2006-03-31
PRACE...(5)
O governo saiu-se bem neste seu primeiro minuto de jogo. Mas o tempo de jogo ainda está no começo.
Muitos serão os obstáculos. Eles já aí estão. As reacções são múltiplas. Qualquer mudança trá-las sempre.
Os indicadores de desempenho são muitos. Um Estado menos obeso e sobretudo amigo do cidadão e das empresas. Seria uma completa desilusão que apenas os nomes mudassem.
Pôr as delegações regionais dos diferentes ministérios referenciados ao mesmo espaço, certamente vão saltar as incongruências e contradições e fazer saltar a necessidade da articulação de políticas.
PRACE...(4)
Nesta primeira fase, o PRACE é sobretudo um anúncio de Princípios (Modelo e linhas estratégicas) e da delimitação das macroestruturas por Ministério.
Em minha opinião devia.
Terá sido tudo bem feito?
Mas esperemos a fase micro, na base da qual se avançará com as leis orgânicas, para melhor clarificar algumas dúvidas que vão surgindo com a leitura mais atenta.
Afinal, o que lhes vai acontecer e quando?
E uma pergunta de fundo fica: será que é mesmo possível uma reforma sem uma visão global de toda a AP?
PRACE...(3)
Não é oportuno numa altura destas, talvez em altura nenhuma, abrir fendas.
Será que na base do bom senso não pode haver entendimento entre gente adulta e experiente?
Por isso, Senhores Ministros das Polícias entendam-se.
Descanso à 2ª feira
Já imaginaram o dispêndio de energias que é para esse grupo de pessoas que passou toda a sua vida, durante os fins de semana, a descobrir onde estará tal ou tal Ministro, tal ou tal Secretário a praticar tenis, natação ou simplesmente a almoçar/jantar, ou coisa parecida, para aparecer "como quem não quer a coisa", a insinuar-se?
Não dá lucro? Olhe que dá. Quantas vice presidências, presidências, chefias de gabinetes, controllers financeiros, etc. terão sido "conquistados" nesses duros fins de semana? Então não são duros? É um tal esforço....
Olbinski, Rafal
Rafal Olbinski, pintor, designer, artista gráfico, nasceu em Kielce, na Polónia onde se graduou, na Escola Politécnica de Varsóvia. Em 1981 emigrou para os EUA onde se tornou famoso. É professor na School Visual Arts de Nova Yorque. As suas obras de arte têm sido capa das mais conhecidas revistas norte-americanas e europeias e famosos os posters relativos a óperas e também capas de calendários. Uma galeria de pinturas [aqui] ou [aqui].
2006-03-30
PRACE ...(2)
O que significa que são estas as linhas estratégicas que vão nortear a concretização das mudanças a operar no aparelho de Estado.
Nas 10 linhas básicas que se cruzam na reforma umas são mais de fundo, outras de carácter mais operativo/organizativo. Agrupando-as segundo estas duas tendências temos:
- Reestruturar/racionalizar a Administração Directa e Indirecta em função dos Ministérios ... num processo que se pretende contínuo.
- Reforçar as Funções Estratégicas, Estudo e Avaliação/Controlo dos resultados de Apoio à Governação.
- Reforçar as Funções Normativa, Reguladora e Fiscalizadora do Estado.
- Clarificar e uniformizar as Funções da Administração Directa do Estado de Nível regional, de acordo com as NUTS II
- Melhorar as Qualificações dos Processos, Trabalho e, consequentemente, dos Funcionários da Administração Central do Estado.
- Racionalizar e eventualmente externalizar as funções produtivas e de prestação de serviços.
- Desenvolver serviços partilhados, de nível ministerial ou interministerial.
- Flexibilizar, desburocratizar e aumentar a comunicação horizontal e vertical.
- Reforçar a proximidade aos cidadãos quer através de processos de desconcentração e descentalização.
- Implementar as novas estrturas de acordo com uma estratégia de gradualismo e testagem em pilotos.
PRACE...(1)
Começou com ele uma "revolução" no aparelho de Estado.
Mudar o aparelho de Estado? Nada fácil. Exige coragem, determinação e um Modelo.
A "revolução" da mudança está iniciada e vamos ver até onde vai. Muitos anos serão precisos. Mas também é preciso que se vá vendo como evolui a concretização.
Os resultados esperados são o que vai somar a favor ou contra. E o que se espera é um Estado mais eficiente ao serviço do cidadão e da empresa. Só assim se restitui a quem trabalha no Estado a dignidade a que tem direito.
DESENCONTRO...
Tive, tenho, alguns problemas com o que estou a escrever...
O mundo da saúde, ou talvez da doença, não é de fácil convívio. Gostaríamos, penso que todos, de ter mais respostas do que, na realidade, nos são dadas. E é de tal ordem que os técnicos da saúde não são olhados como seres "humanos". Estão acima. Mesmo para os ateus são quase Deuses.
A gripe das aves é aquele tema que veio intimidar, mas que está a cair no banal, o que pode ser grave.
É que a toda a hora se "desinforma". E o desinformar pode não significar coisas erradas.
É a falta de senso, trazer para o público comum experiências técnicas em curso ainda sem conclusões e que não são apreensíveis. Ainda hoje o tema das vacinas que várias multinacionais têm em experiência mas que não são para a pandemia humana. Isto é desinformação e confusão. Até parece que é para preencher espaço noticioso.
