, os telemóveis e a internet têm sido instrumentos decisivos na organização e mobilização popular, em países onde as oposições tem sido destroçadas e silenciadas. O maior ou menor sucesso desta onda de protestos depende da capacidade de rápida organização de estruturas representativas da população que saiu à rua, do surgimento de líderes genuínos que defendam os seus interesses, da capacidade de impedir que estruturas "maquilhadas" do poder abalado o recuperem através de medidas de fachada e, e... da capacidade de abalar, ou atrair, mesmo que parcialmente, as respectivas forças armadas.

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"Os países não são grandes empresas a competir no mercado global"

Paul Krugman, (28 de Janeiro de 2011) no jornal I

"Os interesses das grandes empresas nominalmente americanas e os interesses do país nunca foram o mesmo, mas actualmente estão menos alinhados do que nunca"
...
Mas não será pelo menos útil pensar no nosso país como uma espécie de EUA SA, em competição no mercado global? Não.

Pensemos no seguinte: um administrador que aumente os lucros espremendo ao máximo a força de trabalho é considerado bem-sucedido. Foi mais ou menos o que aconteceu nos Estados Unidos ultimamente. O emprego está em mínimos históricos, mas os lucros batem novos recordes. Nesse caso, quem tem razões para pensar que se trata de um êxito económico?
...
A crise financeira de 2008 foi um momento cheio de ensinamentos, uma lição acerca do que pode correr mal quando confiamos na capacidade dos mercados de se auto-regularem. Também não devemos esquecer que algumas economias altamente reguladas, como a da Alemanha, conseguiram, muito melhor que nós, defender o emprego depois da crise. No entanto, por qualquer razão, este momento pedagógico passou sem que nada tivesse sido aprendido.
Obama, por si mesmo, até pode ter um bom desempenho: a sua taxa de aprovação está a subir, a economia dá sinais de vida e as suas probabilidades de reeleição parecem boas. No entanto a ideologia que produziu o desastre económico de 2008 está outra vez na mó de cima - e parece estar para ficar, até produzir um novo desastre."

2011-01-28

 

Paulo Portas está barricado na sede do PSD e diz que só sai de lá ministro

Tentei confirmar mas não consegui. Talvez porque, como se diz no Câmara Corporativa, ele esteja barricado na casa de banho, donde só enviou um bilhetinho: “Coligación o muerte”, aos rogos de Adriano Moreira e outros amigos para que saia.

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Os "nossos" ditadores. Uns podemos dispensar outros não

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(Via Rui Bebiano no Facebook)
Se a América deixou cair Ben Ali já mais "custoso" é deixar cair o peso pesado Hosni Mubarak como bem se depreende da conversa da Srª Clinton. É que o Egipto tem outro peso.
É muito pesado? Pois então mais jasmim!

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De Tunes a Sana passando pelo Cairo


O jasmim floresce de Tunes ao Cairo, do Cairo a Sana.  Que mil jasmins floresçam e derrubem as ditaduras! 
Tão democráticos que nós somos... o nosso Ocidente, de Washington a Berlim, sempre tão cioso dos direitos humanos e tão distraído das ditaduras que vicejam do Norte de África ao Médio Oriente, de Marrocos ao Egipto do Egipto ao Iemen! E tantas outras por esse mundo de Deus.
São/eram aliados firmes da América e da Europa. O partido de Ben Ali, por exemplo, sim ,esse que o povo derrubou, na Tunísia, até era membro da... Internacional Socialista. Claro que foi expulso. Mas só agora, pois claro. 
Porquê tanta amizade? Bem... É que estas são (ou eram) as "nossas" ditaduras stupid.

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Os bispos nomeiam exorcistas! Sabia?

O programa Linha da Frente que a RTP emitiu ontem, (imediatamente a seguir ao telejornal) tratou o tema do exorcismo. O padre Humberto Gama, de Murça, Trás-os-Montes, é a estrela do programa, é o exorcista e, é claro, faz milagres.  Quando junto da esquizofrénica ou paciente de estados dissociativos (segundo o psiquiatra Mário Simas, consultado no programa sobre as maravilhas do exorcista) ela grita, esperneia e diz uma algaraviada incompreensível, o padre milagroso com os gestos adequados e benzeduras canónicas invoca: "pedimos-te Deus omnipotente para que o espírito da iniquidade jamais tenha poder sobre esta criatura".
No programa não foi possível contemplar os êxitos de Humberto Gama mas várias testemunhas garantem as melhoras e as curas que tiveram. Tirou-lhes o diabo do corpo. Parece que não é bem o diabo porque, afirmou o padre Humberto, o diabo não existe. "Trata-se de espíritos que andam por aí - explicou o padre - e que, ao apanharem umas vítimas descuidadas e propícias, "incorporam-se", isto é, metem-se-lhe no corpo. Deu um exemplo. "Um homem que tinha vida para 70 anos e suicidou-se aos 30. O espírito dele vai andar por aí 40 anos e "incorpora-se" ". E causa, já se vê, a maior confusão. Para bem gerir uma alma já é necessário muita prudência e capacidade de acerto - digo eu - vejam agora o que não é governar duas almas, que não são gémeas, certamente mal combinadas e com interesses contraditórios, no mesmo corpo.
O programa consultou um sociólogo e um psiquiatra que foram muito cautelosos talvez para não fossem ofender a ignorância e a Igreja Católica.
O Linha da Frente poderia ter sido muito interessante se não fosse guiado pela "imparcialidade" entre o racional e o irracional, entre a ciência e a bruxaria, entre a ignorância e o saber. Fez-me lembrar a decisão do Estado do Arkansas que não tendo conseguido impôr nas escolas o criacionismo (a religião) em substituição da ciência para explicar a origem da vida, a evolução das espécies, a Biologia, determinou que os programas escolares deviam oferecer com "isenção" as duas explicações "científicas" a da ciência, incluindo a evolução das espécies de Darwin e a explicação bíblica, a mulher foi feita da costela de Adão, e trapalhadas do género e os alunos que escolham.
O programa (que não revi na internet) pareceu-me francamente favorável à bruxaria do exorcismo como resposta adequada às doenças psíquicas graves que ali foram expostas.

A RTP gastou um longuíssimo tempo, numa hora de grande audiência, com um programa obscurantista e promotor da irracionalidade. 

O padre exorcista explica: "nós somos os médicos divinos, os médicos da alma e consegue ver pelas caras se determinada pessoa se tem ou não "mediunidade", capacidade de "mediar" entre a alma residente e a alma penada que parasita o corpo da primeira. Houve uma senhora que testemunhou, no programa, que o padre reconheceu nela muita "mediunidade" e que mal abandonou a amiga doente exorcizada logo ela começou também com arrotos".
Explicou o padre Humberto ainda, que nestes casos a doente da alma pode falar correntemente em várias línguas e citou o caso de uma criança que mal dominava a língua materna, o Português, lhe respondeu com desenvoltura em Latim, Polaco e Inglês e casos houve a falarem grego. Não explicitou se o Grego actual se o clássico.
Não há duvida que, nalguns casos, o simpático Padre Humberto e excelente pessoa, certamente, fará "curas" definitivas ou momentâneas como sói acontecer em casos de algumas doenças do foro psiquiátrico.
Mas o mais espantoso (ou talvez não!) é que os padres exorcistas são nomeados pelos bispos e que o cardeal patriarca de Lisboa decidiu criar uma equipa pluridisciplinar para estudar os casos de exorcismo. O relatório será publicado este ano, informa o "Linha da Frente".
A bruxa d' Arruda que se cuide que a concorrência é de truz.
[Linha da Frente, link]

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2011-01-26

 

Ministério do Trabalho?...

Com esta ex-sindicalista como timoneira do Ministério do Trabalho, o governo poderia ter introduzido umas inovações conformes com o rumo que está a ser seguido.

A primeira inovação que proponho é a mudança de designação. Então não é mais ajustado substituir Trabalho por Patronato e assim se inovaria criando o Ministério dos Patrões? Mas se soar menos bem esta inovação tão radical, a alternativa pode ser Ministério do despedimento barato.