2006-03-29
Matisse no Hermitage
Educação - Não esquecer as condições para professores
As medidas tomadas no âmbito da educação têm de ser rapidamente complementadas com a promessa da Ministra de dar condições aos professores para que trabalhem na escola.
Segundo sei essas condições não começaram ainda a chegar ao terreno, nomeadamente salas de trabalho e meios informáticos.
Quando se governa é fundamental dar andamento às medidas populares, não apenas às impopulares.
E o tempo está a passar.
O Hermitage em Lisboa
O "SIS" Negócios
Ficou-se apenas por perceber, do que contam os jornais, se se trata de um trabalho no domínio da "informação defensiva" ou também da "informação de ataque".
Da reacção de algumas das entidades das áreas "aconselhadas", certamente via comunicação social (presumo): "software, moldes,energia, banca e até universidades, deduzi que esta nova (?) faceta SIS não foi tida muito "em conta" e até prestou-se a alguma interpretação de sentido, no mínimo dúbio.
Mas será que o SIS negócios tem futuro?
Ainda... Acerca dos Parques de Campismo
Um habitual comentador do PUXA, Rui Martins, chama a atenção e bem de que a DECO vem alertando desde há muito para este facto. E interroga-se sobre o papel de organismos públicos como a DGT.
O DN de hoje num artigo da jornalista Céu Neves - Cinco parques deveriam fechar - (não há link) comenta que é lamentável que nada tenha mudado desde o estudo da DECO de há seis anos. E citando a reacção de Teresa Bechior, técnica da revista Pro Teste da DECO, diz - se que se "nada mudou podemos dizer que a situação piorou".
O popular SU DOKU
A vida é um mar de contradições!
Autorização para matar
Debaixo de fogo, o Canadá? O que dizer então das focas?
A Helena Garrido
(Erro corrigido. Obrigado JA)
O CANADÁ
2006-03-28
A economia cresce pouco. As desigualdades crescem muito!
Um "bicho-carpinteiro" observa José Barroso
Parques de Campismo - Segurança
- Evacuação
- Segurança contra incêndios
- Risco de ferimentos
- Riscos externos (proximidade de estradas, linhas de alta tensão, entre outros)
As conclusõses vão no sentido da insegurança dos parques de campismo em Portugal.
E recomenda o fecho dos parques da Figueira da Foz, Praia do Pedrógão, Orbitur Valverde, Montegordo e Camping Albufeira.
Mini Maratona de Lisboa
Voltei a gostar muito do ambiente. Velhos e novos, mulheres e homens, com ou sem familia. 35000 pessoas aproveitaram para sair do marasmo do dia a dia e ir passear com vista para Lisboa. Uns correram, outros andaram. Tudo muito satisfeito.
Esta corrida é uma excelente desculpa para falar um pouco na questão do desporto de massas.
Todos concordam que o desporto é fundamental para o desenvolvimento da sociedade: cria pessoas mais saudáveis ; reduz os custos de saúde ; torna as pessoas mais felizes e consequentemente ajuda na produtividade e a prazo nos resultados globais.
O desporto em Portugal tem vindo a evoluír, no entanto não é ainda um fenómeno em que todos participem. Já estivemos mais longe mas ainda temos um longo caminho para andar.
O que se vai passando nas cidades é a proliferação de ginásios pagos a peso de ouro dentro dos quais as pessoas suam enquanto ouvem música em altos berros.
É importante tratar este assunto de forma diferente desde o desporto escolar (que tem pouquissimas condições) até às actividades fisicas dos idosos.
A politica actual é também aqui a do liberalismo em que esta questão deve ser auto regulada pela oferta privada.
Eu discordo e acho que o papel do estado é fundamental a promover uma dinâmica de partilha dos recursos existentes entre as colectividades, entidades públicas: escolas, centros de dia, etc e privadas : ginásios, sociedades desportivas.
O que quero com isto dizer é que recursos escassos - pavilhões, piscinas e outras infraestruturas desportivas - devem poder ser aproveitados até à última por todos e não existir como em grande parte do País um sistema burocrático que faz com que os equipamentos públicos sejam geridos como instrumentos de micro poder de quem sobre eles tem a tutela.
Deixei propositadamente para hoje as minhas impressões porque hoje vai ser um dos dias dos "desportistas"...de bancada, já que a fazer desporto são só 25 (11+11+3) e já vai sendo altura de se perceber que desporto não é só futebol.
Afogados em papel. O fim?
Por outro lado, 81 medidas estão dentro do objectivo de simplificação/desburocratização", 21 visam a "facilitação do acesso aos serviços públicos", 15 têm, como objectivo a "Consolidação de regimes jurídicos" e as últimas sete a "Desregulamentação".
"Seis objectivos principais:
I Eliminação de certidões
Reforço dos canais de comunicação dentro da Administração e de partilha da informação pública, no respeito dos direitos dos cidadãos, nomeadamente em matéria de protecção de dados pessoais.
II Eliminação do papel/desmaterialização
Aproveitamento das facilidades oferecidas pelas tecnologias da informação e da comunicação para eliminar os antigos circuitos do papel, facilitando o acesso e diminuindo os custos de gestão.
III Simplificação/Desburocratização
Combate à complexidade dos processos, fazendo a sua reengenharia, reduzindo o volume dos documentos e a rigidez das práticas administrativas.
IV Desregulamentação
Eliminação dos controlos e dos constrangimentos prévios, desnecessários ou desproporcionados, desenvolvendo o princípio da confiança e da responsabilização.
V Facilitação do acesso aos serviços públicos
Articulação dos diferentes organismos públicos que actuam no âmbito do mesmo procedimento, numa lógica de integração de serviços e de partilha da informação.
VI Harmoção e consolidação de regimes jurídicos
Melhoria do acesso e da compreensibilidade das leis e regulamentos, reduzindo custos de interacção com os cidadãos e as empresas e no interior da própria Administração. "
A revolução SIMPLEX
2006-03-25
O QUE é uma Semidemocracia?
O exemplo mais acabado de semidemocracia que hoje li era atribuído ao "Império/Coutada" de Alberto João Jardim - a Madeira, que até vai distribuir bandeirinhas da autonomia a todas as famílias, a quando das comemorações dos 30 anos de Autonomia a 1 de Julho.
É interessante esta opinião Semidemocracias. Não será isto o défice democrático de que tanto se falou com muita guerra pelo meio?
CPE
Aconselha o autor do artigo os jovens franceses a manifestarem pela melhoria da qualidade do ensino superior citando uma classificação atribuída à OCDE (na realidade realizada pela Universidade de Xangai) na qual as Universidades francesas estão muito mal classificadas. Esquece-se que um movimento muito menos mediático exige exactamente a melhoria do ensino superior e da investigação, no que respeita à investigação o ponto alto foi a demissão da quase totalidade dos directores de laboratórios para exigirem condições de trabalho que motivem e atraiam jovens investigadores. O sistema universitário francês tem certamente muitos problemas mas, na minha área de competências, fornecemos uma formação de qualidade em ligação com as empresas e muitos estudantes acabam por emigrar para Inglaterra ou Estados Unidos por falta de oportunidades em França.
Da leitura do artigo pode também deduzir-se que não se contratam jovens qualificados devido à excessiva rigidez das leis laborais. Na minha opinião, que é partilhada por muita gente em França, o CPE (e o CNE) representam uma regressão do direito do trabalho ao nível do que se praticava no século XIX: durante dois anos o despedimento é totalmente arbitrário sem qualquer possibilidade de recurso. O que muita gente não compreende é que no código do trabalho existem actualmente disposições que permitem despedir por incompetência, desadequação ao posto de trabalho ou por razões económicas. Existem também contratos a prazo ou à tarefa que permitem às empresas adaptar a mão de obra às variações sazonais do mercado de trabalho.
No caso particular dos meus alunos (pós graduação em Matemática Financeira) só posso compreender a revolta, desde que a formação existe (há cerca de 6 anos) mais de 80% dos alunos arranjam emprego ao fim de 6 meses, o que esta lei propõe é que troquem um contrato estável pela possibilidade de serem despedidos a todo o momento durante dois anos.
Cavaco e a regionalização do País
No tema Regionalização do DN de hoje, o artigo do jornalista Filipe Santos Costa O papel de Cavaco na oposição às regiões merece leitura, para se perceber a postura do Presidente quando e se este problema se desencadear.
A expressão "regionalização técnica"
Para Nunes Correia "o problema da regionalização é mais técnico do que político" e entende que a lógica de funcionamento Estado Central - Poder Local está a repercutir-se negativamente na "racionalidade territorial"...
Desencontro de culturas?
2006-03-24
Pedra Filosofal
Já todos devem conhecer o poema e a intrepretação. Eu já o ouvi milhares de vezes, no entanto mais uma vez me tocou. Existem coisas que por mais que se conheçam nos continuam a encantar.
Pode ser que também a vós tenha o mesmo efeito.
Lá vai:
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Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
Um pouco de cor para o regresso da primavera
A foto é a de um mosaico de Marc Chagal.
Reflexões após uma semana de trabalho
Interessante é a mudança na maneira como a música muda a visão que temos da paisagem urbana. Hoje saí para o Quartier Latin ao som de Mahler com um céu cinzento e até as pessoas na rua parecem mais preocupadas. Experimentei também Andy Warhol e Velvet Underground no enorme nó ferroviário subterrâneo dos Halles, e a azáfama dos passantes ao som de "RUN RUN RUN" parece um filme.
O mal-estar europeu
Destaco para aguçar o apetite da leitura, a seguinte passagem: " O mais curioso é que, quando olhamos a última década, percebemos que, cada um ao seu ritmo, cada um com as suas prioridades, todos os países foram fazendo internamente pequenas revoluções, na lei e nas práticas, na economia e na estrutura social."
Os Custos da Burocracia Portuguesa
Ora estes custos são de vários níveis:
- Custos que o cidadão paga desnecessariamente nas suas relações com o Estado
- Custos que a empresa paga também desnecessariamente
- Custos que a máquina de Estado sustenta para um trabalho perfeitamente desnecessário
- Custos da não qualidade do serviço prestado.
Seria interessante que o levantamento fosse feito de forma crítica, ou seja, que os técnicos que vão participar nessa avaliação, com a metodologia da OCDE, não se esquecessem de contabilizar também os custos que a máquina burocrática da UE impõe ao País.
Uma sugestão que sejam ensaiados uns quantos estudos de caso em algumas autarquias e serviços autonómos.
Se o estudo se fizer, já agora que seja o mais completo possível e seja bem publicitado. Os números deverão ser interessantes e ao mesmo tempo horripilantes.