Vou argumentar em favor destas sugestões. Os patrões queriam despedimentos com indemnizações a variar entre 15 e 21 dias, a Ministra oferece 20 em vez dos actuais 30 dias. Os patrões queriam um limite máximo de 12 anos, ou seja 12 salários para despedir os trabalhadores mais antigos e não é que a Ministra é uma doçura e dá-lhes esses 12 salários exactamente.

E a opinião dos sindicatos onde está esse diálogo? Um ex-sindicalista à frente da CIP e uma ex-Sindicalista no Ministério já viram como se entendem?

E agora não me venham com essa que "estas Flexibilidades" destinam-se a proporcionar a criação de melhor emprego!!

Dêem-lhe o nome real a um Ministério que assim actua.


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2011-01-24

 

Hoje é dia de reunir os cacos

... e de reflectir um pouco.


Aparentemente nada mudou. O panorama é quase o mesmo trocando Nobre por Soares, o que vendo bem as coisas não deixa de ter algum sentido de humor.

No entanto, há motivos muito fortes para pensar que muita coisa foi posta em causa no processo que alimentou estas eleições.

Desde logo o vencedor da contenda saiu muito fragilizado e os discursos de ontem bem o provam.

Cavaco Silva deixou de ser a personalidade que criara de si e que tentou e conseguiu durante algum tempo impingir ao País, aquela pessoa intocável de que ninguém duvidava em termos de seriedade, aquela pessoa impoluta e honesta.

Afinal, ficaram as dúvidas com a colaboração do candidato que nada fez para esclarecer a situação da vivenda da Coelha com a eventual fuga aos impostos e das acções. Quem não deve não teme, lá diz o ditado. Mais uns tempos de campanha e a queda seria maior. Não nos esqueçamos que as sondagens arrancaram com Cavaco Silva acima dos 60%.

É legítimo que após tanto Freeport, etc, que o Ministério Público não ponha na gaveta o que foi dito e não explicado durante a campanha sobre o Candidato/Presidente, designadamente os sérios indícios de fuga aos impostos e abra um processo de investigação. É o mínimo que os portugueses e a comunicação social têm de questionar.

Manuel Alegre foi o derrotado em toda a linha. Uma campanha difícil. Embora dizendo-se "independente e livre" foi um pouco o produto dos aparelhos partidários e sobretudo de um PS dividido no apoio.

Apesar dos resultados não estou arrependido de o ter apoiado como candidato, porque desde início esta va ciente das dificuldades. Era tudo uma questão de percentagens e francamente esperava um pouco mais da ordem dos 25%.


Nobre fez o papel do Alegre de 2006. Apresenta-se como "independente", embora com inspiração extra mas não conseguiu a força de Alegre 2006. Falta-lhe garra, embora tivesse a apoiá-lo várias franjas do PS. E os candidatos independentes, com esta projecção mesmo sem grande jeito, devem fazer pensar os políticos.

O fenómeno foi mesmo José Manuel Coelho, o candidato incompreendido sobretudo por muitos políticos do Continente e por alguma comunicação social, com relevo para a RTP que o tratou várias vezes mal. José Manuel Coelho goste-se ou não foi um candidato com criatividade humorística. Não teve tempo nem lhe deram oportunidade para dizer o que pensa em primeiro da Madeira e do País.

Os resultados de Coelho na Madeira dão mesmo muito que pensar e em parte já são consequência das debilidades de saúde do Presidente do Governo Regional que não prosseguiu a campanha.

Trata-se de uma situação que merece análise, mas que dificilmente vejo ser bem rentabilizada politicamente devido à dimensão da organização em que José Manuel Coelho se enquadra. Ainda na Madeira tudo o que resta da oposição tem de reflectir sobre como interpretar o que os madeirenses são e querem. Sem isso tendem a ser forças residuais. Darão tempo a que na sucessão de Jardim o PSD se parta e se erga sem opositores à altura.

Falta Defensor de Moura que fez uma campanha até interessante, sem meios e muito localizada. Só não percebi porque se candidatou.

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2011-01-23

 

Recenseamento fantasma

Não avisaram. Nem qual o novo número de eleitor, nem qual a nova mesa de voto e, pior que tudo, não avisaram que iam mudar número e mesa.
Não foi só a quem adquiriu o cartão de cidadão mas a quem não mudou nada, como é o meu caso.
Assim depois de "bater com o nariz na porta" da minha mesa de voto habitual, enviei o recomendado sms para o 3838. Admitindo a falência do serviço telefonei de seguida para o indicado 88206206 mas como estava sempre impedido tentei o portal do eleitor do MAI.  Eleitor não identificado era a resposta "cassette" do portal a receber pedidos à cadência de 100 por segundo. Enfim uma consulta à blogosfera sugeriu outro sítio do MAI
http://www.recenseamento.mai.gov.pt/ 
onde finalmente fui informado. [Link]

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2011-01-22

 

Mesmo que ganhe já perdeu

Refletindo no dia da reflexão.
Até pode ser que ganhe. É mesmo o mais provável. Mas, para muitos, perfilhando ou não o seu ideário, uma coisa ele perdeu. Definitivamente. A imagem de pessoa, impoluta, alheia a esquemas, rectidão acima de qualquer suspeita.
O que veio por aí na imprensa foi esmagador e ser-lhe-ia fatal num país com outra tradição democrática:
1 . O caso do processo disciplinar que lhe foi movido pela Universidade Nova e desaparecido no ministério da Educação do seu amigo e correligionário Deus Pinheiro.  
2 . O caso das acções da SLN.
3 . O caso da vivenda da Aldeia da Coelha.
4. E, pior que tudo, teve em 2005 e tem agora na sua comissão de honra pessoal da "quadrilha do BPN" (MST no Expresso) cujos roubos, favorecimento de amigos, falcatruas de milhares de milhões de euros vão agora, com a nacionalização do BPN, ser pagas por nós.
Mas não temos por aí, milhares e milhares de portugas "sérios" com nódoas idênticas na sua melhor toalha? Pois temos e alguns serão até nossos amigos. Não têm é condições para serem Presidentes da República e é isso que agora está em causa.

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Tunes: "La policía contra la dictadura"

"Ésta debe ser la primera vez en la historia de este país en que algunos de los 160.000 policías tunecinos participan en una manifestación, en lugar de vigilarla o reprimirla, como hicieron hasta el martes pasado en esta misma avenida.
... La policía también pide ahora que se haga limpieza en el ministerio del Interior. ... "Quienes mataron a la gente fueron los hombres de la guardia presidencial del dictador, no nosotros. Nosotros formamos parte del pueblo", dicen varios de ellos mientras sus compañeros cantan cada vez más fuerte el himno nacional.
... En el cercano hotel África Tunis... unos agentes han escrito con enormes letras: "La policía contra la dictadura" y "El pueblo de Túnez ha liberado a la policía: al fin somos libres". [Link]

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2011-01-20

 

A revista Sábado descobriu a escritura que Cavaco não quis revelar

A revista Sábado descobriu a escritura do negócio de Cavaco Silva com a vivenda da Aldeia da Coelha, em Albufeira, escritura e negócio que o candidato se tem recusado a esclarecer. Os valores envolvidos na troca da vivenda Mariani, em Montechoro pelo terreno da Aldeia da Coelha adensam a suspeita sobre todo o negócio, como bem observa, José Manuel Correia Pinto no seu blog POLITEIA.
A recusa de Cavaco Silva a esclarecer este caso, como o da suspeita compra e venda das acções da SLN a Oliveira e Costa, revelam a presunção e sobranceria de um candidato que num país com outras tradições democráticas estava condenado à desistência ou à derrota.
Mas o que se vai conhecendo destes casos diz-nos também que Cavaco Silva tem legítimo receio que tudo se esclareça.

O que mais espanta nas revelações que têm surgido é que Cavaco Silva afinal nunca se desligou, daquele grupo de pessoas que na AR já foi designado pelo "gang do BPN" e que desfalcou o país em mais de 2 mil milhões de euros que temos agora de pagar com os impostos. Essa ligação é patente no negócio das acções da SLN, depois no negócio da Aldeia da Coelha onde Oliveira e Costa e outros, do mesmo grupo, são vizinhos, depois na escolha para o Conselho de Estado de Dias Loureiro, depois na escolha de algumas destas pessoas envolvidas na SLN/BPN para a sua candidatura. Tudo isto para já não falar nos célebres, suspeitos e milionários perdões fiscais assinados por Oliveira e Costa quando Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, no Governo de Cavaco Silva. Só a Cerâmica Campos tinha uma dívida ao Estado de 2,1 milhões de euros.
A arrogante recusa a discutir aqueles casos, que ficariam de imediato arrumados e fora da campanha, parece indiciar cumplicidades que não quer beliscar.

Não é chocante que o candidato Cavaco Silva não tenha tido até hoje uma palavra de condenação, dos autores e cúmplices do maior roubo no país que agora nos cabe a nós pagar?

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Conheça melhor a personagem Cavaco Silva


«O dr. Cavaco consumiu vinte minutos, no Centro Cultural de Belém, a esclarecer os portugueses que não havia português como ele. Os portugueses, diminuídos com a presunção e esmagados pela soberba escutaram a criatura de olhos arregalados. Elogio em boca própria é vitupério, mas o dr. Cavaco ignora essa verdade axiomática, como, aliás, ignora um número quase infindável de coisas.

O discurso, além de tolo, era um arrazoado de banalidades, redigido num idioma de eguariço. São conhecidas as amargas dificuldades que aquele senhor demonstra em expressar-se com exactidão. Mas, desta vez, o assunto atingiu as raias da nossa indignação. Segundo ele de si próprio diz, tem sido um estadista exemplar, repleto de êxitos políticos e de realizações ímpares. E acrescentou que, moralmente, é inatacável.

O passado dele não o recomenda. Infelizmente. Foi um dos piores primeiros-ministros, depois do 25 de Abril. Recebeu, de Bruxelas, oceanos de dinheiro e esbanjou-os nas futilidades de regime que, habitualmente, são para "encher o olho" e cuja utilidade é duvidosa.
Preferiu o betão ao desenvolvimento harmonioso do nosso estrato educacional; desprezou a memória colectiva como projecto ideológico, nisso associando-se ao ideário da senhora Tatcher e do senhor Regan; incentivou, desbragadamente, o culto da juventude pela juventude, característica das doutrinas fascistas; crispou a sociedade portuguesa com uma cultura de espeque e atrabiliária e, não o esqueçamos nunca, recusou a pensão de sangue à viúva de Salgueiro Maia, um dos mais abnegados heróis de Abril, atribuindo outras a agentes da PIDE, "por serviços relevantes à pátria." A lista de anomalias é medonha.

Como Presidente é um homem indeciso, cheio de fragilidades e de ressentimentos, com a ausência de grandeza exigida pela função. O caso, sinistro, das "escutas a Belém" é um dos episódios mais vis da história da II República. Sobre o caso escrevi, no Negócios, o que tinha de escrever. Mas não esqueço o manobrismo nem a desvergonha, minimizados por uma Imprensa minada por simpatizantes de jornalismos e por estipendiados inquietantes. Em qualquer país do mundo, seriamente democrático, o dr. Cavaco teria sido corrido a sete pés.

O lastro de opróbrio, de fiasco e de humilhação que tem deixado atrás de si, chega para acreditar que as forças que o sustentam, a manipulação a que os cidadãos têm sido sujeitos, é da ordem da mancha histórica. E os panegíricos que lhe tecem são ultrajantes para aqueles que o antecederam em Belém e ferem a nossa elementar decência.

É este homem de poucas qualidades que, no Centro Cultural de Belém, teve o descoco de se apresentar como símbolo de virtudes e sinónimo de impolutabilidade. É este homem, que as circunstâncias determinadas pelas torções da História alisaram um caminho sem pedras e empurraram para um destino que não merece - é este homem sem jeito de estar com as mãos, de sorriso hediondo e de embaraços múltiplos, que quer, pela segunda vez, ser Presidente da nossa República. Triste República, nas mãos de gente que a não ama, que a não desenvolve, que a não resguarda e a não protege!

Estamos a assistir ao fim de muitas esperanças, de muitos sonhos acalentados, e à traição imposta a gerações de homens e de mulheres. É gente deste jaez e estilo que corrói os alicerces intelectuais, políticos e morais de uma democracia que, cada vez mais, existe, apenas, na superfície. O estado a que chegámos é, substancialmente, da responsabilidade deste cavalheiro e de outros como ele.

Como é possível que, estando o País de pantanas, o homem que se apresenta como candidato ao mais alto emprego do Estado, não tenha, nem agora nem antes, actuado com o poder de que dispõe? Como é possível? Há outros problemas que se põem: foi o dr. Cavaco que escreveu o discurso? Se foi, a sua conhecida mediocridade pode ser atenuante. Se não foi, há alguém, em Belém, que o quer tramar.

Um amigo meu, fundador de PSD, antigo companheiro de Sá Carneiro e leitor omnívoro de literatura de todos os géneros e projecções, que me dizia: "Como é que você quer que isto se endireite se o dr. Cavaco e a maioria dos políticos no activo diz 'competividade' em vez de 'competitividade' e julga que o Padre António Vieira é um pároco de qualquer igreja?"

Pessoalmente, não quero nada. Mas desejava, ardentemente desejava, ter um Presidente da República que, pelo menos, soubesse quantos cantos tem "Os Lusíadas."»

Jornal de Negócios<http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=451255

Por Baptista-Bastos.


 

A Dívida: os sucessos conjunturais e os desafios estratégicos

1 . "Portugal colocou hoje 750 milhões de euros de Bilhetes do Tesouro a 12 meses a uma taxa de juro média de 4,029 por cento, tendo a procura sido 3,1 vezes a oferta."
A operação correu bem, na conjuntura, porque se conseguiu um juro menor do que os 5,281 em leilão idêntico realizado em 1 de Dezembro pp.
No entanto, tendo em conta que o juro foi de 0,9 %, numa operação idêntica há um ano atrás, podemos avaliar o desafio dramático que a especulação financeira coloca ao país.

2. "A Moody`s prevê que a economia portuguesa cresça em 2011 mas, mesmo assim, prepara-se para cortar o rating de Portugal, em um ou dois níveis, até ao «final de Março, senão antes».
Os juros altíssimos, entre os 6 e os 7%, que temos de pagar para obter dinheiro a 10 anos, associado ao baixo crescimento ou mesmo estagnação da economia e consequente menos receita do Estado para diminuir o défice fomenta o aumento da dívida que por sua vez diminui o desempenho económico. O tão falado círculo vicioso só pode acabar com decisões de outra natureza, reescalonamento da dívida dalguns destes países, nomeadamente de Portugal (e eventual perdão parcial da mesma), reforma do BCE e passos decisivos de natureza federal da UE.
Mais do que Portugal, a Grécia e a Irlanda, dado o fraco resultado das medidas tomadas, vai obrigar a UE, e em especial a Alemanha, a repensar a estratégia para enfrentar a ofensiva da especulação financeira que tem na mira a Espanha, a Bélgica e eventualmente a Itália. Quando se perceber melhor que o que está em causa é um forte ataque ao euro e que esta união monetária, cada Estado por si, não têm alicerces, para enfrentar grandes ameaças em situações de crise ou o euro fracassa ou medidas daquela natureza vão-se impor.
____________
Não sei se robustece ou fragiliza a credibilidade destes vaticínios dizer que não sou economista nem especialista em finanças. Mas... fica dito.

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2011-01-19

 

Estamos na recta final da campanha

E se algo há a dizer é que Portugal é, de facto, um País muito especial. Funciona em contra corrente, contra os factos.