País "suspenso" das medidas de reforma da AP
Há expectativas altas para alguns, há as dúvidas de eficácia para outros, há os que acreditando se questionam sobre o processo de as implementar, há o não acreditar de que alguma coisa seja a valer (mais uma reforma anunciada!), há os curiosos e ainda os que, antes de as conhecerem, já estão contra (a classe política na oposição, que embora com nuances já as condena).
Mas certamente que não se ficará por aqui. E que outros eixos vão sustentar a reforma?
Perceber a filosofia é fundamental para aceitar ou rejeitar as medidas.
2006-03-23
A Agenda Política
Posso estar de acordo com vários tipos de argumentos para não aceitar uma proposta:
- Discordância pura e simples quanto aos seus principios.
- Argumentos concretos acerca da impossibilidade de a aplicar.
- Falta de recursos
O PS já sofreu na "pele" este tipo de comportamento sectário muitas vezes e contra ele sempre se manifestou (como por exemplo quando no tempo de Durão Barroso propôs o cartão único).
A mentalidade tem de mudar também no governo e no partido do governo.
Quando existe uma proposta de um adversário deve fazer-se um esforço maior para conseguir implementá-la (se com ela se estiver de acordo).
Isto não quer dizer que defenda o pensamento único. Antes que se devem guardar as energias da discórdia para as questões que realmente nos dividem.
Só assim se conseguirá criar uma dinâmica positiva que nos leve a todos os Portugueses mais além.
A quadratura do Iraque
Jorge Coelho ao menos não esteve com papas na língua. Chamou os bois pelos nomes e tratou o assunto com uma frontalidade que salvou a conversa. Um marciano nem perceberia que estavam a falar do mesmo assunto.
2006-03-22
Selo automóvel - A falta de objectividade dos media
Afinal não era bem assim. Parece que o governo criou um grupo de trabalho. Essa seria uma das hipóteses mas nada estava decidido (ver diário económico).
Alguns jornalistas (aliás tal como outros profissionais de outras áreas) são de uma enorme incompetência e mancham a sua classe. Deviam ser apontados a dedo quando cometem estes erros grosseiros.
De qualquer forma vou comentar o sistema actual, a hipótese falada e fazer a minha proposta (lá por não ser especialista tenho o direito a dar uma opinião).
No sistema actual:
- O contribuinte compra o selo numa rede de papelarias apenas com os documentos do carro.
- Tem os inconvenientes:
- Emissão dos selos
- Sistema de Distribuição os selos pelas papelarias
- Consolidação as contas de todas as papelarias (com eventuais inserções manuais de informação).
- O contribuinte iria à internet registar-se.
- Faria o pagamento no multibanco
- Tem como inconvenientes:
- Emitir e enviar o selo por correio.
- Três operações até o selo estar disponível ao contribuinte.
- Complica a comunicação entre o multibanco e internet
- É confuso
- O selo não é imediatamente recebido.
- Alguns utentes (os que têm menos posses) vêm as suas alternativas reduzidas
- Acabar com o selo impresso numa gráfica.
- O selo passaria a ser impresso junto do utente sem cores e em papel comum.
- O controlo seria efectuado por um acesso da força fiscalizadora a um sistema central (por rádio, telefone ou internet) confrontando o número do selo com a situação no sistema central.
- O selo poderia ser pago e impresso no multibanco ou internet apenas digitando a identificação do automóvel.
- Existiria a hipótese de o serviço de emissão poder ser garantido nas juntas de freguesia, bibliotecas públicas e lojas do cidadão para que os cidadãos info excluídos não sejam mais prejudicados. Este teria de poder ser pago em numerário encarregando-se essa entidade de o fazer na internet.
Para onde vai a Agricultura Portuguesa?
Um estudo muito recente, muito falado, diz, segundo tem noticiado a comunicação social e também vi na TV o senhor Ministro do ramo confirmar, que apenas 20% dos solos portugueses têm aptidão agrícola competitiva.
Mas fico à espera que algum grupo rapidamente apareça a dizer: cá está o estudo das celuloses -papeleiras.
Se exceptuarmos o vinho onde se realizaram progressos significativos e pouco mais, o país cada vez consome mais produtos agrícolas não produzidos no País. Resumindo, passou-se este tempo a queimar rios de dinheiro, a "especializar" um país no " arranca e dessarranca" de culturas agrícolas ao sabor dos tempos.
Será que é com os agricultores a manifestar-se, segundo entendi após algum esforço, sem razão, porque se o governo ceder ao que eles querem hipoteca os próximos 5 anos de fundos agro-ambientais, aplicando-os de forma nociva?
No mínimo era de ter dúvidas se estas reivindicações a serem satisfeitas iriam no bom caminho.
Afeganistão e a Justiça talibã
2006-03-21
Um exemplo a seguir
Assim dentro de algumas semanas todas as operações imobiliárias parisiences poderão ser consultadas através da internet. Um exemplo a seguir.
Podem ler a entrevista de Bertrand Delanoë aqui.
Tentativa de branqueamento?
Registo algumas dúvidas sobre a sinceridade destas declarações, por razões várias.
Segundo, porque razão Durão Barroso, só três anos depois, vem admitir essa situação? A prova da não existência de armas de destruição maciça já é consensual há muito tempo.