Responde-se dramatizando, fazendo vingar qualidades que não estão provadas como a honradez e a honestidade.

Pelo menos foi isso que se passou com um dos candidatos, Cavaco Silva, porque quando encostado a questões incómodas suficientes para num outro país europeu ter de abandonar a corrida eleitoral, em Portugal contra-atacou mostrando-se ofendido, tentando de propósito confundir polémica política com ofensas pessoais.

Na realidade o que lhe foi exigido foi que explicava sobretudo as situações novas que surgiram e graves pelo menos aparentemente como é o caso da urbanização da Coelha.

Cavaco nada disse sobre essa teia complexa de interesses algo obscuros em que esteve envolvido, continuando apenas com frases bombástica a proclamar a sua grande honestidade.

É triste mas é o País que temos.

 

Turismo Mundial em 2010 e perspectivas 2011

O turismo internacional recuperou mais rápido do que se esperava.

Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), sediada em Madrid, o turismo medido pelo número de turistas entrados cresceu 6,7% em relação a 2009 (atingindo 935 milhões) o ano horribilis do turismo mundial (-4% de queda).

A recuperação deu-se de formal desigual, a duas velocidades: menor nos países avançados e mais acelerada nas economias emergentes.

Na Europa, a taxa de crescimento registou apenas 3% atingindo 471 milhões de chegadas. É preciso ter em conta os efeitos do vulcão islandês e da neve, para além da incerteza que afecta a economia da zona euro.

Na Europa central e oriental, meridional e mediterrânica, a recuperação dos fluxos turísticos não deu para recuperar a perda de 2009.

Para 2011 , a OMT prevê a continuação do crescimento do turismo mas a um ritmo global mais lento 4% a %5%.

 

Portugal tem tudo de bom mas os turistas não sabem

Uma frase muito feliz de caracterização do turismo que temos.

E foi proferida por Gabriel Buruaga, CEO Mundial da Havas Digital, no lugar certo - Cimeira do Turismo Português - que teve lugar a semana passada no Estoril.

Para Gabriel Buruaga "Portugal não tem problema nenhum: não tem delinquência, não tem terrorismo.Tem um maravilhoso clima, pessoas alegres, cultura, praias, gastronomia, humor. Todos os ingredientes para contar boas histórias sobre o país na Internet, mas não tem notoriedade".

E como conselhos deixou três:

  • Contar a "história maravilhosa do país que têm".
  • Contá-la com a produção de conteúdos e "ser ambicioso".
  • "Poucas cidades ainda o estão a fazer por isso é o momento ideal para criar uma quota de atenção".

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2011-01-17

 

Paul Krugman: "Tiene salvación Europa?"

A direita detesta Paul Krugman. A norte-americana ou a portuguesa. É justo. Mas a direita portuguesa que a semana passada (2011-01-12) , fez um aproveitamento de um post de PK sobre Portugal, bem analisado por Correia Pinto (aqui) já não se interessou pelas lições do recente e interessante artigo no El País (que encontrei no CC ) do Nobel da Economia em que ele compara a Irlanda com o Estado do Nevada e o leva a interrogar-se: "Tiene salvación Europa?"

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Merkel manda calar Durão Barroso. Cavaco manda que nos conformemos com os predadores da agiotagem"

Há dias Durão Barroso, disse que “a capacidade de financiamento do Fundo de estabilidade financeira do euro deve ser reforçada e o âmbito das suas atividades alargado.” E que o assunto deveria ser decidido na reunião dos ministros das finanças do eurogrupo que hoje decorre em Bruxelas.


Merkel “irritou-se” e mandou de imediato o seu gabinete rejeitar a proposta.
Da reunião, hoje, em Bruxelas, já chegaram notícias de que, por pressão da Alemanha, a voz do presidente da Comissão Europeia ficou à porta e o assunto não será tratado.

O caminho da resolução da dívida de países, como Portugal, onde ela é muito grande terá de passar pelo crescimento da economia, pelo aumento da produção, pelo aumento das exportações e estas, pelo aumento da produtividade. Além de rigoroso controlo do desperdício público. O aumento da produtividade é um fenómeno lento e o crescimento da economia é dificultado pela diminuição do poder de compra interno. Diminuindo o crescimento da economia diminuem as receitas fiscais e a capacidade de pagar a dívida. Como ajudar a resolver o problema? Podia ser com a diminuição dos juros da dívida. Mas os juros, de acordo com a sacrossanta lei do mercado – lucro máximo e risco mínimo - aumentam precisamente e para valores letais para quem, no momento, menos os pode suportar.

Por isso ou as regras na UE mudam para neutralizar os excessos da rapina dos predadores financeiros, ou Portugal, provavelmente a Espanha, e talvez outros países a seguir e por fim a própria UE terão um destino incerto.

A solução é conhecida, mais coesão política, para maior coesão económica e financeira. Mas então o que impede que se caminha para tais soluções? De uma forma muito esquemática, mas indo ao cerne da questão: para além de algum nacionalismo, no essencial a recusa de maior coesão social. Por quem? Ora por aqueles nossos concidadãos que enriquecem com os juros altos, com a rapina financeira, por aqueles nossos concidadãos que amealham grandes fortunas e usufruem de principescos privilégios, nos negócios e nas grandes empresas que funcionam em rede com a especulação financeira. Como o dinheiro, a riqueza, não nasce do nada, para se poder acumular muito nalguns tem que se diminuir muito nos outros.

Em suma é necessário combater firmemente o capitalismo selvagem em vez de nos conformarmos com ele, como recomenda Cavaco Silva.
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A imagem não condiz? São flores do meu jardim para o post não ficar demasiado lúgubre.

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Ando preocupado...

Evidentemente com a "revolução" Tunisina que, como diz o Raimundo no poste antes, é preciso ver se o trabalho de casa está a ser bem feito. E vá lá para ver o que vem aí ,também coloco a revolução aspada. Ele lá explica em termos gerais e bem em que deve consistir esse trabalho. Pois não basta fazer cair o ditador.

Mas ando mais preocupado com esta campanha eleitoral que de temas essenciais como credibilidade, seriedade cultura e língua portuguesas não me parecem que estejam a ser bem agarrados.

Mas sobretudo agora com a visita ao Qatar de uma equipa ministerial e empresários que julgava comandada por Sócrates e, afinal, parece-me que há duas cabeças de Comando.

Será mesmo como estou a ver?

Francamente não entendo. Afinal quem está mandatado para falar se se está ou não a negociar a dívida soberana?

Sócrates ou Luís Amado?

Pensava eu na minha modesta forma de ver que esse tema competia ou ao PM ou o ao Ministro das Finanças.

O trabalho de casa também aqui está a falhar. Nada bom.

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Tunes: "A revolução estoirou na internet"

É o título do jornal Público sobre a "revolução" na Tunísia. O Público, jornal de esquerda, o de Espanha, não o de cá. 
João Tunes, via Facebook, levou-me ao Público e este, a Tunes, não ao de cá, o João, mas a Tunes de lá, capital da Tunísia.
Começa assim:
El edificio de la censura que Zin El Abidin Ben Alí había levantado se empezó a agrietar en 1997, cuando unos tunecinos ávidos de quitarse la mordaza accedieron a internet. Poco podía saber el régimen, que se jactaba después de ser el primer país africano y magrebí en haberse conectado a la red, que el día en que el primer ciudadano de su país entró en ella se había plantado la semilla de una herramienta que ha sido clave en la caída del dictador.
Vale a pena accionar o link e ler o resto, até porque o artigo nos leva a Lina Ben Mhenni, uma jovem tunisina de 27 años e ao seu blog A Tunisian Girl, um blog regularmente censurado pelo ditador posto em fuga, "una situación que "acabó hace dos o tres días".
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Coloquei no início do  post a palavra revolução entre aspas, não porque desdenhe do heroico levantamento do povo da Tunísia que, se me é permitido, vivamente daqui saúdo, mas para lembrar (não ao povo da Tunísia que desculpo, desde já, não ler o Puxa Palavra, mas a si, caro leitor, no caso de não saber disto mais do que eu) que para o primeiro e decisivo passo - pôr o ditador em fuga - se transformar numa revolução que instaure um regime democrático é necessário desmantelar o aparelho da repressão do ditador, a polícia política, a censura, neutralizar a base de sustentação económica da ditadura e devolver ao país, ao povo, as riquezas roubadas pela oligarquia despótica. Há, portanto, muito trabalho de casa a fazer (mas na rua, atenção!). Nada de deixar entregue a outros o que só quem deitou abaixo o ditador sabe fazer.