"A desumanização da medicina"
"...Quanto mais se avança na compreensão da psicossomática como entendimento do funcionamento do corpo humano e das suas patologias, mais se avança também na robotização da Medicina e na mecanização de diagnósticos, terapêuticas e estruturas institucionais. De tal modo que aquilo que poderia ser um progresso pela aplicação da técnica pode transformar-se num retrocesso de consequências irreparáveis."...
"Por este motivo, a relação médico-doente é tão importante. Ao colher a história clínica, ao ouvir as queixas, o médico não está só a inventariar dados para o diagnóstico. Está a ouvir ... E ter alguém que o oiça talvez seja a primeira terapêutica para o doente, independentemente do alívio físico do sintoma. Por isso há investigadores que chamam a isto a "médico terapêutica". ...
"É bom que haja critérios de diagnóstico, protocolos, orientações terapêuticas pré-estabelecidas. Mas... não chega. Estes avanços coincidem e não por acaso, com grande elevação dos custos na Saúde. Os custos da Saúde acabam todos nas farmácias, na indústria e nos bancos."
"A tendência é para a parafrenália técnica ir dominando e o doente é "visto" o mais rapidamente possível.Veio dos EUA a moda de contabilizar oficialmente o tempo máximo (15 minutos, 18 minutos) e estendeu-se à Europa.
"O doente não pode ser dispensado porque afinal é o objecto de toda esta cadeia de montagem, mas convenhamos que tem que ser reduzido a abrir pouco a boca. A existir, mas calado e sem ouvir explicações."
O Muro de Berlim e as Armas de Destruição Maciça de Sadan Hussein
"Sabemos hoje que Sadam não escondia armas de destruição maciça. Pelo menos elas não foram encontradas"
O director do Público, três anos depois, lá bem no fundo, ainda tem uma certa dúvida!
Está pior que o PCP que levou só dois anos a admitir que o Muro de Berlim tinha sido derrubado
2006-03-20
Bush em perda crescente por causa do Iraque
Mão de Obra Sénior
2006-03-19
De Viena para Los Angeles
Ao fim de uma longa disputa jurídica, cinco quadros de Gustav Klimt, foram entegues agora a Maria Altman (90 anos), herdeira e sobrinha de Ferdinand Bloch, pelo Governo austríaco que não se dispôs a pagar por eles os 300 mil dólares que aquela exigia.
Entretanto o Los Angeles County Museum of Art (LACMA) vai, junto com outro espólio seu da mesma época, expor aqueles quadros onde se destaca o retrato de Adele Bloch-Bauer I, "um dos três exemplares que sobreviveram do estilo mais conhecido de Klimt, marcado por intensos dourados". O ano passado, em Julho e Agosto, durante a onda de calor, o Museu Leopoldo em Viena ofereceu bilhetes grátis aos que entrassem nus (ou quase) para verem a exposição: "A verdade nua: Klimt, Schiele, Kojoschka e outros escândalos", mostra retratos de nus feitos por esses artistas que percorreram o país, chocando muita gente." [aqui ]. Dados biográficos de Klimt [ aqui].
Opa do Malandro (3)
Temos de nos preparar (todos!) para um balanço corajoso. Depois da terraplanagem aos «direitos adquiridos» que o Primeiro Ministro anunciou, com apoio e aplauso de muitas e desvairadas gentes (bem ou mal intencionadas, logo se vê…), o que ficou dessa fúria niveladora?
Tirando os «culpados do costume», quem é que viu, de facto, os seus direitos atingidos ao ponto de se poder considerar prejudicado?
Opa do Malandro (2)
Luísa Bessa lembra, no Jornal de Negócios de sexta-feira passada [ Gato por Lebre ] a expressão popular que Cavaco Silva utilizou lá pelos anos oitenta do século ido, para «denunciar» a especulação financeira que aquecia na Bolsa de Lisboa. O actual Presidente da República, consta, ficou tão traumatizado por lhe assacarem as culpas de ter precipitado o «crash», que já assiste impassível, agora, a malandrices como a que a citada articulista relata a propósito do anúncio da LP Brothers (?) ter anunciado a «intenção de lançar uma OPA ao título Media Capital».
Terá sido por as acções do BCP terem subido a seguir ao anúncio de Paulo Teixeira Pinto anunciar a intenção de lançar uma OPA sobre o BPI?
E agora, Sr. Presidente?
Opa do Malandro (1)
Tempo marcado por OPAs e contra OPAs.
«Queres-me comprar?» - diz o Ulrich do BPI.
«Eu já te digo!»
«Não perdes pela demora!» (Vira-se, amofinado, para Pinto, do BCP)
«Sou eu quem te vai comprar a ti.»
Um governante, entrevistado na onda das OPAs, põe a cassete no leitor:
«Bom. Isto só mostra que o mercado está a retomar dinamismo, e que o ambiente de confiança está a regressar à economia portuguesa.»
Francamente!...
Gustavo Klimt. Viena, 1862 - 1918
Admirador do "Simbolismo", da Art Nouveau, da Art-Deco Gustav Klimt em breve deixaria para trás a formação artística tradicional para se tornar um pintor vanguardista precursor do expressionismo.
Foi, com Franz Matsch, Max Klinger, Kolo Moser, Adolf Böhm, Ernst Stöhr e outros, um dos iniciadores do movimento Secessionista Vienense.
Klimt iria mais que uma vez escandalizar o convencionalismo artístico da capital do império Austro-Húngaro - uma Viena a caminho do ocaso do seu magnificente explendor.
É alvo de crítica feroz por causa das suas arrojadas composições monumentais para a Universidade de Viena : a Medicina, a Filosofia e a Jurisprudência.
A mulher, o erotismo, o sexo, percorrem a sua obra em especial nos últimos anos da sua vida. O sua rotura com o convencionalismo e o puritanismo hipócrica valeram-lhe acusação de artista obsceno e, com as suas obras "pornográficas", perverter a juventude vienense.
O ESTADO DO MUNDO
Se o primeiro ministro Villepin não ceder na mesa das negociações aos sindicatos estes ameaçam prosseguir a "negociação" na próxima 5ª feira com uma greve geral.
Um problema de comunicação
O Governo francês diz que o Contrato do Primeiro Emprego é para aumentar o emprego. Os estudantes, os jovens franceses em geral, talvez por não lerem a portuguesa e conceituada revista Atlântico e ignorarem a produção teórica do Compromisso Portugal não estão a perceber que para aumentar o emprego o Governo francês queira fazer uma lei para facilitar o desemprego.
Os números da Polícia
Nas manifs de França, segundo as gazetas, os organizadores falaram em 1 milhão e 500 mil manifestantes, os jornalistas franceses em 1 milhão, os jornalistas ingleses (!) estimaram em 1 milhão e 200 mil. Mas a Polícia estimou apenas em meio milhão. Será por o seu patrão ser Nicolas Sarkozy? Só em parte, porque cá, apesar de António Costa não ser nenhum Sarkozy a Polícia também poupa nos números. Excepto nas manifs da PSP.
Mário Mesquita
propõe hoje na sua habitual e a sempre excelente crónica do Público de Domingo, a figura de regente para dignificar o papel de políticos como Marques Mendes e o actual presidente do CDS, Ribeiro e Castro, que têm a ingrata mas indispensável tarefa de aguentarem os partidos enquanto estão na oposição e os verdadeiros presumidos chefes não estão para os aturar.
A ideia tem piada. Mas a coisa assim como está também tem as suas virtualidades. Enquanto os auto-presumidos líderes, os Marcelos, os Borges, os Portas esperam descansados pelo momento oportuno para dar o salto oportunista, a POLÍTICA alheia a cálculos, prega-lhes a partida e premeia os que de outro modo não passariam de regentes.
Veja-se o caso de Marcelo Rebelo de Sousa que enfastiado, entregou o PSD ao Durão Barroso a pensar no interregno de águas paradas de Guterres e depois, de repente, zás... eleições e não lhe deu tempo a correr com Durão e a voltar ao palco. E até serviu para dar o Governo a Sócrates. Com o sacrifício aos deuses, pelo meio, do infeliz e imolado Pedro Santana Lopes.
Aquilo na BIELORUSSIA
continua impassívelmente "soviético". Pelo menos as sondagens dão 85% ao camarada Lukachenco e não me admirava nada que ainda acabe eleito com 90% dos votos. Depois admiram-se das revoluções "laranja" como na Ucrânia e outras repúblicas ex-soviéticas. Mesmo que com financiamento do tio Sam.
A propósito de "carniceiros"
até estou de acordo. Que assim se diga desse, como do de Bagdad e etc. O que intriga é só se considerarem carniceiros os que prejudicam os "nossos" negócios. E de nunca serem carniceiros alguns que, por exemplo em Washington ou Londres, para acautelar os seus negócios fazem ainda maior carnificina.
A corrupção e as cartas de condução
Esta faz-me lembrar uma outra situação com os exames do 12º ano, quando muitos alunos iam para o Liceu de Santarém porque aí tiravam-se boas notas e assim o acesso às universidades ficava facilitado.
E na realidade a economia paralela (gosto mais da designação de "subterrânea") prolifera e prolifera dentro da "mais legal". Daí que os valores à volta de 20%´com que por vezes se estima o seu peso ....devam ser outros.
Mas agora, a esta área acresce a dos inspectores dos centros de inspecção que se dizem pressionados pelos patrões para deixar passar os veículos inspeccionados, de grandes firmas.
Não será que muitas das mortes nas estradas portuguesas se devem também a este caos no sector?
2006-03-18
Cavaco Silva em Belém (2)
Vítor Dias (Público de 2006-03-17):
"....E é por isso que queremos escrever preto no branco e claro como a água que não nos sentimos nada felizes nem reconfortados, bem pelo contrário, por ver chegar à Presidência da República uma personalidade como Aníbal Cavaco Silva.
Porque, contra a corrente da amnésia e do relativismo político e para além de cruciais razões de futuro, não nos esquecemos de que, há 21 anos, a sua ascensão a líder do PSD e depois a primeiro-ministro se alicerçou no truque de fazer crer que um "novo PSD" tinha começado com ele e que para trás não havia nem história nem responsabilidades do seu partido e na suprema mistificação de ainda haver ministros do PSD no Governo do Bloco Central e, em simultâneo, conseguir fazer uma campanha eleitoral de crítica devastadora à acção desse Governo, mesmo quando os ministros em exercício do PSD estavam a seu lado nos palcos dos comícios.
Porque não nos esquecemos que gastou uma década inteira a fazer invariavelmente uma perversa campanha contra "os políticos" e "a política", sempre protegido pela insistente rábula de que, na chefia do governo, era apenas um submisso escravo do interesse nacional e um economista e professor universitário que só o destino, o acaso ou o amor ao país tinham empurrado para a vida política.