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2011-01-15

 

TUNÍSIA: jovem imola-se pelo fogo e derruba ditadura

No dia 17 de Dezembro, em Sidi Bouzid, localidade tunisina, Mohamed Bouazizi, de 26 anos, com curso superior de informática, no desemprego, ia subsistindo como vendedor ambulante de fruta e hortaliça, quando mais uma vez a polícia o proibiu de vender na rua, única forma que lhe restava de subsistência da família. Revoltado, Mohamed Bouazizi foi comprar gasolina e imolou-se pelo fogo, em frente da câmara municipal.

Em 14 de Janeiro, menos de um mês depois, o ditador Ben Ali, que há 23 anos governava o país, teve de fugir para a Arábia Saudita, derrubado pela onda de revolta que por todo o país alastrou resistindo à repressão que causou 66 mortos (dados de organizações dos direitos humanos.)
O ato de desespero de Mohamed Bouazizi foi a centelha que incendiou o mar de descontentamento, humilhação, desemprego e pobreza da população tunisina revoltada com a corrupção e o enriquecimento faustoso do ditador e seus apaniguados.
O ditador prometeu tudo. Não se “recandidatar”, dar liberdade de expressão, diminuir os preços da alimentação. Tarde demais. As manifestações principalmente de estudantes e comerciantes não paravam e receando os excessos na repressão (e a justiça internacional) o chefe do Exército suspendeu-a contra as ordens do ditador.
Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Egipto, como aliás os restantes países árabes vivem sob ditaduras toleradas quando não apadrinhadas pela Europa. Só quando os ditadores não são “os nossos ditadores”, e atacam os “nossos” interesses, é que a democrática Europa se agonia com as ofensas à liberdade.
Estes ditadores corruptos e a minoria privilegiada que os apoia, saqueiam e condenam à miséria e atraso os seus povos. A democrática União Europeia, a França, a Alemanha, a Suiça, a Itália e outros, recebem, escondem e aplicam as fabulosas fortunas roubadas por estes ditadores e ao apoiarem-nos são um factor decisivo contra a  democratização dos seus países. E não serve de desculpa o perigo de serem substituídas por ditaduras fundamentalistas piores. O fundamentalismo é alimentado pela miséria, pela consciência das injustiças sociais e do conúbio do Ocidente com estes regimes corruptos e despóticos em troca do saque das riquezas nacionais. Na Tunísia o movimento islâmico fundamentalista, proibido, Nahda (Renascimento) não teve nenhum papel nesta revolta popular.
Obama saudou o derrube do ditador. Os líderes europeus seguem-lhe o exemplo timidamente. A queda do ditador, por enquanto é só isso e para dar lugar a uma revolução democrática a movimentação popular tem de continuar e desmantelar o aparelho que suportava o regime.
Dois dados muito interessantes da “revolução” tunisina.
1º: O papel das novas tecnologias, telemóvel, internet, canais estrangeiros de televisão não censurados, nomeadamente da Al Jazira permitiram a comunicação e a coordenação das manifestações à escala nacional.
2º: o surgimento de manifestações de apoio por todo o norte de África onde o Egipto poderá estar na calha para seguir o exemplo da Tunísia.
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Tunísia  163.610 Km2. Cerca 10,6 milhões ha. Pib/capita USA $9,500 (2010 est.) Link ; link .

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Sondagem Expresso

O Expresso publica e analisa uma sondagem sobre a avaliação dos candidatos a PR.

A sondagem foi orientada para seis temas. Competência, Conhecimentos dos Problemas Internacionais, Determinação, Honestidade, Conhecimento dos Problemas do País, Capacidade de influenciar o Governo.

Para além dos resultados de que já vamos falar era, no mínimo, correcto que fossem divulgadas as questões colocadas aos inquiridos sobre estes seis temas, para conhecer se as questões estavam ajustadas ao perfil de quem deve ser Presidente.

Como nada encontrei no Expresso sobre isto os resultados da sondagem são um pouco de totoloto.

Entrando nos resultados. Cavaco Silva é apenas beliscado na Honestidade. Nobre sai nesta questão em melhor posição.

Afinal, o povo não foi na conversa de que para alguém ser mais honesto teria de nascer duas vezes. Que se saiba Fernando Nobre ainda não veio ao mundo pela segunda vez e nesta sondagem é tido por mais honesto que Cavaco. Mais umas dicas de José Manuel Coelho e Cavaco Silva desce mais uns pozinhos no pedestal da Honestidade.

Outra área, o que é isso da competência? Será Cavaco assim tão competente? Em quê?
Cavaco não tem sido ele próprio nesta campanha. Parece insuflado pelos seus homens do marketing. A forma como entrou no debate com Alegre a dizer que ele já tinha mentido mais de 50 vezes não encaixa em Cavaco. Foi outra personalidade que se apresentou e daí em diante é mais do mesmo.

Será importante arrogar-se de que conhece mais dos problemas do País? Terão esses problemas o mesmo peso no perfil de um bom PR. Por exemplo Cavaco sabe alguma coisa de cultura e língua portuguesa?

Nem respeitar os seus valores (os nossos artistas) Cavaco Silva tem demonstrado saber fazê-lo.

Ora a Língua e a cultura são das áreas que entendo determinantes na missão de um Presidente. Certamente se esta questão constasse da sondagem a resposta seria menos boa para Cavaco.

Enfim também algures na comunicação social diz-se hoje que Cavaco desceu 7 pontos percentuais nas sondagens.

Será que é essa honestidadezinha que começou a fazer baloiçar a balança?

 

Não há machado que corte a raiz ao pensamento

o

Recebi este e-mail de pessoa amiga. Para mim é da maior oportunidade divulgá-lo, pelo alerta que faz para que se fale de temas marcantes da nossa História. Alerta ainda para o facto da nossa comunicação social andar longe de temas importantes da sociedade portuguesa e antes se debruçar sobre temas marginais.

O momento eleitoral e a forma como os candidatos são questionados, já sem referir como são tratados pela comunicação, alguns pura e simplesmente olhados e tratados com desdém, como José Manuel Coelho, são a prova da grande marginalidade dos problemas tratados.

Aqui registo então o conteúdo do e-mail.

As poucas falas, os parcos conteúdos transmitidos e o quase inexistente tempo de antena dados à matéria noticiosa sobre o Coronel Vitor Alves, no dia 9 de Janeiro, revela-nos que o pretenso serviço público de comunicação social privilegia a especulação de factos conjunturais, explorando níveis de criminalidade, até à exaustação, em detrimento de factos estruturantes, nomeadamente, os ligados à Revolução de Abril, à conquista dos direitos humanos para todos, às lutas pela liberdade e à defesa da Constituição da
República Portuguesa.

A televisão é um fórum poderosíssimo de actuação simbólica, de intervenção no espaço público e de formação de opinião, não esquecendo a rádio e a imprensa escrita. Entre a homenagem a Vitor Alves, um dos protagonistas da consolidação dos valores da mudança da sociedade portuguesa, e o crime de Nova Iorque, os órgãos de comunicação social preteriram a primeira matéria noticiosa e destacaram a segunda, considerando o crime como a informação necessária e útil à vida colectiva portuguesa.

Tal destaque é mais um exemplo das opções editoriais do pretenso serviço público de comunicação social. Não há neutralidade na escolha. O silêncio tem valor de mensagem. E, a mensagem transmitida foi e é apagar a história dos protagonistas de Abril e de todos aqueles que estiveram e estão ligados à defesa dos seus ideais expressos na Constituição da República Portuguesa.

Nesse dia, esperava “ouver”, como diz o José Duarte (dos 5 minutos de Jazz), ouvir como quem escuta e olhar como quem vê, um material noticioso de homenagem ao Capitão, Major em Abril, Vitor Alves. Nada disso
aconteceu.

Certamente, não foi por falta de material em arquivo existente na RTP sobre Vítor Alves. Decerto, não foi pela falta de jornalistas competentes que a RTP tem nos seus quadros. Não foi por falta de informação sobre o contributo que deu à sociedade portuguesa ao longo da sua vida.

Foi a escolha dos editores, que devem ser responsabilizados, que levou a que o Coronel Vitor Alves, militar de Abril, como tantos outros, tenha sido menosprezado pelos órgãos públicos de comunicação social.

Compartilho dos ideais a que a vida de Vitor Alves esteve ligado e deixo registada a minha indignação e protesto.
13 Janeiro de 2011
Conceição Lopes
Membro da Civitas Aveiro. Cidadãos do Mundo. Associação 25 de Abril

 

 

"O Cavaquistão da Coelha"

Ao ler a reportagem da Visão que ontem veio a público sobre o "Cavaquistão da Coelha" fico a perceber melhor porque Cavaco Silva se recusa terminantemente a esclarecer o seu negócio das acções da SLN com Oliveira e Costa ("caso do BPN"). É que a explicação destrói a imagem que tão laboriosamente de si procura criar de honestidade e retidão tal que terá de nascer duas vezes o português que o suplante em tais qualidades. É que a explicação abriria um precedente. Teria que explicar outros negócios obscuros (reportagem da visão: clic nas imagens) que lhe deram, na companhia do pessoal do BPN, na "Aldeia da Coelha", em Albufeira, uma vivenda de três pisos, seis quartos (cinco duplos), 6 casas de banho, piscina e mais 1600 metros de área descoberta. Para um "mísero professor", como ele se chamou, não está mal. 
Ao não querer explicar estes casos, Cavaco Silva pretende risivelmente colocar-se acima do comum dos mortais e das regras democráticas e adensa as suspeitas sobre a sua conduta.
A reportagem informa que um destes seus amigos, seu apoiante e vizinho no seleto "Cavaquistão da Coelha", Fernando Fantasia, era o accionista de duas empresas do universo da SLN e que em sociedade com esta comprou terrenos da herdade de Rio Frio, Alcochete, poucos dias antes de ser conhecida a transferência da localização do novo aeroporto de Lisboa da Ota para Alcochete. Soube-se que a mudança da Ota para Alcochete se deve, em parte, às diligências de Cavaco Silva junto das Forças Armadas para a cedência da área militar de Alcochete para o aeroporto. Dada a proximidade de Cavaco Silva a esta gente não surpreende que a suspeita de informação privilegiada tenha surgido.
É chocante que Cavaco não tenha tido até hoje uma palavra de recriminação da
gentinha do BPN que, em negócios para enriquecimento próprio e dos amigos, lesou o país em mais de 2 mil milhões de euros que agora irão ser pagos por todos nós.
Diz-me com quem andas dir-te-ei quem és, diz o ditado. 

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2011-01-14

 

É este o site de que Cavaco sempre fala?

Ak... Fiquei sem palavras.

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2011-01-13

 

Cavaco Silva com o FMI

Cavaco não seria o primeiro a protagonizar a entrada do FMI.

Mas tem é de ser claro. Diga se quer ou não o FMI a ditar as regras em Portugal.

Há quem defenda o FMI porque acha que é uma forma de calar a direita e assim aplicar mais facilmente as medidas conducentes à redução do défice. Há quem defenda o FMI porque entende que Portugal por si só nunca conseguirá chegar a lado nenhum. Há quem queira o FMI para derrubar o governo de José Sócrates.

O candidato Cavaco Silva tem toda a legitimidade de escolher o que quer e pensa. O que deve é não enganar a população. Com uma mão acena que está iminente uma crise que até pode fazer perigar a economia de Portugal, exigindo assim o recurso ao FMI e, com a outra acena que talvez o governo ainda possa empurrar isso lá mais para a frente.

Resumindo Cavaco deixa implícito que este governo está prazo e que se ganhar as eleições irá forjar todas as condições para dissolver a AR.

Preto no branco, Cavaco Silva está a descredibilizar o País no exterior, dando força aos mercados especulativos que até não precisam de ajuda.

O que estes mercados especulativos têm de ter é um freio. Cavaco Silva confundiu-se e funcionou ao contrário, abriu-lhe as portas.

O País não pode ter ficado satisfeito com as dicas de Cavaco sobre a crise que pode vir aí. Essas dicas têm mesmo de ser alvo de repulso.

Dir-se-à, tudo isto é fruto da campanha eleitoral.

Um Presidente não pode ter posições dúbias.

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2011-01-12

 

A minha Pátria é o dinheiro

Passos Coelho e o PSD está ansioso por se sentar à mesa do poder. Passos Coelho e o PSD quer também que tudo o que é público e dê lucro passe para a mão do privado.
Que melhor solução para este duplo e "patriótico" desígnio senão FMI JÁ. 
 A receita deste é conhecida,  mais privatizações, menos salários, menos prestações sociais, mais "flexibilidade" no emprego, mais austeridade, mais fome, menos orçamento para a Saúde, a educação e as reformas. Maior abismo entre os mais ricos e os mais pobres.
Não é por maldade mas é que não se pode enriquecer uns sem empobrecer os outros. Passos Coelho e o seu PSD quer o poder mas fazer tudo isto obrigaria a muito sangue e a resultado incerto. Seria óptimo com o FMI. Isso facilitava a Cavaco convocar eleições (se as sondagens dessem maioria absoluta a PSD+CDS). A culpa era do Sócrates e do FMI. Por isso patrioticamente a direita, Passos Coelho e o PSD (e Cavaco mas esse, olha, olha, ia lá dizer uma coisa dessas, quando precisa dos votos!) exultam patrioticamente com a vinda do FMI. FMI JÁ!
A minha Pátria é a Lingua portuguesa é o dinheiro, parece ser o lema destes patriotas. 

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Bandeira a meia haste na S. Caetano

Então não é que no leilão da dívida pública desta manhã, aguardado com tanta expectativa dados os maus presságios do PSD ( "ta renego", figas e pernas cruzadas) a procura foi maior que a de Novembro e os juros a 10 anos baixaram!
Na S. Caetano rasgaram as vestes entre desabafos de "não se percebe", ao que acudiu Cavaco Silva na campanha esclarecendo que era preciso saber de onde vinham as ofertas e tal...

REALMENTE... ISTO ASSIM É UMA MAÇADA.

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Cavaco Silva enredado no caso BPN

“Se estivéssemos nos EUA provavelmente acontecia a Cavaco Silva o que aconteceu à Senhora Madoff que teve de devolver o dinheiro que ganhou com operações ilegais”. Operações ilegais do marido, no caso dela, de Oliveira e Costa, no caso de Cavaco Silva. Foi assim que ontem, no programa Pontos de Vista, da RTPN o deputado João Semedo concluiu sobre o caso das relações de Cavaco Silva com o BPN (Banco Português de Negócios).

O caso do BPN acabou por se tornar na questão de maior relevância na campanha eleitoral para a presidência da república. E é natural que assim acontecesse. Em primeiro lugar porque é um caso que questiona o carácter do candidato e os casos de carácter dos políticos tornaram-se há muito, nos regimes democráticos, da América à Europa, em tema que a comunicação social e a opinião pública não deixa nem deve deixar de escrutinar. Em segundo lugar porque Cavaco Silva em vez de esclarecer o que realmente se passou optou – opção fatal - por recusar responder às perguntas com a desculpa de que está, quanto a santidade honestidade e carácter, acima de qualquer suspeita, enfatizando até que terá de nascer duas vezes o português que seja mais recto e honesto que ele.