...Porque não nos esquecemos que foi com Cavaco Silva no cargo de primeiro-ministro que os compradores do Totta em apenas três anos tiveram os lucros suficientes para compensar o que tinham pago pela aquisição daquele banco nacionalizado e também não esquecemos...(artigo completo aqui)
Fico numa fúria
Puxa Palavra intermitente
2006-03-17
Alqueva, suplício de Tântalo
"...O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro durante a inauguração da Barragem e da Central Hidroeléctrica de Pedrogão, no concelho da Vidigueira, Beja, equipamentos integrados no projecto global de Alqueva.
«Vamos pôr à discussão pública o novo POAAP, que prevê já a possibilidade de construção de alguns empreendimentos turísticos que mantém elevados padrões ambientais», revelou, de acordo com a Lusa. [link]
Terrorismo de Estado e humilhação por uns votos
2006-03-16
Isabel Magalhães
podem ser vistas no seu blog ISABEL MAGALHÃES e algumas num layout com fundo a preto onde as cores ganham maior brilho [aqui] .
Isabel Magalhães, que não conheço pessoalmente, está na web ainda em vários outros blogs [aqui] ou [aqui] .
Aconselho uma visita senão às suas obras, o que seria incomparavelmente melhor, ao menos às suas imagens através daquelas ligações.
Sobre o DN... e as siglas dos nomes
Não percebi ainda as vantagens "económicas " dos órgãos de comunicação cercearem o acesso via NET. Certamente num país em que pouco se lê, esta linha não vem trazer grandes contributos para mudar os hábitos de leitura. Mas há cabeças inspiradas com ideias "deslumbrantes". ...
Independente de se gostar ou não da linha editorial, são sensíveis as melhorias na abordagem dos temas e da informação onde destaco os temas económicos. Aqui passamos do dia para a noite ou melhor dito o caminho é o inverso. Há um sair das trevas.
Consigo perceber e bem a filosofia quando na mesma página um jornalista tem um artigo assinado com o nome porque é conhecido e depois em artigos de menor dimensão apenas a sigla.
Não é de somenos importância. Acho mesmo que, para um segmento de leitores no qual me incluo, é interessante saber quem escreve, porque gostamos de ir fazendo opinião sobre os autores. A continuar "esta anarquia" mais cedo ou mais tarde o DN vai sentir-se obrigado a ter uma "secção de siglas".... Por outro lado, é de bom tom "o seu a seu dono". Também não entendo porque na NET muitos artigos estão sem autor.
Ser Fogosa - uma boa condição para ser freira
Vem isto a propósito da seguinte notícia desenvolvida hoje no DN "Gostas de homens? Então talvez sejas a freira perfeita!" sobre as formas de contacto com jovens raparigas na procura de vocações por algumas organizações religiosas e com o patrocínio das hierarquias da igreja.
Novos passes carregáveis no multibanco
Poupam tempo aos utentes na medida em que aumentam a rede de distribuição. Automatizam muito trabalho até aqui realizado manualmente. Aumenta-se a funcionalidade da rede da SIBS que é uma mais valia relativamente a outros países.
Na primeira fase, milhão e meio de Portugueses passarão a ter a sua vida mais facilitada.
Pode, no entanto chegar-se mais longe adicionando a funcionalidade do passe ao novo cartão do cidadão.
Esta medida poderia não ser obrigatória porque os turistas ou estrangeiros residentes em Portugal têm direito a ver um passe emitido.
Desta forma os ganhos seriam:
- O utente passaria a ter apenas um cartão com mais funcionalidade. Vantagem de simplificação.
- As empresas de transportes e o estado poupariam dinheiro no fabrico e emissão dos cartões. Redução de custos.
- Reduz-se o desperdicio de cartões de plastico deitados ao lixo. Ganhos ambientais.
2006-03-15
A mexer com a saúde...
Que está a mexer com tudo quanto respeita à saúde parece não haver dúvidas... E já "comprou" e bem umas tantas guerras. Quem não se lembra da da associação das farmácias ?!
Correia de Campos é um dos vários ministros muito determinado deste governo e sabe aonde quer chegar.
O que existe é insustentável: gastos incontroláveis que não aproveitam a ninguém (em alguns casos, a uns quantos) e péssima prestação de muitos dos serviços de saúde.
E vão fechar porquê?
- O seu funcionamento não garante condições de segurança por motivos vários - falta de pessoal clínico e equipamento, etc.
- Por razões de eficiência - o número de partos inferior a 1500 anos (limiar da OMS) não justifica a sua existência.
Estes fechos não são aplaudidos pelos autarcas respectivos. Não o podiam ser. Mas o interesse do país e da segurança está acima até porque desse fecho não resulta qualquer problema para os utentes porque existem alternativas e de melhores condições.
A sociedade portuguesa com esta dinâmica fica já a aguardar por novas "mexidas" na sáude, desde que guiadas por melhor prestação de saúde e redução de gastos.
2006-03-14
Ricardo Lagos e Michelle Bachelet
Ricardo Lagos é também socialista como Bachelet e alcançou o poder, em Janeiro de 2000, por uma diferença de apenas 31 000 votos.
O que terá levado um país profundamente católico como o Chile a escolher uma mulher socialista, agnóstica e mãe solteira?