E porque não quer Cavaco Silva responder? Porque o caso é embaraçoso. Porque belisca a imagem de seriedade, honestidade e incorruptibilidade à prova de bala que obsessivamente exibe como cidadão político não político.

Cavaco Silva comprou 250 mil acções da SLN, Sociedade Lusa de Negócios, sociedade anónima dona do BPN, em 18 de Abril de 2001, ao preço de favor de 1 euro feito discricionariamente por Oliveira e Costa, presidente da SLN e do BPN. Cavaco comprou 105.378 acções para si e as restantes para sua filha. O seu amigo Oliveira e Costa comprara essas acções, três semanas antes,  em 27 de Março de 2001,  à Merfield, a 2,10 euros por ação, "perdendo" assim alegremente 175 mil euros num negócio de favor para o seu amigo Cavaco.
Em Dezembro de 2003, Cavaco Silva completou o negócio com o seu amigo, Oliveira e Costa vendendo a 2,4 euros cada acção que comprara a 1 euro, com o lucro magnífico de 147.500 euros correspondente a 140% do dinheiro investido. Negócio idêntico e simultâneo foi feito pela filha com um lucro de 209.400 euros. Enfim Cavaco Silva e a filhas ganharam cerca de 350 mil euros que fazem parte do roubo de 7 mil milhões do BPN que estamos a pagar.
O problema de Cavaco Silva não está, como ele sempre reage para não responder, em comprar e vender acções e ganhar muito ou pouco dinheiro. O problema está em ter tido aquele ganho devido a um preço de favor na compra. O problema cresce por a venda corresponder a uma compra ilegal (ilegalidade de Oliveira e Costa mas que não deixa de ter consequências para o negócio) por ser uma venda à própria SLN que só poderia ser legal com autorização, que não houve, da assembleia geral da sociedade, como manda o código das sociedades comerciais como explicou o deputado João Semedo no citado programa.

O caso ganha contornos menos agradáveis porque Oliveira e Costa é correligionário político de Cavaco Silva, seu ex-secretário de Estado e é arguido na qualidade de “chefe do gang do BPN” (caracterização de Francisco Louçã no Parlamento), que realizou a maior burla de que há registo em Portugal e, o que faz toda a diferença, vai ter de ser paga pelos contribuintes.
Para tornar o caso mais feio a gentinha do BPN que nos vai obrigar a pagar todo o dinheiro que delapidaram e com que se enriqueceram, é gentinha do círculo de amizades ou das relações de Cavaco Silva, alguma da qual ele convidou para a comissão de honra da sua candidatura.

No meio deste vendaval Cavaco Silva resolveu criticar a administração do BPN que está a tentar recuperar os salvados da maior burla de que há memória no nosso país e não teve até agora uma palavra de condenação para os seus autores.
Um outro candidato a PR, já não sei se José Manuel Coelho, se Defensor de Moura, argumentou que pessoa assim com este tipo de amizades e companhias não dá garantias para o lugar, nas circunstâncias particularmente difíceis que o país enfrenta.
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Na imagem a carta de Aníbal Cavaco Silva dirigida ao presidente da SLN a pedir para vender as suas ações da SLN em 17 de Nov 2003. [Ver aqui e aqui]

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2011-01-11

 

O candidato Cavaco Silva subscreveu acções da SLN em situação de completa ilegalidade

Cavaco Silva não é um analfabeto em termos financeiros. Até segundo "a história" é um grande entendido nessas matérias.

Maior então a gravidade. Cavaco adquire acções a um euro, reservadas a Oliveira Costa e a mais três empresas do grupo, provenientes de um aumento de capital da SLN. Só uma grande influência pode ter determinado essa compra pois Cavaco não era sócio e por decisão da Assembleia tal negócio estava vedado a não sócios.

Nem Dias Loureiro obteve acções por este preço. Formalmente, só teve direito a acções a 2,2€. Maior seriedade do que esta? É de averiguar.

Há que duvidar e interrogar Cavaco com todo o direito. Fizeram-lhe perguntas mas não responde nunca.

Com a sua máquina de propaganda bem montada Cavaco tenta situar-se acima de todos em termos de seriedade. Mas aparentemente é bluff.

Outros dizem porque não atacaram há cinco anos este aspecto? A resposta é simples. Desconhecimento.

E porque agora chegaram a esta situação. Não sei responder. A comunicação social e o Expresso em especial despoletou o caso.

Mas é tal a propaganda montada que o cidadão português tem dificuldade em chegar a esta informação que a ser apercebida causaria grandes problemas a Cavaco. É a seriedade de Cavaco tão apregoada que está em causa porque não explicada.

Desta forma, até o sucateiro de Ovar, se apoiado numa boa máquina de propaganda, poderia tornar-se no melhor e mais "puro" cidadão a negociar na sucata com as empresas públicas.

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2011-01-10

 

Não percebi ...

Gostava de ser ajudado a compreender a alteração/cedência da RTP.

O candidato Cavaco Silva tinha agendado ir na sexta feira passada à "grande entrevista". Assim se designou a conversa com Judite de Sousa na RTP e os candidatos presidenciais

Tudo indica: Cavaco fez uma birra. Queria ser o último. Lixa o José Manuel Coelho que deveria ter sido interrogado no sábado por Judite de Sousa, mesmo com aquele ar de enfado, que a dita senhora fez para conversar com o candidato que se deduziu ser para ela de segundo nível.

Apesar disso, a questão é grave e questionável. Porque cedeu a RTP ao "golpe" de Cavaco Silva e aceita sem qualquer explicação mudar a data para hoje?

Em alguns locais responderam bem à entrevista. Estava a jantar, chegado de fora, no meu habitual restaurante e quando começa a entrevista sem que ninguém tenha pedido, mudam de canal para ver Mourinho que ganhou o título de melhor treinador 2010.

Desconhecia a eleição de Mourinho. Certamente a notícia deverá ter sido dada durante a minha viagem. Mas fiquei muito feliz em acompanhar o processo de Mourinho e não a entrevista de Cavaco que certamente nada acrescentou.

O Coelho é que o topa e agora com o roteiro da seriedade de Cavaco, até vai trazendo à tona umas quantas dicas em que Cavaco deixa muito da sua credibilidade. Mas será que posso dizer isto? Não estarei a entrar num ataque de carácter a Cavaco Silva?

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2011-01-09

 

O que será "ataque de carácter"?

Estava perfeitamente convicto de que uma campanha de "ataque de carácter" consistia em denegrir alguém sem fundamentação, com o objectivo apenas de a prejudicar seja em termos de honra, seja de negócios, etc.
A mesma coisa, pensava eu, aplicava-se na política, na sociedade, na governação, etc.
Ultimamente tenho andado confuso. Nada disto está certo. A imgem criada é para sempre. As virgens instituídas sê-lo-ão para sempre, embora de vez em quando possam dar uma perninha de alterne.
Sendo mais objectivo, questiono-me a mim próprio, se ao divulgar o que ontem li no DN atribuído ao comandante da GNR, ter-se aumentado em 1137 euros no passado mês de Novembro com retroactivos a Janeiro de 2010, não será um ataque de carácter agora no novo conceito e se como cidadão ainda por cima lesado pelos sacríficios que o governo me impõe, não tenho o direito de perguntar ao Sr Comandante ou ao MAI quais as normas e princípios seguidos para este aumento.
Será que estou a fazer um ataque de carácter ao Sr Comandante da GNR ou a constatar factos e comportamentos de favor ou de abuso que requerem explicação?