Afinal, cumpriu e deixa a presidência com um apoio popular da ordem dos 75%.
Juntando as profundas reformas na educação, saúde e justiça, em curso torna-se animadora a rota que percorre a sociedade chilena . E o povo percebeu e apoio a sua continuação.
R. Lagos dotou o Chile de acordos de livre troca com os EUA, UE e China, uma taxa de desemprego de 8% e uma taxa de crescimento de 6%.
Criar riqueza e montar os mecanismos da sua distribuição é bem aceite e desejado pelos povos.
Será que o Chile de Lagos e Bachelet poderão dar algumas boas práticas, ao lado da Finlândia e Suécia para a governação do nosso país?
Ave prevenida...
4,3 mil milhões de euros
Não são claros os objectivos desta OPA, apesar de Paulo Teixeira Pinto (PTP), o actual presidente do BCP, bem se ter esforçado por fazer passar a mensagem de que se trata de uma operação para dimensionar o BCP, numa perspectiva de criar as condições para uma internacionalização bem "sustentada".
Helena Garrido tem uma frase mortífera para PTP " o que fez correr Paulo Teixeira Pinto é assim muito pouco racional, ainda".
Tudo possível. O tempo o dirá.
Explicar que elas decorrem da estabildade política da eleição do Presidente Cavaco é, no mínimo, um "desvio de visão". Mas há quem diga e daqui até Fátima é so um passo.
MIchelle Bachelet presidente do Chile
Tomou posse no Sábado, em Santiago do Chile, e na investidura não conseguiu esconder a comoção.
O Presidente da República no Chile é simultaneamente o chefe do Governo e ela já o constituiu. São vinte ministros. Dez mulheres e dez homens. O Ministro da Defesa, o da Planificação, o da Economia, o da Saúde, por exemplo, são... adivinhe! São mulheres.
Os secretários de estado são trinta e dois. Desasseis homens e desasseis mulheres. Secretárias de Estado mulheres são, por exemplo, a da Justiça, a da Marinha, a do Desporto, a da Agricultura, a das Finanças. O critério não foi, como se vê, as pastas mais "femininas" para as mulheres.
A passagem de testemunho de Ricardo Lagos para Michelle Bachelet contou com um grande números de chefes de Estado e governantes estrangeiros nomeadamente Condolesa Rice ou a vice-presidente do Irão, mas a presença mais espectacular foi a de Evo Morales, pois foi a primeira vez que um presidente da Bolívia veio ao Chile, países que mantém relações tensas (com duas guerras pelo meio e a perda de territótio e de acesso ao mar pela Bolívia). Evo Morales teve direito a um comício num estádio, organizado a pedido de sindicatos e organizações populares de esquerda. Emocionou-se quando os presentes começaram a gritar "acesso ao mar para a Bolívia". Disse que nunca esperou ouvir uma palavra de ordem daquelas, da boca de chilenos)
2006-03-13
Educação - Mais uma medida que se impunha
Mais uma medida óbvia do Ministério da Educação.
Já ouvi os principal argumento contra dos sindicatos e de alguns amigos que são professores:
- "O facto de dominar uma matéria não é o mais importante para ser bom professor. Conhecemos muitas pessoas brilhantes numa matéria que são péssimos professores".
No entanto nenhum professor poderá ensinar correctamente a matéria se não a dominar.
Ou seja : Dominar a matéria é uma condição necessária mas não suficiente para ser bom professor.
Seria de facto bom existir também uma forma de avaliar a capacidade pedagógica de um professor.
Actualmente a seriação, avaliação e acesso à carreira é efectuada com base apenas nas notas da faculdade.
Desta forma ocorrem situações caricatas como alunos de 12 na faculdade mudarem a meio do curso e passarem a ser alunos de 18, passando à frente dos seus colegas originais que eram alunos de 15.
Desta forma, e comparando com a situação actual será sempre menos injusto a avaliação dos conhecimentos que nenhuma avaliação.
2006-03-12
A (in) Transparência no MNE
Limitando-me a coisas bem simples como simplemente "ouvir" os consultores portugueses a trabalhar no estrangeiro, quando se prestam a isso, é coisa desprezível para os nossos diplomatas. Que maçada!!!. É a minha experiência vivida, quando "ingenuamente" me predisponha a isso.
Mas agora o que me diz a informação é que o MNE está a passar por uma fase algo agitada em matéria de (des)colocação de conselheiros e adidos no estrangeiro que não abona muito em seu favor, tanto mais que parece ser grande a abundância de afilhados. Hoje o DN traz uma pequena nota nada abonatória da transparência deste processoFreitas corrige listas de colocações do MNE
Memória da guerra colonial
Reunião do povo. Ilha Formosa, Guiné [link]
2006-03-11
Portugal e Espanha: Evolução das Políticas
Em Espanha, caminha-se por um forte acentuar das diferenças ideológicas (teórica e prática) entre os dois principais partidos do xadrez político e em Portugal pela diluição da ideologia entre as forças políticas desses mesmos quadrantes.
Marina Costa Lobo (MCL) publica hoje no DN um artigo muito interessante sobre este tema Uma península duas políticas.Os nossos analistas políticos têm matéria de sobra para reflexão.
Será que, com esta sua afirmação, quererá dizer que as graves questões económicas do país dão origem a uma certa postura de bloco central?
A diferenciação situar-se-á apenas em medidas sociais?