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2011-01-07

 

Balão vazio

É preciso desmistificar o balão que Cavaco Silva anda a lançar sobre as prioridades de desenvolvimento para este País, ou então confrontá-lo com uma explicação credível sobre o que diz.
Mais uma vez, como no caso das acções da SLN, Cavaco lança um balão e não explica.
Estamos perante o caso das chamadas "indústrias do mar" que Cavaco veio apregoar aos Açores.
É preciso dizer em que consistem essas "indústrias do mar", que actividades incluem, o ponto de situação e o prazo que se aponta para tirar daí benefícios económicos para o País.
Sem uma estratégia consistente falar de "indústrias do mar" é bluff de campanha eleitoral tanto mais por um candidato que enquanto primeiro ministro do governo português deu cabo de muitos dos sectores que certamente deverão ser parte deste hiper cluster como alguém lhe chamou.
E que sectores foram esses?
Nos finais dos anos 70, a indústria da construção e reparação naval empregava em Portugal cerca de 36 mil trabalhadores; no final do reinado de Cavaco, primeiro ministro, os postos de trabalhos cifravam-se em cerca de 6 mil e com algumas empresas, sobretudo das mais pequenas, em crise profunda. Será que esta sucessiva perda de postos de trabalho contribuiu para a sustentação das indústrias do mar?
Outro exemplo, as pescas. Portugal está mais dependente agora do abastecimento de pescado do exterior do que estava no início dos governos de Cavaco Silva que contribuiu para o fecho de muitas conserveiras, para o abate de barcos e para a não reorganização de uma frota pesqueira decente. Poder-me-ão dizer: foi a CEE que obrigou ao abate. Certo... em parte. Mas abater barcos não implicava não investir numa frota adequada. A política da CEE era a mesma para Espanha e Portugal e a vizinha Espanha tornou-se um grande país de pesca. Como se explica? O bom aluno sem criatividade.
Que se fez em dez anos de governação Cavaquista pelos portos nacionais, pela exploração dos rios, pelos desportos náuticos, etc etc. Pouco ou Nada.
Então o que é isso das "indústrias do mar"?
Diga-nos. Ou será que apenas lança o balão e mais nada acrescenta?. Se assim é, então trata-se de um balão vazio.
É evidente que o mar pode ser importante para a nossa economia. Mas é preciso pensá-lo. Mas efeitos consequentes só de longo prazo sendo preciso preparar desde já a concretização desses impactos.
Para ser sincero, não é numa campanha presidencial que isso deve aparecer sobretudo tão sem substância. Vazio.

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2011-01-06

 

A TVI24 e o branqueamento do candidato Cavaco Silva

Ontem pouco antes da meia noite vi um curto comentário sobre o problema do BPN ou melhor dito da SLN e o candidato Cavaco Silva.

O que indignva a comentarista e o comentarista era o candidato Manuel Alegre ter falado do assunto, dando a entender que este tinha posto em causa a honra daquele. Na tentativa de demonstrar que Cavaco nada de mau fizera deram um exemplo da compra e venda das acções da PT em que houve gente certamente de vários partidos que ganharam muito dinheiro
.

Esta comparação demasiado grosseira não pode ser feita de boa fé. Então aqueles dois comentaristas não sabem distinguir um boi de um carneiro?
Nunca lhes passou pela cabeça que as acções da PT se transaccionam em bolsa e que as da SLN Cavaco comprou-as por influência de amigos e vendeu-as da mesma forma numa situação de privilégio?
Há gente que usa os meios de informação para desinfomar de forma tão grosseira: Para isto deveria haver penalizações, embora o exemplo venha do próprio Candidato ao misturar de forma também grosseira o risco especulativo excessivo da banca britânica falida, com o banditismo como tudo o indica, de Oliveira Costa e Dias Loureiro.
Como diz Soromenho Marques "a ganância é má. Mas o crime é pior"

 

António Vitorino com pista própria

António Vitorino está incomodado com o caso BPN marcar a campanha eleitoral.
É próprio destes grandes quadros políticos terem ideias muito próprias, sobretudo quando lhes trazem benefícios á pista própria em que correm sobretudo no domínio dos negócios.
É o caso.
Não há que hostilizar o bloco central, pois sem ele há negócios prejudicados.
António Vitorino poderia ter sido mais transparente e dizer claramente que não apoia Alegre.
O que disse na SIC notícias é claro mas as pessoas nem sempre atingem. Onde pretendeu Vitorino chegar ao dizer: "esta eleição poderia ter sido mais disputada - com outro candidato nomeadamente do PS?

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2011-01-05

 

O Fundo de Estabilidade Europeu, segundo Stiglitz

Para Stiglitz, prémio nobel da economia, o fundo de estabilidade da UE não é mais que um "paliativo".
O panorama de há seis meses atrás, isto é, a incerteza na UE mantém-se.
Para Stigliz, "a via da austeridade escolhida pela Europa sob pressão dos mercados vai retardar a saída da crise, enfraquecer os elos mais vulneráveis da Zona Euro e da União Europeia". Nesta mesma linha de pensamento diz stiglitz "a ideologia do mercado livre que permitiu as bolhas financeiras ata as mãos aos políticos".
E continua "muitos dos líderes europeus não compreenderam que se deve atacar a regulação do sistema e refrear a energia do mundo da finança que nada conhece da economia".
Estas ideias foram expressas no Le Monde de hoje resumo de uma entrevista ao Libération não acessível senão aos assinantes on line.

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2011-01-04

 

Ainda o dossier BPN

Continuo pela Madeira. E aqui nesta terra ontem e hoje estiveram os candidatos Cavaco Silva e Manuel Alegre. Cavaco disfrutou de todos os apoios do Governo Regional, donde a desvantagem de Alegre era bem visível.
Ouvi e assisti a algumas "trocas de piropos" entre estes candidatos com o José Manuel Coelho pelo meio e a algumas perguntas insistentes/incómodas da Comunicação Social a Cavaco Silva sobre o BPN.
O BPN tem sido tema quente da campanha e ainda bem, pois sob vários aspectos, merece esclarecimentos do candidato Cavaco Silva. Cavaco Silva deve contar à população todo o processo de compra e venda em que ele e a sua filha ganharam uns cobrezinhos valentes.
Cavaco Silva nada explica e diz que declarou tudo no IRS.
Cavaco Silva esquece que não se trata de um problema fiscal mas de influências. Ninguém o acusa de não pagar impostos, mas de posição privilegiada no acesso e venda de acções. Esses cobrezitos que não vieram de trabalho por si feito mas certamente de uns telefonemas de e para amigos e eram muitos que tinha no BPN, desde o presidente Oliveira e Costa a Dias loureiro, todos acusados de crimes gravíssimos de natureza financeira que ascenedem a mais de 5 mil milhões de euros. Estes seus amigos há muito tempo deveriam estar, se julgados à velocidade do Caso Madoff nos EUA, na cadeia por uns longos anos.
Aqui Cavaco ao dizer que a actual administração do BPN não tem actuado com a eficiência como nos EUA ou Reino Unido está a enviezar a questão a não ser quando comparada ao caso Madoff e aqui é a justiça o alvo.
Mais uma vez embora concorde que a situação se arrasta demasiado, até nisso Cavaco vai pelo caminho errado e se é tão sabedor a que se arroga frequentemente porque razão não aponta o caminho da solução.
Tanta demagogia para não explicar o que fez às acções da SLN e para se desmarcar dos seus amigos.
Apesar dos politólogos acharem que este tema não faz descer os votos, a não ser que se coloque um problema de credibilidade pessoal, interogo-me se se está muito longe dessa situação?

2011-01-03

 

A arruada de Cavaco Silva no Funchal

Cavaco Silva teve uma arruada muito curta no Funchal.
Ficou limitada à zona VIP da cidade, do Teatro à Sé.
Correm versões diferentes. Uma defende que a redução do percurso foi estratégica, evitar um eventual cruzamento com o candidato José Manuel Coelho. Outra alega falta de tempo pelo atraso do voo.
Amanhã chega o candidato Manuel Alegre para um dia de campanha.
O seu programa contém também uma arruada com o percurso inicial do de Cavaco; desde o Teatro até ao Mercado e um jantar de apoiantes exactamente no mesmo local, o Tecnopólo, onde hoje está a decorrer o de Cavaco.

São aguardadas no Jantar de Alegre cerca de 1500 pessoas.

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